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Na lição de Fábio Nusdeo, resumo capitilo 1 a 7

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Na lição de Fábio Nusdeo, cinco são as principais falhas, imperfeições ou inoperacionalidades do mercado, que correspondem “à ausência de pressupostos que haviam lastreado a concepção liberal na sua formulação original, mais simples, mais otimista e ingênua”[43]: 
a) A pouca mobilidade dos fatores, na medida em que, ao contrário do que vislumbrado na referida formulação original, uma rigidez mais ou menos pronunciada em quase todos os fatores impede deslocamentos céleres automáticos e oportunos, no mais das vezes impossibilitando que os agentes econômicos possam se adaptar rapidamente às mudanças de mercado. E, de fato, os pressupostos e condições para o desenvolvimento de determinada atividade econômica alteram-se constantemente, muitas vezes de forma imprevista e com reflexos de caráter tanto microeconômico (prejuízos aos agentes econômicos diretamente envolvidos, investimentos com expectativa de retorno frustrada, etc.), quanto macroeconômico (desemprego, recessão, crise em atividades correlatas cujo desenvolvimento dependia daquela que se tenha frustrado, etc.). Esta situação acabou por exigir várias modificações no sistema econômico de mercado, a fim de acomodar o Estado na posição de agente indutor ou refreador da atividade econômica no seu conjunto ou em setores específicos.
b) O acesso às informações relevantes, no sentido de que se deva assegurar a todos o acesso às informações atinentes ao produto ou mercado envolvidos, sob pena de vir a ser o agente econômico – especialmente na qualidade de consumidor – induzido a erro. 
c) A concentração econômica, pois o mercado apenas bem funcionará se composto por número razoavelmente elevado de compradores e vendedores em interação recíproca, sem que qualquer deles seja muito grande ou muito importante, sendo falsa a premissa de um mercado atomizado, formado por grande número de unidades relativamente pequenas, que fundamentou o raciocínio dos economistas clássicos quando desenvolveram a estrutura operacional de um sistema descentralizado. 
d) As externalidades, na medida em que, numa atividade econômica, nem sempre, ou raramente, todos os custos e respectivos benefícios recaem sobre a unidade responsável por sua condução, sendo usual o surgimento de custos decorrentes de fatores externos e imprevistos (ou mesmo benefícios resultantes de fatores externos imprevistos como, por exemplo, a instalação repentina de uma indústria de grande porte e numerosos empregados em determinada região, com a conseqüente ampliação do mercado consumidor local).
e) Os bens coletivos, também conhecidos como bens públicos, na medida em que uma economia fundada apenas no mercado tenderá a discriminá-los fortemente e a exagerar a produção de bens exclusivos (cuja utilização conjunta por vários consumidores não se faz possível).
1 – Introdução – OUTRAS FONTES
Sabe-se que a economia é dedicada a satisfazer necessidades administrando recursos escassos, ou seja, a atividade econômica é aquela aplicada na escolha de recursos para o atendimento destas necessidades humanas. Muitas vezes o fenômeno econômico dita o surgimento de uma instituição jurídica ou vice-versa. Se ao Direito está dada à incumbência de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos relacionar as relações entre Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e em desenvolvimento.
Este trabalho tem o objetivo de explanar áreas da economia ligadas ao direito, trazendo à tona todas relações humanísticas e necessidades criadas e saciadas através da ligação entre estas áreas, juntamente com a capacidade econômica da sociedade.
2 – Economia e o Direito
A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito.
Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de propriedade bem definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o desenvolvimento econômico. Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a economia.
A seguir veremos alguns paralelos entre áreas atuantes da economia e do direito.
2.1 – Direito do trabalho
Sendo o trabalho um dos fatores de produção econômico, e que é o principal fator de produção econômico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas jurídicas que protegem este que é de a fonte de produção de bens e serviços indispensáveis à economia.
Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o Direito do Trabalho, são eles:
Remuneração e salário, que, na economia, representam a contraprestação paga a quem exerce o trabalho;
Participação do trabalho nos resultados da empresa; Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais; Garantia constitucional de boas condições de trabalho.
2.2 – Direito administrativo
“Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.(Di Pietro, 2000, p. 52)
Para se ter uma noção maior do que é Direito Administrativo, existem vários critérios para se defini-lo, que são:
Escola do serviço público;
Critério do poder executivo;
Critério das relações jurídicas;
Critério teológico;
Critério negativo ou residual;
Critério da distinção entre atividade jurídica e social do estado ;
Critério da administração pública.
Baseando-se nestes critérios autores conseguem definir a que se dedica este direito, analisando cada fator para obter uma forma mais abrangente e maior capacidade de interpretar o assunto.
Relaciona-se com a economia no tocante ao conteúdo econômico da norma de Direito Administrativo como: regulamentação da licitação para buscar o menor preço, determinações do Banco Central em relação à política de ingresso de dólar no País, atos de criação de empresas públicas e de sociedades de economia mista.
