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Direito Empresarial 03-02

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Direito Empresarial – Professor Jazaam – 03/02/2010
Art. 22. CF - Compete privativamente à União legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II – desapropriação;
III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V – serviço postal;
VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII – política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII – comércio exterior e interestadual;
IX – diretrizes da política nacional de transportes;
X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI – trânsito e transporte;
XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV – populações indígenas;
XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII – organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX – sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX – sistemas de consórcios e sorteios;
XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares;
XXII – competência da Polícia Federal e das Polícias Rodoviária e Ferroviária Federais;
XXIII – seguridade social;
XXIV – diretrizes e bases da educação nacional;
XXV – registros públicos;
XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no artigo 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do artigo 173, § 1º, III;
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX – propaganda comercial.
A separação do Direito Empresarial foi separada em seu próprio título em 2002
A União é órgão único que poderá legislar.
A Teoria da Empresa é o Direito da Atividade Econômica Organizada, esta teoria da empresa passou a regularizar os serviços e considerar o Fundo de Comércio que hoje se denomina Estabelecimento.
ART. 5º - CF - XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
O Nosso Direito Empresarial possui autonomia própria.
Direito Comercial é o ramo do Direito Privado que disciplina as atividades dos empresários e dos atos de empresa
Teoria da Empresa é considerar a empresa como uma entidade única, independente de seus proprietários: O exercício profissional da atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços, é a atividade produtiva exercida organizadamente.
O que compões esta organização:
Mão de Obra, Tecnologia e Insumos.
TIPOS DE EMPRESÁRIOS: Individual, Associado, Cooperado.
O Senador RamesTebet conceitua - “Separação dos conceitos de empresa e de empresário.Não confundir a empresa com a pessoa natural ou jurídica que a controla. A empresa é o conjunto organizado de capital e trabalho para a produção ou circulação de bens ou serviços. Assim, é possível preservar uma empresa, ainda que haja a falência, desde que se logre aliená-la a outro empresário ou sociedade que continue sua atividade em bases eficientes.”
Capital de Trabalho – FATORES DE PRODUÇÃO
Alienar – Disponibilizar o Bem
Lograr - Gozar, fruir, desfrutar.
Direito de Empresa – 08 de Fevereiro / 10 de Fevereiro
Explique como está a legislação comercial no Brasil, frente à existência, até então de um código civil e de um Código Comercial?
Frente ao grande avanço industrial e comercial no Brasil, a legislação comercial inscrita no Código Comercial e apoiada no Código Civil, está relativamente, de acordo com as tendências mundiais de padronização da mesma. Contudo, as dificuldades de regularização devido a burocracia de regularização da Empresa, continua a colocar dificuldades para o empresário de médio porte de beneficiar-se dos programas do governo.
Defina com suas próprias palavras “Direito Comerciais”
Direito Comercial é o conjunto de normas positivadas que tem como função a regularização da empresa e do empresário.
O que são os fatores de produção constante na organização da atividade produtiva, na teoria da empresa? Dê Exemplos
Estruturar a produção ou circulação de bens ou serviços significa reunir os recursos financeiros (capita), humanos (mão-de-obra), materiais (insumo) e tecnológicos que viabilizem oferecê-los ao mercado consumidor com preços e qualidade competitivos.
Defina os aspectos (perfis) delimitados por Asquini em relação à Empresa.
Objetiva: estabelecimento – Considera-se o conjunto de bens corpóreo e incorpóreos que o empreso organiza e utiliza para exercer sua atividade em forma organizada.
Funcional: como atividade empreendedora. Demonstra propriamente a atividade economicamente organizada. Não importa apenas o ato, mas é relevante o conjunto de atos que se apresentam de forma organizada
Institucional: pressupõe a existência de uma instituição. Abarca o contexto político. Traz fortes idéias da parceria e da comunhão de interesses que surge entre o empresário e os empregados, isto é, da conjugação de capital e trabalho.
Explique os requisitos necessários para ser Empresário
Segundo o Art. 966 do Código Civil. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Tal sujeito se caracteriza por ser: 1.Um profissional, 2. Que exerce atividade econômica, 3. Que exerce sua atividade de forma organizada, 4. A atividade, além de se enquadrar nos itens anteriores, deve estar voltada para produção ou circulação de bens e serviços
Explique os requisitos necessários para se registrar uma empresa.
Definir a natureza comercial
Imóvel
Busca de nome empresarial que por lei, não pode haver duas empresas com nomes idênticos no mesmo ramo de atividade e dentro do mesmo Estado.
Registro da Empresa e proteção ao nome empresarial.
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição na Secretaria da Fazenda Estadual (IE).
Inscrição Municipal - CMC.
Qual a conseqüência para uma empresa que atua sem registro.
Uma empresa sem registro poderá ser alvo de litígio por serviços prestados, sonegação de impostos, contratação indevida, entre outros fatores em potencial.
O que é estabelecimento comercial?
Estabelecimento Comercial é o espaço físico que uma empresa se encontra localizada.
Explique como se dá o nome empresarial das empresas. (Empresário Individual e Sociedade)
Decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de sociedades, tendo validade em todo o Estado que estiver estabelecido. (A inscrição do nome da empresa – firma ou denominação social – no respectivo órgão de registro, assegura o seu uso exclusivo nos limites do respectivo Estado. Entretanto, caso o empreendedor pretenda estender a exclusividade para todo o território nacional, deverá registrar o nome da empresa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial/INPIA). A Junta Comercial é o órgão de registro, a partir do qual a empresa pode requerer sua inscrição em outros órgãos necessários aoseu funcionamento, como por exemplo, a Receita Federal e a Prefeitura. O registro na JUCESP é, portanto, o ponto de partida para o empreendedor iniciar suas atividades empresariais.
Quais são os direitos e deveres dos sócios?
Dos Deveres
Ao subscrever o capital social, os sócios passam a ser partes do contrato plurilateral, contraindo inúmeras obrigações para com a sociedade, e para com os demais sócios. Tais obrigações se iniciam no momento da constituição da sociedade, se outro não for fixado pelo contrato social, e só terminam quando forem extintas as responsabilidades sociais (art. 1.001). 
O dever primordial de um sócio de qualquer sociedade é realizar a sua contribuição para o capital social. Nas sociedades simples, tal contribuição pode ser em bens ou serviços. 
No caso de contribuição em bens que não dinheiro, o sócio responde pela evicção, e pela solvência do devedor no caso de transferência de créditos, vale dizer, o sócio não se desonera da sua obrigação, se ela não for efetivamente cumprida. No caso de contribuição em serviços, não se admite que o sócio se empregue em atividade estranha à sociedade, sob pena de exclusão e não percepção dos lucros. 
