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Administração financeira_Pag. 1 AULA 1 – INTRODUÇÃO SETORES ADMINISTRATIVOS: Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão de crédito a clientes, etc. SETORES FINANCEIROS: Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços. MODALIDADES JURÍDICAS DE ORGANIZAÇÃO DE EMPRESA FIRMA INDIVIDUAL: empresa com uma única pessoa. Criação é mais simples menos regulamentações. RESPONSABILIDADE ILIMITADA: cabe ao proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as dívidas. Por isso, não há diferença entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, lucro da empresa = rendimento da pessoa física (proprietário) SOCIEDADE POR COTAS: empresa formada por dois ou mais proprietários. RESPONSABILIDADE LIMITADA: um ou mais sócios tem a responsabilidade pela gestão da empresa, mas haverá outro (s) sócios limitados que não terão participação ativa no negócio. A responsabilidade é limitada ao capital social investido, respondendo pelas dívidas da empresa (obrigações) na proporção da sua participação. (ex: se este sócio possui 50% das cotas, responsabilidade limitada à 50% desta obrigação) SOCIEDADE POR AÇÕES: A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma sociedade anônima com o capital dividido em ações. RESPONSABILIDADE LIMITADA: pelo preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas. Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o setor financeira. A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a contabilidade e as atividades básicas do administrador. Diretor Financeiro O tesoureiro e o controller estão subordinados ao diretor financeiro. ATIVIDADES FISCAIS E CONTÁBEIS. TESOUREIRO: Responsável pela gestão da atividade financeira: planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc. CONTROLLER: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos fiscais, contabilidade financeira, etc. OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA maximização do lucro da empresa O administrador deveria focar apenas no lucro geral da empresa, mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação (LPA). Mas maximizar o lucro não é o objetivo porque o importante é a distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco. A administração financeira gerencia exclusivamente os recursos financeiros da empresa. Recursos escassos tomar as melhores decisões --> obter os melhores benefícios no futuro. Os objetivos de uma empresa podem ser: maximização dos lucros, maio, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, etc. O principal objetivo da Administração Financeira maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para isso, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser três atividades básicas: 1. Realização de análise e planejamento financeiro. 2. Tomada de decisões de investimentos. 3. Tomada de decisões de financiamento. Maximização dos lucros, a ideia é ter lucros cada vez maiores em um curto prazo. A tomada de decisão pode ser, por exemplo, minimizar as despesas com promoções de produtos: Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos, Substituir mão de obra qualificada de salários altos, Substituir matéria prima de qualidade. Administração financeira_Pag. 2 Ou seja, para maximizar o lucro não considera o lucro. Porém, para MAXIMIZAR RIQUEZA tem que considerar o risco. RISCO X RETORNO é uma diretriz básica: Acionistas: Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais cedo. Administradores Financeiros: Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos potenciais. MAXIMIZAÇÃO DA RIQUEZA DOS PROPRIETÁRIOS Objetivo elevar o preço de mercado de ações ou da empresa. O resultado não é só lucro presente, mas também do potencial de lucros futuros, da política de dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança e outras variáveis. EXEMPLO: A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus dois novos produtos, C ou D. O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir. O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado. Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros por ação ao longo de suas vidas de cinco anos. Considerando maximização do lucro, produto D seria o preferido. Considerando a riqueza: produto D é altamente arriscado, e o produto C é um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o maior risco do produto D, tenha que obter 15%. Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos deles. A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, sendo assim, a abordagem preferida. RELAÇÕES ENTRE FINANÇA E CONTABILIDADE As atividades do tesoureiro (financeiro) está relacionada ao fluxo de caixa, e do controller (contador) está relacionada em tomada de decisão. As duas atividades estão intimamente relacionados e com frequência. Contador: PRINCIPAL FUNÇÃO: produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos. Geralmente trabalha com o regime de competência, nas demonstrações financeiras as receitas são lançadas no momento da venda e lançam as despesas quando são realizadas. Tesoureiro: PRINCIPAL FUNÇÃO: é manter o grau de solvência da empresa, planejando seus fluxos de caixa. Analisa exclusivamente o fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída de capital, sendo assim, trabalha com o regime de caixa. Tomada de Decisão: através da avaliação das demonstrações contábeis, obtém dados de RISCO x RETORNO financeiro sobre investimentos e financiamentos, além de determinar os recursos p/ empresa. Finança ≠ Contabilidade: o contador coleta e apresenta os dados financeiros, enquanto o administrador financeiro avalia estes dados e toma as decisões mas apropriadas para alcançar os objetivos. A falta de planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem. Elas apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização. A decisão é tomada com base base nos efeitos de seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa. Etapas do processo de decisão de investimento: IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE OU NECESSIDADE DE INVESTIMENTO: Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. Mas outros problemas podem exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra. BUSCA DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO: deve ocorrer independentemente das preferências de investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.). Administração financeira_Pag. 3 ANÁLISE DO INVESTIMENTO: Após a busca das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente Líquido, prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno. SELEÇÃO DO INVESTIMENTO: A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da alternativa que trará o retorno financeiromais elevado, com o nível de risco aceitável pelo investidor. Objetivo da empresa Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietá-rios. A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital. Minimização das despesas: O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório. Funções do administrador O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa. As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são: Analisar e elaborar o planejamento financeiro Transformar os dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa; Avaliar a necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos. Tomar decisões de investimento Determinam a combinação e os tipos de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa). Tais decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos. Tomar decisões de financiamento Primeiramente, lida com a combinação mais apropriada entre financiamentos em curto e longo prazos deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, em curto ou longo prazos, são as melhores, em um dado instante. Agency Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para realizar essas funções contratam-se os gestores. Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões. Administradores não proprietários Riscos de custos de Agency Separação de propriedade e gestão Administração financeira_Pag. 4 Ano Saldo de Fl Caixa 2009 (C1) 15.500 2010 (C2) 18.800 2011 (C3) 17.200 2012 (C4) 17.200 2013 (C5) 17.200 2014 (C6) 13.500 São contratados como agentes dos proprietários, que os contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus objetivos pessoais. Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar o preço da ação. Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente representa os administradores contratados. O que se espera do Agente? Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza. Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses próprios desses atores: O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas. O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o ganho contratual. Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo. Como reduzir os conflitos de agência Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes para a convergência de interesses entre o principal e o agente. Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção de compra subsidiada pelas ações. Aula 2: Investimento Para analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital >> avaliar a viabilidade financeira dos investimentos: VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Comparação entre Fluxo de Caixa X Retornos esperados, antes de tomar um decisão Avalia o valor atual do fluxo de caixa de um projeto de investimento. Todos os valores são trazidos para data presente, por meio de uma txa de desconto chamada TAXA DE ATRATIVIDADE. Fórmula do VPL = Rc0 + Onde: Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso. FCn = fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, uma entrada. I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a valor presente. Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir: Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00 e que a taxa de retorno esperada é =21% a. a., pede-se analisar se o investimento planejado é rentável. Co (Investimento Inicial) = 55.000,00 Administração financeira_Pag. 5 f CLEAR reg 55000 CHS g Cfo 15500 g CFj 18800 g Cfj 17200 g Cfj 17200 g Cfj 17200 g CFj 22500 g Cfj RCL n (aqui vai aparecer no visor o número 6, pois são 6 valores no fluxo de caixa) 21 i (lembre-se que a taxa i é 21%) f NPV (teclar f e em seguida NPV) Aparecerá no visor da calculadora o valor 2.183,9868 Usando a calculadora financeira HP 12C, a sequência de comandos seria: 1500 CHS g CFo 200 g CFj 350 g CFj 450 g CFj 550 g CFj 10i F NPV >> -315,17 >> Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado C1 (2009, ano 1) = 15.500 ; C2 (2010, ano2)= 18.800,00 ; C3 = C4 = C5 = 17.200 ; C6 = 22.500 (soma 13.500 do ano + 9000 preço de revenda) Taxa de Juros a 21% a.a. = -> 1 + 0,21 = 1,21 Substituindo: VPL = VP – Co = + + + + + + - 55.000 = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98. Valor Positivo >> investimento rentável, a tx efetiva de retorno será superior a 21% a.a. Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se: Determine o VPL. I - 200,00 II - 350,00 III - 450,00 IV - 550,00 i= = 0,1 VPL = = = 198,01\ 343,10 436,76 528,53 = 1.506,40 Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimentodeverá ser rejeitado E se mudarmos a taxa de retorno do problema anterior para uma taxa de retorno esperada igual a 25% a. a. Quanto seria? PRAZO DE RETORNO DE INVESTIMENTO (PAYBACK) É onde encontramos a resposta de quanto tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido: Meses, anos, dias. Payback Simples: é o tempo necessário para a recuperação do investimento Ex: Investimento de Capital 1000,00 p/ empresa que tem Fluxo de Caixa Anual de 350,00. Qual o tempo de recuperação do Investimento? Se as entradas de caixa forem iguais, divide o valor do investimento 1.000,00 pelo valor das entradas 350,00 = Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos. Para um resultado mais preciso, o tempo de recuperação do capital de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias. MELHOR INVESTIMENTO = RECUPERAÇÃO EM MENOR TEMPO Se o mesmo investimento de 1000,00, tiver entradas variáveis de caixa: Ano 1: R$ 300,00 Ano 2: R$ 250,00 Ano 3: R$ 350,00 Ano 4: R$ 300,00 Ano 4: R$ 400,00 Nos 3 primeiros anos ele recuperou 900,00, acrescentando o Ano 4 ultrapassa o investimento de 1000,00, então divide o que falta, ou seja, 100,00 e divide O capital investido é de R$ 1000,00 Nos três primeiros anos ele recupera $900,00. Se adicionar o 4 anos o valor ultrapassará o valor do capital. Sendo assim, vamos fazer diferente. Administração financeira_Pag. 6 Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o valor ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo total do ano 4 que é 300,00 >> , Se multiplicar esse resultado por 12 meses (1 ano) 0,33333 x 12 = 4, ou seja, 4 meses é o tempo que falta para completar o investimento: 3 anos = 900,00 + 4 meses = 1000,00 recuperação do capital investido. CRITÉRIOS p/ tomada de decisão: período de payback DEVE SER menor que o período máximo aceitável de recuperação >> dentro desses conformes o projeto será aceito. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR), mede o retorno do investimento. Taxa média periódica de retorno é a rentabilidade do projeto, ou seja, é o período suficiente para repor, de forma integral e exata o investimento realizado. Taxa Interna de Retorno > entradas e saídas de caixa são iguais, ou seja, após ter descontado as entradas do caixa tb encontramos o valor do investimento, VPL é = 0 O cálculo da TIR dá um pouco mais de trabalho, já que podemos calcular através de tentativas, mas para evitar perda de tempo, podemos utilizar a calculadora financeira. Capital Investido 1000,00 Fluxo de Caixa Anual: Qual a TIR deste projeto? Zero = -1000,00 + 220 (1+TIR)1 + 605 ( 1+TIR)2 +399,30 (1+ TIR)3 Zero= -1000,00 + 220 (1,10) + 605 (1,10)2 + 399,30 ( 1,10)3 A TIR = 7,56% >> VPL é descontado na mesma taxa de atratividade (7,56%) >> VPL é igual a zero. Então seu resultado é INDIFERENTE. Não esqueça!! A TIR é a taxa que Retornando todas as parcelas (entradas e saídas) de um fluxo de caixa para o “momento zero” (hoje) e igualando ao valor presente. A equação que nos dá a taxa interna de retorno é a seguinte: CF0 = A solução algébrica desse tipo de cálculo é bastante trabalhosa. Perceba que a solução da incógnita ( i ) só será possível por tentativa e erro. Faríamos a substituição dos termos e, por meio de tentativas, iríamos nos aproximando da taxa ( i ). Um investidor recebeu uma proposta para entrar como sócio numa empresa que fez a seguinte previsão de lucro: Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 5.700 6.300 7.200 7.200 Saída Entrada Entrada Entrada 20.000 Sabendo que o capital investido p/ ele seria 20.000, calcule TIR Usando a calculadora HP-12C, a sequência de comandos seria: f CLX >> 20.000,00 CHS g CF0 (armazena o capital investido com sinal negativo, pois é um desembolso para o investidor) >> 5.700,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) >> 6.300,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) >> 7.200,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) >> 2 g Nj ( número de vezes que a parcela anterior ocorre) >> f