2.3 – Direito comercial :Ramo do direito que abrange o estudo do “conjunto de normas que regulam as atividades das pessoas naturais ou jurídicas dedicadas ao comércio”. Aqui vemos o estudo das Sociedades Mercantis e dos Títulos de Crédito, que representam as áreas mais importantes do Direito Comercial.
2.4 – Direito civil: É um ramo do direito privado que tem por objetivo fundamental a regulamentação jurídica da pessoa e dos direitos que lhe são próprios e na condição de sujeito de um patrimônio. A Economia trata de uma parte dos bens de que também o Direito Civil: os chamados valores materiais (Direitos Reais e Direitos Obrigacionais), são os mesmos bens, de que trata a ciência econômica.
2.5 – Direito constitucional
A constituição limita toda e qualquer atividade econômica exigindo-se a defesa do consumidor, nos termos dos artigos 5º, XXXII e 170, V da Constituição Cidadã.
Os temas sócio-econômicos ingressaram de maneira explícita nos textos constitucionais a partir da Constituição Mexicana de 1917, porém no Brasil nunca foi analisado como deveria, sendo que somente após a Lei Fundamental de 1988, promulgada a 5 de outubro, é que estudos constitucionais passaram a emergir com maior riqueza no seio da comunidade jurídica brasileira, mas ainda revela-se como uma área carecedora de estudos.
3 – As agências reguladoras no sistema econômico e na proteção dos agentes econômicos
A criação de agências reguladoras é resultado direto do processo de retirada do Estado da economia. Estas foram criadas com o escopo de normatizar os setores dos serviços públicos delegados e de buscar equilíbrio e harmoniaentre o Estado, usuários e delegatórios.
Na última década o Brasil seguindo uma forte tendência mundial, está desenhando uma nova estrutura de estado esta tendência é baseada em um modelo mediador e regulador. Assim ele se desprende das amarras do monopólio estatal, resquício de modelos interventores. As mais importantes figuras desta nova fase são as Agências Reguladoras.
Para a população a principal mudança a principal mudança com recém-chegado modelo, é a nova maneira de prestação de serviços públicos que podem se dar de duas formas, direta ou indireta. O processo de desestatização se caracterizou pelo incremento da prestação indireta, pois aumentaram as delegações destes serviços. A forma indireta se caracteriza, basicamente, por três diferentes modalidades, a saber:
Concessão;
Permissão;
Autorização;
Terceirização.
Existe outra forma de desestatização chamada de privatização, forma pela qual o Estado se retira por completo da prestação dos serviços, não restando responsabilidade indireta ou residual. Sobre todas as formas paira uma mais abrangente, que diz respeito a todas, chamada de desregulamentação. Em resumo, nesta nova fase, o Estado não é mais o único provedor de serviços públicos, pois com a quebra do monopólio estatal, estes foram delegados à iniciativa privada.
A criação de agências reguladoras é resultado direto do processo de retirada do Estado da economia. Estas foram criadas com o escopo de normatizar os setores dos serviços públicos delegados e de buscar equilíbrio e harmonia entre o Estado, usuários e delegatórios.
No Brasil também se encontram agências reguladoras de serviços públicos delegados nos estados do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, Ceará, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco e São Paulo. Além de suas funções específicas em relação aos serviços delegados dos estados, as agências estaduais podem firmar convênios com as agências nacionais, com o escopo de realizar os serviço de regulação nacional dentro de seu território.
Apesar de as agências atuarem dentro de um espectro de dimensões grandes, seus poderes são delimitados por lei. A âmbito de atuação passa por diversas áreas, sendo as mais importantes as de fiscalização, regulamentação, regulação e por vezes, arbitragem e mediação. Porem para possuir estes poderes, quando concebidas, a agências foram dotadas de personalidade jurídica de direito público.
A função das agencias é delimitada, porém dentro de um espectro de dimensões grandes. A âmbito de atuação passa por diversas áreas, sendo as mais importantes às fiscalizações, regulamentação, regulação e por vezes, arbitragem e medição, porém, sempre dentro dos limites que lhe impõe a lei. Para possuir estes poderes, quando concebidas as agências foram dotadas de personalidade jurídica de direito público.
No Brasil, cada agência foi concebida mediante uma lei. Inicialmente foram constituídas três agências:
ANP – Agência Nacional do Petróleo – lei de criação 9.478/97; ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações – lei 9.472/97 e ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – lei 9.427/96.
Posteriormente a estas, foram criadas:
ANVS – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
ANS – Agência Nacional de Saúde;
ANA – Agência Nacional de Águas, ainda em tramitação;
ANT – Agência Nacional de Transportes, ainda em tramitação;
ANC – Agência Nacional do Consumidor e da Concorrência; ainda em tramitação.
Nos países que adotam um sistema similar ao que está sendo implantado no Brasil, ou seja, um sistema regulador, as agências são uma realidade. Nos Estados Unidos, observa-se uma oscilação no poder das agências, variando de acordo com o período histórico. O sistema adotado em no Brasil, é baseado no modelo norte-americano, em uma época em que as agências concentravam um alto grau de poder. Várias nações contam com agências reguladoras, e o número destas varia de acordo com cada país.