Caso o sócio descumpra tal dever, caso seja um sócio remisso, a sociedade deve notificá-lo, para constituí-lo em mora assegurando-lhe um prazo de graça de 30 dias para cumprir seu dever. A mora nesse caso não decorre do simples vencimento da obrigação, é necessária a interpelação, como no direito português. Passado tal prazo sem o cumprimento da obrigação, os demais sócios (a sociedade) poderão optar por uma indenização pelos danos causados pela mora do sócio, ou pela exclusão do mesmo, ou pela redução de sua quota ao valor integralizado (art. 1.004).
Dos Direitos
Após subscrever uma parte do capital, ou melhor dizendo, ao se comprometer a pagar o valor de determinadas quotas, adquire-se a qualidade de sócio, da qual se torna detentor de direitos. Tais direitos podem ser divididos em duas espécies: direitos pessoais e direitos patrimoniais. 
Começando pelo direito patrimonial, é ele o direito eventual de crédito contra a sociedade, consistente na participação nos lucros e na participação no acervo social em caso de liquidação da sociedade. Trata-se de um direito eventual, condicionado, na medida em que o seu exercício depende de fatos incertos, como a produção de lucros ou a dissolução da sociedade. 
Ao falar sobre lucros, a princípio, é livre à sociedade decidir a forma de sua divisão desde que não se atribuam vantagens ou desvantagens a algum sócio. No silêncio do contrato social, cada sócio participa dos lucros na proporção de suas quotas (art. 1.007). Todavia, o sócio que contribui em serviços só participa dos lucros pela média do valor das quotas, o que muitos doutrinadores criticam. 
Outras manifestações de poderes e direitos dos sócios são seus direitos pessoais relacionados à qualidade de sócio, como por exemplo a participação na administração, ou pelo menos na escolha dos administradores e sua fiscalização.
Conjunto Organização – Fatores de Produção Organizados, isto é, sem os Fatores de Produção, não há empresa, pois não se enquadra nos requisitos de legalidades para formação de empresa.
Estruturar a produção ou circulação de bens ou serviços significa reunir os recursos financeiros (capita), humanos (mão-de-obra), materiais (insumo) e tecnológicos que viabilizem oferecê-los ao mercado consumidor com preços e qualidade competitivos.
Perfis da Empresa (Asquini) 
Objetiva: estabelecimento – Considera-se o conjunto de bens corpóreo e incorpóreos que o empreso organiza e utiliza para exercer sua atividade em forma organizada.
Funcional: como atividade empreendedora. Demonstra propriamente a atividade economicamente organizada. Não importa apenas o ato, mas é relevante o conjunto de atos que se apresentam de forma organizada
Institucional: pressupõe a existência de uma instituição. Abarca o contexto político. Traz fortes idéias da parceria e da comunhão de interesses que surge entre o empresário e os empregados, isto é, da conjugação de capital e trabalho.
Art. 966, NCC – 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços.
- Subjetivo – relativa a empresário.
- Funcional – é obtida a partir do exercício de uma atividade organizada.
- Objetivo – mediante um conjunto de bens
	
Institucional – e com auxílio de preposto
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita,
fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações
por ele contraídas.
Não é necessário ser registrado na empresa para ser tornar preposto, porém, caso não o seja, o mesmo deverá possuir uma Carta de Preposição.
	Corporativo – 
	Hierárquico – 
- Adquirir Personalidade Jurídica – é tornar-se capaz de acionar juridicamente e de ser acionada conforme a lei.
Extraem-se pois os seguintes requisitos em relação à analise do Art. 966 CC:
- Exercício em nome próprio
Trata-se da exploração da atividade econômica, diretamente pela própria pessoa física, e não por intermédio de uma sociedade.
- Profissionalidade
Exige-se a permanência, a habitualidade permanente. Descarta-se o serviço esporádico ou eventual da atividade econômica.
- Atividade econômica
Objetiva ao resultado econômico positivo e dele se apropria. Este conceito, diferencia as associação sem fins (ART. 53 CC) lucrativos daquelas com finalidades econômica. (Art. 981 CC)
- Organização
Combinação dos diversos fatores, de produção. (Matéria Prima, Mão de Obra, Tecnologia e Capital), praticando uma séria de atos seqüenciados e interligados visando a um fim.
- Criação ou oferta de bens ou serviços
É a idéia de fabricação ou intermediação na fabricação de mercadorias e na prestação de serviços voltados à satisfação das necessidades do mercado.
- Capacidade e ausência de impedimentos.
O art. 972 necessita da capacidade civil plena prevista no código civil. E que o empresário individual, não o mero sócio, não esteja impedido por seu ofício ou status profissional, como acontece com servidores públicos, magistrados e membros do ministério publico.
	
Art. 973 –. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
LEI 8934/94- http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110876/decreto-1800-96
Art. 8º A estrutura básica das Juntas Comerciais será integrada pelos seguintes órgãos:
I - Presidência, como órgão diretivo e representativo;
II - Plenário, como órgão deliberativo superior;
III - Turmas, como órgãos deliberativos inferiores;
IV - Secretaria-Geral, como órgão administrativo;
V - Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica.
§ 1º As Juntas Comerciais poderão ter uma Assessoria Técnica, com a competência de examinar e relatar os processos de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins a serem submetidos à sua deliberação, cujos membros deverão ser bacharéis em Direito, Economistas,
Contadores ou Administradores.
§ 2º As Juntas Comerciais, por seu Plenário, nos termos da legislação estadual respectiva, poderão resolver pela criação de Delegacias, órgãos subordinados, para exercerem, nas zonas de suas respectivas jurisdições, as atribuições de autenticar instrumentos de escrituração das
empresas mercantis e dos agentes auxiliares do comércio e de decidir sobre os atos submetidos ao regime de decisão singular, proferida por servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades
Afins.
§ 3º Ficam preservadas as competências das atuais Delegacias.
CAPÍTULO II
DA PUBLICIDADE DO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS
SEÇÃO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 29. Qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os assentamentos existentes nas Juntas Comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido.
Natureza Jurídica – Como a Situação se apresenta no Direito.
Art. 30. A forma, prazo e procedimento de expedição de certidões serão definidos no Regulamento desta Lei.
O QUE COMPREENDE O REGISTRO:
Art. 32. O Registro compreende:
I - a Matrícula e seu Cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;
II - o Arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas;
dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; (S/A)
dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; (Empresa do exterior que desejam se estabelecer, devem abrir uma filial no Brasil e registrar na Junta Comercial)
das declarações de microempresa; 
de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis;
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria. (Fazer autenticação dos documentos que estão lá registratos)
Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações.
SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES DE ARQUIVAMENTO
Art. 35. Não podem ser arquivados:
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares ou que contiverem matéria contrária aos bons costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o respectivo estatuto ou contrato não modificado anteriormente;
II - os documentos de constituição ou alteração de empresas mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure como titular ou administrador pessoa que esteja condenada pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade mercantil; (Ele pode ser empresário porém não administrador)
III - os atos constitutivos de empresas mercantis que, além das cláusulas exigidas em lei, não designarem o respectivo capital, bem como a declaração precisa de seu objeto, cuja indicação no nome empresarial é facultativa; (A lei não pode fazer um registro de qualquer maneira, tem que fazer de uma maneira clara)
IV - a prorrogação do contrato social, depois de findo o prazo nele fixado; (Se é uma empresa com prazo determinado, não poderá ser prorrogado após o prazo finalizar)
V - os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a outro já existente;
VI - a alteração contratual, por deliberação majoritária do capital social, quando houver cláusula restritiva; (Não pode se alterar o capital quando o estatuto proíbe)
VII - os contratos sociais ou suas alterações em que haja incorporação de imóveis à sociedade, por instrumento particular, quando do instrumento não constar:
a descrição e identificação do imóvel, sua área, dados relativos à sua titulação, bem como o número da matrícula no Registro Imobiliário;
a outorga uxória ou marital, quando necessária; (Alguns autores fazem distinção entre os termos outorga uxória e outorga marital, sendo que no primeiro caso se trataria da autorização dada pela mulher e no segundo caso estaria se referindo à autorização exclusiva do homem)
VIII - os contratos ou estatutos de sociedades mercantis, ainda não aprovados pelo Governo, nos casos em que for necessária essa aprovação, bem como as posteriores alterações, antes de igualmente aprovadas.
Parágrafo único. A Junta não dará andamento a qualquer documento de alteração de firmas individuais ou sociedades, sem que dos respectivos requerimentos e instrumentos conste o Número de Identificação de Registro de Empresas - NIRE.
DO PROCESSO DECISÓRIO
Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas Juntas Comerciais, na forma desta Lei:
I - o arquivamento:
dos atos de constituição de sociedades anônimas, bem como das atas de assembleias gerais e demais atos, relativos a essas sociedades, sujeitos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis;
dos atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
II - o julgamento do recurso previsto nesta Lei.
Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, não previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo Presidente da Junta Comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. Os Vogais e servidores habilitados a proferir decisões singulares serão designados pelo Presidente da Junta Comercial.
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos consecutivos deverá comunicar à Junta Comercial que deseja manter-se em funcionamento.
Art. 998. Nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a
sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
§ 1º O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento
autenticado do contrato, e, se algum sócio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva procuração, bem como, se for o caso, da prova de autorização da autoridade competente.
§ 2º Com todas as indicações enumeradas no artigo antecedente,
será a inscrição tomada por termo no livro de registro próprio,
e obedecerá a número de ordem contínua para todas as sociedades
inscritas.
Da Sociedade de Advogados
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço de advocacia, na forma disciplinada nesta lei e no regulamento geral.
§ 1º A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
REGISTRO RURAL – Art. 971 a 984 NCC – O Ruralista está dispensado do registro, mas pode optar em fazê-lo. Em o fazendo, responde e atual como sociedade empresária.
Consequências da falta de Registro: (Sociedade Empresaria Irregular)
Responsabilidade Limitada dos Sócios pelas obrigações da sociedade. (Os próprios sócios respondem com seu próprio patrimônio)
A sociedade empresária irregular não tem legitimidade ativa para o pedido de falência de outro comerciante (Lei de falência 11.101/05)
Haverá aplicação de sanções de natureza fiscal e administrativas. (exe. Não poderá inscrever-se no INSS por falta de CNPJ) ressarcimento aja 
Escrituração 24/02/2010 
CAPÍTULO IV
DA ESCRITURAÇÃO Art. 1.179
A escrituração (livros) possuem 3 funções
1 – Gerencial: Registrar os valores que a empresa recebia e despendia
2- Documental: É a necessidade de mostrar os resultados a outras pessoas.
3 – Fiscal: Controle da incidência e do pagamento de tributos
Seção IV
Dos Prazos da Prescrição
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve: (Prazo que temos guardar os livros)
§ 1º Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no casode seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
Livros Ex:
Registro de Empregados e Das Assembleias Gerais (S/A´s)
Espécie de Livros:
Contábeis – Obrigatórios e Facultativos
	
Fiscais
Obrigatórios: 
- Diário - Serve para lançar os atos e as operações da atividade empresarial, bem como os atos e operações que modifica ou podem modificar o patrimônio do empresário
		
- Registro de Duplicatas - . (Lei 5474/68 Art. 19) Art . 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas.
		
- Livros Próprios da S/A´s – Lei 6404/76 – Art. 100
** RPA – Registro de Pagamento ao Autônomo
Livros Facultativos – Livros que o empresário cria para melhor gerenciar sua empresa. Ex: Livro de memória de decisões
Livros Fiscais – Serve para registrar os tributos pela empresa.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
A partir de 2006 o Departamento Nacional de Registros Comercial (DNRC) Aceita o registro por meio eletrônico.
Exibição dos livros: Sigilosos (Art. 1190 NCC)
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
A exibição dos livros não pode ser feita, pois os mesmo possuem o registro da estratégia comercial da empresa.
SÚMULAS – Decisões Reiteradas no Tribunal do próprio que indica uma 
orientação.
STF Súmula nº 439 - 01/10/1964 - DJ de 8/10/1964, p. 3645; DJ de 9/10/1964, p. 3665; DJ de 12/10/1964, p. 3697.
Fiscalização Tributária ou Previdenciária - Livros Comerciais - Objeto da Investigação
Estão sujeitos as fiscalizações tributárias ou previdenciárias quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
Demonstrações Contábeis Periódicas
A periodicidade de demonstrações contábeis é, em regra, anual. Apenas as instituições financeiras e as S/A´s que distribuem dividendos semestrais estão obrigadas a levantá-las em menor periodicidade.
01/03/2010 
Nome Empresarial: É o sinal revelador da personalidade constituindo um dos fatores, de individualização e da personalidade da pessoa. (Art. 5º XXIV, CF/88)
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Fundamentos Legais do Nome Empresarial:
Art. 5º XXIV CF
Art. 33 (Lei da Junta Comercial) de Regulamentação Comercial
Art. 1155, 1168, CF – Dispõe
A Convenção de Paris, da qual o Brasil é signatário, 
Art. 8º - Fala de nome empresarial.
Portanto nome é, a expressão distintiva e reveladora da pessoa, indicadora do sujeito que exerce a atividade empresária, como se apresenta no mundo dos negócios, como contrai direitos e assume obrigações.
Nome Empresarial, não se confunde com marca e nem com titulo de estabelecimento pois são três institutos diferentes.
Artigo 1.166, NCC / Lei n. 8974/94 Art. 33
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos
das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro
próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo
Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a
todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.
A partir de que momento se garante o nome empresarial?
---- Decorrem ao uso exclusivo do nome automaticamente da Inscrição do Empresário Individual ou dos atos Constitutivos.
(CS ou Estatuto) das Sociedades.
