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Aristóteles Estética

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Estética (Tópicos)
Aristóteles
Este grande filósofo grego, filho de Nicômaco, médico de Amintas, rei da Macedônia, nasceu em Estagira, colônia grega da Trácia, em 384 a.C. 
Em 343 foi convidado pelo Rei Filipe para a corte de Macedônia, como preceptor do Príncipe Alexandre, então jovem de treze anos.
De volta a Atenas, em 335, treze anos depois da morte de Platão, Aristóteles fundava, perto do templo de Apolo Lício, a sua escola. Daí o nome de Liceu .
A Biblioteca de Alexandria
  Durante uns sete séculos, entre os anos de 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência que existiu na antigüidade. Ela não contentou-se em ser apenas um enorme depósito de rolos de papiro e de livros, mas por igual tornou-se uma fonte de instigação a que os homens de ciência e de letras desbravassem o mundo do conhecimento e das emoções, deixando assim um notável legado para o desenvolvimento geral da humanidade. 
Acoplada ao Museu, o rei do Egito Ptolomeu I Sóter (o Salvador), que reinou de 305 a 283 a.C. , ergueu a biblioteca. Tudo indica que o erguimento daquele magnífico edifício no bairro do Bruquéion, nas proximidades do palácio real, deveu-se a insistência de Demétrio de Falério, um talentoso filósofo exilado que encheu os ouvidos de Ptolomeu para que ele tornasse Alexandria uma rival cultural de Atenas. 
Quem realmente levou a tarefa adiante foi o sucessor dele, Ptolomeu Filadelfo que, além de ter erguido o famoso farol na ilha de Faro e aberto um canal que ligava o rio Nilo ao Delta, logo percebeu as implicações políticas de fazer do Museu e da Biblioteca um poderoso enclave da cultura grega naquela parte do mundo.
Morto Alexandre em 323, Aristóteles, malvisto pelos atenienses, foi acusado de ateísmo. 
 
Aristóteles preveniu a condenação, retirando-se voluntariamente para Eubéia, Aristóteles faleceu, após enfermidade, no ano seguinte, no verão de 322. 
 Aristóteles foi essencialmente um homem de cultura, de estudo, de pesquisas, de pensamento, que se foi isolando da vida prática, social e política, para se dedicar à investigação científica. 
A atividade literária de Aristóteles foi vasta e intensa, como a sua cultura e seu gênio universal.
Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência
A primeira edição completa das obras de Aristóteles é a de Andrônico de Rodes pela metade do último século a.C. 
Classifica-se as obras doutrinais de Aristóteles do modo seguinte, tendo presente a edição de Andronico de Rodes.
I. Escritos lógicos: cujo conjunto foi denominado Órganon mais tarde, não por Aristóteles. O nome, entretanto, corresponde muito bem à intenção do autor, que considerava a lógica instrumento da ciência.
II. Escritos sobre a física: abrangendo a hodierna cosmologia e a antropologia, e pertencentes à filosofia teorética, juntamente com a metafísica.
III. Escritos metafísicos: a Metafísica famosa, em catorze livros. O nome de metafísica é devido ao lugar que ela ocupa na coleção de Andrônico, que a colocou depois da física.
IV. Escritos morais e políticos: a Ética a Nicômaco, em dez livros, provavelmente publicada por Nicômaco, seu filho, ao qual é dedicada.
V. Escritos retóricos e poéticos: a Retórica, em três livros; a Poética, em dois livros, que, no seu estado atual, é apenas uma parte da obra de Aristóteles. 
Platão entendeu que os objetos incorporavam uma proporção, harmonia, e união, buscou entender estes critérios.
O belo para Platão estava no plano do ideal, mais propriamente a idéia do belo em si, era colocada por ele como absoluto e eterno, não dependeria dos objetos, ou seja, da materialidade, era a própria idéia de perfeição, estava plenamente completo, restando ao mundo sensível apenas a imitação ou a cópia desta beleza perfeita.
Platão dissociava o belo do mundo sensível, sua existência ficava confinada ao mundo das idéias, associando-se ao bem, a verdade, ao imutável e a perfeição.
Para Platão somente a partir do ideal de beleza suprema é que seria possível emitir um juízo estético, portanto definir o que era ou não belo, ou o que conteria maior ou menor beleza. 
Por estar fora do mundo sensível o belo platoniano está separado também do julgamento humano. Platão estabelecia uma união inseparável entre o belo, a beleza, o amor e o saber.
A Poética
Aristóteles, discípulo de Platão, ao contrário de seu mestre, concebeu o belo a partir da realidade sensível, deixando este de ser algo abstrato para se tornar concreto. O belo materializa-se, a beleza no pensamento aristotélico não é imutável, nem eterna, podendo evoluir.
O belo aristotélico seguirá critérios de simetria, composição, ordenação, proposição, equilíbrio.
Se, em Platão, a imitação é considerada distanciamento da verdade e lugar de falsidade e ilusão, em Aristóteles, a imitação é o lugar da semelhança e da “verossimilhança”, o lugar do reconhecimento e da representação. 
A Poética tem como tema a origem da poesia. Sua tese fundamental, de que a arte imita a natureza, tornou-se um paradigma para todo o pensamento estético ocidental.
Aristóteles introduz as regras da ordem, de grandeza, de simetria, de determinação e de unidade ao critério platônico de harmonia e de medida, para tentar definir o Belo.
Com isso, rompe-se a idéia de beleza como algo transcendente ao homem: é somente no homem que se pode buscar o ideal. E esta busca não pode ser alheia à inteligência, à razão, pois toda concepção de beleza encerra um juízo – um julgamento implícito – que só pode se dar através da inteligência.
Há ainda uma questão fundamental em Aristóteles: toda percepção da beleza exige a participação dos sentidos com o intelecto. 
A finalidade da arte é, para Aristóteles, imitar a natureza da maneira mais perfeita possível. Sendo, portanto, uma imitação da natureza, a obra de arte deve ter características de um ser natural.
É importante, enfim, ter presente que imitar não significa copiar e que, portanto, a obra de arte para ser perfeita deve trazer todos os elementos constitutivos do que ela está se usando para ser imitação, ou seja, deve conter quanto seja preciso para a expressão do que quer exprimir e mais nada, afinal cada indivíduo, cada organismo considerado perfeito é constituído por todos os órgãos que lhe são próprios, somente os que lhe são próprios e nenhum mais.
Por fim, podemos afirmar que o caráter mimético, o caráter imitativo está na natureza do ser humano, e por conta disso ele representa o mundo, por isso ele se compraz em conhecer e reconhecer. 
A obra de arte, não é em nenhum momento, um prazer simples, que decorre única e simplesmente da força expressiva da representação, ou, como visto anteriormente, da unidade harmônica das partes. Elas (as obras de arte) devem sim, de maneira mais profunda, suscitar emoções e comoções pelas ações representadas, de tal sorte que provoque em quem contempla sentimentos perturbadores. Assim, podemos dizer, que a beleza mais grandiosa, mais encantadora, mais sublime, pode despertar um sentimento de espanto, pode até mesmo ferir. Porém esta dor, que é sentida na beleza, ao invés de repelir atrai, não destrói, mas purifica, limpa. 
As concepções do belo de Aristóteles ficam por um longo período esquecidas, sendo somente retomadas ao final da Idade Média.
REFERÊNCIAS 
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COMPLEMENTAR
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