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Português – FCC 
100 Questões Corrigidas e Comentadas 
Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br
www.acasadoconcurse i ro .com.br
SUMÁRIO
1. TRE-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 2017 5
2. CREMESP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – 2016 9
3. ELETROSUL – TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS – 2016 15
4. TRT – 20ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016 19
5. TRT – 14ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016 23
6. TRT – 23ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016 29
7. TRF – 3ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016 
ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE EDIFICAÇÕES 35
8. PREFEITURA DE CAMPINA – TERAPEUTA OCUPACIONAL – 2016 42
9. COPERGÁS – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – 2016 46
5
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s
www.acasadoconcurseiro.com.br
1. TRE-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 2017
CONHECIMENTOS GERAIS
Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa
Atenção: Para responder às questões de números 1 e 2, considere o texto abaixo.
Centro de Memória Eleitoral – CEMEL
  O Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem por objetivo 
a execução de ações que possibilitem cultivar e difundir a memória político-eleitoral como 
instrumento eficaz do aprofundamento e alargamento da consciência de cidadania, em prol do 
aperfeiçoamento do regime democrático brasileiro.
  Seu acervo reúne títulos eleitorais desde a época do Império, urnas de votação (de madeira, 
de lona e eletrônicas), quadros, fotografias e material audiovisual, entre outros itens.
A realização de exposições temáticas, o lançamento de livros, a realização de palestras, além 
de visitas escolares monitoradas na sede do tribunal e o desenvolvimento de um projeto de 
história oral, são algumas das iniciativas do CEMEL.
(Disponível em: www.tre-sp.jus.br)
1. Da leitura do texto, compreende-se que
a) a preservação da memória político-eleitoral consiste em resgatar o regime imperialista.
b) o acervo do CEMEL preserva um material tão antigo que antecede a época do Império.
c) a consciência de cidadania é condição necessária para a consolidação da democracia.
d) o estudo da história é garantia do estabelecimento de um governo pautado pela cidadania.
e) a meta do CEMEL é assegurar o arquivamento sigiloso da documentação da justiça eleitoral.
2. O Centro de Memória Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem por objetivo a 
execução de ações... (1º parágrafo) 
O segmento sublinhado estará corretamente substituído, com o sentido preservado, por:
a) visa à
b) propõe-se da
c) promove à
d) reivindica à
e) promulga a
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
3. A frase em que a concordância se estabelece em conformidade com a norma-padrão da língua 
é:
a) Voltados ao cultivo e à difusão da memória político-eleitoral, foi criado o CEMEL, em 1999.
b) Dão-se com regularidade a ocorrência de visitas escolares monitoradas na sede do tribunal.
c) Faz parte do acervo títulos eleitorais, urnas de votação, quadros, fotografias e material 
audiovisual.
d) Entre as iniciativas do CEMEL, destaca-se a realização de exposições e o lançamento de 
livros.
e) O acervo do CEMEL contêm, entre outros itens, títulos de eleitor que remontam à época do 
Império.
Atenção: Para responder às questões de números 4 a 6, considere o texto abaixo.
  As crianças de hoje estão crescendo numa nova realidade, na qual estão conectadas 
mais a máquinas e menos a pessoas, de uma maneira que jamais aconteceu na história da 
humanidade. A nova safra de nativos do mundo digital pode ser muito hábil nos teclados, mas 
encontra dificuldades quando se trata de interpretar comportamentos alheios frente a frente, 
em tempo real.
  Um estudante universitário observa a solidão e o isolamento que acompanham uma vida 
reclusa ao mundo virtual de atualizações de status e “postagens de fotos do meu jantar”. Ele 
lembra que seus colegas estão perdendo a habilidade de manter uma conversa, sem falar nas 
discussões profundas, capazes de enriquecer os anos de universidade. E acrescenta: “Nenhum 
aniversário, show, encontro ou festa pode ser desfrutado sem que você se distancie do que 
está fazendo”, para que aqueles no seu mundo virtual saibam instantaneamente como está se 
divertindo.
  De algumas maneiras, as intermináveis horas que os jovens passam olhando fixamente 
para aparelhos eletrônicos podem ajudá-los a adquirir habilidades cognitivas específicas. 
Mas há preocupações e questões sobre como essas mesmas horas podem levar a déficits de 
habilidades emocionais, sociais e cognitivas essenciais.
(Adaptado de: GOLEMAN, Daniel. Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso. 
Trad. Cássia Zanon. Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, p. 29-30)
4. Na opinião do autor,
a) a constante conexão às máquinas não tem o potencial de contribuir para o desenvolvimento 
intelectual dos jovens.
b) a atenção exagerada que se dá aos meios virtuais tem como efeito o surgimento de 
problemas na interação social.
c) a superficialidade das conversas travadas nas redes sociais é fruto da redução gradual de 
eventos coletivos.
d) o isolamento em um mundo virtual se torna preocupante quando o jovem deixa de 
frequentar eventos sociais.
e) o ambiente virtual tornou-se mais atraente ao jovem na medida em que este se viu inábil 
para lidar com conflitos reais.
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
5. Uma frase redigida em conformidade com as informações do texto é:
a) De tanto que tem dificuldade em interpretar as pessoas face a face, o nativo digital é hábil 
nos teclados.
b) A despeito de ser hábil nos teclados, o nativo digital tem dificuldade em interpretar as 
pessoas face a face.
c) Diante da dificuldade em interpretar as pessoas face a face, o nativo digital, portanto, é 
hábil nos teclados.
d) O nativo digital tem dificuldade em interpretar as pessoas face a face, em virtude de ser 
hábil nos teclados.
e) À presunção de ser hábil nos teclados, o nativo digital tem dificuldade em interpretar as 
pessoas face a face.
6. Considere a relação entre o vocábulo “que” e a expressão entre colchetes nas seguintes 
passagens do texto.
I – ... estão conectadas mais a máquinas e menos a pessoas, de [uma maneira] que jamais 
aconteceu na história da humanidade. (1º parágrafo)
II – Um estudante universitário observa [a solidão e o isolamento] que acompanham uma vida 
reclusa ao mundo virtual... (2º parágrafo)
III – Ele lembra que [seus colegas] estão perdendo a habilidade de manter uma conversa... 
(2º parágrafo)
IV – [Nenhum aniversário, show, encontro ou festa] pode ser desfrutado sem que você se 
distancie... (2º parágrafo)
V – ... [as intermináveis horas] que os jovens passam olhando fixamente para aparelhos 
eletrônicos... (3º parágrafo)
Tem função pronominal, por se referir à expressão entre colchetes e equivaler a ela em termos 
de sentido, o vocábulo “que” sublinhado APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III e IV.
c) I, II e V.
d) I, II e IV.
e) III, IV e V.
7. A forma verbal empregada corretamente está na frase:
a) Notam-se a probabilidade de problemas emocionais e de déficits de habilidades sociais.
b) Dedica-se ao manejo de aparelhos eletrônicos, desde a mais tenra idade, as crianças de 
hoje.
c) Cercam-se de solidão e isolamento uma vida reclusa ao mundo virtual de atualizações de 
status.
d) Findaram as discussões profundas, com as quais poderia se enriquecer os anos de 
universidade.
e) Interpretam-se, com dificuldade, comportamentos alheios frente a frente, em tempo real.
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
8. A frase redigida com clareza e correção é:
a) A humanidade assiste a uma revolução tecnológica e comportamental inédita, cujas 
consequências ainda não são passíveis de mensuração.
b) As duas primeiras décadas deste século, tem assistido uma transformação vertiginosa que 
entretanto, não satisfaz os desejos de expansão humano.
c) É comum pessoas negligenciarem ao instante presente para tirar fotos de que serão 
apreciadas por amigosvirtuais, com o qual não se tem intimidade.
d) É possível que o cérebro da nova safra de nativos digitais, adapta-se ao contato exacerbado 
com as máquinas, afim de aproveitar-lhe ao máximo.
e) Os jovens que obterem melhor desempenho com as novas tecnologias farão jus à mais 
sucesso, porém há outras habilidades, que podem prejudicá-lo.
Gabarito: 1. C 2. A 3. D 4. B 5. B 6. C 7. E 8. A
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
2. CREMESP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – 2016
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 3.
  O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, foi a data escolhida pelo Conselho Regional 
de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para o lançamento de uma campanha pela 
humanização da Medicina. Com o mote “O calor humano também cura”, a ação pretende 
enaltecer a vocação humanitária do médico e fortalecer a relação entre esses profissionais e 
seus pacientes, um dos pilares da Medicina.
  As peças da campanha ressaltam, por meio de filmes, anúncios e banners, que o médico é 
especialista em pessoas e que o toque, o olhar e a conversa são tão essenciais para a Medicina 
quanto a evolução tecnológica.
(No Dia do Médico, Cremesp lança campanha pela humanização da Medicina. Disponível em: www.cremesp.org.br)
1. Levando em conta a linguagem, o formato e a finalidade do texto, conclui-se que se trata de
a) um editorial.
b) uma notícia.
c) um artigo de opinião.
d) uma carta comercial.
e) uma reportagem.