4 – Externalidades Econômicas
Algumas transações dão origem a benefícios ou custos sociais que não são computados no mecanismo de preços do mercado. Esses custos e benefícios são ditos serem externos ao mercado.
Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produção de um determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Importante destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas (custos externos).
O direito, as externalidades Econômicas, a informação imperfeita e o poder de monopólio, as externalidades econômicas são observadas quando a produção ou o consumo de bens por um agente econômico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a poluição produzida por empresas impõe os custos da fumaça, de rios insalubres, de ruído, etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades dão base à criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc.
Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa um custo externo porque é a agricultura, e não a indústria poluidora, que sofre os danos causados pelas chuvas ácidas. Estes danos não são considerados no cálculo dos custos industriais, que inclui itens como matéria-prima, salários e juros. Portanto, os custos privados, nesse caso, são inferiores aos custos impostos à coletividade e, por conseqüência, o nível de produção da indústria é maior do que aquele que seria socialmente desejável.
Já a educação gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e, não somente os estudantes, auferem os diversos benefícios gerados pela existência de uma população mais educada e que não são contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo, vários estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educação contribui para melhorar os níveis de saúde de uma determinada população. Em particular, níveis mais elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. Outros trabalhos mostram também que a educação concorre para reduzir a criminalidade. Todos esses benefícios indiretos da educação por não serem apreçados não são computados nos benefícios privados. Portanto, os benefícios sociais são superiores aos benefícios privados, que incluem apenas as vantagens pessoais da educação, como por exemplo, os salários obtidos em função do nível de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a poluição provocada pela indústria de cobre aumenta a incidência de tuberculose entre a população. Também, os fumantes contribuem para a disseminação de doenças entre os não fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a geração de externalidades de consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automóveis privados congestiona o tráfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto, representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores.
5 – Atualidades na “proteção contra o abuso econômico”
Existe uma proibição constitucional a esta prática de abuso, porem há dificuldade na aplicação desta norma pela falta de definição do que seja abuso de poder econômico. O texto constitucional não traz a resposta. Aliás, emprega o termo em relação a campanhas eleitorais e em relação à livre concorrência como princípios da ordem econômica.
O Poder Judiciário fica, por assim dizer, com um “tipo” cujo núcleo é um conceito jurídico indeterminado. Sua definição não pode ser estabelecida de plano, com dados precisos. Aqui se deve reconhecer a ‘zona de certeza’ e as zonas cinzentas do conceito. Em alguns casos há, certamente, abuso do poder econômico. Em outros, esta afirmação depende de um sistema valorativo desenvolvido pelo aplicador da lei.
Os juízes e Tribunais eleitorais enfrentam este problema. Devem, a cada exame de caso concreto,determinar se há configuração do abuso do poder econômico ou não. Mas, para que se possa dar à lei (e à própria Constituição) eficácia máxima, a aplicação da sanção nos casos incluídos na ‘zona de certeza’ deve ser absoluta, sob pena de inocuidade da proibição normativa.
Sérgio Varella Bruna publicou em 1997, pela Editora Revista dos Tribunais um livro sobre “O Poder Econômico e a Conceituação do Abuso em seu Exercício”.
Este autor reconhece o poder econômico como dado estrutural da ordem jurídica brasileira e lhe impõe, com Fábio Comparato, uma função social.
O texto de Alceu Luís Castilho em Julho de 2001 pode nos dar uma idéia clara do referido problema, ao afirmar que “o Brasil está em último lugar no páreo mundial do combate aos cartéis”, Alceu deslumbra um texto com embasamento na sua afirmação. Na época Alceu alertava que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) estava esvaziado, sete anos após a lei que ampliou seus poderes e o definiu como autarquia ligada ao Ministério da Justiça. Até ameaça de paralisação por falta de quórum pairava sobre o órgão que deveria controlar os abusos econômicos no País.
Para piorar, nesta época a revista Global Competition Review realizou uma pesquisa onde ouviu 500 especialistas em defesa da concorrência. O conselho brasileiro ficou em último lugar entre os 24 órgãos antitruste avaliados, junto com a África do Sul, com duas entre cinco estrelas na cotação. O pessimismo do então presidente do Cade, João Grandino Rodas em afirmar que a situação poderia até piorar, diz respeito ao projeto de criação da Agência Nacional de Defesa da Concorrência e do Consumidor, que agruparia o Cade, a Secretaria de Direito Econômico (do Ministério da Justiça) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (do Ministério da Fazenda). Nos moldes propostos, a independência política do Conselho, um dos itens avaliados pelos ingleses, irá pelos ares. “Desse jeito vamos ficar sem estrelas”, dizia Rodas.
