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1 VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL Lucas Gonsaga Soares* RESUMO O seguinte trabalho tem como objetivo de estudo o surgimento e produção de vacinas, e visa mostrar sua evolução em decorrer de vários anos. Nos dias atuais nos encontramos em meio uma corrida à procura de tratamentos e curas por vacinas contra várias doenças. Vamos entender um pouco sobre vacinas, como o surgimento, seu desenvolvimento e até mesmo a corrida de várias indústrias farmacêuticas para dominarem o mercado mundial, tanto nas pesquisas quanto na sua produção. Será apresentado como esta é produzida e sua ação com o sistema imunológico para beneficiar o paciente. Palavras chaves: vacinas, imunidade, indústrias farmacêuticas. 1 Lucas Gonsaga Soares, aluno do curso de Farmácia 3º período. Matéria de Imunologia ministrada pela professora Gulnara Patrícia Borja Cabrera. Universidade do Vale do Rio Doce UNIVALE. Central de Minas – MG- 28/04/2015. E-mail: lgsgonsaga@gmail.com VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 2 Introdução Ao olharmos a história da humanidade veremos exemplos de doenças infecciosas que causaram sofrimento, morte e até dizimando boa parte de uma população. Alguns registros históricos mostravam uma preocupação em conhecer a natureza dessas doenças, visto que haviam casos relatados de pessoas que adoeciam, mas que sobreviviam a um surto epidêmico de uma determinada doença, tornando-se resistentes ou simplesmente imunes. Provavelmente, o relato mais antigo sobre o fenômeno da imunidade pode ser atribuído a Tucídides (historiador da Guerra do Peloponeso), ao descrever em 430 a.C. o episódio no qual uma praga assolou Atenas (há alguns relatos na literatura médica indicando que essa praga tenha sido a varíola). Ele observou que somente as pessoas que haviam se recuperado da praga podiam cuidar de outras doentes, pois não contraíam a moléstia pela segunda vez. Foi somente muitos anos depois, no século XV, que apareceram as primeiras descrições de indução de imunidade na tentativa de salvar vidas humanas, prevenindo a infecção pela varíola. Desse momento então começou a surgir os primeiros conceitos sobre a tão pouca conhecida imunidade que mais tarde iriam nortear os princípios da vacinação. Relatos do século XV mostram indícios de que havia, em diferentes partes do mundo, a prática de se fazer pequenos cortes na pele de pessoas saudáveis, para inocular, com uma fina haste, material líquido proveniente das pústulas de doentes de varíola. Esses procedimentos conferiam imunidade contra a varíola humana e eram chamados variolização – um fenômeno que apresenta a origem do princípio da vacinação que até hoje é estudado e aperfeiçoado como principal ferramenta para o combate as doenças infecciosas. A prática da variolização mostrou indiscutivelmente sua eficiência por proporcionar a diminuição da taxa de mortalidade. Com base nos resultados positivos desta técnica, algumas décadas depois, em 1796, o médico inglês Edward Jenner introduziu um grande avanço nos procedimentos da variolização. Estes estudos representam as primeiras experiências de vacinação contra a varíola que marcaram o início da era da vacinologia. Estes estudos, no entanto, só repercutiram muito tempo depois, nos séculos XIX e XX, com os trabalhos pioneiros de Koch, von Behring, Ehrlich e Louis Paster nas áreas de microbiologia e imunologia. É interessante ressaltar que na época de Jenner não se sabia que algumas doenças podiam ser causadas por microrganismos. Pasteur, então, surge com sua teoria dos germes onde posteriormente conseguiu cultivar, em laboratório, a bactéria causadora da doença da cólera aviária e, ao inoculá-la em galinhas, reproduziu a doença, mortal para as aves. Louis Pasteur rapidamente percebeu que esse fenômeno era semelhante à variolização descrita por Jenner, ou seja, os organismos patogênicos podiam ter a sua virulência diminuída por atenuação que é o enfraquecimento do seu fator de virulência. Realizou alguns experimentos nos quais demonstrou que o tempo poderia enfraquecer a virulência das bactérias e que a cultura de bactérias atenuadas poderia ser administrada a outros indivíduos para protegê-los da Médico inglês que utilizou o vírus da varíola bovina para conferir proteção contra a varíola humana, o que veio a substituir a prática clássica da