2. A partir da leitura do texto, entende-se que a
a) tecnologia e o calor humano têm importância equivalente para a medicina.
b) relação entre médico e paciente deve limitar-se à criação de laços afetivos.
c) medicina deve pautar-se pelo calor humano e prescindir da tecnologia.
d) relação entre médico e paciente deve apoiar-se no afeto e não na razão.
e) tecnologia é um catalisador do contato afetuoso entre médico e paciente.
3. ... uma campanha pela humanização da Medicina.
Uma expressão que substitui o vocábulo sublinhado, preservando o sentido original e 
atendendo à norma-padrão da língua, é:
a) propícia na
b) em benefício da
c) favorável na
d) em detrimento da
e) à incentivo da
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder às questões de números 4 a 8.
  É preciso ser taxativo: seu planejamento financeiro familiar não será eficiente se você 
não tiver equilíbrio orçamentário, o que se traduz em gastar menos do que ganha e investir 
a diferença com regularidade. Alcançar e manter o equilíbrio orçamentário mês a mês é 
fundamental para viabilizar a realização de seus sonhos, já que os sonhos têm custo.
  Não é difícil detectar o desequilíbrio orçamentário ao analisar seu comportamento familiar 
de consumo. Se você tem o hábito de gastar enquanto o saldo no banco permite, a constatação 
é imediata: o uso do dinheiro em sua família é irresponsável, pois negligencia a necessidade 
de reservas no futuro. Se, por outro lado, você procura manter algum tipo de disciplina com os 
gastos ao controlar suas dívidas, mas não controla o suficiente para viabilizar sobras regulares, 
a situação é ainda pior. Você apenas tem mais trabalho para conduzir a vida de maneira 
descuidada. O controle, por si só, não passa de perda de tempo.
(CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira pessoal na prática. 
São Paulo, Elsevier, 2009, p. 25)
4. Segundo o autor, o equilíbrio orçamentário
a) exige o investimento na aquisição de propriedades.
b) requer a redução do número de despesas fixas.
c) pressupõe a manutenção periódica de reservas.
d) prevê a eliminação de gastos com sonhos individuais.
e) demanda a limitação de gastos a itens essenciais.
5. O trecho do texto cuja palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, pela 
expressão que está entre parênteses é:
a) O controle, por si só, não passa de perda de tempo. [uso distinto]
b) Se você tem o hábito de gastar enquanto o saldo no banco permite... [comportamento 
instintivo]
c) É preciso ser taxativo: seu planejamento financeiro familiar não será eficiente se você não 
tiver equilíbrio orçamentário... [rígido de princípios]
d) Alcançar e manter o equilíbrio orçamentário mês a mês é fundamental para viabilizar a 
realização de seus sonhos... [tornar exequível]
e) Você apenas tem mais trabalho para conduzir a vida de maneira descuidada. [dar à luz]
6. Considere a função do vocábulo “se” nas seguintes frases do texto.
 • ... seu planejamento financeiro familiar não será eficiente se você não tiver equilíbrio 
orçamentário...
 • Se você tem o hábito de gastar enquanto o saldo no banco permite, a constatação é 
imediata...
 • Se, por outro lado, você procura manter algum tipo de disciplina com os gastos ao controlar 
suas dívidas, mas não controla o suficiente para viabilizar sobras regulares, a situação é 
ainda pior.
A recorrência desse vocábulo evidencia que
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
a) os problemas apresentados pelo autor não podem ser avaliados criticamente.
b) as situações narradas pelo autor são verídicas e aconteceram com ele próprio.
c) o texto tem uma estrutura própria da narração de fatos rememorados.
d) a emotividade predomina num texto marcado por experiências pessoais.
e) o autor organiza sua argumentação recorrendo à formulação de hipóteses.
7. Não é difícil detectar o desequilíbrio orçamentário ao analisar seu comportamento familiar de 
consumo.
Essa frase está corretamente reescrita com as formas verbais empregadas na voz passiva em:
a) O desequilíbrio orçamentário não é difícil de ser detectado quando se analisa seu 
comportamento familiar de consumo.
b) Quem quiser detectar o desequilíbrio orçamentário não encontrará dificuldade ao fazer 
uma análise de seu comportamento familiar de consumo.
c) Detectar o desequilíbrio orçamentário passa a não ser difícil com a análise de seu 
comportamento familiar de consumo.
d) A dificuldade em detectar o desequilíbrio orçamentário deixa de existir à proporção que 
analisam seu comportamento familiar de consumo.
e) O desequilíbrio orçamentário deixa de ser difícil de detectar no momento em que começam 
a analisar seu comportamento familiar de consumo.
8. Se, por outro lado, você procura manter algum tipo de disciplina com os gastos ao controlar 
suas dívidas, mas não controla o suficiente para viabilizar sobras regulares, a situação é ainda 
pior.
Atendendo-se às regras de uso verbal, as formas sublinhadas estarão corretamente substituídas, 
na ordem dada, por:
a) mantêm – controlaria – fosse
b) mantiver – controlar – seja
c) mantesse – controlasse – será
d) mantivesse – controlasse – seria
e) manter – controlar – será
Atenção: Utilize a tirinha abaixo para responder às questões de números 9 e 10.
(WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em: http://m.cultura.estadao.com.br)
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Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
9. Com relação à fala Estou tentando usar meu tempo mais eficientemente, o comentário Portanto, 
não vou perder meu tempo lendo suas dicas sobre eficiência estabelece relação de
a) concessão.
b) concomitância.
c) finalidade.
d) conclusão.
e) conformidade.
10. É isso aí, senhor!
Nessa frase, a vírgula tem a função de destacar o vocativo, assim como se observa em:
a) Na empresa, há espaços destinados à prática de ginástica laboral e ao descanso dos 
funcionários durante o expediente.
b) Satisfeito com as vendas, o gerente da loja de caminhões resolveu dar uma gratificação 
maior a seus funcionários.
c) Os moradores, proprietários ou locatários, deverão receber a versão atualizada do 
regimento interno do condomínio.
d) As reformas nas dependências do prédio foram autorizadas pelos engenheiros, contratados 
exclusivamente para isso.
e) Prezados colaboradores, temos a satisfação de anunciar que a creche da empresa será 
inaugurada no próximo mês.
11. Uma frase cuja redação está adequada a ume-mail institucional, ou seja, a um contexto de 
comunicação escrita formal, é:
a) Desculpe-me, eu tinha muito interesse em ler tuas sugestões de eficiência, só que agora 
estou muito ocupado e sem tempo.
b) Caríssimo, por falta de tempo, devo lhe confessar que não vou poder tomar ciência das 
tuas sugestões de eficiência.
c) Devido a restrições de tempo, informo-lhe que suas sugestões de eficiência não serão 
submetidas à análise neste momento.
d) Lhe comunico, por meio deste, que não estou dispondo de tempo para debruçar-me sobre 
as tuas sugestões de eficiência.
e) Gostaria que você soubesse que, mesmo considerando suas sugestões de eficiência válidas, 
não tenho como avaliar-lhes agora.
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder às questões de números 12 a 14.
  Outro dia, em busca de determinada informação, caiu-me às mãos um calendário de 1866. 
Por força do hábito, examinei-o pelo avesso e descobri um panorama encantador. Como todos 
antes dele, foi um ano cheio de domingos. Nasceu e morreu gente. Declararam-se guerras 
e fizeram-se as pazes, não necessariamente nessa ordem. O barco a vapor, o telégrafo e 
a fotografia eram as grandes novidades, e já havia no ar um xodó pela tecnologia. Mas não 
adiantava: aquele mundo de 150 anos atrás continuava predominantemente literário.
  Eram tempos em que, flanando pelas grandes cidades, os mortais podiam cruzar com os 
escritores nas ruas — poetas, romancistas, pensadores —, segui-los até seus cafés, sentar-se à 
mesa do lado, ouvir o que eles diziam e, quem sabe, puxá-los pela manga e oferecer-lhes fogo. 
13
Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas mesmas cidades, quem sabe até 
em bairros vizinhos. E todos em idade madura, no auge de suas vidas ativas e criativas.
  Na Paris de 1866, por exemplo, roçavam cotovelos Alexandre Dumas, Victor Hugo, 
Baudelaire. Em Lisboa, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz. E, no Rio, 
bastava um pulinho à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José de 
Alencar.
  Que viagem, a 1866.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Viagem a 1866. Disponível em: www.folha.uol.com.br)
12. Em seu texto, o autor chama a atenção para uma singularidade do ano de 1866 que diz respeito
a) à existência de estabelecimentos especializados em receber escritores.
b) à concentração de grandes escritores partilhando os mesmos espaços.
c) à maneira como os leitores tinham maior reverência pelos escritores.
d) ao modo displicente com que os escritores andavam pelas ruas.
e) ao fato de os escritores terem uma relação de amizade com os leitores.