No caso do uso abusivo do poder econômico com finalidade de alcançar o poder político a hipótese é clara: é possível o uso do poder econômico enquanto não elidir com os princípios constitucionais da igualdade e da democracia.
5.1 – Definições
SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), é composto pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), vinculada ao Ministério da Fazenda, pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ambos vinculados ao Ministério da Justiça. O objetivo principal do Sistema é a promoção de uma economia competitiva por meio da prevenção e da repressão de ações que possam limitar ou prejudicar a concorrência, com base na aludida Lei de Defesa da Concorrência. A Seae e a SDE possuem função analítica e investigativa, sendo responsáveis pela instrução dos processos. O produto final da atuação da Seae e do Cade são os Pareceres, que são elaborados levando-se em conta, respectivamente, os aspectos econômicos e jurídicos dos fatos ocorridos. Ao Cade, última instância decisória na esfera administrativa, cabe julgar os processos em matéria concorrencial, após análise dos pareceres da Seae e da SDE. As decisões do Cade não comportam revisão no âmbito do Poder Executivo, sendo possíveis apenas no âmbito do Poder Judiciário.
A atuação dos órgãos do sistema subdivide-se em três tipos:
I – preventiva, através do controle de estruturas de mercado, via apreciação de atos de concentração (fusões, aquisições e incorporações de empresas);
II – repressiva, através do controle de condutas ou práticas anticoncorrenciais, que busca verificar a existência de infrações à ordem econômica, das quais são exemplos as vendas casadas, os acordos de exclusividade e a formação de cartel; e
III – educacional, que corresponde ao papel de difusão da cultura da concorrência, via parceria com instituições para a realização de seminários, palestras, cursos e publicações de relatórios e matérias em revistas especializadas, visando um maior interesse acadêmico pela área, o incremento da qualidade técnica e da credibilidade das decisões emitidas e a consolidação das regras antitruste junto à sociedade.
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
O CADE é uma agência judicante, criada pela Lei nº 4.137, de 1962. O CADE foi transformado pela Lei nº 8.884, de 1994, em autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal.
O CADE tem como objetivo zelar pela livre concorrência por meio de esclarecimento ao público sobre as formas de infração à ordem econômica e decidir questões relativas às mesmas infrações. As atribuições da agência estendem-se a todo o território nacional. Para tanto é dirigido a empresários, instituições financeiras, trabalhadores, sindicatos empresariais, aos cidadãos, e a sociedade como um todo.
PROCON – Órgãos de Proteção ao Consumidor.
A superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor – PORCON, é o órgão responsável pela coordenação e execução da política estadual de proteção, amparo e defesa do consumidor.
São órgãos estaduais e municipais de defesa do consumidor, criados, na forma da lei, especificamente para este fim, com competências, no âmbito de sua jurisdição, para exercitar as atividades contidas no CDC e no Decreto nº 2.181/97, visando garantir os direitos dos consumidores.
Os PROCONs são, portanto, os órgãos oficiais locais, que atuam junto a comunidade, prestando atendimento direto aos consumidores, tendo, desta forma, papel fundamental na atuação do SNDC. Outro importante aspecto da atuação dos PROCONs diz respeito ao papel de elaboração, coordenação e execução da política local de defesa do consumidor, concluindo as atribuições de orientar e educar os consumidores, dentre outras.
Em nível estadual tem-se 27 PROCONs no total, um para cada Unidade da Federação. Conforme mencionado, os PROCONs estaduais têm, no âmbito de sua jurisdição competência para planejar, coordenar e executar a política estadual de proteção e defesa do consumidor, assim para o melhor funcionamento dos sistema estadual de defesa do consumidor, faz-se necessário que exista um estreito relacionamento entre os PROCONs Municipais e o Estadual, bem como entre os próprios órgãos municipais.
6 – Conclusão
A abertura da economia, as privatizações e a desregulamentação, bem como a estabilização dos preços são os principais fatores que contribuem para dar uma maior importância ao CADE, estas circunstâncias ensejaram uma atuação estatal menos preocupada em investir diretamente na produção, mas por conseguinte, mais determinada em coordenar e estimular a economia de mercado. A globalização da economia também corrobora para um maior impulsionamento dos trabalhos do CADE, pois ela exige grande competitividade e produtividade por parte das empresas instaladas no Brasil. Diante de tais fatos, é imprescindível a existência de um órgão para zelar a harmonia da ordem econômica no país, porém este órgão deve ser bem administrado e estruturado para não gerar conflitos ao mercado.
As externalidades econômicas estão cada vez mais presentes em nossa economia de mercado, fiscalizá-las e tratá-las com justiça deverá ser uma obrigação para nosso setor público, elas não podem ser vistas apenas como indiferenças.
A regulação exercida pelas agências possui papel fundamental no cumprimento das políticas determinadas pelo Estado, sua função é gerencial (técnica) e de controle sobre os entes regulados. Portanto, deve sempre ser preservado o objetivo de harmonizar os interesses do consumidor, como preço e qualidade, com os do fornecedor, como a viabilidade econômica de sua atividade comercial, como forma de perpetuar o atendimento aos interesses da sociedade.
