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Aula 4 - Amebiase

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Entamoeba histolytica/Estamoeba dispar
Outras amebas
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OBJETIVO:
  Estudar a classificação, morfologia, 
 biologia, ações patogênicas, diagnóstico, 
 epidemiologia, profilaxia e tratamento.
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 CLASSIFICAÇÃO
 CLASSE  Lobosea
 ORDEM  Amoebida
 FAMÍLIA  Entamoebidae
 GÊNEROS  Entamoeba, Iodamoeba, 				 Endolimax e Dientamoeba
 ESPÉCIES  E. histolytica / E. dispar, E. hartmanni, E. coli, E. gingivalis, Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. nana
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
Aproximadamente durante um século  E. histolytica foi considerada como única espécie.
Estudos recentes baseados em:
 Evidências bioquímicas: diferênças no perfil isoenzi-
 mático;
 Métodos imunológicos: através de anticorpos
 monoclonais (Proteínas da superfície da ameba);
  Técnicas genêticas: através de diferenças no DNA 
 genômico ou ribossomal dessas amebas; 
  Diferenças nas formas clínicas da doença.
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
 
 A Entamoeba histolytica passou a ser
 considerada como parte de um complexo
 
 Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.
 
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* Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903)
  Apresenta diversos graus de virulência, insavisa;
  Apresenta diversas formas clínicas;
* Entamoeba dispar (Brumpt, 1925)
  Pode causar erosões na mucosa intestinal, sem
 invasão;
  Maior parte dos casos assintomáticos e colite
 não disentérica. 
 Disenteria  Doença aguda, infecciosa, específica, com lesões inflamatorias e ulcerativa das porções inferiores do intestino. Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
 
 O complexo E. histolytica/E. dispar foi
 acatada pela OMS em 1997, numa
 
 reunião, no México, para tratar do 
 assunto. 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 
 MORFOLOGIA
Trofozoíto 
Cisto
Metacisto
Pré-cisto 
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 BIOLOGIA
Locomoção
Ingestão de alimentos
Nutrição 
 CICLO EVOLUTIVO
Monoxênico
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 HÁBITAT
Os trofozoítos de Entamoeba histolytica/ dispar vivem como comensais na luz do intestino grosso
Em algumas circunstâncias: ulcerações intestinais, abscesso hepático, cutâneo, pulmonar e raramente cérebro
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRANSMISSÃO
 
 Através da ingestão de cistos com alimentos: verduras e frutas contaminadas, água, veiculadas nas patas de baratas e moscas. Falta de higiene domiciliar e os portadores assintomáticos .
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
PATOGENIA
Período de incubação : 7 dias até 4 meses 
  Formas assintomáticas (E. dispar) 
 Formas sintomáticas (E. histolytica)
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE:
Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas.
Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com evacuações mucosanguinolentas, febre moderada e dor
 abdominal.
 COMPLICAÇÕES: perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e ameboma
 
 
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Amebíase
E. histolytica/E. dispar
DISENTERIA:
  Doença aguda infecciosa, específica,
 com lesões inflamatórias e ulcerativas
 das porções inferiores do intestino.
 Manifesta-se com diarréia intensa,
 cólicas, tenesmo, geralmente com
 eliminação de sangue e muco.
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
Amebíase hepática - dor, febre e hepatomegalia (Anorexia, perda de peso e fraqueza geral
 acompanham o quadro).
Amebíase cutânea - região perianal
Amebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro, baço, rim, etc. 
 
 
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
 
Amebíase intestinal - sintomatologia comum, retossigmoidoscopia
Abcesso hepático - tríade (dor, febre e hepatomegalia),raio X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética 
 
 
 
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
LABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatos)
 PARASITOLÓGICO
Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame direto ou em 30 minutos
 
 
Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e técnicas de concentração (Faust, Rictchie e hematoxilina férrica)
 IMUNOLÓGICO (amebíase intest. e extra-intestinal
Elisa, IFI, hemaglutinação indireta, contraimunoeletroforese e imunodifusão
 dupla em gel de ágar.
 
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AMEBÍASE
PROFILAXIA: Está intimamente ligada a engenharia e
 educação sanitária.
 Principalmente água de boa qualidade nas casas e tratamento do 
 esgoto;
  Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa 
 e efetiva da comunidade; 
  Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas;
  Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos e
 tratamento dos positivos.
 
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AMEBÍASE
VACINAS:
  Vacinas contra a Entamoeba histolytica têm sido
 desenvolvidas e testadas, porém até o momento
 nenhuma delas apresentou resultados eficientes,
 mas indicando que é um caminho importante e
 promissor. 
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AMEBÍASE
Segundo a Organização Mundial de Saúde:
 
 “Onde houver pequenos recursos financeiros para serem aplicados em
 saúde pública, todos eles devem ser
 dirigidos para o saneamento básico”.
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
		