variolização utilizando-se material humano. Seu trabalho, ao ser publicado, foi considerado ridículo e sofreu muitas críticas. VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 3 doença. Pasteur chamou essas bactérias atenuadas de vacina (do latim vacca, que significa vaca), em homenagem a Edward Jenner, que utilizou o vírus da varíola bovina para induzir proteção contra a varíola humana. A partir dos experimentos com a cólera aviária em 1870, Pasteur estabeleceu, então, o princípio da atenuação para o desenvolvimento de vacinas. Essa descoberta foi determinante para o nascimento da Imunologia como ciência. As primeiras conquistas da era da vacinação A descoberta de Jenner forneceu uma base para a produção de uma vacina contra a varíola que foi utilizada em campanhas de vacinação mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e resultou na erradicação da varíola humana em todos os países, anunciada pela OMS em 1980. Aqui no Brasil, a varíola era também conhecida como “bexiga”. A partir de 1980, todos os laboratórios do mundo foram estimulados a destruir os estoques do vírus da varíola, a fim de evitar que ele pudesse ser reintroduzido no ambiente de forma acidental ou mesmo criminosa. Mesmo assim existem dois laboratórios que possuem a guarda oficial do estoque deste vírus: o Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, EUA, e o Instituto Vector, na Rússia. Atualmente, a grande preocupação é que esse vírus seja utilizado como arma biológica. As vacinas induzem proteção contra infecções estimulando o desenvolvimento de células efetoras e células de memória de vida longa, que veremos posteriormente nessa pesquisa. Hoje em dia a maioria das vacinas atua induzindo a imunidade humoral. No entanto, muitas estratégias para o desenvolvimento de vacinas cada vez mais eficazes estão em andamento para estimular respostas imunes mediadas por células. Um panorama de como a vacinação é importante A humanidade encontra-se exposta a uma série de doenças infecciosas que continuam causando mortes. Não há dúvidas de que a vacinação é um processo bastante efetivo, no entanto, o seu sucesso na erradicação de doenças infecciosas depende de inúmeros fatores. Por exemplo, a existência de reservatórios animais e ambientais de infecção e a alta infectividade dos microrganismos que continuam evoluindo e tornando cada vez mais patogênicos tornam menos provável que a vacinação sozinha erradique uma doença infecciosa em particular. Portanto, são necessários a conscientização e o interesse dos governos e da iniciativa privada de investir não só em ciência, mas também na criação de medidas públicas que melhorem as condições devida da população em geral. Atualmente muitas técnicas de vacinação e tipos de vacinas estão sendo criadas com o avanço principalmente da biotecnologia, mas não podemos esperar que a ciência sozinha resolva esta questão alarmante se muitas pessoas ainda vivem em condições subumanas. Químico francês considerado o pai da Imunologia e um dos cientistas mais produtivos dos tempos modernos. Entre suas contribuições para a ciência estão o uso de cepas atenuadas de vírus e bactérias para produzir vacinas. Ele desenvolveu vacinas para cólera aviária, raiva e antraz. VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 4 IMUNIDADE INATA É o conjunto de barreiras naturais e de elementos celulares que já estão estabelecidos ou que passam a compor os mecanismos da resposta imune que imediatamente se inicia, logo no primeiro momento em que um organismo é invadido por um agente estranho. A imunidade inata consistirá na primeira linha de defesa do organismo. IMUNIDADE ADAPTATIVA É o conjunto de reações que, passam a compor a resposta imune (já iniciada em virtude da imunidade inata) em decorrência da expansão numérica de células (linfócitos B e T) que reconhecem antígenos de maneira bastante específica. Reação do corpo às infecções e o nosso sistema imune Antes de iniciarmos uma abordagem sobre os métodos e princípios da vacinação é preciso conhecer os mecanismos de resposta imune que o nosso organismo utiliza para se defender do agente invasor e eliminá-lo. Esses mesmo mecanismos são acionados quando administramos uma vacina. Essas informações, portanto, ajudarão para o entendimento de como uma vacina age em nosso organismo e como ocorre todo o processo de proteção que ela oferece. A resposta imune é composta de