De suas eventuais modificações na junta ou cartório.
Ex.: Comercio e Bar Irmãos Coragem LTDA (Nome Empresarial)
Ex.: Bar Coragem (Letreiro e Título do Estabelecimento)
Ex.: Sucos Coragem (Marca de Produto)
- FIRMA – Relacionada a Estrutura, sendo assim, pode ser o nome civil da pessoa. (Pequenas empresas que poderão ser usado o nome da pessoa e na razão também)
- RAZÃO (Denominação) – Relacionada a Função (pode ser qualquer expressão linguística – inclusive a dos sócios) 
OBS: 	O Empresário Individual – Somente denominada por FIRMA.
	A S/A – Somente por Denominação LEI 6404/76 – Art. 3º 
	Ltda. – Tanto por firma como por denominação
O Nome empresarial possui duas espécies, Firma ou Razão que leva o nome do sócio por inteiro ou abreviado. Quando não constar o nome de todos os sócios, aparecerá a expressão & Cia, na forma do Art. 1.157 do NCC.
Tal Expressão só poderá vir no final do Nome, pois se estiver na frente indica S/A. Art. 1.160.
NOME: Requisito: 
Novidade: Art. 1.163 NCC
É o fato de ninguém nunca ter utilizado aquele sinal para designar o empresário individual ou a sociedade. Pode até ser conhecido ou empregado em outros fins, mas nunca foi usado antes como o nome empresarial. Não colidir com outros nomes existentes, seja por semelhanças gráficas ou fonéticas.
OBS: Essa novidade tem caracter relativo, isto é, se o seu anterior emprego para se referir ao exercente da atividade empresaria.
Ex.: O Vocábulo Chocolate – já existia, mas nunca alguém o havia utilizado como nome de empresa. Art. 1.163 do CC. 
Existe diferença entre novidade do nome empresarial, da novidade exigida para patente da propriedade industrial.
Veracidade: Art. 1.165 NCC
Nome: È o sinal revelador de personalidade constituindo um dos fatores de individualização de personalidade da pessoa.
Fundamentos legais do nome empresarial 
- Art 5 XXIX, Constituição federal
- Art 33, da lei de regulamento ( leis das juntas )
Art 1166, NCC e lei nº 8934/94 – Decorrem ao uso exclusivo do nome, automaticamente da inscrição do empresário individual ou dos atos constitutivos ( cs ou estatuto ) das sociedades de suas eventuais modificação na junta ou cartório
nº 8934/94 – Dispõe sobre o registro publico de empresas mercantis e atividades afins e da outras providencias.
O nome empresarial possui duas espécies, firma ou razão que leva o nome do sócio por inteiro ou abreviado, quando não constar o nome de todos os sócios aparecera a expressão & CIA, na forma do art 1157 do CC.
Tal expressão só pode vir ao final, pois se estiver na frente indica S/A.
Firma – Pequenas empresas e pode usar o nome da pessoa.
Requisitos para o nome empresarial
Aula dia 03/03
Veracidade do nome 
 Se a sociedade adotar razão social ou firma so pode adotar o nome do sócio
Que a razão, espelhar aquele que seja sócio efetivo da sociedade Art. 1165 e Art 34, 8934/94 e Art 62 do decreto 1800/96.
Proteção do nome
È obtida pelo registro na junta comercialdo contrato social ou da alteração contratual que modifica o nome empresarial. Ao se registrar como empresário individual ou como sociedade empresaria já se obtêm a proteção, o Direito a utilização exclusiva do nome empresarial conforme Art. 8934/94. Não há o registro separado só para a proteção do nome empresarial.
Comete crime de concorrência desleal quem utiliza ou substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento Art 195 da lei nº 9279/96 inciso VI, e Art. 209.
Alienação do empresarial 
Alienação - Todo e qualquer ato que tenha o efeito de transferir o domínio de uma coisa para outra pessoa, seja por venda, troca ou por doação. Também indica o ato por que se cede ou transfere um Direito pertencente ao cedente e ao transferente. Pode ser a titulo oneroso ou gratuito 
O Empresário Individual, que não constitui pessoa jurídica, poderá ter um imóvel para residencia, e outro destinado ao seu negócio, ou seja, o imóvel da residencia não integra o estabelecimento pois não está a serviço da atividade industrial.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Art. 978. CC - O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. (dar como garantia)
TÍTULO III -DO ESTABELECIMENTO
CAPÍTULO ÚNICO - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por
sociedade empresária.
Complexos – Significa Todos os bens Materiais e Imateriais.
Inclui bens de natureza corpóreos (tangíveis, dotados, de existência física, imaterial) e Bens de natureza incorpóreos (intangíveis, dotados de existência ideal)
Relação dos bens que compõe a empresaria
Corpóreos:
Maquinas
Utensílios
Veículos utilizados na atividade
Mercadorias
Móveis e Imóveis
matérias-primas
Desde que todos sejam instrumentos da atividade empresária.
Bens Incorpóreos
Marcas
Patentes
Direito Autoral
Nome Empresarial
Título de Estabelecimento
Registro de Domínio
Endereço Eletrônico
Ponto Comercial
Contratos
Créditos
Proteção à Clientela
Freguesia: 	Consumidores assíduos do estabelecimento 
Clientela:	O tipo de cliente em potencial.
Esta, a clientela, não integra o estabelecimento pela elementar razão de não ser suscetível de transmissão. Reconhece-se pois, o direito aos mecanismos de proteção da clientela como os crimes contra a concorrência desleal, o direito do locatário e inquilino à renovação compulsória do contrato de locação não residencial que preencha certo requisitos (Art. 51 das leis de locações Lei. 8245/01), a exclusividade dos usos das marcas, e do nome empresarial, a obrigação de não fazer concorrência ao estabelecimento alienado (Art. 1.147)
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante
do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos
cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento,
a proibição prevista neste artigo persistirá durante o
prazo do contrato.
1.4 Propriedade Industrial (Marcas e Patentes)
Lei 9279/ 14 de março de 1996
Código de Propriedade Industrial.
Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. 
Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica.
§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.
§ 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subsequente.
§ 3º O disposto no parágrafo anterior será aplicado ao pedido internacional de patente depositado segundo tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja processamento nacional.
CAPÍTULO II
DA REGISTRABILIDADE
Seção I
Dos Desenhos Industriais Registráveis
Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
Art. 95 – desenho
Art. 122 e 123 – marca
Art. 177 – Indicação de procedência.
Art. 178 – origem do local.
Tudo que for contra a moral e aos bons costumes não poderá ser registrado.
CAPÍTULO II
DA PATENTEABILIDADE
Seção I
DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE PATENTEÁVEI
Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.
→ Requisitos para as patentes de invenção:
	a) Nova (Art. 11 § 1º)
	Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não 	compreendidos no estado da técnica.
§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.
	b) Suscetível de Aplicação Industrial (Art. 15)
	Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de 	aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer 	tipo de indústria.