Sendo assim como considerações finais, percebe-se que é indispensável para que haja um bom andamento da economia o adentramento ao campo do Direito, principalmente tratando-se de assuntos como externalidades, legislação antitruste e repressão ao abuso do poder econômico e ainda asleis de proteção ao consumidor.
Novamente recorre-se às lições do professor Vicente Bagnoli, que citando o nobre doutrinador Fábio Nusdeo, explicita o posicionamento deste último no sentido de que o operador público, ao exercer a ATIVIDADE REGULATORIA pode vir a ser compelido a tomar decisões favoráveis à uma minoria detentora do poder econômico, em detrimento de uma maioria não tão privilegiada pelo sistema. Exemplificando tal possibilidade, Nusdeo, citado na obra de Bagnoli, apresenta uma hipótese em que duas proposições diametralmente opostas são apoiadas com grande empenho por grupos minoritários que encontram oposição pouco coesa por parte de uma maioria menos combativa. À esta hipótese Nusdeo dá o nome de teoria da cooptação ou da captura, na qual a Agência Reguladora competente ou seus funcionários podem ser “capturados” pelos agentes privados e cooptados por interesses individuais de uma minoria, em prejuízo do interesse da coletividade.
Curso de Economia
Introdução ao Direito EconômicoFabio Nusdeo 
Capítulo 1
O conceito de Economia e a Natureza do econômico
O conceito de Economia decorre de duas simples observações da vida cotidiana: por um lado, as necessidades humanas tendem a se multiplicar indefinidamente; por outro, os recursos para o seu atendimento são rigorosamente limitados e finitos numa palavra: escassos.
2)Em função das duas realidades acima apontadas, estabelecem-se em qualquer sociedade relações tendentes a ordenar e a disciplinar o uso dos recursos escassos. E a Economia é a ciência social que estuda tais relações e a atividade social desenvolvida sob a sua égide, para a administração desses recursos escassos
3)Para enfrentar o seu problema econômico, as sociedades organizam-se institucionalmente, ou seja, estabelecem um conjunto orgânico de instituições,por meio das quais ocorrerá um processo coerente e concatenado de decisões sobre a utilização dos seus recursos escassos e, ademais, se realizará o controle daquelas decisões. Atal conjunto de instituições dá-se o nome de sistema econômico.
4) Para que haja a pretendida Consistência no processo decisório, alguns critérios fundamentais devem ser adotados como princípios informadores, próprios a cada sistema econômico.
5) Três são os critérios básicos de organização econômica: a tradição, a autoridade e a autonomia. Podem-se imaginar, portanto, três modelos básicos para os sistemas econômicos, cada um deles atuando em função exclusiva de um daqueles três critérios.
6) Tem-se assim o modelo da tradição, o modelo da autoridade e o modelo da autonomia, cada um deles baseado em diferentes pressupostos psicológico-comportamentais, os quais dão origem também a diferentes mecanismos de funcionamento pelos quais operam.
7)O pressuposto psicológico-comportamental do Sistema de Tradição é a adesão a um conjunto bastante amplo de valores de índole mágico-religiosa.
8)O pressuposto do sistema de autoridade é a crença na capacidade de previsão e de execução dos órgãos centrais de direção da economia e, negativamente, a descrença nas virtudes do sistema alternativo, de autonomia.
9)O sistema de autonomia tem como pressuposto a crença na capacidade coordenadora do mercado e o princípio hedonista.
10) A vivência concreta dos vários povos mostra que historicamente têm havido combinações em proporções diversas desses três modelos, originando-se famílias de sistemas, conforme a predominância de cada um daqueles modelos no conjunto institucional de casa pais em épocas determinadas.
Capítulo 2 - Valor, Moeda e Preço
1)Podem-se associar aos bens econômicos dois tipos de valor, o de uso e o de troca. Não se trata de categorias polares, classificatórias, mas de duas dimensões do fenômeno do valor que se sobrepõem. O valor de uso tem caráter individual familiar, o de troca decorre da divisão do trabalho, levando à reiteração das trocas, da qual surge um consenso social quanto a utilidade e grau de escassez do bem. O valor de uso pode ser visto como um pressuposto do valor de troca. O valor de troca é o valor econômico do bem.
2)A moeda é um instrumento de troca. Originariamente era uma mercadoria como outra qualquer, institucionalizando-se e padronizando-segradativamente . Essa evolução tem levado a moeda, também, a uma crescente desmaterialização.
3)A moeda, além de ser um instrumento de troca, é também um padrão de valor,dando origem ao surgimento do preço que nada mais vem a ser do que o valor econômico expresso em unidades monetárias.
4) A moeda exerce ainda importante função de reserva de valor. O processo inflacionário representa exatamente uma disfunção da moeda neste particular.