elementos celulares e moleculares e se caracteriza principalmente pela capacidade de distinguir entre o que é próprio e o que não é próprio, ou seja, o que é estranho ao organismo, para alcançar o mesmo propósito de preservação individual. Esse conjunto de elementos pode ser dividido em dois tipos de sistema imune: a imunidade inata e a imunidade adaptativa. Apesar desta divisão os elementos celulares e moleculares da imunidade inata interagem e se integram com elementos celulares e moleculares da imunidade adaptativa para constituir a imunidade do indivíduo como um todo. Como agem as vacinas O princípio da memória imunológica Na infecção por um determinado microrganismo provocada reações de dois tipos. Primeiro uma reação imediata, também chamada imunidade inata, em que a partir do tecido lesado são segregadas substâncias químicas que vão ajudar a desencadear uma reação de defesa, ativando células dos tecidos e chamando ao local células do sangue que têm por função destruir ou enfraquecer o organismo invasor. Esta reação inata, se bem que fundamental, não é específica para cada tipo de doença, nem sempre é suficientemente eficaz, nem induz memória imunológica. O segundo tipo de reação (chamado imunidade adquirida ou adaptativa) surge mais tardiamente, mas é dirigido especificamente contra aquele agente, através da produção de proteínas específicas, chamadas anticorpos, que vão reagir com as proteínas (antígenos) do agente infeccioso, impedindo a sua multiplicação e promovendo a sua destruição. Para além disso vão ser ativadas as chamadas células de memória, que vão permitir que o organismo reconheça e produza mais rapidamente anticorpos específicos, sempre que entrar novamente em contato com aquele agente. Podemos comparar estes dois tipos de reação com o que se passa num incêndio de floresta. A primeira linha de defesa são geralmente os populares, que atacam o fogo com paus e baldes de água, limitando a sua propagação e conseguindo até, em certos casos, extingui-lo completamente. Mas se o incêndio for de grandes proporções, esta primeira linha de defesa é ineficaz, e há necessidade da intervenção especializada dos bombeiros que, embora cheguem mais tarde ao local acontecimento, têm meios de o controlar. Se tivéssemos um corpo de bombeiros a postos no local, sempre que se inicia um VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 5 incêndio, não haveria problemas com os fogos. As vacinas são uma maneira de ter disponível este “corpo de bombeiros”, ou seja, os anticorpos específicos, sempre que um micróbio pretende invadir o organismo. A maneira de o conseguir é pôr o nosso organismo em contato com os agentes infecciosos, de modo a que os reconheçam e induzam a tal memória imunológica, sem causarem doença. Sempre que um indivíduo entra em contato com o microrganismo contra o qual foi vacinado, o seu organismo reconhece o referido agente, “recorda-se” dele e ativa imediatamente a produção de anticorpos protetores, de modo a neutralizarem o microrganismo antes de ele ter tempo de causar doença. Há várias maneiras de conseguir estes objetivos: utilizando microrganismos mortos ou algumas partes dos microrganismos que são suficientes para serem reconhecidas pelo sistema imune (vacinas mortas ou inativadas); utilizando microrganismos vivos, mas enfraquecidos e incapazes de causar doença (vacinas atenuadas); ou usando substâncias causadoras da doença (toxinas) segregadas pelo microrganismo, depois de inativadas. Algumas destas vacinas necessitam de substâncias denominadas adjuvantes, que têm por efeito ajudar a aumentar a resposta do sistema imune. A maior parte das vacinas ajudam a proteger não só o indivíduo vacinado, mas também a própria comunidade, desencadeando a chamada “imunidade de grupo”, ao diminuir o número de pessoas susceptíveis à doença, interrompendo assim a circulação do microrganismo nessa comunidade. Requisitos para uma indústria na produção de vacinas Nenhum país é autossuficiente na produção de vacinas e nem deve ter a pretensão de ser. A autossuficiência significa que deve ser realizado um investimento gigantesco para produzir todas as vacinas necessárias para um país, para um benefício extremamente duvidoso. A melhor política é a que está vigente atualmente no Brasil: escolher vacinas importantes para introduzir no País, por razões de mercado, estratégia de saúde pública ou pelo valor