IRR (nos traz a Taxa Interna de Retorno) = 11,57% a.m Como a TIR MAIOR QUE 1 deve-se aceitar o projeto Obs.: A taxa encontrada foi a mensal, pois informamos os valores das parcelas em períodos mensais. ANO 1: R$ 220,00 ANO 2: R$ 605,00 ANO 3: R$ 339,30 Administração financeira_Pag. 7 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 100,00 200,00 300,00 7.200 Saída Entrada Entrada Entrada 435,00 calcule TIR 435,44 CHS g CF0 >> 100 g CFJ >> 200 g CFJ >> 300 g CFJ >> f IRR = 15% TRI MAIOR Tx Atratividade = Aceita Projeto de Investimento TRI MENOR Tx Atratividade = Rejeita TRI IGUAL Tx Atratividade = Valor do VLP é Zero > Indiferente VPL x TIR A exclusividade do projeto ocorre ao mesmo tempo e há relacionamento desse capital. Então a empresa deve determinar qual é a melhor opção financeira. Devemos aplicar um dos dois ou até mesmo os dois tipos de cálculos. A causa mais conflitante é o reinvestimento de entrada de caixa intermediário (qdo entrada é realizada ao término do projeto). VPL: entradas intermediárias são reaplicadas ao custo de capital. TRI: entradas intermediárias são aplicadas a uma taxa igual à TIR do projeto. VPL x TIR: Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%. Determine o VPL: 1500 CHS g CFo >> 200 g CFj >> 350 g CFj >> 450 g CFj >> 550 g CFj >> 10 i >> F NPV = -315,17 Determine a TIR: 1500 CHS g CFo >> 200 g CFj >> 350 g CFj >> 450 g CFj >> 550 g CFj >> F IRR = 1,15 VPL é negativo >> projeto será rejeitado por este método TIR >> resultado menor (1,55) do que a taxa de atratividade (10%) > rejeição do projeto. O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora mecânica por outra eletrônica. Existem três empacotadoras candidatas. Apesar do investimento inicial ser o mesmo para todas as máquinas, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa intermediários diferem. O quadro e os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os resultados encontrados: Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s) deve(m) ser escolhidas? As três empacotadoras seriam escolhidas, pois possuem um TIR superior ao custo de oportunidade. Aula 3 Risco X Retorno RISCO é a possibilidade de perda financeira >> Incerteza sobre o futuro do investimento >> variação das taxas de retorno do investimento >> são os resultados Positivou ou negativo. Geralmente existe uma insegurança ao risco, por isso, prefere-se uma taxa mais aceitável . Conhecer a relevância do risco e do retorno é muito importante. Quanto mais certeza sobre o retorno do investimento menor será o risco. Exemplo: Existem vários produtos financeiros p/ investimento: poupança, CDB, Fundos de Investimentos, Ações... Alguns remuneram com taxas PRÉ-fixadas, ou seja, no contrato existe a informação do valor que vai resgatar no vencimento. Outras remuneram com taxas variáveis, ou seja, incertas. No CDB, por exemplo, vencimento p/ 30 dias e rendimento de 1%, o investimento terá exatamente o valor esperado >> Estes são investimentos de BAIXO RISCO pq há certeza no valor do rendimento. Investimento no Mercado de Ações >> RISCO ALTO Empacotadoras TIR (%)X 18 Y 23 Z 27 Administração financeira_Pag. 8 Ex: Adquirir ações por 10,00 e vender por 11,00 >> ganho de 10% por cota MAS se ao invés disso houvesse uma queda para 8,00 >> perda de 10% por cota. RISCOS DE MERCADO: Risco Operacional – Importante p/ gerentes Risco Financeiro - Importante para os administradores financeiros. Riscos de Variação de Taxa de Juros, Liquidez e Mercado - Mais específicos e importantes para acionistas. Riscos de Eventos, câmbio e poder aquisitivo - Importantes para empresas e acionistas. Riscos Específicos da Empresa Risco de Poder Aquisitivo – previsão dos fluxos de caixa operacionais X obrigações financeiras com encargos fixo >> quando a risco de empresa não conseguir cobrir seus custos de operação. O grau de risco é determinado pela estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela estrutura de seus custos operacionais (variáveis). Risco Específico dos Acionistas Risco de taxa de juros – variações das taxas de juros podem afetar negativamente o valor de um investimento. Se a tx de juros SUBIR: perde valor e se a taxa CAIR: ganha valor Risco de Liquidez – A liquidez pode ser afetada pelo porte e pela profundidade do mercado, então corre um risco de que um ativo não possa ser liquidado com facilidade a um preço razoável. Risco de Mercado – são as reações do ativo > valorizar ou desvalorizar > conforme comportamento de mercado (fatores econômicos/ políticos e sociais). Risco do evento – situação inesperada traz impacto negativo sobre o valor da empresa ou um ativo específico. Ex: governo manda recolher do mercado um medicamento popular, costumam afetar somente um pequeno grupo de empresas ou ativos. Risco de câmbio – impacto negativo causado das variações das taxas de câmbio sobre os fluxos de caixas futuros. MAIOR a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, MAIOR o risco dos fluxos de caixa e MENOR valor da empresa / ativo. Risco de poder aquisitivo - A possibilidade de que inflação ou deflação