TRATAMENTO
Intestinal
Amebicida luminal (luz intestinal)
Amebicidas tissulares (tecidos)
Luminal e tissular
Extra-intestinal
Luminal e tissular e antibióticos.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRATAMENTO
 Amebicida intestinal
  Luminal  Etofamida (Kitnos) 
  Teclosan (Falmonox)
  Tissular  Cloridrato de Emetina
  Cloroquina
 obs: Drogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outros
 tratamentos não derem bons resultados
 * Luminal e Tissular  Derivados Imidazólicos
 * Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl)
 * Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol
 * Extra-intestinal
* metronidazol (Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)
 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar	
 *Amebíase intestinal
Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5
 dias  Adultos
  30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao
 dia, por 5 a 10 dias  crianças
 * Efeitos colaterais  Alterações gastrointestinais,vertigens
 * Observações  Condiciona aversão ao álcool, e urticaria
 ao contato com este
 * Principais apresentações  Metronidazol, Flagyl,Metronix
Secnidazol  Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças
  Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)
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AMEBÍASE
OBSERVAÇÃO:
  Devido à inibição que provoca em diversas enzimas
 do metabolismo do álcool, a ingestão alcoólica
 durante ou depois do tratamento pode causar confusão
 mental, perturbações visuais, cefaléia, náuseas e 
 vômitos, sonolência e hipotenão. 
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Amebíase
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
 * Amebíse extra-intestinal  principalmente
 abscesso hepático 
 * Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao 
 dia durante 5 a 10 dias
 * Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de
 comprimido; nos casos mais graves ou
 severos, pode ser utilizado por via
 injetavel 
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Amebíase
 * Amebíase hepática
 * Secnidazol (Secnidal)  1 comprimido de
 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias.
 
 Suspensão  30 mg/Kg/dia (máximo
 de 2 g) durante 5 a 7 dias ou seja 1ml/Kg
 de peso durante 5 a 7 dias.
 
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AMEBÍASE
METRONIDAZOL
 MODO DE AÇÃO  O metronidazol é metabolizado,
 formando derivados, incluindo radicais superóxido, que
 interferem com o metabolismo do DNA dos parasitas, o
 que causa extensas rupturas nas cadeias de DNA e a
 interrupção da estrutura helicoidal. Portanto, a síntese
 de proteínas no parasita sofre alteração. 
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AMEBÍASE
METRONIDAZOL
  É utilizado no tratamento da amebíase invasiva, assim
 como de infecções por Trichomonas vaginalis e
 Giardia lamblia. Como apenas 10% da droga se fixa
 às proteínas séricas, alcalça concentrações elevadas
 nos tecidos, incluindo pulmões, bílis, fígado, ossos e
 cérebro, excedendo os níveis necessários para inibir
 os microrganismos contra os quais é ativa. 
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AMEBÍASE
EPIDEMIOLOGIA:
Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões
 tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e sanitárias) 
Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos alimentos
 e água
Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos adultos
 (entre 20 e 60 anos)
Algumas profissões são mais atingides (trabalhadores de esgotos,etc)
Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições
 de umidade) durante cerca de vinte dias.
  Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na patogenicidade.
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OUTRAS AMEBAS
 
Entamoeba hartmanni
 
Entamoeba coli
Iodamoeba butschlii
Endolimax nana
Entamoeba gingivalis
Dientamoeba fragilis 
 
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AMEBAS DE VIDA LIVRE
  Acanthamoeba spp.
  Naegleria fowleri 
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AMEBAS DE VIDA LIVRE
  Acanthamoeba spp.
 
  Ameba de vida livre
  Cosmopolita (habitando lagos e lagoas,piscinas,
 solos humíferos, esgotos e cursos de água que
 recebem efluentes industriais, em todos os continen-
 tes e todos os climas).
  úlcerações de córnea (em usuários de lentes de contato)
  Meningoencefalite amebiana granulomatosa (pacientes
 imunodeprimidos)
 
 
 
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AMEBAS DE VIDA LIVRE
  Naegleria fowleri
 Ameba de vida livre 
  Cosmopolita
  Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se
 subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de
 garganta e renite. Três dias seguintes, aumentando
 a cefaléia, febre e aparecendo vômitos e rigidez
 da nuca, apresentando desorientação e coma. Cinco
 ou seis dias o paciente evolui para a morte). 
 
 
 
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 CASO CLÍNICO
 Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro
clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas diárias com
muco e sangue e febre moderada.
 Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um
Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com 2
cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água encanada, 
sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento de esgôto. Tomava 
água do pote que obtinha de um poço próximo de sua casa . Relatou ainda que a criança há algum tempo atrás tinha realizado exame de fezes, sendo positivo para amebas e tinha feito tratamento com
 Metronidazol. 
 Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário 
 mínico, alimentação bastante precária.
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PERGUNTAS:
 1) Algun parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ?
 
 2) Quais as possíveis causas de retorno da sintomatologia
 da criança ?
 3) Se o resultado anterior apresentasse apenas amebas não
 patogênicas você indicaria tratamento ? Dê explicação.
 4) Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas
 poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções 
 deste problema ?
 5) Como a carência nutricional poderá influi na prevalência
 das parasitoses ?
 6) Descrever as formas clínicas, sinais e sintomas da amebíase. 
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DISCUTIR EM GRUPOS:
 1) O que você entende por ruralização e urbanização das doenças ?
 2) O que você entende por cinturão de pobreza
 nas cidades de pequeno, médio e grande porte ?
 Qual a relação que existe com a transmissão das parasitoses ?
 3) Qual o problema surgido nessas cidades com o êxodo rural ?
 4) Discutir o triângulo: infecção, desnutrição e diminuição das defezas do hospedeiro, relacionando com as parasitoses.
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5) Porque as doenças parasitárias estão associadas à pobreza, à fome, ao analfabetismo e a injustiça social ?
6) Dê uma definição para :
  Vetor
  Vetor biológico
  Vetor mecânico
  Vetor inanimado
 7) Qual a diferença entre ciclo biológico monoxênico e ciclo biológico heteroxênico ?
 8) Definir transmissão monoxênica e transmissão heteroxênica.

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