5)Há uma distinção entre Economia e Finanças. Quando objeto de uma operação ou a natureza de uma situação disser respeito diretamente a questões monetárias, ou seja, de dinheiro, estar-se-á no campo das Finanças. Quando tal objeto ou natureza tiverem como escopo principal ou direto bens econômicos estar-se-á no campo da Economia. As Finanças são um aspecto ou parte da Economia.
6)Muito embora o valor econômico não se confunda com o valor no sentido ético-filosófico, os dois conceitos se tocam na medida que aquele, para se manifestar, exige uma série de pressupostos institucionais e estes implicam a opção entre diferentes valores de natureza ético-filosófica. Logo, os valores éticos, subjacentes às instituições, levam a um determinado tipo de valor econômico.
7)Uma outra forma de ver o valor do bem é a do valor do trabalho. Ela parte da idéia de que a natureza oferece todas as suas benesses ao homem de maneira gratuita, sendo unicamente o trabalho humano que as transforma em bens úteis. Assim, o valor de um bem seria dado pela quantidade de trabalho socialmente útil a ele incorporado.
8) As duas teorias do valor trazem diferentes ideologias sobre a natureza da economia e da sociedade. Elas dão origem a dois tipos inteiramente diversos de sistemas econômicos.
Capítulo 3
 A economia como ciência social
 1)São três as formas básicas de conhecimento: o empírico, o científico e o filosófico.
2) Neste livro será focalizado, sobretudo o conhecimento científico, muito embora os outros dois possam ser bastante úteis; o primeiro por representar um passo inicial para a ciência; o segundo por ampliar-lhe o horizonte,colocando-o num contexto mais abrangente.
3)O conhecimento científico é aquele voltado ao estabelecimento de relações funcionais ou de causa e efeito entre os fenômenos observados. 
4)A Economia insere-se no campo das ciências sociais, ou seja, estuda fenômenos que ocorrem em sociedade, focalizando as relações e as atividades decorrentes da escassez relativa dos bens.
5) A rigor é muito tênue a separação entre as várias ciências sociais. Esta tem muito mais cunho didático, pois fatos políticos ou sociológicos têm influência sobre a Economia e vice-versa.
6)Dada a ampla gama de variáveis que caracterizam a vida econômica, a Economia, como outras ciências sociais, utiliza-se para seus raciocínios da técnica dos modelos. O modelo vem a ser uma simplificação drástica da realidade, da qual se retiram apenas algumas poucas variáveis, tidas como relevantes para a explicação de um dado fenômeno, com o fito de estabelecer entre elas relações funcionais.
7)Num modelo, as variáveis por ele explicitamente contempladas são tidas como constantes, exógenas. O critério dessa separação reside no escopo e no prazo da análise. A curto prazo, poucas variáveis tende a ter um papel mais relevante.
8) A análise ou teoria econômica é, no fundo, um conjunto de modelos, e ela pode, pois, ser vista como uma espécie de caixa de ferramentas. A caixa constitui o arcabouço teórico e as ferramentas, o conjunto de modelos,aplicáveis conforme as necessidades.
9)Uma deficiente explicação da realidade decorre, muitas vezes, da utilização de um modelo inadequado, qual ferramenta que não devesse ser utilizada e dada tarefa. Outras vezes, trata-se de não ter sido desenvolvido ainda o modelo apto a lidar com aquela situação. A sua aplicabilidade depende também dos seuspressupostos institucionais.
10) O modelo pode ser visto como a formalização de uma teoria e a sua crítica não pode se basear no dilema falso-verdadeiro, mas na consideração do seu escopo de aplicação e das suas limitações para além desse escopo.
Capítulo 4
As grandes divisões da ciência econômica
1)A Economia ou Ciência Econômica pode ser dividida em duas grandes partes.Economia positiva em sentido estrito e Economia normativa. Não se trata de matérias de conteúdo diferente em casa uma dessas partes, mas de enfoques diversos da mesma matéria.
2)A Economia positiva destina-se a explicar e, dentro de certos limites, prever a evolução futura de um dado fenômeno. A Economia normativa prescreve ou indica determinadas medidas para que certos objetivos sejam alcançados.
3)Os objetivos são fixados em nível político e não técnico e a Economia os torna também como dados da realidade, sem se imiscuir na sua formulação. Por isso a ciência é sempre positiva, ainda quando, admitindo dado objetivo,recomende uma medida para obtê-lo.
4)A Economia positiva divide-se em Análise Econômica e Economia Aplicada. A Economia normativa em Doutrina e Política Econômica.
5)Sob um enfoque diferente a Economia pode ser dividida em microeconomia e macroeconomia.
6)A microeconomia tem como base de seu raciocínio o comportamento das unidades econômicas, tais como empresas ou consumidores e a análise dos mercados onde elas operam, mercados esses de produtos específicos, tais como o mercado do café ou do algodão.
Capítulo 5
Os sistemas econômicos: três modelos básicos um enfoque analítico
À situação vivida por toda e qualquer sociedade de limitação de recursos para oatendimento de necessidades sem limite previsível de crescimento dá-se o nome de problema econômico.
