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* * * Leishmaniose * * * Agente Etiológico: Leishmania spp é um representante da família Trypanosomatidae Apresentam duas formas de vida: (A) Amastigota - intracelular, no hospedeiro vertebrado. Parasitam as células do sistema fagocítico mononuclear (SFM). “Fagocitose frustrada” (B) Promastigota - na luz do intestino do hospedeiro invertebrado. * * * O flebotomíneo (fêmea) é o mosquito hematófago transmissor da Leishmaniose. Díptero da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae. Conhecido como “asa dura”, “orelha de veado”, “mosquito-palha’, “birigui”. Multiplicam e colonizam o proventrículo do inseto. Infecta o vertebrado na tentativa de alimentar. Vetor * * * O ciclo de vida da Leishmania * * * As formas de Leishmaniose 1) Leishmaniose cutânea. 2) Leishmaniose mucocutânea (+ nariz, boca, faringe e adjacências) 3) Leishmaniose visceral ou Calazar (baço, fígado e medula óssea) 4) Leishmaniose cutânea-difusa. * * * I) Complexo “Leishmania braziliense” Nas américas. Amastigota - 2,3mm. Parasitam a pele - metástase. Leishmania brazilienses, L. panamensis, L. guyanensis, L. peruviana II) Complexo “Leishmania mexicana” Nas américas. Amastigotas - 3,2 mm. Parasitam a pele. L. mexicana, L. amazonensis, L. pifanoi. 1987, propõe-se criação de novo gênero : Viannia São várias espécies que podem causar Leishmaniose * * * III) Complexo “Leishmania donovani” Amastigotas - 2.1mm. Tropismo a vísceras. IV) Leishmanioses cutâneas do Velho Mundo Bacia do mediterrâneo e Ásia. Limitadas a pele. L. tropica, L. major, L. aethiopica * * * Desenvolvimento da patologia Relação parasito/hospedeiro: Multiplicação intracelular do parasita. Rompimento e destruição do macrófago. Multiplicação em massa de macrófagos (hiperplasia e hipertrofia histiocitária), migração de outras células inflamatórias. Ulceração da pele Destruição de tecidos e órgãos * * * Resultados Resposta imunológica celular mais exacerbada. TCD4+, subpopulação Th1 -- Ativação de Natural Killers TCD8+, ativação de macrófagos e lise de MHCI * * * “Úlcera de Bauru”:Características das úlceras de Leishmaniose, restrita a pele. - Redondas, regulares. Únicas ou múltiplas. - Bordas nítidas, endurecidas e talhadas. - São limpas, mas podem estar acompanhadas de infecções bacterianas purulentas. - Pode ocorrer demora para ulcerar (lesões úlcero-vegetantes). * * * Leishmaniose mucocutânea: Quando há metástase para as mucosas Atinge a cartilagem do septo nasal, podendo causar a perfuração do septo ou palato, estendo-se até a faringe e laringe. Aspecto de mutilação e complicações na fonação e alimentação -- Segregação social. 20% dos infectos desenvolveriam lesões do tipo. Por isso é importante o diagnóstico precoce. * * * Quando as lesões não tornam-se ulcerativas, e sofrem metástase pela pele: Leishmaniose Tegumentar Difusa. Lesões com aspecto de lepra. Há alguma falha na resposta imunológica, tolerância imunológica? * * * Quando há tropismo pelas vísceras ricas em células do sistema fagocítico mononuclear (Fígado, Baço, Medula Óssea): Leishmaniose visceral ou Calazar Leishmania donovani Leishmania infantum (em crianças) Medula óssea: hipoplasia do setor hematopoético (diminuição de hemáceas, PMN, plaquetas, linfócitos) e hiperplasia do setor histiocitário (aumento de monócitos). Resulta em anemia., hemorragias mais freqüentes, tolerância imunológica e imunodepressão. Baço e fígado: hipertrofia dos órgãos (SFM), fibrose e atrofia morfofuncional, disfunção do órgão. Resulta em desnutrição (caquexia). Outros sintomas: febre constante, palidez e fraqueza, perda de apetite. É a forma fatal de leishmaniose, evolução lenta (1-2 anos) ou fulminante (poucos meses). * * * Diagnóstico - Parasitológico: punção do tecido supostamente afetados (pele, mucosa ou órgãos). - Semeadura em meios de cultura. - Xenodiagnóstico utilizando flebotomíneos. - Imunológicos vários. Reação intradérmica para leishmaniose cutânea ou mucocutânea (Reação de Montenegro). Injeção sob a derme de antígenos provindo do extrato de parasitas promastigotas, leitura em 48 horas. É negativo em Leishmaniose Tegumentar Difusa. Punção da úlcera pela borda. Amastigotas Análise citológica da punção Reação de Montenegro positiva * * * Tratamento - Antimoniais pentavalentes, pentamidinas, anfotericina B. Todos eficientes, efeitos colaterais controláveis com aspirinas. Regressão da heptoesplenomegalia 20 dias após tratamento. Tratamento da lesão ulcerativa de leishmaniose tegumentar americana com antimonial pentavalente. * * * Epidemiologia e controle - 12 milhões de afetados e 350 milhões de pessoas sob risco de infecção em 88 países. Calazar predomina na Índia e redondezas (90% dos casos). Leishmaniose cutânea e mucocutânea predominas nas Américas Central e do Sul, e ainda alguns países da África e Ásia. * * * - O flebotomíneo é estritamente silvestre. Há situações aonde o desmatamento de áreas conservadas leva ao aumento proporcional da fauna flebotômica. - Animais reservatórios silvestres ainda não muito bem conhecidos, e mantêm a infecção na natureza. - Animais sujeitos a infecção e, às vezes, desenvolvem doença: cães, equinos, raposas, marsupiais. - Características ecológicas: climas equatorial, tropical, subtropical; certo grau de umidade (>70%); áreas rurais ou similares; habitações precárias e próximas às matas. * * * Leishmaniose tegumentar americana em cães. Cães calazarentos: caquexia, distrofia, paralisia, apatia, * * * 1. Levantamento epidemiológico, flebotômico e seus reservatórios silvestres. 2. Detetização? 3. Telagem das casas. 4. Construção de boas casas à distância das matas. 5. Eliminar ou tratar animais domiciliares infectados (cães, eqüinos). 6. Tratamento dos infectados. A leishmaniose é passível de erradicação? Medidas de controle
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