na economia afete negativamente os fluxos de caixa e o valor da empresa/ativo. BAIXO RISCO: fluxos de caixa empresa/ativo variam junto c/ os níveis gerais de preços. ALTO RISCO: fluxo de caixa não acompanha as variações dos níveis gerais de preços. Risco de tributação – quando mudanças na legislação tributária podem variar os valores de fluxos de caixa empresa/ativo. Quanto mais sensível as variações tributárias maior é o risco. RETORNO: são os ganhos ou prejuízos resultantes do investimento durante um intervalo de tempo. O retorno é variação do capital investido (inicial) + fluxo de caixa gerado durante o período (final). Calculo do retorno: Kt = Tx de retorno exigida ou esperada / Pt = valor do ativo no tempo t / Pt – 1 = Valor do ativo no tempo t-1 / C = fluxo de caixa do investimento no período de t-1 até t Retorno Realizado: Exige que o ativo seja comprado e vendido durante o período de tempo em que o retorno é medido. Retorno Não Realizado: poderia ter sido realizado se o ativo tivesse sido comprado e vendido durante o período de tempo em que o retorno foi medido. Ex 1: No ano passado, um investimento teve um valor de mercado de R$ 30.000, gerando um fluxo de caixa durante esse ano de R$ 2.500. Considerando-se que o atual valor de mercado do investimento é de R$ 31.000, qual a taxa de retorno do investimento? = 11,67% Ex 2: Consideremos que um investidor aplicou seus recursos na bolsa de valores no inicio de determinado ano. Investiu $ 50 mil em ações da empresa X e $ 30 mil em ações da empresa Y. No final do ano, as ações da empresa X estavam cotadas Administração financeira_Pag. 9 em $ 55 mil e as ações da empresa Y $30 mil. Durante o ano, o investidor recebeu $ 3 mil de dividendos da empresa X e $ 1.500,00 da empresa Y. Com o emprego da equação do retorno, tem-se: X >> = 16% Y >> = 5% Apesar da empresa X desembolsar um capital maior, apresenta um retorno de investimento maior, devido a valorização da ação e o rendimento do dividendo. A empresa Y não teve valorização no valor da ação e dividendo não foi suficiente p/ apresentar um retorno suficiente. Relação Risco x Retorno: retorno de um investimento apresentará um risco. Não tem como desprezar uma hipótese da outra. Brasileiros tem aversão ao risco e preferem investimentos de baixo risco (poupança, CDB) do de alto risco (investir em ações) Níveis de Risco Administrador avesso ao risco o retorno aumenta quando o risco aumenta. Pelo medo do risco, exige um retorno esperado mais alto p/ compensar o alto risco. >> mais comum ser conservadores Administrador Propenso ao Risco: retorno exigido cai se o risco aumenta. Disposto a correr riscos, abre mão de algum retorno p/ assumir maiores riscos >> comportamento mais arrojado e agressivo podem não trazer benefícios Analise de sensibilidade, cria cenários/situações futuros diferentes não esperado pelo investidor mas om probabilidade de ocorrência, simula retornos e os do risco em cada um e dá suporte p/ tomar a melhor decisão. São considerados três cenários: 1. Otimistas 2. Mais provável 3. Pessimista O risco é medido pela amplitude dos retornos, subtraindo o resultado pessimista do resultado otimista. Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo. Relação Risco x Retorno Ex: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo: A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio inicial de 20.000,00. Estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados a cada investimento. Adm avesso a risco: escolheria ativo A ao invés do ativo B >> retorno mais provável de A = B, porém A tem menor risco (15%). Distribuição de probabilidades, possibilidade de um evento ocorrer. Visão mais qualitativa de risco de um ativo. Ex: 70% de probabilidade de ocorrência = 7x em cada dez 100% de ocorrência = certeza total 0 = nunca ocorrem Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos correspondentes. O gráfico mais utilizado é o de barras, mostra combinações limitadas de eventos x probabilidades. Distribuição contínua de probabilidades utilizada p/ grandes números de eventos. Ativo A Ativo B Investimento Inicial 20.000 20.000 Taxa de Retorno Pessimista 15% 9% Mais Provável 17% 17% Otimista 19% 25% Amplitude 4% 16% Administração financeira_Pag. 10 Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo: Indica que em suas estimativas passadas as probabilidades dos eventos pessimistas, mais prováveis e otimistas são de 25%, 50% e 25% Exemplo 2: Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos resultados passados pela Companhia em estudo, indica que: 25% >> ocorreu resultado pessimista 50% >> resultado mais provável 25% >> estimativa otimista A somo das probabilidades precisa igualar a 100%, devem basear em tds alternativas consideradas. Distribuição probabilística contínua para os ativos A e B. Valor esperado de retorno (K) multiplica expectativas de retorno X probabilidade = retorno esperado (retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula: , Kj = Valor do retorno na ocorrência J / Prj = probabilidade de ocorrência J / n = nº de ocorrências