13. Uma característica do gênero crônica que pode ser observada no texto é a presença de uma 
linguagem
a) argumentativa, que se evidencia em: Nasceu e morreu gente.
b) imparcial, que se evidencia em: Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem 
nas mesmas cidades...
c) formal, que se evidencia em: ... já havia no ar um xodó pela tecnologia.
d) arcaica, que se evidencia em: Que viagem, a 1866.
e) coloquial, que se evidencia em: ... foi um ano cheio de domingos.
14. Um trecho do texto está reescrito corretamente, em conformidade com a norma-padrão da 
língua e com o sentido preservado em linhas gerais, em:
a) Eram tempos em que ... os mortais podiam cruzar com os escritores nas ruas... / Tratavam-
se de tempos em que os escritores eram acessível aos mortais nas ruas...
b) Como todos antes dele, foi um ano cheio de domingos. / Assim como ocorreram em todos 
os anos antes dele, houveram naquele ano muitos domingos.
c) O barco a vapor, o telégrafo e a fotografia eram as grandes novidades... / Eram considerados 
como as grandes novidades da época o barco a vapor, o telégrafo e a fotografia...
d) ... roçavam cotovelos Alexandre Dumas, Victor Hugo, Baudelaire. / ... mantinha contato, ao 
roçar os cotovelos, Alexandre Dumas, Victor Hugo, Baudelaire.
e) ... bastava um pulinho à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José 
de Alencar. / ... com um pulinho à rua do Ouvidor, logo estavam-se perante de Machado de 
Assis e José de Alencar.
15. A frase redigida com clareza e correção é:
a) Após encontrar, fortuitamente, um calendário de 1866, o autor empreendeu uma viagem 
àquele ano e concluiu que foi um período de intensa produção literária, com grandes 
artistas no ápice de suas carreiras.
14
Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
b) Um amante de literatura certamente, ficaria extasiado caso concedessem-no a 
oportunidade de viajar a 1866, ano em que tivera a chance de conviver com autores 
consagrados, da extirpe de Baudelaire.
c) O autor ao cair um calendário antigo em suas mãos, relata uma viagem àquele ano, onde 
pode imaginar vários escritores de renome ainda vivos e disfrutando da fase mais madura 
de sua carreira.
d) Na medida que o ano se transcorreu, pessoas guerrearam e fizeram as pazes, bem como 
muitos escritores caminharam lado a lado nas ruas de suas cidades, por que aquele ano era 
majoritariamente literário.
e) Ao discorrer pelas ruas do Rio de Janeiro em 1866 talvez era possível esbarrar-se com 
escritores da estatura de um Machado de Assis, de cuja obra todos, não sem razão, nutrem 
grande admiração.
Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. C 5. D 6. E 7. A 8. D 9. D 10. E 11. C 12. B 13. E 14. C 15. A
15
Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
3. ELETROSUL – TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS – 2016
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Atenção: As questões de números 1 a 5 referem-se ao texto abaixo.
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar
  Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. Sessenta e três graus ou até 
mais no verão. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi 
uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
  Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas renováveis. Não vão substituir 
o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar 
e poluir menos. Uma aposta no futuro.
  A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade sustentável de 
Masdar. Dez por cento do planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os 
carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas são bem estreitas para que um prédio 
faça sombra no outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E 
a direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar”. Disponível em: http://g1.globo.
com/globo-reporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
1. A construção de uma das maiores usinas de energia solar do mundo em Abu Dhabi se justifica 
pela preocupação dos Emirados Árabes em
a) eliminar as fontes de calor, especialmente no verão.
b) preservar as minas de petróleo que ainda restam.
c) emitir menos poluentes durante a geração de energia.
d) fornecer energia a baixo custo para a população local.
e) pôr fim imediato à poluição gerada pelo uso do petróleo.
2. Acerca da cidade de Masdar, é correto afirmar que
a) foi projetada com estratégias para reduzir o calor.
b) permanece no papel, pois sua execução é inviável.
c) partiu de um projeto testado antes em outra região.
d) foi planejada durante uma época anterior aos carros.
e) é bem convencional, inspirada nas grandes metrópoles.
16
Português - FCC | 100 Questões Comentadas e Corrigidas
3. A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade sustentável de Masdar. 
(3º parágrafo)
Ao substituir-se a forma “levou” pela construção “fez com que”, o segmento sublinhado deverá 
ser substituído, preservando-se a correlação verbal, por
a) tirará.
b) tira.
c) tirava.
d) tirasse.
e) tirar.
4. Os revestimentos das paredes isolam o calor. (3º parágrafo) 
Essa oração está corretamente reescrita na voz passivaem:
a) Isola o calor os revestimentos das paredes.
b) O calor é isolado pelos revestimentos das paredes.
c) Isolam-se o calor ao ser revestido as paredes.
d) O calor é que isola os revestimentos das paredes.
e) Os revestimentos das paredes são isolado do calor.
5. Considere as seguintes passagens do texto:
I – E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das 
maiores usinas de energia solar do mundo. (1º parágrafo)
II – Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. (2º 
parágrafo)
III – Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. (3º parágrafo)
IV – As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. (3º parágrafo) 
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o qual” APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e IV.
e) III e IV.
Atenção: As questões de números 6 a 8 referem-se ao texto abaixo.
Ofertas do Google
  Uma das coisas que admiro nas pessoas que sabem muito é o desapego. Elas não se 
contentam em saber − espalham generosamente o que sabem, vivem prontas a ensinar e fazem 
isso de graça, pelo prazer de ajudar. O conhecimento não é para ser guardado a ferros, mas 
dividido − aliás, a única maneira de multiplicá-lo.
  Tive a sorte de trabalhar ou conviver com alguns verdadeiros arquivos vivos, gente capaz 
de responder na lata sobre muitos assuntos além dos de sua área − entre outros, Otto Maria 
Carpeaux e Franklin de Oliveira. Uma pergunta a um deles era a garantia de uma aula.
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  De 15 anos para cá, o Google se esforça para substituir as sumidades do conhecimento. 
É o maior banco de dados do mundo e ameaça tornar ociosos os dicionários, enciclopédias e 
compêndios − já absorvidos por ele, ao alcance de consultas rápidas e, melhor ainda, grátis.
  Ou não? Posso estar errado, mas tenho visto que, de algum tempo para cá, ao procurar por 
qualquer assunto no Google, ele nos cumula de pechinchas comerciais sobre o dito assunto. Se 
você pesquisar “sorvete”, “livro” ou “apartamento”, ele aproveitará para apregoar um irritante 
varejo desses produtos.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. “Ofertas do Google”. 
Disponível em: www.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/03/1748685-ofertas-do-google.shtml)
6. O autor faz uma crítica
a) ao fato de o Google ter feito com que os homens sábios parecessem charlatões.
b) à maneira como o Google divulga informações sem dar crédito aos autores.
c) à superficialidade do conteúdo do Google comparado com os livros tradicionais.
d) à falta de variedade de conteúdo disponível para pesquisas rápidas no Google.
e) à divulgação de conhecimento no Google aliada a interesses comerciais.
7. A expressão sublinhada tem seu sentido expresso, em outras palavras, em:
a) ... ameaça tornar ociosos os dicionários, enciclopédias e compêndios... (3º parágrafo) / 
obsoletos
b) ... a única maneira de multiplicá-lo. (1º parágrafo) / decompô-lo
c) ... o Google se esforça para substituir as sumidades do conhecimento. (3º parágrafo) / os 
inábeis
d) Uma pergunta a um deles era a garantia de uma aula. (2º parágrafo) / prepotência
e) De 15 anos para cá, o Google se esforça para substituir... (3º parágrafo) / se surpreende
8. Uma frase escrita com clareza, correção e em conformidade com o texto é:
a) Há quinze anos, o Google tornou acessível o conteúdo, de dicionários e enciclopédias, para 
que se tornassem de fácil acesso à todos que consultam-lhe.
b) Embora o saber não deva ser multiplicado, porém dividido, são louvável as iniciativas 
daqueles que se empenham de compartilhar, aos outros, sua sabedoria.
c) O autor diz ter tido a sorte de trabalhar, com verdadeiros sábios que, quando perguntados, 
à respeito de qualquer assunto logo respondiam prontamente.
d) Uma característica admirável nas pessoas que sabem muito, segundo o autor, é a 
generosidade com que elas se dispõem a partilhar o conhecimento.
e) O Google é hoje, o banco de dados mais eficiente para quem deseja se aprofundar, ao 
conhecimento de um assunto, desde “sorvete” à “apartamento”.
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9. Considere o texto abaixo.
Da paginação
  Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e suficientes 
claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enchê-los de desenhos − gatos, 
homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, 
tranças, estrelas − que passarão também a fazer parte dos poemas...