tecnológico agregado. Um bom exemplo é a vacina contra a febre amarela, que não está disponível no mercado internacional. E também a vacina contra a gripe, para a qual haverá dificuldade de abastecimento no mercado mundial, em caso de epidemia. Uma importante estratégia para produzir vacinas já existentes no mercado mundial, é a criação de acordos de cooperação de transferência de tecnologia, normalmente entre indústrias privadas e públicas. Esta estratégia permite que as indústrias privadas consigam lucrar com vacinas que não são mais rentáveis economicamente em seus países; e que as indústrias públicas consigam atender as necessidades da população de uma forma mais rápida, já que toda a tecnologia de produção já foi pesquisada e desenvolvida previamente (Ministério da Saúde, 2003). Como exemplo, no Brasil, Bio-Manguinhos/ Fiocruz e o Instituto Butantan, dois dos principais produtores públicos brasileiros de imunobiológicos,estão constantemente realizando parcerias com indústrias privadas de todo o mundo. Para que a indústria iniciasse a produção de vacinas, foi necessário atender a diversos requisitos indicados VACINAÇÃO (OU IMUNIZAÇÃO) Processo experimental de inoculação de organismos ou substâncias, formulados para se tornarem inócuos à saúde, e que visa ao desenvolvimento de imunidade pelo organismo inoculado, conferindo a esta resistência ao organismo ou substância. VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 6 não só pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas também pela OMS, já que a produção em questão também atende outros países pelo mundo. Atualmente, a produção de vacina no Brasil é realizada conforme Resolução de Diretoria Colegiada Nº 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Sua produção ocorre de maneira complexa pois são combinados métodos biológicos e farmacêuticos. Os lotes produzidos ocorrem em grande produção. São realizados diversos procedimentos de controle, no qual garantem que cada lote apresente um padrão elevado. A área biológica envolve principalmente a preparação dos antígenos, nos quais os identificam e fazem-se culturas dos microrganismos, que são depois purificados e atenuados, este processo diminui o seu poder infeccioso. A área farmacêutica, está envolvida em adicionar outros componentes para obter uma formulação final com características ideais para a distribuição, com vista posterior à vacinação. Dependendo da vacina, são necessários vários meses para produzir um único lote e existem ciclos de produção que passam por períodos mais longos. São combinados diferentes antígenos para proteger de várias doenças e isso complica um pouco mais a produção. As vacinas combinadas são, assim, o fruto de muitos anos de pesquisa e desenvolvimento e são os mais recentes avanços na produção de vacinas. São realizados testes com diferentes composições para estudar a estabilidade e a compatibilidade dos componentes de modo a obter-se a formulação final. Em alguns casos são necessários mais de 50 testes de controle durante a produção de um lote de vacina. Além de tais preocupações a indústria farmacêutica se empenha na distribuição das vacinas que devem ser mantidas a uma temperatura entre os +2ºC e os +8ºC e são distribuídas em embalagens próprias para suportar condições extremas, desde temperaturas muito elevadas a temperaturas negativas. Os processos de fabricação têm os níveis mais exigentes da indústria farmacêutica tendo de cumprir todas as Boas Práticas de Fabrico Europeias, bem como os padrões da Food and Drug Administration (FDA), dos EUA. Garantia da Qualidade e Boas Práticas de Fabricação O conceito de “Garantia da qualidade” deve cobrir todos os aspectos que influenciam individual ou coletivamente a qualidade de um produto. Ele abrange a totalidade das providências adotadas, com o objetivo de garantir que o medicamento esteja dentro dos padrões de qualidade exigidos, para que possa ser utilizado para o fim proposto (ANVISA, RDC 17, 2010). De acordo com o Artigo 12 da RDC 17/2010, “O fabricante é responsável pela qualidade dos medicamentos por ele fabricados, assegurando que sejam adequados aos fins a que se destinam, cumpram com os requisitos estabelecidos em seu registro e não coloquem os pacientes em risco por apresentarem segurança, qualidade ou eficácia inadequadas. ”. Para que o objetivo final seja atingido de forma confiável, deve