O problema econômico pode ser sintetizado por três questões básicas: O que, Como e Para quem produzir.
Para enfrentar o seu problema econômico, as sociedades organizam-se institucionalmente, ou seja, estabelecem um conjunto orgânico de instituições,por meio das quais ocorrerá um processo coerente e concatenado de decisões sobre a utilização dos seus recursos escassos e, ademais, se realizará o controle daquelas decisões. Atal conjunto de instituições dá-se o nome de sistema econômico.
Para que haja a pretendida Consistência no processo decisório, alguns 
Critérios fundamentais devem ser adotados como princípios informadores, próprios a cada sistema econômico.
 5) Três são os critérios básicos de organização econômica: a tradição, a autoridade e a autonomia. Podem-se imaginar, portanto, três modelos básicos para os sistemas econômicos, cada um deles atuando em função exclusiva de um daqueles três critérios.
6) Tem-se assim o modelo da tradição, o modelo da autoridade e o modelo da autonomia, cada um deles baseado em diferentes pressupostos psicológico-comportamentais, os quais dão origem também a diferentes mecanismos de funcionamento pelos quais operam.
7)O pressuposto psicológico-comportamental do Sistema de Tradição é a adesão a um conjunto bastante amplo de valores de índole mágico-religiosa.
8)O pressuposto do sistema de autoridade é a crença na capacidade de previsão e de execução dos órgãos centrais de direção da economia e, negativamente, a descrença nas virtudes do sistema alternativo, de autonomia.
9)O sistema de autonomia tem como pressuposto a crença na capacidade coordenadora do mercado e o princípio hedonista.
10) A vivência concreta dos vários povos mostra que historicamente têm havido combinações em proporções diversas desses três modelos, originando-se famílias de sistemas, conforme a predominância de cada um daqueles modelos no conjunto institucional de casa pais em épocas determinadas.
Capítulo 6 - A implantação do sistema de autonomia
A confluência de várias correntes de pensamento que se desenvolveram desde fins do século XVII na Europa ocidental levou, a partir do último quarto do século seguinte, à instauração do chamado liberalismo, assentado nos princípios do iluminismo e do utilitarismo. 
2)O liberalismo contestava o Estado autoritário e absolutista no campo político,propondo um modelo de Estado cujos poderes seriam limitados e controlados pelos cidadãos.
3) O modelo de mercado desenvolvido teoricamente a partir da obra de Adam Smith, publicada em 1776, prestou-se a estabelecer no campo da economia um sistema compatível com os postulados do liberalismo político e, assim, à medida que este se implantava, também aquele foi se impondo. Em 1776também ocorreu a independência americana e o esvaziamento das corporações de ofício na França.
4)A reorganização dos sistemas econômicos no Ocidente deu-se ao longo de duas linhas principais: o constitucionalismo e o movimento codificados do Direito privado.
5) O constitucionalismo firmou-se a partir da Declaração de Direitos e das primeiras constituições dos Estados Unidos e da França, que passaram a incorporar aquelas Declarações. Foram chamadas de Constituições clássicas,constituições liberais ou constituições garantia porque se destinavam fundamentalmente a garantir as liberdades e prerrogativas individuais frente ao Estado.
6)Apenas aparentemente as constituições clássicas eram omissas em matéria econômica, pois, ao garantirem a propriedade privada, a liberdade de exercício de profissões e a livre contratação, estavam deitando as bases de um sistema de mercado.
7)Este completou-se ou se detalhou com a codificação do Direito Privado,iniciada na França napoleônica com os Códigos Civil (1804) e Comercial (1807),com os quais criou-se uma intrincada malha legal, consistente e lógica,destinada a assegurar a certeza, a segurança e a liberdade nos negócios entre particulares, sem porém cogitar dos resultados a que eles poderiam levar. A lei passou a apresentar uma racionalidade formal (Max Weber).
8)O Direito público teve uma evolução menos acentuada, ficando numa espécie de segundo plano, dado o destaque conferido às relações de índole privatística e o menos papel do Estado na vida cotidiana. Desenvolveu-se, contudo, o conceito de poder de polícia como forma incipiente de impor restrições acertas iniciativas dos particulares tidas como ofensivas à ordem, à segurança eà incolumidade dos cidadãos.
 
Capítulo 7
As falhas do mercado
A vivência prática do sistema de cunho liberal durante cerca de 150 anos trouxe, a par de um grande desenvolvimento em termos de disponibilidade crescente de bens e serviços, uma série de conseqüências negativas, cuja explicação demandou em refinamento na própria análise e no estudo das instituições econômicas.
Em parte pressionada pelas manifestações da sociedade, quês diretamente,quer pelos seus órgãos de representação política e em parte pelos próprios progressos da ciência em si, a Economia foi incorporando aos seus modelos a identificação e a explicação das chamadas falhas de mercado.
AS falhas de mercado correspondem a situações nas quais os seus pressupostos de funcionamento não fazem presentes, tornando o inoperando. 