(QUINTANA, Mario. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005, p. 33)
Para o autor, os livros de poemas devem ter uma apresentação que
a) elimine a chance de mais de uma interpretação.
b) induza a uma leitura realista e bem objetiva.
c) estimule a participação ativa das crianças.
d) ensine as crianças a se portar com bons modos.
e) seja compreensível a pessoas que são analfabetas.
10. A frase escrita corretamente, de acordo com a norma-padrão, é:
a) É provavel que desenhos de outros animais sejam benvindos nos livros que o autor se 
refere.
b) O autor expressou o desejo que os livros mantessem margens estensas e páginas em 
branco.
c) Os desenhos que as crianças virem a fazer nos livros deverão ser acrecidos aos poemas.
d) As páginas em branco serveriam ao proposito de oferecer às crianças espaço para desenhar.
e) As crianças terão a liberdade de expor os desenhos que julgarem mais apropriados ao livro.
Gabarito: 1. C 2. A 3. D 4. B 5. B 6. E 7. A 8. D 9. C 10. E
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4. TRT – 20ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.
  Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa tão 
inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar 
e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais para a sala de aula. Entre 
rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes podem ser tratados e debatidos.
  Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, recebi centenas 
de mensagens com depoimentos de educadores que compram meus folhetos e utilizam minhas 
rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de diversidade sexual e história. Com a 
série Heroínas Negras na História do Brasil, séculos de esquecimento começam a ser rompidos 
e muita gente escuta falar, pela primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes 
quilombolas e guerreiras na luta contra a escravidão.
  Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba Gaba e 
Mariana Crioula protagonizam discussões acaloradas sobre racismo e machismo; até mesmo 
uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para colocar essas questões em pauta.
  Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode trazer 
política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira profundamente 
envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da sociedade em 
uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.
  Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que só deve 
acontecer quando todos os empecilhos preconceituosos forem tirados do caminho. Ainda 
há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscando e gritando que um dia, 
infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.
(Adaptado de: ARRAES, Jarid. “A literatura de cordel...”, Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições, 2016, p. 12-13)
1. De acordo com o texto,
a) o preconceito relacionado à literatura de cordel deve-se sobremaneira às histórias com 
protagonistas ligados a temas como diversidade sexual, racial e questões de gênero.
b) o cordel, por ser barato e de fácil difusão, pode ser usado como um instrumento de 
educação para um mundo mais igualitário, a começar pelomodo como ele próprio é visto 
pela sociedade.
c) o cordel presta-se aos mais variados fins ideológicos, por ser um suporte barato para ideias 
facilmente aceitáveis pelas minorias políticas, como mulheres e negros.
d) o cordel vem se tornando um objeto de museu, seja por ser um símbolo da cultura oral da 
população do Nordeste, seja pelo caráter edificante de suas histórias.
e) por mais que o cordel possa ser usado em aulas de língua portuguesa, não é este seu uso 
primordial, uma vez que se caracteriza por uma linguagem nem sempre recomendável.
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2. Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa tão inalcançável. 
Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar e de 
compartilhar com outras pessoas. (1º parágrafo)
Mantendo-se a correção e a lógica, e fazendo-se as alterações necessárias na pontuação entre 
minúsculas e maiúsculas, as frases acima podem ser articuladas em um único período mediante 
o uso de, após “inalcançável”:
a) uma vez que
b) conquanto
c) de maneira que
d) a tal ponto que
e) caso
3. Leia as afirmações abaixo a respeito da pontuação do 2º parágrafo.
I – A vírgula imediatamente após “anos” tem por função separar dois segmentos de função 
sintática semelhante no período.
II – A vírgula imediatamente após “cordéis” justifica-se pelo fato de que todo o trecho anterior 
a ela, de caráter adverbial, antecede a oração principal.
III – Imediatamente após o termo “rompidos” pode-se acrescentar uma vírgula, uma vez que 
separaria orações de sujeitos diferentes.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I, apenas.
e) III, apenas.
4. Mantendo-se o sentido, nos segmentos abaixo, o termo sublinhado que pode ser substituído 
por “a fim de” encontra-se em:
a) Melhor ainda: são ideais para a sala de aula. (1º parágrafo)
b) ... a literatura de cordel é excelente para a transformação da sociedade... (4º parágrafo)
c) ... e pode trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira 
profundamente envolvente. (4º parágrafo)
d) ... pode ser a oportunidade perfeita para colocar essas questões em pauta. (3º parágrafo)
e) ... e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais... (2º parágrafo)
5. ... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4º parágrafo). 
A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente:
a) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária.
b) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural.
c) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação.
d) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.
e) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade.
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Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.
  O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século 
XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, 
as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e da 
formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo 
relativamente novo.
  A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também 
um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo, em 
permanente mudança e construção.
  Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso 
que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador 
de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância 
numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta, 
não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, 
conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as 
finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.
  Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu mereço”. 
Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência 
natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de 
buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações 
que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que 
se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar.
(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)
6. Atente para as afirmações abaixo.
I – No texto, assinala-se a infantilização dos adultos de hoje que, de um lado, precisam de 
ajuda para resolver diversos tipos de conflito e, de outro, creem que atingirão suas metas sem 
maiores esforços.
II – As mudanças históricas ocorridas no conceito de infância fizeram com que esta passasse de 
uma fase de brincadeiras criativas e formação educacional a um período de consumo extremo, 
amplamente explorado pelo mercado.
III – A tendência atual de buscar “treinadores” que interferem em diversas áreas da vida, seja 
solucionando conflitos pessoais ou promovendo atitudes positivas no trabalho, é reflexo do 
aumento da competitividade, que faz com que os indivíduos tenham que se esforçar ao máximo 
para atingir suas metas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.
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7. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está também 
sublinhado em:
a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas...
b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
c) ... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo...
d) E, mesmo que se esforcem muito...
e) Hoje há algo novo nesse cenário.
8. Identifica-se noção de concessão no segmento que se encontra em:
a) Quando essa crença fracassa... (último parágrafo)
b) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas... (1º parágrafo)
c) ... a partir do século XVIII. (1º parágrafo)
d) ... em permanente mudança e construção. (2º parágrafo)
e) ... embora estejamos na idade adulta... (3º parágrafo)
9. Afirma-se corretamente:
a) No segmento O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente (1º 
parágrafo), o elemento sublinhado refere-se a “Ocidente”.
b) No segmento com direito à proteção dos pais e depois à do Estado (1º parágrafo), o sinal 
indicativo de crase que antecede o termo “do” é facultativo e pode ser suprimido.
c) O elemento sublinhado em é também um fenômeno histórico implicado nas transformações 
econômicas e sociais do mundo (2º parágrafo) pode ser corretamente substituído por: 
“compelido”.
d) Mantendo-se a correção e o sentido, o segmento sublinhado em país que transformou a 
infância numa bilionária indústria de consumo (3º parágrafo) pode ser substituído por: 
“cuja a infância foi transformada”.
e) Fazendo-se as devidas alterações entre minúsculas e maiúsculas, as frases Hoje há algo 
novo nesse cenário / Vivemos a era dos adultos infantilizados (3º parágrafo) podem ser 
articuladas em um único período com o uso do sinal de dois-pontos.
10. Está correta a redação que se encontra em:
a) Segundo pesquisadores, como nem todas as crianças vivem a infância propriamente dita, 
devido as suas condições econômicas, sociais e culturais, as particularidades da infância 
não são reconhecidas por todas as crianças.
b) A visão que os adultos atualmente tem da criança foi historicamente construído ao longo 
das transformações sóciais e históricas.
d) No passado, nem sempre as questõesrelacionadas à criança fazia com que esta fosse vista, 
pela sociedade, como um ser que necessita de atenção diferenciada e proteção do Estado.
d) Surge, no início do século XVII, juntamente com o desenvolvimento de noções inovadoras 
sobre o comportamento infantil, um novo tipo de literatura pedagógica destinada aos pais 
e educadores.
e) O desenvolvimento de sentimentos específicos em relação a infância tornaram-se mais 
significativos durante o século XVII, quando começa a mudar certos costumes começam a mudar.
Gabarito: 1. B 2. A 3. C 4. E 5. D 6. A 7. D 8. E 9. E 10. D
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5. TRT – 14ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.
  Um pequeno tesouro literário, guardado com esmero durante quatro gerações, veio a 
público nesta quinta-feira (15.10.2015). Dezenas de documentos, fotos e 61 cartas do crítico 
e acadêmico José Veríssimo, recebidas do escritor Machado de Assis, foram entregues pela 
família de Veríssimo à Academia Brasileira de Letras (ABL).
  Textos manuscritos, datados do início do século passado, e até uma fotografia e 12 cartas 
inéditas do patrono da Academia ficaram guardados por décadas em um antigo gaveteiro de 
madeira, que veio passando de geração em geração e, por último, estava no apartamento da 
aposentada Helena Araújo Lima Veríssimo, viúva do jornalista Jorge Luiz Veríssimo, um dos 
netos de José Veríssimo.