Fruto de Atividade Inventiva (Art. 13 e 14)
Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico 	o assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.
	d) Lícitas (Art. 10 e 18)
	Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germo plasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Art. 18. Não são patenteáveis:
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, micro-organismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou deanimais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.
DESENHO INDUSTRIAL 
CAPÍTULO II
DA REGISTRABILIDADE
Seção I
Dos Desenhos Industriais Registráveis
Desenho industrial: segue as mesmas regras, porém com algumas modificações que são:
Novidade: (Art. 29, §3º) – 
§ 3º Não será considerado como incluído no estado da técnica o desenho industrial cuja divulgação tenha ocorrido durante os 180 (cento e oitenta) dias que precederem a data do depósito ou a da prioridade reivindicada, se promovida nas situações previstas nos incisos I a III do art. 12. 
Obras Artísticas que não são registradas e não tem caráter original, somente aquelas suscetíveis de industriabilidade.
Legal (Art. 100, §§I) – Ofender a moral e os bons costumes
Art. 100. Não é registrável como desenho industrial
I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração;
MARCAS
TÍTULO III
DAS MARCAS
CAPÍTULO I
DA REGISTRABILIDADE
Seção II
Dos Sinais Não Registráveis Como Marca
1- Novidade: este requisite é relativo.
2- Originalidade: Uma ideia, pode não ser original, mas será nova.
3- Legalidade: Que não exista colidência com outra existência.
EXTINÇÃO DA DIREITO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
1- Expiração do prazo de vigência (Art. 78, §§I – Art. 119, §§I – Art. 142, §§I)
	Ex: Invenção – 20 anos
		Modelo de utilidade – 15 anos
2- Renúncia do titular
pode ser feito por procuradoria
(Art. 78 §§II, Art. 119 §§II, Art. 192 §§II)
3- Caducidade: (Art. 78 §§III, Art. 192 §§III)
	Patente- pelo decurso do prazo de 2 anos sem que o titular de licença 	compulsória tenha iniciado sua exploração 
3.1 Marcas – o prazo é de 5 anos (Art. 143, §§I e II)
Art. 143 - Caducará o registro, a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse se, decorridos 5 (cinco) anos da sua concessão, na data do requerimento:
I - o uso da marca não tiver sido iniciado no Brasil; ou
II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique alteração de seu caráter distintivo original, tal
como constante do certificado de registro.
§ 1º Não ocorrerá caducidade se o titular justificar o desuso da marca por razões legítimas.
§ 2º O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias, cabendo-lhe o ônus de provar o uso da marca ou justificar seu desuso por razões legítimas.
4- Falta de Pagamento de Retribuição para o INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial - do detentor da patente.
O pagamento poderá ser anual ou quinquenal – (Art. 84 §2º, Art. 87, Art. 120 §1º, 2º e 3º)
5- Nulidade do Ato de Concessão – Quando violar as disposições da Lei de Propriedade Intelectual 9279-96
6- Inobservância do Art. 217
Não sendo residente no país, deixa de constituir ou não ter procurador qualificado e domiciliado no Brasil, com poderes para representá-lo administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações.
Temas para Seminário:
1= Sociedade Anonima
2= Sociedade em Conta de Participação
3= Sociedade em Nome Coletivo 
4= Sociedade em Comandita Simples
5= Sociedade Limitada
6= Cooperativas (Everson)
07/04
Concorrência Desleal
Conceitos – Concorrência / Concorrência Desleal
base de mercado, ou seja, a disputa por consumidores, junto com as limitações necessárias com os fundamentos de repressão e as formas com que as ações dos empreendedores se tornam atos de concorrência desleal.
O que é Concorrência
É a pretensão de mais de uma pessoa à mesma coisa, é a rivalidade entre os produtores ou entre negociantes e empresários. Portanto, a expressão contém a ideia de disputa entre agentes econômicos de um mesmo patamar num espaço ou lugar, determinado mercado, em certo tempo ou período a cerca de determinado objeto.
Podemos analisar a concorrência em 2 aspectos: 
Individual – envolve questões que dizem respeito à atividade empresarial diretamente desenvolvida pelos concorrentes com relação à clientela e à propriedade industrial.
Institucional – Implica no estudo de práticas que se voltam contra a livre iniciativa e a livre concorrência, ou seja, infrações da ordem econômica e conduta que atentam contra as estruturas de mercado.
Obs1: Empresa Complementares não são concorrentes. Encontramos esta situação quando uma empresa prepara uma mercadoria semi trabalhada e outra empresa compra esta mercadoria para utilizá-la na fabricação de uma outra mercadoria mais beneficiada.
Obs2: Para que haja concorrência desleal faz-se necessário termos empreendedores que disputem uma clientela de um mesmo mercado, produtos idênticos ou afins fabricados. 
Lei – 9276/96 – 8884/94
12/04/10
Fundamentação – Concorrência Desleal
→ uma das principais fontes é o Art. 10 da Convenção de Paris (Brasil é signatário)
Art. 10 – 
1- Os países da União obrigam-se para assegurar aos nacionais dos países da União proteção efetiva contra a concorrência desleal.
2- Constitui ato de concorrência desleal qualquer ato concorrência contrário aos usos honestos em matéria industrial e comercial.
3- Deverão proibir-se especialmente :
	1º) Todos os atos suscetíveis de, por qualquer meio, estabelecer confusão com 	o estabelecimento, os produtos ou à atividade industrial ou comercial de um 	concorrente;
	2º) As falsas afirmações no exercício do comercio, suscetíveis de desacreditar 	o estabelecimento, os produtos ou a atividade industrial ou comercial de um 	concorrente.
	3º) As indicações ou afirmações cuja a utilização no exercício do comércio seja 	suscetível de induzir o público em erro sobre a natureza, modo de fabrico, 	características, possibilidade de utilização ou quantidade das mercadorias.”
Art. 170. da CF - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
IV – livre concorrência;
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Obs.: Repressão a concorrência desleal é o respeito aos usos honestos na atividade da atividade empresária, ou seja, a observância das regras aceitas pelo mercado como próprias da concorrência, sujeitas ao conceito aberto de correção profissional, isto é, de boa-fé que deverá nortear os competidores entre si, e frente aos consumidores
Pontes de Miranda “O que se condena na repressão da concorrência desleal, é o emprego de certos meios de luta. O ato de concorrência desleal é ato reprimível criminalmente e gerador de pretensão à abstenção ou à indenização, que se praticou no exercício de alguma atividade e ofende à de outrem no plano da livre concorrência.”
Portanto, concorrência desleal é aquela em que são usados os meios ou métodos desleais, que mesmo não sendo delituosos, possibilitam aos prejudicados, em virtude de seu emprego, a reparação Civil.
Já a concorrência desleal criminosa ocorre quando estes meios ou métodos empregados são tão perigosos ou graves que são considerados como delituosos, gerando sanções penais.
