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Observou-se o amor incondicional e a empatia de uma mulher (Amy) por um homem cego por acidente na infância e amante do hockey em praça de gelo (Virgil), levando-o a decidir por uma cirurgia oftalmológica para ver, o que foi um sucesso na ocasião, sendo que a experiência de voltar a ver reflete nas emoções e sentimentos do casal, mas sob a o pano de fundo e informação médica de que seu caso era um dos vinte que obtiveram êxito, entretanto, era mentalmente cego, vez que o cérebro não era capaz de processar as informações, havendo o limbo entre os dois momentos (sem visão, com visão), e o progresso nessa nova adaptação dependeria unicamente de Virgil, pois suas vistas passariam a enganá-lo. Nota-se também que em um desses momentos de engano, ao invés de admirar arte em 3D que via, Virgil acabou por considerar como “verdadeira” arte uma pichação criminosa em um caminhão, ensejando na síntese de que ocorria consigo falta total de memória visual, um defeito fisiológico imprevisto. Por essa razão, Virgil passou a observar expressões sem a princípio entende-las, e ao mesmo tempo vendo o que “não” queria ver, como por exemplo, Amy beijando outro homem. Aparentemente, a decepção como sentimento, tomou conta de Amy e Virgil, somado a reflexões como a ideia de que não ver algo não significa que isso não exista, e assim, aos poucos, Virgil pode aprender e às vezes reaprender significados e perspectivas das situações visualizadas. Isso o preparou para enfrentar sob dois aspectos e sentimentos uma má notícia, o problema visual retornara gradualmente. Então, a partir do surgimento de indícios de ineficácia para permanência do resultado “positivo” da cirurgia ocular, traz a Virgil inicialmente sentimento de frustração, o levando a decidir ver seu pai que o abandonara vinte anos antes, talvez última oportunidade olhos-nos-olhos antes do momento final do insucesso cirúrgico, momento em que o pai revela que o abandonou por conta do problema visual mas agora o problema estava resolvido, então poderiam reatar; de tal simplório raciocínio, Virgil acabou por revelar a seu pai que a “cura” estava indo embora, quebrando por completo o impulso da suposta resolução do atrito entre pai e filho, o que acabou por permanecer. Pelo casal, surgem planos de viagens para ver as pirâmides do Egito entre outros lugares, mas Virgil escolhe ver um jogo de hockey, ocasião que ao ver um algodão e o encostar, sente a impressão de estar encostando em uma nuvem, e de imediato os momentos mais intensos do retorno da patologia acontecem, razão pela qual concluiu Virgil quanto a seus últimos atos enquanto ainda via um pouco, entre eles demonstrar agradecimento a sua irmã que se dedicou exclusivamente ao cuidado dele; olhar figuras e fotos (incluindo as pirâmides do Egito) em livros e revistas, ver o nascer do sol, e revela que ver atrai a situação de ver coisas lindas tanto quanto coisas ruis, e as vezes mesmo cego, poderia ver bem melhor, pois na realidade não vê com os olhos, pois vivemos em uma escuridão, e o que importa é conseguir ver o outro como realmente é, e isso nenhuma cirurgia consegue realizar.
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