  Apesar do valor histórico e sentimental do material, a família achou melhor entregar a 
guarda dos documentos à ABL, que tem condições ideais para preservar a coleção, em que se 
destaca uma foto inédita de Machado de Assis.
  “O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, filho do 
acadêmico], que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar. O marechal 
organizou o acervo, escreveu uma biografia de José Veríssimo e depois passou tudo para meu 
marido”, disse Helena.
  Para o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, trata-se de um acervo precioso e 
que pode incentivar outras famílias, detentoras de material histórico sobre os acadêmicos, a 
também doarem o acervo à Academia. “Isto pode despertar a atenção de outras pessoas que 
tenham documentos em casa e se disponham a trazer para a Academia, que é a guardiã desse 
tipo de acervo, que é muito difícil de ser guardado em casa, pois o tempo destrói e aqui temos a 
melhor técnica de conservação de documentos”, disse Cavalcanti.
(Adaptado de: OLIVEIRA, Gomes. Cartas inéditas de Machado de Assis são doadas à Academia Brasileira de Letras. www.
folharondoniense.com.br/cultura/cartas-ineditas-de-machado-de-assis-sao-doadas-a-academia-brasileira-de-letras)
1. A família de José Veríssimo decidiu doar o acervo do crítico e acadêmico porque julgou que a 
ABL
a) pode manter os documentos inacessíveis a leitores e pesquisadores.
b) tem mais competência em divulgar os documentos ao público.
c) deve ser a verdadeira herdeira dos documentos de seus ancestrais.
d) detém as técnicas necessárias para interpretar os documentos.
e) é capaz de armazenar os documentos de modo mais adequado.
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2. O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, filho do acadêmico], 
que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar.
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima Veríssimo,
a) não é muito comum haver militares interessados em literatura.
b) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura.
c) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura.
d) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por literatura.
e) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura.
3. “Isto pode despertar a atenção de outras pessoas que tenham documentos em casa e se 
disponham a trazer para a Academia, que é a guardiã desse tipo de acervo, que é muito difícil 
de ser guardado em casa, pois o tempo destrói e aqui temos a melhor técnica de conservação 
de documentos”, disse Cavalcanti.
O termo sublinhado faz referência a
a) pessoas.
b) acervo.
c) Academia.
d) tempo.
e) casa.
4. O marechal organizou o acervo...
A forma verbal está corretamente transposta para a voz passiva em:
a) estava organizando
b) tinha organizado
c) organizando-se
d) foi organizado
e) está organizado
5. Textos manuscritos [...] e até uma fotografia e 12 cartas inéditas do patrono da Academia 
ficaram guardados [...] em um antigo gaveteiro de madeira...
A passagem acima está reescrita em conformidade com a norma culta, com o sentido 
preservado, em linhas gerais, em:
a) Em um antigo gaveteiro de madeira, textos manuscritos e até uma fotografia e 12 cartas 
inéditas do patrono da Academia reteram-se guardadas.
b) Um antigo gaveteiro de madeira guardaram textos manuscritos e até uma fotografia e 12 
cartas inéditas do patrono da Academia.
c) Textos manuscritos e até uma fotografia e 12 cartas inéditas do patrono da Academia 
deteram-se guardados em um antigo gaveteiro de madeira.
d) Textos manuscritos e até uma fotografia e 12 cartas inéditas do patrono da Academia foi o 
que tinham guardado um antigo gaveteiro de madeira.
e) Um antigo gaveteiro de madeira manteve guardados textos manuscritos e até uma 
fotografia e 12 cartas inéditas do patrono da Academia.
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Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 10.
  Em 2015, o Brasil comemorou os 150 anos de nascimento de Cândido Mariano da Silva 
Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, militar e sertanista brasileiro que desbravou 
as regiões Centro-Oeste e Norte nos séculos 19 e 20. Por causa das expedições que comandou, 
passou a ser habitada a região onde está situado o estado de Rondônia, assim denominado em 
sua homenagem.
  Rondon nasceu em Mimoso (MT), no dia 5 de maio de 1865. Descendente, por parte de 
mãe, dos índios terenas e bororo, e por parte de pai, dos índios guanás, logo ficou órfão, sendo 
criado pelo avô. Depois de sua morte, transferiu-se para o Rio de Janeiro e ingressou na Escola 
Militar. Depois de se formar bacharel em Ciências Físicas e Naturais e tornar-se tenente, em 
1890, foi transferido para o setor do Exército que implantava linhas telegráficas por todo o país.
  A partir daí, durante quase vinte anos, Rondon viajou por todo o Brasil implantando o 
telégrafo e eventualmente abrindo estradas. Nessas viagens, ele frequentemente encontrou 
tribos indígenas que não tinham contato com a civilização e, aos poucos, desenvolveu uma 
técnica de aproximação amigável. Rondon contribuiu também para o reconhecimento e 
mapeamento de grandes áreas ainda inóspitas no interior do país. A partir daí, levantou dados 
e informações de mineralogia, geologia, botânica, zoologia e antropologia. E encontrou, em 
1906, as ruínas do Real Forte do Príncipe da Beira, a maior relíquia histórica de Rondônia.
  Em 1910, organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção aos Índios, que viria a se tornar 
a Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 1952, propôs a criação do Parque Indígena do Xingu 
e, no ano seguinte, inaugurou o Museu Nacional do Índio.
  Rondon morreu em 1958, no Rio de Janeiro, com quase 93 anos. Dedicou a vida a promover 
a colonização do interior do país, pacificando e tratando os índios. Ficou conhecido pelo lema 
indigenista: “Morrer se for preciso, matar nunca”.
(Adaptado de: “Congresso comemora na próxima semana os 150 anos do Marechal Rondon”. Agência Senado. 
www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/04/30/congresso-comemora-na-proxima-semana-os-150-anos-do-marechal-rondon)
6. Destaca-se em Rondon
a) a personalidade instável e irascível.
b) o perfil autoritário e truculento.
c) o comportamento passivo e hesitante.
d) a atitude conformista e servil.
e) o espíritopacífico e desbravador.
7. Um fragmento do texto está seguido de uma tradução adequada em:
a) Depois de sua morte, transferiu-se para o Rio de Janeiro... / Após seu falecimento, regressou 
ao Rio de Janeiro...
b) ... assim denominado em sua homenagem. / ... chamado desse jeito para hostilizá-lo.
c) Por causa das expedições que comandou... / Em virtude das expedições que presidiu...
d) ... e eventualmente abrindo estradas. / ... e constantemente construindo passagens.
e) ... ele frequentemente encontrou tribos indígenas... / ... ele supostamente visitou 
comunidades indígenas...
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8. Em 1910, organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção aos Índios, que viria a se tornar a 
Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 1952, propôs a criação do Parque Indígena do Xingu e, 
no ano seguinte, inaugurou o Museu Nacional do Índio.
Uma frase condizente com o que se afirma nessa passagem é:
a) Rondon já havia proposto a criação do Parque Indígena do Xingu quando inaugurou o 
Museu Nacional do Índio.
b) A Fundação Nacional do Índio (Funai) havia sido criada quando Rondon passou a dirigir o 
Serviço de Proteção aos Índios.
c) Ao inaugurar o Museu Nacional do Índio, Rondon propôs a criação do Parque Indígena do 
Xingu.
d) Quando organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção aos Índios, Rondon inaugurara o 
Museu Nacional do Índio.
e) O Serviço de Proteção aos Índios, que se tornaria a Fundação Nacional do Índio (Funai) em 
1910, passou a ser organizado e dirigido por Rondon.
9. Considere as afirmações acerca da pontuação.
I – O acréscimo de uma vírgula antes do termo sublinhado não altera o sentido do trecho: 
Nessas viagens, ele frequentemente encontrou tribos indígenas que não tinham contato com a 
civilização...
II – O termo sublinhado pode estar entre vírgulas sem prejuízo para a correção gramatical do 
trecho: Rondon contribuiu também para o reconhecimento e mapeamento de grandes áreas 
ainda inóspitas no interior do país.
III – As vírgulas sinalizam uma enumeração no trecho: ... levantou dados e informações de 
mineralogia, geologia, botânica, zoologia e antropologia.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.
10. Está escrita em conformidade com a norma culta a seguinte frase, formulada a partir do texto:
a) Marechal Rondon fez juz a todas as homenagens que lhes foram prestadas pelo povo 
brasileiro.
b) Em 2015, as celebrações dos 150 anos do marechal Rondon estenderam-se por todo o país.
c) Graças à Rondon, o telégrafo pode chegar a áreas remotas no interior do Brasil décadas a 
traz.
d) Os povos indígenas tem muito à agradecer ao marechal Rondon, que sempre respeitou-
lhes.
e) Rondon foi uma especie de bandeirante, de cujas viagens permitirão colonizar o território 
no passado.
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Atenção: Considere o poema abaixo para responder às questões de números 11 e 12.
Nós, o rio e o tempo
Fico olhando, Maria, o nosso rio, 
o Madeira da nossa Juventude.