Rubens Requião, divide os atos em 3 conceitos:
	A- Atosgeradores de confusão
	B- Atos de desvio de clientela
	C- Atos contrário a moralidade comercial.
Atos geradores de confusão
São os atos que incidem sobre os signos distintivos usados pelo concorrente.
Atos de desvio de Clientela
Os quais buscam denigrir o concorrente e seus produtos e serviços. (agressão ao competidor)
Atos contrário a moralidade comercial
Que estão situados na violação dos segredos dos concorrentes por meio de seus empregados ou demais integrantes da empresa e na propaganda falsa.
8884/95 – Lei Antitruste
Art. 15. Esta lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como a quaisquer associações de entidades ou pessoas, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de monopólio legal.
Art. 17. Serão solidariamente responsáveis as empresas ou entidades integrantes de grupo econômico, de fato ou de direito, que praticarem infração da ordem econômica.
CAPÍTULO II - Das Infrações
Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa;
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços;
III - aumentar arbitrariamente os lucros;
IV - exercer de forma abusiva posição dominante.
§ 1º A conquista de mercado resultante de processo natural fundado na maior eficiência de agente econômico em relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no inciso II.
§ 2º Ocorre posição dominante quando uma empresa ou grupo de empresas controla parcela substancial de mercado relevante, como fornecedor, intermediário, adquirente ou financiador de um produto, serviço ou tecnologia a ele relativa.
§ 3º A posição dominante a que se refere o parágrafo anterior é presumida quando a empresa ou grupo de empresas controla 20% (vinte por cento) de mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia.(Redação dada pela Lei 9.069, de 29.6.95)
9279/96 – Lei de Propriedade Industrial
CAPÍTULO VI
DOS CRIMES DE CONCORRÊNCIA DESLEAL
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
Os crimes de concorrência desleal são mais amplos em sua conduta criminosa, pois dependendo do caso em mãos, poderá infringir as Leis Constitucionais.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 207 - Independentemente da ação criminal, o prejudicado poderá intentar as ações cíveis que considerar cabíveis na forma do Código de Processo Civil. (Independentemente da ação criminal poderá pedir civilmente a reparação que entender devida)
De acordo com o Art. 209, caracteriza-se a concorrência desleal genérica, ficando assegurado ao prejudicado o Direito de postular perdas e danos “em ressarcimento de prejuizos” causados por atos de violação de Direitos de Propriedade Industrial e atos de concorrência desleal”, ainda que não previstos na referida lei.
No conceito Prejuízos está inserida a ideia de reparação moral.
Podemos constatar que o fenômeno da concorrência é fundamental na economia, pois desenvolve os mercados, aperfeiçoa a qualidade e melhora o preço, dos produtos e serviços. Ela é essencial para a competição no mercado e para o bem estar do consumidor.
A importância da legislação da concorrência desleal.
A importância da legislação concorrencial que previne e reprime os atos que constituem infrações econômicas prestigia a livre concorrência e a iniciativa, e protege os que são prejudicados por tais atos, garantindo a preservação dos mecanismos do mercado.
Por Exemplo: Uma empresa utiliza meio fraudulento para desviar a clientela de outrem para si. Esse desvio não prejudica apenas a empresa que sofre com a redução de seu faturamento uma vez que condutas como essa ultrapassam os limites da livre e devida concorrência.
MICRO E PEQUENA EMPRESA 
123/06 – Lei Complementar – substituiu 9317/96 (Simples Federal)
A lei visa agilizar o crescimento econômico incentivando o desenvolvimento dessas empresas.
SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das microempresa e Empresa de Pequeno Porte.
SIMPLES NACIONAL – Regime simplificado de contribuições devidos pelas Micro Empresas
CAPÍTULO IV
DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
Seção I
Da Instituição e Abrangência
Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional.
Um sistema de tributação simplificado mediante a único recolhimento mensal onde se pagam diversos impostos
Art. 170. da CC - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
A pequena e microempresa terá uma alíquota única para diferenciar o incentivo e diminuir a burocracia para que o microempresário possa regularizar a sua situação perante o Estado.
A lei 123/06 trata também do empresário individual.
Art. 2º O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será gerido pelas instâncias a seguir especificadas:
I - Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 4(quatro) representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, como representantes da União, 2(dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; (Parte dos impostos arrecadados deverão ser direcionados para os devidos órgãos do governo, porém tal recolhimento será feito digitalmente)
e
II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, para tratar dos demais aspectos,ressalvado o disposto no inciso III do caput deste artigo; (Deverá haver um comitê das microempresas e um fórum permanente, isto é, um comitê com a participação dos órgão federais, entidades vinculadas ao setor)
III - Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, composto por representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio e de registro empresarial, na forma definida pelo Poder Executivo, para tratar do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas. (
§ 1º Os Comitês de que tratam os incisos I e III do caput deste artigo serão presididos e coordenados por representantes da União.§ 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal nos Comitês referidos nos incisos I e III do caput deste artigo serão indicados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e os dos Municípios serão indicados, um pela entidade representativa das Secretarias de Finanças das Capitais e outro pelas entidades de representação nacional dos Municípios brasileiros.
§ 3º As entidades de representação referidas no inciso III do caput e no § 2º deste artigo serão aquelas regularmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação desta Lei Complementar.
§ 4º Os Comitês de que tratam os incisos I e III do caput deste artigo elaborarão seus regimentos internos mediante resolução.
§ 5º O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo, que tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento dasmicroempresas e empresas de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação, será presidido e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
§ 6º Ao Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo compete regulamentar a opção, exclusão, tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa, recolhimento e demais itens relativos ao regime de que trata o art.
§ 7º Ao Comitê de que trata o inciso III do caput deste artigo compete, na forma da lei, regulamentar a inscrição. cadastro, abertura, alvará, arquivamento, licenças, permissão, autorização, registros e demais itens relativos à
abertura, legalização e funcionamento de empresários e de pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica ou composição societária.
§ 8º Os membros dos Comitês de que tratam os incisos I e III do caput deste artigo serão designados, respectivamente, pelos Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mediante indicação dos órgãos e entidades vinculados.
QUEM SÃO AS PESSOAS JURIDICAS QUE A LEI TRATA:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de aneiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
O que caracteriza esta tal empresa:
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
O QUE É RECEITA BRUTA?
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
PROIBIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DA LC 123/06
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; (quando no capital desta empresa participe outra PJ)
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES -
→ Regime único de arrecadação, inclusive as Obrigações acessórias:
→ LC123/06 = Tabelas (anexos)
→ Rol abrangido pelo SIMPLES:
Art. 13 / 123/06 - O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;s
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.
--- Obs.: A opção pelo simples nacional é facultativo, mas a partir do momento que for optado como forma de recolhimento tributário, será irretratável para todo o ano calendário.