consideradas. ATIVO A: >ATIVO B = > Apesar do possíveis retornos serem 17% dos ativos A e B >> que a amplitude do ativo A é menor, devido a isso a preferência a este ativo. Probabilidades de Retorno Ativo A Ativo B Investimento Inicial 20.000 20.000 Taxa de Retorno Pessimista 25% 15% 9% Mais Provável 50% 17% 17% Otimista 25% 19% 25% Amplitude 4% 16% Probabilidades de Retorno Ativo A Ativo B Investimento Inicial 20.000 20.000 Taxa de Retorno Pessimista 25% 15% 9% Mais Provável 50% 17% 17% Otimista 25% 19% 25% Amplitude 4% 16% Administração financeira_Pag. 11 Para resultados conhecidos e probabilidades iguais: Ativo A: Ativo B: Aula 4: Risco Desvio Padrão: dispersão dos retornos esperados em relação a média. A expressão do calculo do desvio- padrão dos retornos, σ é: , e para os resultados conhecidos Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco. Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a expressão de desvio padrão (calculado com base nas informações anteriores - aula 3) O desvio padrão do ativo A = 1,41% e o Ativo B = 32%. O MAIOR RISCO do ativo B está confirmado desde o cálculo de amplitude. Coeficiente de Variação (CV): O coeficiente de variação > compara os riscos com os retornos esperados diferentes. Quanto MAIOR o coeficiente, MAIOR o risco. Utilizando os dados da Cia Tudo e Bom, teremos: Ativo A) CV = = 0,0829411% Ativo B) CV = = 1,88235% Ativo B >> Tem MAIOR coeficiente de variação, por isso, mais arriscado do que o A > confirmado o desvio padrão O CV tem mais utilidade quando ativos tem retornos esperados diferentes. O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de determinada aplicação. Probabilidades de Retorno Ativo A Ativo B Investimento Inicial 20.000 20.000 Taxa de Retorno Pessimista 25% 15% 9% Mais Provável 50% 17% 17% Otimista 25% 19% 25% Amplitude 4% 16% Administração financeira_Pag. 12 Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital para o seu próprio negocio e se ao final do período considerado o retorno seja menor do que o mercado oferece (15%). Se perder dinheiro, mas a taxa superar 15% terá ganho. Imagine um empregado que decide sair do emprego p/ abrir seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de obra. Carteira de ativos Combina os ativos com objetivo de montar uma carteira de ativos eficientes, obtendo o maior retorno e o menor risco possível. A combinação é feita p/ correlações dos ativos. A administração do risco por diversificação dos investimentos compensa retornos dos ativos menores pelos ativos maiores. Retorno possível Menor risco possível Carteira Eficiente > ativos que tenham movimentos diferentes, sendo possível através correlação entre as taxas de retorno dos ativos. Correlação é usada p/ saber como retorno de um ativo se movimenta em relação a outro ou quando queremos saber se existe alguma relação entre, por exemplo, duas variáveis. O objetivo de correlacionar as carteiras eficientes é reduzir o risco geral, pq combina da melhor maneira ou adiciona ativos com correlação negativa. Se a correlação for positiva ativos oscilam no mesmo sentido. Se for negativa oscilam em sentido contrário. Se o valor for zero não há relação entre os ativos. Os dados devem ser interpretados antes de dizer que os eventos estão interconectados, mesmo quando ativos tem correlação próxima +1 ou -1. A especificidade de cada evento deve ser lembrada antes de relacionar causa e efeito entre eles. Coeficiente de Correlação Faixa de Retorno Faixa de Risco +1 (positiva perfeita) Entre retorno de dois ativos mantidos isoladamente Entre os riscos de dois ativos mantidos isoladamente O (ausência de correlação) Entre retornos de dois ativos mantidos isoladamente Entre os riscos do ativo mais arriscados e um valor menos que o risco do ativo menos arriscado porém maior que zero - 1 (negativamente perfeita) Entre retornos de dois ativos mantidos isoladamente Entre os riscos do ativo mais arriscado e zero. Carteira pouco diversificada, correlação próxima de +1, existe potencial de risco por não diversificação. O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1). O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação. Assim, para: WA = 80% e WB = 20% e ρAB = +1 Tipos de risco: Risco Total: 2 tipos de riscos > 1. Diversificável 2. Não- diversificável. O risco diversificável >> ou risco não sistemático representa a parte do risco a causas aleatórias: alterações ou problemas ao nível da gestão da empresa, greves ou modificações nos padrões de consumo relativos aos produtos da empresa. Podemos perceber que é fruto do erro de administração ou decisão empresarial e assim podem levar uma empresa a um estado de insolvência. Baixa produtividade, uma linha de produtos mal desenvolvida e ameaças da concorrência podem levar a empresa ao risco. Administração financeira_Pag. 13 O risco não diversificável > ou risco sistemático representa os riscos vindos dos fatores de mercado (macroeconômico, sociais e políticos) que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação, independe da ação ou vontade da empresa. Ele pode levar ao endividamento de uma empresa, e o risco não se dissolve. Coeficiente Beta: indica a variação do ativo, uma regressão aos retornos históricos das careteiras correlacionadas com os retornos históricos de mercado. Medida relativa de um risco não diversificável que vai indicar a variabilidade de retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno de mercado. O valor do coeficiente beta é obtido de dados de retorno históricos e podem ser positivos (mais comum) ou negativos, e variam entre 0,5 e 2,0. Tipos de Beta BETA DEFENSIVO: Beta menor que 1,0. Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então teríamos: 5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período. BETA AGRESSIVO: beta for maior do que 1,0 - Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, então teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação. BETA NEUTRO: Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice. A carteira de ativos do mercado > só riscos sistemáticos > coeficiente beta igual a 1 > Ações individuais é comparável ao da carteira de ativos do mercado. Coeficiente beta de uma ação = 1 > Retorno do Ativo = Retorno de Mercado. Seus retornos se movimentam na mesma direção da carteira de ativos do mercado, uma vez que seus respectivos riscos sistemáticos serão os mesmos. Coeficiente beta de uma ação < 1: Risco de um ativo = Retorno de um ativo livre de risco. Seus retornos esperados variam menos do que os da carteira de ativos do mercado,pois seu risco sistemático será menor que o da carteira. Coeficiente de uma ação > 1: Seus retornos esperados variarão mais do que a carteira de ativos do mercado, pois seu risco sistemático será maior que o da carteira. Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações, nas proporções a seguir: Ação Carteira Beta Alfa 0,3 1,5 Beta 0,5 1 Gama 0,2 0,4 Coeficiente beta >> para medir o risco não diversificável. Quando o Beta é 1 (um), > retorno do ativo igual ao retorno de mercado. Quando o Beta é nulo, > o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco. Ex 2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 25% de C. Dado o beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3. Aula 5: Modelo de formação de preços de ativos Modelo de Precificação de Ativos de Capital - CAPM O CAPM > demonstra a relação entre: Rentabilidade esperada de um ativo qualquer no mercado em equilíbrio X Risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta A ideia é mostrar a variância* de retornos > à medida de risco apropriada. Mas só a variação que é não diversificável >> pode ser recompensada. Rendimento Esperado é a recompensa por essa aplicação. (*variável aleatória ) Administração financeira_Pag. 14 Através de uma estimativa Beta > CAPM > mede variância não diversificável. A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e de ganhos esperados, demonstrando assim, os riscos existentes no investimento. Essa medida será capturada na distribuição de ganhos. O modelo CAPM depende de 3 fatores: 1. Valor puro do dinheiro no tempo > Medido pelo retorno ou taxa livre de risco (Rf) > recompensa exigida por esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco nenhum Ex: poupança 2. Recompensa por assumir o risco não diversificável > prêmio por risco de mercado > Recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível de risco. 3. Nível de risco não diversificável > representado pelo Beta > reação da empresa em relação ao mercado > Retorno esperado de um título > contribuição dele ao rendimento esperado da carteira. COEFICIENTE BETA > medir retorno exigido pelo: 8 + [1,2 x (11 – 8)] = 8 + Onde: kj = retorno exigido sobre o ativo j / RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público / Bj = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j / km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado). Ex 1: A empresa SORTE S.A está em processo de crescimento e deseja determinar o retorno exigido de um ativo X com beta igual a 1,2 . A taxa de juros livre de risco é 8% ; o retorno da carteira de mercado é 11%. RF = 8% / bj = 1,2 / Km = 11% % Prêmio de risco do mercado de 3% ( 11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco ( beta) do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x 3%] . Esse premio de risco adicionado a taxa livre de risco de 8% , produz um retorno exigido de 11,6%. Prêmios por risco = rendimento de um investimento arriscado (KM) - investimento seguro (RF) Ex 2: Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas seguintes proporções. Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 5% e retorno livre de risco de 6,5%? Ação Participação de Carteira Beta Alfa 0,3 1,5 Beta 0,5 1,0 Gama 0,2 0,4 1º Encontre o Beta: = 2º Retorno da Carteira: Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML) > CAMP é representado graficamente. Uma linha que reflete o retorno exigido no mercado p/ cada nível de beta (risco não diversificável). A relação entre risco X retorno é representada pela SML A taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos: Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)] >> Kj = 17,75% Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto: Administração financeira_Pag. 15 Linha de mercado de títulos não permanece estável, com o tempo os deslocamentos podem alterar o retorno exigido. Causas dessa mudanças podem ser expectativa de inflação e aversão aos risco. Capital: demonstra os fundos de longo prazo de uma empresa. Balanço Patrimonial (BP), capital é Passivo e se divide em Capital Próprio e Capital de Terceiros. Capital Próprio: dinheiro do(s) proprietário(s) Capital de Terceiros: dinheiro de empréstimos e financiamentos p/ investir no patrimônio ou abrir um negócio. Água luz, mercadorias tb são. Tudo que é utilizado primeiro para depois ser liquidado será considerado capital de terceiros. Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre. Saber o melhor momento p/ adquirir um empréstimo ou p/ usar o próprio capital. Numa boa negociação o capital de terceiros pode ser uma boa escolha, taxa de juros compensatória ou a finalidade do uso desse capital. Se uso for para pagamento de dividas não é uma boa opção, já que estará fazendo divida para saldar dividas. Mas quando o empréstimo ou financiamento será utilizado para ampliar o negócio, adquirir bens que incorporarão o patrimônio e haverá retorno > lucro/riqueza. Outras Fontes de Capital Fontes de capital - Adição de capital social / Maior prazo nas compras com fornecedores / Sócio acionistas. / Obtenção de recursos no sistema financeiro. Fontes de financiamento em curto prazo Com e sem garantias: Empréstimos com garantia / Caução de duplicatas a receber / Factoring de duplicatas a receber / Empréstimo com alienação de estoques / Empréstimo com certificado de armazenagem Fontes de financiamento a longo prazo – Empréstimos / Debênture: com garantia e sem garantia / Ações. Custo de capital: taxa retorno exigido pelo investidor de capital nos projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação (ativo). Será estimado em um momento específico, refletindo o custo médio de fundos em longo prazo em uma data futura. Ex: Se uma empresa opta p/ recursos de terceiros. As principais fontes de custo de capital As fontes de fundo podem ser representadas em quatro: Capital de terceiros a longo prazo. Emissão de ações preferenciais. Emissão de ações ordinárias. Retenção de lucros. Custo de capital de terceiros é formado por empréstimos e financiamentos contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais como as debêntures. As debêntures são valores mobiliários ativos emitidos por ações, de capital aberto ou fechado. Custo de capital de terceiros em longo prazo ( ki) é o custo após o imposto de renda, hoje de levantar recursos emprestados a longo prazo. Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são deduzidas da base de calculo do imposto de renda, o que torna o custo destas fonte menor que nos juros contratuais correspondentes. Administração financeira_Pag. 16 Ex: A empresa Monta TUDO tenha em sua estruturade capital, $200 mil de empréstimos, com juros de 20% ao ano, e a empresa TOPA TUDO, seja totalmente financiada com capital próprio. DRE Monta TUDO (capital de terceiros) Topa TUDO (capital próprio) Lucro Operacional ou Lajir $ 500.000,00 $ 500.000,00 (-) Despesas com juros $ 40.000,00 (200 mil x 40%) $ 0,00 (=) Lucro antes do imposto de renda $460.000,00 $ 500.000,00 (-) IR (40%) $184.000,00 $200.000,00 (=) Lucro líquido $276.000,00 $300.000,00 A despesa com juros da empresa TOPA TUDO REDUZIRAM EM R$ 40 mil o lucro antes do IR (lair) e proporcionou $ 10 mil a menos no valor do IR. Diante deste resultado chegamos a conclusão que as despesas com lucros liquidas totalizaram $ 24mil para a empresa MONTA TUDO. Vamos provar calculando? Assim, podemos perceber que as despesas com os juros liquidas da empresa Monta tudo representam uma taxa efetiva de 12% ao ano ( $ 24.000,00 / $ 200.000,00). Essa taxa corresponde ao custo do empréstimo e pode ser calculada com a seguinte formula: Ke = j x ( 1- IR) Ke = custo do empréstimo ( taxa efetiva) J = taxa de juros contratada IR = alíquota do IR A empresa monta tudo terá o seguinte custo com o empréstimo: A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 1.000.000,00. Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%. >> >> = 0,15 ou 15% Custo das debêntures: emitir debêntures ela assume os encargos relativos a operações desse tipo. Este tipo pode ser negociado com ágio ou deságio, ou seja, podem ser vendidos com valores superiores ou inferiores, em relação ao valor nominal. Para determinar o custo dessa fonte de financiamento, é necessário elaborar o fluxo de caixa. Imagine que a Empresa Topa tudo tenha emitido debêntures nas seguintes condições: A empresa possui um prazo para resgate de quatro anos. A taxa de juros de 20% ao ano, pagos anualmente. Alíquota do IR da empresa de 40%. O custo que as debêntures apresentam (Kd), é determinado pela TIR: Valor Nominal 100.000,00 (-) Deságio (2.000,00) (-) Encargos (4.000,00) (=) Valor Líquido recebido 94.000,00
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