O mercado apresenta cinco falhas principais:
4.1) quanto à mobilidade de fatores é uma falha de origem física ou cultural;
4.2) quanto ao acesso à informação é uma falha de origem legal;(TRANSPARÊNCIA)
4.3) quanto à concentração econômica é uma falha de estrutura;(ANALITICA)
4.4) quanto aos efeitos externos ou externalidades é uma falha de sinal;(SINALIZAÇÃO)
4.5) quanto ao suprimento de bens coletivos é também uma falha de sinal,decorrente de uma falta de incentivo.
A constatação das falhas de mercado levou a uma reintrodução do Estado no sistema econômico, mediante a edição de diversas normas de caráter legal e regularmente destinadas a, por diversas formas, eliminá-las ou atenuá-las.
A pura racionalidade formal da lei, na visão do sistema liberal, passa a se tornar insuficiente para a condução harmoniosa do sistema econômico.
A ação do Estado nessa condição de mero controlador das inoperacionalidades do mercado recebeu o nome de capitalismo regulamentar, neoliberalismo e outros, mas não seesgotou apenas nessa função.
Objetivos de caratês político são também colocados para o desempenho do sistema como um todo, levando o Estado a dela participar, com vista adirecioná-lo.
Mobilidade: mercado não consegue atender todo mundo; - Analítica: custos das trocas; - Transparência: informação;- Incentivos: exagerar na produção coletiva;- Sinalização: externalidades;- Estrutura: monopólio, oligopólio, nem todos os produtos tem igualdade
FOMENTO CONCEITO
No sentido figurado, fomento significa estímulo, impulso, auxílio. O termo também é empregado com o sentido de alívio, bálsamo, aquilo que acalma.
Tem origem etimológica no Latim “fomentus”, cujo significado é “o que aquece”, “o que mantém o fogo”. O fomento é um tipo de líquido ou pomada usado como remédio para a fomentação. Fomentar é promover o progresso. É excitar ou incitar algo. Designa ainda o ato de friccionar a pele com algum líquido (fomentação).
As agências de fomento são instituições financeiras não bancárias, regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
A instituição da figura de agência de fomento objetiva substituir a figura de banco de desenvolvimento, buscando reduzir a participação do estado no sistema financeiro, decorrente dos acordos da Basileia.
A agência de fomento pode realizar, na Unidade da Federação onde tenha sede, as seguintes operações e atividades, observada a regulamentação aplicável em cada caso:
I - financiamento de capitais fixo e de giro associado a projetos;
II - prestação de garantias em operações compatíveis com o seu objeto social;
III - prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro;
IV - prestação de serviços de administrador de fundos de desenvolvimento, observado a legislação específica;
V - aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos federais, inclusive por meio de operações compromissadas;
VI - cessão de créditos;
VII - aquisição, direta ou indireta, inclusive por meio de fundos de investimento, de créditos oriundos de operações compatíveis com o seu objeto social;
VIII - participação acionária, direta ou indireta, no País, em instituições não financeiras, observadas condições específicas:
IX - swap para proteção de posições próprias;
X - operações de crédito rural;
XI - financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, inclusive a pessoas físicas;
XII - operações específicas de câmbio autorizadas pelo Banco Central do Brasil;
XIII - operações de arrendamento mercantil financeiro, observadas condições específicas.
Lista de agências de fomento
Agência de fomento	
Agência de Fomento de Alagoas S.A. - Desenvolve	Desenvolve	http://www.desenvolve-al.com.br
Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A.	MT Fomento	http://www.mtfomento.mt.gov.br/
Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A. – Badesc	Badesc	http://www.badesc.gov.br/
Agência de Desenvolvimento Paulista	Desenvolve SP	http://desenvolvesp.com.br/
Agência de Fomento do Estado do Tocantins S.A.	FomenTO	http://www.to.gov.br/fomento
Agência de Fomento do Estado de Goiás S.A.	Goiás Fomento	http://www.fomento.goias.gov.br/
Agência de Fomento do Estado da Bahia S.A.	Desenbahia	http://www.desenbahia.ba.gov.br/
Agência de Fomento de Alagoas	Desenvolve	http://www.desenvolve-al.com.br/
Agência Estadual de Fomento - AgeRio	AgeRio	http://www.agerio.com.br/
Agência de Fomento do Rio Grande do Norte S.A. – AGN	AGN	http://www.agn.rn.gov.br/
Agência de Fomento do Estado do Amazonas S.A.	AFEAM	http://www.afeam.org.br/
Agência de Fomento do Estado de Roraima S.A. – Aferr	Aferr	http://www.aferr.rr.gov.br/
Badesul Desenvolvimento S.A. - Agência de Fomento/RS	Badesul	http://www.badesul.com.br/
Agência de Fomento do Estado do Paraná S.A.	Fomento Paraná	http://www.fomento.pr.gov.br/
Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais	BDMG	http://www.bdmg.mg.gov.br/

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