Há um documento único para à arrecadação de tributos e contribuições supra citados, é disponibilizados a ME e EPP um sistema eletrônico para realização do cálculo do valor mensal devido referente a receita bruta específica de cada mês.
Por fim há a possibilidade de apresentação de declaração única e simplificado de informações sócio econômicas e fiscais, bem como a possibilidade dos Estados adotarem sub limites de EPP em função da respectiva participação no PIB.
GFIP - presentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social 
CAPÍTULO V - DO ACESSO AOS MERCADOS
Seção única - Das Aquisições Públicas
O QUE É LICITAÇÃO – Quando o Estado contrata através de uma lei própria, serviços essenciais prestados por terceiros.
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; (Caso ainda haja empate, o procedimento será o seguinte, possibilita-se àquele que ofereceu o valor inferior a aquela proposta considerada vencedora do certame “vários que estão concorrendo a um concurso”, que apresente a nova proposta. Caso não apresente uma nova proposta ou não ocorra a sua contratação, deverão ser convocadas as demais ME e/ou EPP que se encontrem inseridas nos limites referidos pelo art. 44, se ainda houver empate, será realizado SORTEIO para definir qual delas poderá primeiro apresentar a melhor oferta)
II - não ocorrendo a contrataçãoda microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.
§ 1º Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame.
§ 2º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de preclusão.
Critérios para exclusão automática do Simples Nacional 
Art. 28 a 32, Lei 123/06
→ De Ofício – Quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória ou quando verificada a ocorrência de algumas das situações: Art. 29
→ mediante comunicação da própria ME ou EPP – Quando a mesma espontaneamente deseja não mais ser optante pelo Simples Nacional (Exclusão por Opção) Art. 30
A exclusão obrigatória do Simples Nacional deverá ser comunicada a Receita (RFB), por meio do Portal do Simples Nacional na internet, conforme os seguintes prazos, em geral. 
→ a qualquer tempo, na hipótese de exclusão por opção da ME e EPP;
→ No último dia útil do mês de Janeiro do ano-calendário subsequente àqueles em que se deu o excesso de receita bruta.
→ No último dia do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao inicio de atividade (ter ultrapassado o limite proporcional de EPP no ano de início de atividade)
Efeitos da Exclusão:
→ Art. 32 “caput” e §1º
→ Consequência principal de sua exclusão é o pagamento integral dos tributos e impostos contribuição
PROVA DE EMPRESARIAL I – 17/05/2010
matéria: Todos os Seminários
-a partir de 
Procedimento Administrativo
art. 39 e 40 LC 123/06
→ será de competência do órgão julgado integrante de estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento ou a exclusão de ofício, no caso, SRF. Terá um procedimento parecido com o procedimento civil comum com a possibilidade recurso. Administrador que deverá ser julgado por colegiado.
Processo Judicial Tributário. (ART 41)
Processos relativos a tributos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados contra a União. Os Estados e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria Geral da Fazendo Nacional em relação aos tributos de suas respectivas competências. As inscrições na dívida ativa e cobranças judiciais serão promovidas pela PGFM, cuja a proveniência poderá, mediante convênio, ser delegado aos Estados e Municípios.
A previsão relativa ao processo judicial tributário constante no novo estatuto constitui completa inovação na ordem jurídico tributário nacional. Porque a competência em matéria de Simples era exclusiva da União, agora transformado em Simples Nacional existe a possibilidade da transferência das competências Estaduais e Municipais para a Fazenda Nacional, mas isto em relação ao Processo Judicial Tributário.
PROCESSO JUDICIAL COMUM
Art. 74 LC123/06
Juizados Especiais -
9099/95 – Juizado Especial Estadual
10259/01 – Juizado Especial Federal
Questão 5
1- Que tipo de empresa não poderá se inscrever no sistema diferenciado e favorecido da Lei Complementar 123/06? Explique
Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime
de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no
exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que
a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não
beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que
trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento
mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
2- Quais os tributos e contribuições serão incluídos no Simples Nacional?
3- Em que casos será feita a exclusão do Simples Nacional? Fundamente
4- Qual a consequência da exclusão da microempresa ou EPP do Simples Nacional?
5- Como é o tratamento dado às MEs e EPPs em relação ao processo judicial?
Processos relativos a tributos serão ajuizados perante a União (Divida Ativa da União)
Representação pela Procuradoria Geral da Fazendo Nacional
Auxilio de Estados e Municípios à Procuradoria Geral da Fazendo Nacional
Convênio para delegar a Estados e Municípios a inscrição em Divida Ativa estudal e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais.
TRABALHOS
Cooperativas 
Nascimento da Idéia 
Embora não tenha sido a primeira, a cooperativa “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale” inaugurou aquilo que seria a base do cooperativismo moderno, inclusive com o estabelecimento de princípios mais tarde incorporados pelo movimento cooperativo, tais como: o direito de cada cooperado a um voto, a não-discriminação em qualquer de suas formas, juros limitados, entre outros. 
Essa cooperativa de tecelões ingleses surgiu como meio para que esses artesãos alcançassem um melhor nível de vida e entre suas metas, estavam a construção de moradias para os associados e aquisição de terras ou arrendamento para garantir a subsistência dos cooperados com baixos salários ou desempregados. O seu sucesso se deve ao fato de que os princípios, antes enumerados, tiveram êxito quanto à aplicação deles, circunstância esta que justifica o destaca dela dentro do movimento cooperativo internacional. 
Entretanto, o ideal cooperativo já era conhecido desde os primórdios da civilização. Como forma primitiva e inicial de adesão a essa idéia, cita-se: o arrendamento de terras para a exploração comum pelos babilônios, e as sociedades de auxílio mútuo para enterros e seguro, entre os gregos e romanos.
Como símbolo do cooperativismo, tem-se um círculo em volta de dois pinheiros para indicar à união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Quanto a sua bandeira, fruto de aprovação pela Aliança Cooperativa Internacional, em 1932, ela possui a sete cores do arco-íris. Sendoestas, cada qual com seu significado: vermelho é a coragem; alaranjado, visão de futuro; amarelo, desafio; verde, crescimento da pessoa humana; azul, horizonte e amparo aos desafortunados; anil, ajuda a si mesmo e aos outros; e violeta, fraternidade
Princípios Cooperativistas 
De modo rápido e conciso, pode-se dizer que as sociedades cooperativas têm como princípios: 
-A adesão livre, na qual se faz presentes outros dois aspectos, a saber, a voluntariedade pelo qual ninguém pode ser coagido a ingressar em uma cooperativa ou dela não pôde sair, e o da porta-aberta, cuja função é permitir o livre ingresso na cooperativa, desde que atendida às exigências estatutárias. 
-A cada associado um voto, ou seja, nesse tipo de sociedade, em razão dos seus próprios fins, dá-se prioridade a pessoa humana, sendo a cota de capital inoperante no que diz respeito ao voto. Assim cada associado tem direito a um voto e paralelamente o direito de ser votado. 