Na enchente, em constante inquietude 
vencendo a cada curva um desafio.
Para depois, no decorrer do estio, 
com a ribanceira em sua plenitude 
toda plantada pelo braço rude
de quem espera o fruto do plantio.
Mas o tempo, Maria, nos comprova 
que a cada instante o rio se renova
e nós a cada instante envelhecemos.
Por certo ele será sempre criança
e o seu poente um canto de esperança 
na saudade daquilo que vivemos.
(SILVA, Antônio Cândido da. www.acler.com.br/?conteudo=artigosmostra&cod=318&autor=6)
11. Percebe-se, no poema, a
a) representação do tempo como algo imutável.
b) caracterização da natureza degradada pelo homem.
c) predominância de uma ambientação urbana.
d) descrição do eterno conflito entre homem e mulher.
e) expressão de um sentimento nostálgico.
12. Apresentam significações opostas, no poema, os termos
a) rio e enchente, já que o primeiro equivale à calmaria e o segundo, à agitação.
b) plenitude e Juventude, já que o primeiro representa a tradição e o segundo, o progresso.
c) estio e ribanceira, já que o primeiro faz referência à escassez e o segundo, à fartura.
d) poente e saudade, já que o primeiro se refere ao futuro e o segundo, ao passado.
e) criança e canto, já que o primeiro remete à alegria e o segundo, à tristeza.
13. Considere o texto abaixo.
O rio Madeira banha os estados de Rondônia e do Amazonas. ...I... esse nome, pois no período 
de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, trazendo troncos e 
restos de madeira da floresta. É um dos principais rios da bacia do Amazonas e ...II... já foram 
dedicados textos literários, muitos ...III... possuem grande valor artístico.
As lacunas I, II e III do texto acima devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
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I II III
a) Deram-no para ele os quais
b) Deram-lhe a ele dos quais
c) Deram-lhe ante ele aos quais
d) Deram-no dele pelos quais
e) Deram-lhe nele nos quais
Atenção: Considere a tirinha abaixo para responder às questões de números 14 e 15.
(DAHMER, André. Malvados. www.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#9/9/2014)
14. Na opinião do palestrante,
a) o arrependimento com relação à tatuagem é dado como certo.
b) o adulto tem mais maturidade para não se arrepender de se tatuar.
c) a tatuagem deve ser uma marca que diferencia jovens e adultos.
d) os jovens devem dedicar anos à escolha da tatuagem perfeita.
e) a tatuagem feita durante a vida adulta não provoca arrependimentos.
15. No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do pronome, a 
alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu um conselho... é:
a) à alguns jovens que escutavam-no.
b) à estes jovens que o escutavam.
c) àqueles jovens que o escutavam.
d) à juventude que escutava-o.
e) à uma porção de jovens que o escutava.
Gabarito: 1. E 2. A 3. B 4. D 5. E 6. E 7. C 8. A 9. D 10. B 11. E 12. D 13. B 14. A 15. C
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6. TRT – 23ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016
CONHECIMENTOS GERAIS
Língua Portuguesa
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 6, considere o texto abaixo.
O biorregionalismo como alternativa ecológica
  O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o Estado e 
o mundo; em economia, a exploração predatória da natureza e a competição; em política, a 
centralização e a hierarquização; na cultura, o quantitativo sobre o qualitativo, a uniformização 
dos costumes, o consumismo e o individualismo.
  Esse paradigma subjaz, em grande parte, à atual crise da Terra, pois considera esta como 
um todo uniforme, sem valorizar a singularidade de seus muitos ecossistemas e a diversidade 
das culturas.
  Hoje está se impondo uma outra vertente, mais amiga da natureza e com possibilidades 
de nos tirar da crise atual: o “biorregionalismo”. A biorregião se circunscreve numa área, 
normalmente, definida pelos rios e pelo maciço de montanhas. Possui certo tipo de vegetação, 
geografia do terreno, de fauna e de flora e mostra uma cultura local própria, com seus hábitos 
e tradições.
  A tarefa básica do biorregionalismo é fazer os habitantes valorizarem o lugar onde vivem. 
Importa fazê-los conhecer o tipo de solos, de florestas, de animais, as fontes de água, o rumo dos 
ventos, os climas e microclimas, os ciclos das estações, o que a natureza pode oferecer em termos 
de paisagens, alimentação, bens e serviços para nós e para toda a comunidade de vida.
  É na biorregião que a sustentabilidade se faz real e não retórica a serviço do marketing; 
pode se transformar num processo dinâmico, que aproveita racionalmente as capacidades 
oferecidas pelo ecossistema local, criando mais igualdade e diminuindo em níveis razoáveis a 
pobreza.
  Mesmo sendo a comunidade local a unidade básica, isso não invalida a importância das 
unidades sistêmicas maiores(inter-regionais, nacionais e internacionais) que afetam a todos 
(por exemplo, o aquecimento global). A ideia do “glocal” nos ajuda a articular essas diferentes 
dimensões. Sempre é necessário informar-se sobre as experiências de outras regiões e sobre 
como está o estado geral do planeta Terra.
  O biorregionalismo possibilita que as mercadorias circulem no local, evitando as grandes 
distâncias; favorece o surgimento de cooperativas comunitárias; nele, persiste a economia de 
mercado, mas composta primariamente, embora não exclusivamente, de empresas familiares.
  O biorregionalismo permite, assim, deixar para trás o objetivo de “viver melhor”, de acordo 
com a ética da acumulação ilimitada, para dar lugar ao “bem viver e conviver”, segundo a ética 
da suficiência, que implica o bem-estar para toda a comunidade.
(Adaptado de: BOFF, Leonardo, Disponível em: www.folhadoestado.com.br/opiniao/id-305952/o_
bioregionalismo_como_alternativa_ecologica. Acesso em: 07.12.2015)
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1. Ao apresentar o biorregionalismo como alternativa ecológica, o autor
a) propõe o isolamento das comunidades em suas regiões, com a finalidade de combater a 
crise política.
b) defende o diálogo entre diversas culturas regionais, buscando uniformizar os costumes.
c) argumenta a favor do fim da economia de mercado, favorecendo as cooperativas familiares.
d) preconiza a exploração de recursos de uma determinada área, visando à sustentabilidade.
e) sugere o término do extrativismo em ecossistemas locais, para refrear o avanço do 
capitalismo.
2. O termo “glocal”, no contexto do 6º parágrafo, refere-se
a) à inter-relação de fatores regionais e mundiais.
b) ao conflito entre a iniciativa pública e a privada.
c) ao choque de interesses dos indivíduos e da comunidade.
d) à oposição entre biorregionalismo e aquecimento global.
e) ao relato de experiências culturais grupais e lógicas.
3. Assumem sentidos opostos, no texto, as expressões
a) cooperativas comunitárias e empresas familiares (7º parágrafo).
b) singularidade de seus muitos ecossistemas e diversidade das culturas (2º parágrafo).
c) biorregião e ecossistema local (5º parágrafo).
d) “viver melhor” e “bem viver e conviver” (8º parágrafo).
e) centralização e hierarquização (1º parágrafo).
4. O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o Estado e o 
mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) é privilegiado.
b) sendo privilegiadas.
c) são privilegiados.
d) foi privilegiado.
e) são privilegiadas.
5. A expressão sublinhada pode ser corretamente substituída, com o sentido preservado, em 
linhas gerais, e sem qualquer outra alteração no enunciado, pela expressão entre parênteses 
em:
a) Esse paradigma subjaz, em grande parte, à atual crise da Terra... (está superposto) − 2º 
parágrafo
b) A biorregião se circunscreve numa área... (se limita a uma) − 3º parágrafo
c) ... uma outra vertente, mais amiga da natureza e com possibilidades de nos tirar da crise 
atual... (predisposta) − 3º parágrafo
d) ... a ética da suficiência, que implica o bem-estar para toda a comunidade. (comprometida 
à) − 8º parágrafo
e) O biorregionalismo permite, assim, deixar para trás o objetivo... (suplantar do) − 8º 
parágrafo
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6. Está clara e correta a seguinte frase escrita a partir do texto:
a) As capacidades oferecidas pelo ecossistema local tem de ser aproveitadas para que se 
alcance níveis razoáveis de pobreza.
b) Não parece ser devidamente valorizado, nos debates ecológicos, a singularidade dos 
ecossistemas e a diversidade das culturas.
c) De acordo com Leonardo Boff, ainda predominam, nas discussões sobre cultura, o 
quantitativo sobre o qualitativo.
d) Não se devem desconsiderar a importância das unidades inter-regionais, nacionais e 
internacionais, pois afetam à todos.
e) Certo tipo de vegetação e de geografia do terreno é o que caracteriza, em parte, uma 
biorregião.
Atenção: Para responder às questões de números 7 e 8, considere o texto abaixo.
De quati
  Aparece um quati escoteiro. Decerto perseguido de cachorro. No chão é ente insuficiente o 
quati. Imita ser baleado. O rabo desequilibra de tanto rente na terra.