haver um sistema da Garantia da Qualidade totalmente estruturado e corretamente implementado, que incorpore as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Fluxo produtivo de vacina em uma Indústria farmacêutica Durante um longo período, a produção de vacinas ficou concentrada em instituições públicas ou privadas com VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 7 ações de caráter social. Porém, nos últimos tempos ela encontra-se como um objeto de investimentos privados de grandes influencias. Atualmente houve uma mudança nesse quadro, alguns grupos farmacêuticos mundiais lideram o setor de produção de vacinas, tonando então um grande segmento da indústria farmacêutica, com cada empresa liderando um grupo específico de produto. Até o final dos anos 70, as necessidades de vacinação do Brasil eram atendidas por importações ou por produção privada. No início da década de 1980 - quando a demanda de vacinas se ampliou acentuadamente, fruto do sucesso do Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973 - tornou-se evidente que a capacidade produtiva era insuficiente e as vacinas produzidas localmente eram de baixa qualidade. Frente aos novos requisitos da política de saúde, os laboratórios produtores privados interromperam a produção, gerando uma crise de abastecimento de soros e vacinas (Ministério da Saúde, 2003). Programa nacional de imunização Em 1984, foi desenvolvido o Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos, visando estimular a produção nacional por um conjunto de instituições públicas que possuíam uma base tecnológica mais desenvolvida (como, a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan). Através do Programa Nacional de Imunizações, o Brasil alcançou muito além do que foi conseguido por qualquer outro país de dimensões continentais e de tão grande diversidade socioeconômica. No campo das imunizações, somos vistos com respeito e admiração até por países dotados de condições mais propícias para esse trabalho, por terem população menor e/ou disporem de espectro social e econômico diferenciado. O Programa tornou-se um marco internacional, sendo avaliado por diversos países desenvolvidos; e deixando o Brasil, um país em desenvolvimento, nos mesmos patamares de imunização dos países desenvolvidos. Atualmente, a produção nacional de vacinas atende o mercado público em quase sua totalidade, dando-se destaque para dois produtores: Bio-Manguinhos/ Fiocruz e Instituto Butantan, que respondem por cerca de 90% do valor das vendas ao Ministério da Saúde. E além de atender as demandas nacionais, a produção nacional de vacinas também atua juntamente com a Organização Mundial da Saúde, levando vacinas para países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, presentes principalmente na África e na América Central. VACINAS, UMA VIDA TODA EM FOCO MUNDIAL 8 Referências Bibliográficas: 1. ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H. Imunologia Celular e Molecular. Capítulos 1, 2 e 15. 5ª ed.Tradução de Cláudia Reali. – Rio de Janeiro: 2. Elsevier, 2005. Dias da Silva, W.; Mota, I. Bier Imunologia Básica e Aplicada. Capítulo 17. 5ª ed. – Guanabara Koogan S.A., 2003. 3. Lílian M. G. Bahia Oliveira; Milton M. Kanashiro. Imunologia. Aulas 1, 2 e 19. 2ª ed. – Rio de Janeiro, 2007. 4. http://www.vacinas.com.pt/vaci nas/producao-de-vacinas 5. http://www.vacinas.com.pt/vaci nas/tipos-de-vacinas 6. Brasil. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada Nº 17, de 16 de abril de 2010. 7. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Imunizações – 30 anos. Brasília: 2003.8. Brasil, Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/ portalsaude/> acessado em: 06 fev. 2013. 9. Coleção Progestores: Para entender a gestão do SUS - Ciência e Tecnologia de Saúde, 2007. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs /publicacoes/conass_progestores /livro_4_ciencia_e_tecnologia_e m_saude.pdf> acessado em: 06 fev. 2013. 10. GADELHA, C.A.G. Estudo de competitividade por cadeias integradas no Brasil: impactos das zonas de livre comércio - Cadeia: Complexo da saúde - Estrutura, Dinâmica e Articulação da Política Industrial e Tecnológica com a Política de Saúde, Campinas, 2002. Disponível em: <http://www.deolhonaspatentes. org.br/media/file/Publicacoes/N T_FINAL_Biotec_Saude.pdf> acessado em: 07 fev. 2013
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