-Distribuição do excedente pro rata das transações dos membros. Princípio este que se caracteriza por retornar ao cooperado aquilo que ele tenha pagado a mais nas suas operações com a cooperativa. Tal princípio permite a sociedade se garantir contra a reviravolta dos preços de custo, ao vender ao preço corrente, porém sem corromper a sua essência, já que o associado posteriormente será reembolsado. Do ponto de vista técnico é este princípio que realiza na órbita econômica a idéia cooperativista.
-Juros limitados sobre o capital. O qual é resultante da separação do aporte de capital trazido pelo associado, e que necessitava ser remunerado, e as sobras liquidas decorrentes das operações dele para com a sociedade. Assim, paga-se uma taxa de juros aos associados, correspondente ao seu capital, porém limitadamente. 
-Neutralidade política e religiosa. Através deste se impede que as cooperativas criem discriminação de qualquer tipo. Esse mesmo princípio também limita a participação política das cooperativas, embora alguns autores defendam, atualmente, a presença dela nessa esfera, quando o tema versar sobre questões transcendentais como paz, liberdade, entre outros. 
-Vendas à vista. Presente principalmente em cooperativas de consumo, este princípio tem como intuito estimular a prática da poupança pelo cooperado, e paralelamente se prevenir contra um eventual fracasso da sociedade em virtude de grande número de vendas a crédito. 
-Desenvolvimento da educação. Pelo qual permite ao homem a aquisição de conhecimentos indispensáveis e formação necessária para a atuação no movimento cooperativista. Trata-se de conseqüência direta do ideal cooperativo, o qual tem como meta básica o aperfeiçoamento do ser humano. 
As cooperativas no Brasil 
O primeiro indício de cooperativa no Brasil data de 1847, com a fundação no Sertão do Paraná, da colônia Tereza Cristina. Com a constituição republicana de 1891, surgem as primeiras cooperativas de cunho moderno, visto que essa carta constitucional assegurava em seu art. 72, § 8º a liberdade de associação. 
Destaca-se nesta época o decreto legislativo n. 979 que trata do assunto ao se referir à criação de caixas rurais de crédito agrícola e de cooperativas de produção e de consumo, quando prevê aos profissionais da agricultura e indústrias rurais a organização de sindicatos para defesa de seus integrantes.
Contudo, é a partir do final do século XIX que surge, nos centros urbanos, as primeiras cooperativas de consumo, entre elas: a Associação Cooperativa dos Empregados da Cia. Telefônica, em Limeira (1891) e a Cooperativa Militar de Consumo, no Rio de Janeiro (1894). 
No início do século XX, adquire relevância a Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea (COOPFER), fundada em 1913, e que se expandiu rapidamente com a criação de uma Casa de Saúde, escolas primárias, entre outras benesses voltadas para seus associados. 
Também é no início do século XX, o surgimento das primeiras cooperativas na área rural. Em 1902, no Rio Grande do Sul, são criadas as caixas rurais, e, em 1907, - Minas Gerais – surgem as Cooperativas de Produtores Rurais. Com significativa participação nas exportações, é o ramo mais forte do cooperativismo brasileiro.Quanto às cooperativas de consumo, estas entraram em declínio a partir da década de 60, em razão, entre outros fatores: a extinção do benefício fiscal (ICM) do qual usufruíam, à inflação e ao surgimento de redes supermercados poderoso, com tecnologia avançada e de difícil concorrência.
Legislação 
Com a renovação das estruturas, entra-se em uma nova fase. Nesta, é aprovado a Lei 5764 de 16.12.1971 baseada em anteprojeto elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras, mas em grande parte modificado pelos técnicos governamentais. Dentre as reivindicações dessa organização, só não foi atendido o pedido de eliminação da autorização prévia para funcionar, sendo esta aparentemente flexibilizada. 
Quanto a essa autorização prévia, segundo opinião de Waldírio Bulgarelli era um simples capricho dos técnicos governamentais, carente de fundamento lógico, e que como poder nenhuma utilidade lhes trazia, mas sim inconvenientes às cooperativas. Bem como a exigência, pelos mesmos, da verificação por parte do órgão controlador oficial das condições de funcionamento da cooperativa em constituição. 
Finalmente com a liberalização promovida pela Constituição de 1988, o Estado não mais interfere nas cooperativas, como deve apoiá-las. Sendo que essa mesma Carta Magna dispõe, doravante, sobre vários aspectos do sistema cooperativo como o do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, as cooperativas de garimpeiros e as cooperativas de crédito. 
CARLOS ALBERTO RAMOS SOARES DE QUEIROZ lembra que, em especial, na região sul do país já se nota algumas iniciativas governamentais com o intuito de motivar o cooperativismo. Cita como exemplo, o primeiro parágrafo do art. 163 da Constituição do Rio Grande do Sul, no qual é prevista a preferência dos empregados – organizados em cooperativa – em relação a outros interessados, quando da privatização de empresa pública ou de economia mista.
Por fim, ainda que as sociedades sejam regidas pela lei 5764, o novo Código Civil traz algumas normas gerais em relação a elas na parte do Direito da Empresa. Entre elas se destacam o art. 1095, que cuida da responsabilidade dos sócios, e principalmente o art. 1096, o qual prevê na omissão da lei a aplicação dos dispositivos referentes à sociedade simples, resguardadas as características que regem as cooperativas previstas no art. 1094 e na referida lei. 
Natureza Jurídica e Peculiaridades
Ainda que muitos vejam as sociedades cooperativas como pertencentes ao ramo civil ou comercial, elas possuem características que lhes tornam singular perante esses dois ramos. Por terem princípios estranhos ao capitalismo, e visar fins distintos dos deles, ela assume um tal caráter, não abrangido nem mesmo por uma eventual fusão dos dois ramos citados anteriormente. 
De acordo com Bulgarelli, o que faz das cooperativas algo tão singular é o fato das mesmas serem reguladas por princípios de natureza ética e doutrinária ao contrário das capitalistas. Tendo em vista, também sua natureza associativa, desta deriva varia características, entre as quais: a gestão democrática, a adesão livre, o justo preço, dentre outras já expostas no item referente aos princípios. 
As cooperativas com seus objetivos sociais impregnam com eles também os seus atos. Exemplo disso se encontra no mecanismo de retorno, no qual as repartições das sobras líquidas são feitas em proporção às operações efetuadas pelos cooperados, e não em virtude do capital de cada um, fato não encontrado nas demais sociedades. No mesmo sentido é administração dessas sociedades cooperativas, cujo fim maior é servir aos cooperados e não ao mercado. Destaca como fator individualizador dessas sociedades o ato cooperativo. Sendo este, os atos praticados entre cooperados e a cooperativa (âmbito interno). Tal ato é caracterizado

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