  Agora, se alcança árvore, quati arma banzé1. Arreganha. Monta episódio. E até xinga 
cachorro.
  Igual é o tamanduá. Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. Porém se encontra 
zamboada2, vira gente. E desafia cachorro, onça-pintada, tenente.
(BARROS, Manoel de. Livro de pré-coisas. In: Poesia completa. São Paulo, Leya, 2010, p. 235)
7. Um segmento que expressa ideia de causa, com relação ao trecho que o antecede 
imediatamente, está sublinhado em:
a) No chão é ente insuficiente o quati.
b) Agora, se alcança árvore, quati arma banzé.
c) Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca.
d) Monta episódio. E até xinga cachorro.
e) O rabo desequilibra de tanto rente na terra.
8. A frase redigida corretamente que traduz a mensagem do texto é:
a) O quati mantém-se valente enquanto está sob os galhos de uma árvore; do mesmo modo, 
o tamanduá torna-se irresoluto no meio do mato.
b) O quati possui hábitos semelhantes aos do tamanduá no que tange à reação diante de 
ameaças, as quais não os aflige quando estão em seus habitats.
c) O quati mostra-se frágil quando vê-se perseguido por cães no chão; em contra-partida, o 
tamanduá, hesita em reagir quando encontra-se fora do mato.
d) O quati e o tamanduá apresentam comportamentos análogos, na medida em que se 
tornam corajosos quando em um local que lhes sirva de abrigo.
e) O quati e o tamanduá são animais que se conservam intrépitos ao serem hostilizados por 
cães, especialmente fora dos meios onde sentem-se mais destros.
1 confusão, tumulto
2 moita formada por galhos e ramagens de árvores, cipós, trepadeiras
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9. Está pontuada corretamente, a frase:
a) Nascido em Cuiabá, em 1916 Manoel de Barros estreou, com o livro, Poemas Concebidos 
sem Pecado em 1937.
b) Cronologicamente vinculado, à Geração de 45, mas formalmente, ao Modernismo 
brasileiro, Manoel de Barros criou um estilo próprio.
c) Subvertendo a sintaxe e criando construções que não respeitam as normas da língua 
padrão, Manoel de Barros é comparado a Guimarães Rosa.
d) Em 1986, o poeta Carlos Drummond de Andrade declarou, que Manoel de Barros era o 
maior poeta brasileiro vivo.
e) Antonio Houaiss, um dos mais importantes filólogos e críticos brasileiros confessou nutrir, 
pela obra de Manoel de Barros grande admiração.
Atenção: Para responder às questões de números 10 a 12, considere o texto abaixo.
O que é assinatura digital?
  A assinatura digital é uma modalidade de assinatura eletrônica, resultado de uma 
operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica e permite aferir, com 
segurança, a origem e a integridade do documento.
  A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico “subscrito” que, 
ante a menor alteração neste, a assinatura se torna inválida. A técnica permite não só verificar a 
autoria do documento, como estabelece também uma “imutabilidade lógica” de seu conteúdo, 
pois qualquer alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais um espaço entre 
duas palavras, invalida a assinatura.
  Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura digitalizada 
é a reprodução da assinatura autógrafa como imagem por um equipamento tipo scanner. 
Ela não garante a autoria e integridade do documento eletrônico, porquanto não existe uma 
associação inequívoca entre o subscritor e o texto digitalizado, uma vez que ela pode ser 
facilmente copiada e inserida em outro documento.
(Disponível em: http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23/Informese/assinaturaDigital. Acesso em: 02.12.2015)
10. De acordo com o texto, a
a) assinatura digitalizada distingue-se da assinatura digital por ser estamenos segura e 
confiável que aquela.
b) cópia da assinatura digitalizada torna-se difícil porque ela está subordinada à autenticação 
da autoria do documento.
c) assinatura digital serve ao objetivo de preservar a autenticidade de documentos 
previamente escaneados.
d) alteração de um documento com assinatura digital acarreta a invalidação da assinatura 
desse documento.
e) integridade de um documento com assinatura digital é garantida pela cópia fotográfica da 
assinatura subscrita.
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11. Empregam-se todas as formas verbais de acordo com a norma culta na seguinte frase redigida a 
partir do texto:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia receber qualquer tipo 
de retificação.
b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de criptografia que os 
protegeram.
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a proteção de uma 
assinatura digital.
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber que comprometerá sua 
integridade.
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem comprometer a integridade dos 
documentos.
12. O pronome está empregado corretamente na seguinte frase redigida a partir do texto:
a) A técnica da assinatura digital permite proteger documentos, porque os atribui uma espécie 
de código inviolável.
b) O documento com assinatura digital recebe uma criptografia assimétrica, conferindo-lhe 
uma “imutabilidade lógica”.
c) Uma maneira de deixar o documento eletrônico mais seguro contra fraudes é acrescentá-lo 
uma assinatura digital.
d) Os algoritmos usados na assinatura digital de documentos lhes tornam mais confiáveis, 
pois evitam a adulteração.
e) A inserção de mais um espaço em um documento com assinatura digital pode invalidar-lhe 
definitivamente.
13. O acento indicativo de crase está empregado corretamente em:
a) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia assimétrica, dá-se o nome 
de assinatura digital.
b) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a assinatura digital usa a 
criptografia.
c) A assinatura digital destina-se à preservação da autoria de documentos eletrônicos.
d) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam proteger seus documentos 
eletrônicos.
e) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se destaca a verificação da autoria 
do documento.
14. O enunciado escrito com clareza e correção está em:
a) O tribunal manteve a decisão que integrou ao salário de um professor da rede particular 
da cidade os valores do auxílio-alimentação recebidos no decorrer de seu contrato de 
trabalho.
b) Até esta sexta-feira os advogados podem participar de uma pesquisa de satisfação realizada 
pelo tribunal para opinar a cerca da Justiça do Trabalho no estado. O questionário que foi 
encaminhado no e-mail dos profissionais, é sigiloso e não houvesse qualquer identificação.
c) Foram empossados na noite dessa quinta como presidente e vice-presidente, 
respectivamente, as desembargadoras Fulana Silva e Beltrana Souza. As quais estarão à 
frente do tribunal no biênio 2016/2017.
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d) Os prazos para recolhimento dos depósitos recursais, pagamento do FGTS e dos demais 
encargos realizados pelos bancos oficiais que vencessem nesta segunda-feira; serão 
prorrogados para quarta-feira.
e) Durante o período que estiver trabalhando na construção de uma rodovia em Mato Grosso, 
um empregado de uma empresa de pavimentação, foi submetido a condições de trabalho 
degradantes.
Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. C 5. B 6. E 7. E 8. D 9. C 10. D 11. E 12. B 13. C 14. A
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7. TRF – 3ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2016 
ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE EDIFICAÇÕES
CONHECIMENTOS GERAIS
Português
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 6, considere o texto abaixo.
Cidades inteligentes, até demais
O conceito de “cidade inteligente” se popularizou como estratégia de solução e gerenciamento 
de problemas urbanos. Diz respeito à confluência de informação que circula em grandes cidades 
e ao uso da tecnologia para automatizar a gestão de setores urbanos, desde bases de dados de 
saúde e educação públicas, por exemplo, até os dados pessoais que circulam em redes sociais 
e aplicativos móveis. O advogado Cristiano Therrien, pesquisador em Direito da Tecnologia 
na Universidade de Montreal, no Canadá, conversou com o Observatório da Privacidade e 
Vigilância sobre o tema.
Observatório da Privacidade e Vigilância: O que é uma cidade inteligente?
Cristiano Therrien: Cidades inteligentes, cidades conectadas, cibercidades, cidades responsivas, 
são muitas as nomenclaturas usadas para destacar a dimensão informativa da cidade. Quando 
usamos essa terminologia, falamos da cidade enquanto um espaço de fluxos. A maioria das 
tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são viáveis economicamente em todo 
o mundo − fácil acessibilidade da computação em nuvem, dispositivos baratos de internet, 
sistemas de TI cada vez mais flexíveis. As duas cidades mais destacadas nos estudos de cidades 
inteligentes são Londres e Barcelona. Há experiências importantes em cidades brasileiras 
também.
OPV: A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de bases de dados 
por parte dos órgãos públicos. Você pode falar sobre isso?
CT: Encontramos muitas experiências diferentes em andamento nas cidades: uma parte 
prioriza a transparência como meio de prestação de contas e responsabilidade política frente 
à sociedade civil, como a ideia de governo aberto; outra parte prioriza a participação popular 
através da interatividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de dados abertos por 
entidades e empresas.
Mas, se pensarmos na alternativa de projetos de cidades inteligentes que não envolvam 
políticas públicas de dados abertos, que não prestem conta detalhada de suas atividades, ao 
mesmo tempo em que disponham dos sofisticados sistemas para o gerenciamento de dados 
de cidadãos em larga escala, encontraremos condições para o surgimento de um estado de 
vigilância e controle, pondo em risco as liberdades individuais.
Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por exemplo, enormes massas de 
dados de mobilidade urbana (placas e identificação por radiofrequência em veículos, passes 
e GPS em ônibus), cujos bancos de dados podem ou não intencionalmente identificar seus 
usuários. Dados de mobilidade são de grande utilidade pública e podem ser “anonimizados” (ter 
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os seus identificadores pessoais eliminados) e abertos. Contudo, existem estudos que apontam 
que bastariam meros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma pessoa na 
cidade.
(Adaptado de: “Observatório da Privacidade e Vigilância”. 
Disponível em: www.cartacapital.com.br/sociedade/cidades-inteligentes-ate-demais. Acesso em: 18.01.2016.)
1. O conceito de “cidade inteligente” envolve, entre outros,
a) a ideia de governança transparente, que equivale ao tratamento consensual dado a 
questões de ordem pública.
b) a solução de problemas públicos, por meio da contratação de consórcios privados ofertados 
em ambiente virtual.
c) o registro e a circulação de dados informatizados, visando ao atendimento de demandas da 
administração pública.
d) o rastreamento de indivíduos, promovido por empresas especializadas em prevenir a 
violência em meios digitalizados.
e) a eficiência administrativa, obtida pela criação de aplicativos móveis que priorizem a troca 
de dados pessoais.
2. Segundo Cristiano Therrien, o uso da tecnologia para controlar o fluxo de informação em 
setores urbanos pode
a) fragilizar o arquivamento da documentação dos indivíduos, pois grandes massas de dados 
podem ser facilmente eliminadas.
b) favorecer o transporte público, na medida em que o deslocamento doscidadãos fique 
circunscrito a quatro pontos de dados.
c) criar condições que favoreçam a participação popular no governo, contanto que exista um 
estado de vigilância e controle dos cidadãos.
d) resultar no tratamento dos cidadãos de modo pouco humanizado, devido à maneira 
anônima como seus dados são partilhados.
e) incorrer no cerceamento da autonomia dos cidadãos, caso não haja políticas públicas que 
regulem o gerenciamento de dados.
3. No contexto da frase, o segmento sublinhado tem seu sentido expresso entre colchetes em:
a) Diz respeito à confluência de informação que circula em grandes cidades e ao uso da 
tecnologia para automatizar a gestão de setores urbanos... [finalidade]
b) Quando usamos essa terminologia, falamos da cidade enquanto um espaço de fluxos. 
[proporção]
c) ... fácil acessibilidade da computação em nuvem, dispositivos baratos de internet, sistemas 
de TI cada vez mais flexíveis. [partição]
d) ... outra parte prioriza a participação popular através da interatividade, bem como a 
cooperação técnica... [afirmação]
e) ... podem-se armazenar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urbana [...], 
cujos bancos de dados podem ou não intencionalmente identificar seus usuários. [condição]
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4. O acréscimo de uma vírgula após o termo sublinhado não altera o sentido nem a correção do 
trecho:
a) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de bases de dados por 
parte dos órgãos públicos. (4º parágrafo)
b) Há experiências importantes em cidades brasileiras também. (3º parágrafo)
c) ... uma parte prioriza a transparência como meio de prestação de contas e responsabilidade 
política frente à sociedade civil, como a ideia de governo aberto... (5º parágrafo)
d) ...outra parte prioriza a participação popular através da interatividade, bem como a 
cooperação técnica para o reuso de dados abertos por entidades e empresas. (5º parágrafo)
e) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam meros quatro pontos de dados para 
identificar os movimentos de uma pessoa na cidade. (7º parágrafo)
5. Mas, se pensarmos na alternativa de projetos de cidades inteligentes que não envolvam 
políticas públicas de dados abertos, que não prestem conta detalhada de suas atividades, ao 
mesmo tempo em que disponham dos sofisticados sistemas para o gerenciamento de dados 
de cidadãos em larga escala, encontraremos condições para o surgimento de um estado de 
vigilância e controle...
Preservando-se a correlação entre as formas verbais, os elementos destacados podem ser 
substituídos, respectivamente, por:
a) pensaremos − envolviam − prestavam − disponham − encontremos
b) pensamos − envolvem − prestam − dispunham − encontrávamos
c) pensemos − envolveriam − prestariam − disporiam − encontrássemos
d) pensássemos − envolvessem − prestassem − dispusessem − encontraríamos
e) pensávamos − envolveram − prestaram − disporam − encontramos
6. A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substituída pelo que se apresenta entre 
colchetes, respeitando-se a concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é:
a) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são viáveis 
economicamente em todo o mundo... [viável]
b) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de bases de dados por 
parte dos órgãos públicos. [relacionado]
c) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por exemplo, enormes massas 
de dados de mobilidade urbana... [são possíveis]
d) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até os dados pessoais... 
[pública]
e) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam meros quatro pontos de dados... 
[bastaria]
7. A frase cuja redação está inteiramente correta é:
a) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das placas de veículos são passíveis 
em oferecer informações valiosas acerca dos motoristas.
b) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores urbanos são facilitadores de 
serviços imprecindíveis, como saúde, educação e segurança.
c) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais destaca-se em termos de inteligência, 
com avançados centros de operação de dados.
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d) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes, amparados em políticas públicas 
que salvaguardam os dados abertos dos cidadãos.
e) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados permitiu que surgisse um novo 
conceito de cidade, concebido como espaço de fluxos.
Atenção: Para responder às questões de números 8 a 11, considere o texto abaixo.
Abraçando árvore
  Não era uma felicidade eufórica, estava mais pra uma brisa de contentamento, como se eu 
bebesse vinho branco à beira-mar. 
  Eu tinha acordado cedo naquela sexta − e acordar cedo sempre me predispõe à felicidade. 
O trabalho havia rendido bem e, antes do fim da manhã, já tinha acabado de escrever tudo 
o que me propusera para o dia. À uma, fui almoçar com o meu editor. Ele estava com alguns 
capítulos do meu livro novo desde dezembro e eu temia que não tivesse gostado. Gostou. 
Comemos um peixe na brasa − peixe e brasa também costumam me predispor à felicidade − e 
como era sexta-feira, e como somos amigos, e como comemorávamos essa pequena alegria 
que é uma parceria funcionar, brindamos com vinho branco − não à beira-mar, mas à beira do 
Cemitério da Consolação, que pode não ter a grandeza de um Atlântico, mas também tem lá os 
seus pacíficos encantos.
  Saí andando meio emocionado, meio sem rumo pela tarde ensolarada e quando vi estava 
em frente à paineira da Biblioteca Mario de Andrade. É uma árvore gigante, que provavelmente 
já estava ali antes do Mario de Andrade nascer, continuou ali depois de ele morrer e continuará 
ali depois que todos os 18 milhões de habitantes que hoje perambulam pela cidade de São 
Paulo estiverem abaixo de suas raízes. Talvez tenha sido o assombro com essa longevidade, 
talvez acordar cedo, talvez os elogios ao livro, e o vinho certamente colaborou: fato é que senti 
uma súbita vontade de abraçar aquela árvore.
  Acho importante deixar claro, inclemente leitor, que não sou do tipo que abraça árvore. 
Na verdade, sou do tipo que faz piada com quem abraça árvore. Se me contassem, até a última 
sexta, que algum amigo meu foi visto abraçando uma paineira na rua da Consolação eu diria, 
sem pestanejar: enlouqueceu. Mas...
  Olhei prum lado. Olhei pro outro. Tomei coragem e foi só sentir o rosto tocar o tronco 
para ouvir: “Antonio?!”. Era meu editor. Foram dois segundos de desespero durante os quais 
contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância, mas só dois 
segundos, pois meu inconsciente, consciente do perigo, me lançou a ideia salvadora. “Uma 
braçada”, disse eu, girando pra esquerda e envolvendo a árvore novamente, “duas braçadas e... 
três”. Então encarei, seguro, meu possível verdugo: “Três braçadas dá o quê? Uns cinco metros 
de perímetro? Tava medindo pra descrever, no livro. Tem uma parte mais no fim em que essa 
paineira é importante”.
  Colou. Nos despedimos. Ele foi embora prum lado, a minha felicidade pro outro e agora 
estou aqui, já noite alta desta sexta-feira, tentando enfiar a todo custo um tronco de quase dois 
metros de diâmetro num livro em que, até então, não havia nem uma samambaia.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Disponível em: www.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/01/1730364-
abracando-arvore.shtml. Acesso em: 18.01.2016.)
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8. Para o autor, o ato de abraçar a paineira representou
a) a possibilidade de acelerar a conclusão de seu novo livro, já que a árvore era o elemento 
que faltava para enriquecer sua história.
b) o transbordamento de um estado de exaltação em face da beleza natural que contrastava 
com o aspecto deprimente da cidade de São Paulo.
c) a expressão de um sentimento aprazível,

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