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ULTRASSOM E ONDAS CURTAS

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA
Hoanne Marselle da Silva Rodrigues
RELATÓRIO SOBRE ULTRASSOM E ONDAS CURTAS
Belém
2014
Hoanne Marselle da Silva Rodrigues
RELATÓRIO SOBRE ULTRASSOM E ONDAS CURTAS
Trabalho apresentado à disciplina de Fundamentos de Eletrotermofototerapia, orientado pela professora Rosa Figueiredo, no curso de graduação em Fisioterapia, da Universidade do Estado do Pará – UEPA, como quesito avaliativo.
Belém
2014
ULTRASSOM TERAPÊUTICO
Dentre os tratamentos não invasivos, o Ultrassom, é um dos procedimentos físicos adjuvantes mais utilizados na fisioterapia e medicina regenerativa como um componente do tratamento de ampla variedade de patologias como: nas úlceras dérmicas, nas incisões cirúrgicas da pele, lesões em tendões, fraturas tanto em humanos, quanto em animais, no encurtamento de tecidos moles e controle da dor. Seus efeitos terapêuticos têm se mostrado benéficos, pois ativa os fibroblastos, colágeno e diminuem as células inflamatórias por aceleração do metabolismo celular.
A primeira utilização do ultrassom se deu nos Estado Unidos no século XIX, método usado para gerar e detectar o ultrassom, tendo a primeira aplicação em larga escala de ultrassom usado como localizador para navegação pelo som SONAR (Sound Navigaton and Ranging), durante a II Guerra mundial.
Ultrassom terapêutico é a vibração sonora de frequência superior a 20 000 ciclos por segundo, não audível pelo homem. Na fisioterapia, se emprega o ultrassom em frequências de 1MHz e 3MHz através de um transdutor, que consiste num aparelho que converte uma forma de energia em outra. Ou seja, este transdutor vai converter a voltagem em vibrações e vice-versa. As vibrações são ondas de som mecânicas, enquanto a voltagem é energia elétrica potencial. Os transdutores consistem em várias partes que são integradas para produzirem a onda, transmitindo-a para o corpo e gerando vibração das moléculas.
As ondas, nada mais são, que um conjunto de compressões e rarefações mecânicas na direção do trajeto da onda, e deste modo, são chamadas de ondas longitudinais. A passagem dessas ondas de compressão e rarefação são invisíveis, o que acontece é a aproximação e separação das moléculas, balançando-as. A onda não transporta a matéria, mas faz com que a matéria movimente-se através da vibração. No ultrassom terapêutico, essa vibração faz com que as moléculas movimentem-se gerando calor.
A propagação da energia ultrassônica nos tecidos depende, principalmente, de dois fatores: a características de absorção do tecido e meio biológico e a reflexão da energia ultrassônica nestes tecidos. A velocidade de propagação da onda é maior nos meios onde há maior reunião molecular, ou seja, onde as moléculas estão mais próximas umas das outras. Assim, o som se propaga mais rápido nos sólidos do que nos líquidos e gasosos.
O ultrassom de frequência de 1MHz é empregado normalmente em lesões profundas, por ter um alcance maior, chegando até 12 cm. Já na frequência de 3MHz, o ultrassom é utilizado em lesões nos tecidos mais superficiais. 
O ultrassom pode ser contínuo ou pulsado. O contínuo apresenta efeito térmico dominante, enquanto o pulsado apresenta efeito mecânico. A modulação contínua pode ser necessária quando ambos os efeitos, térmicos e mecânicos, forem necessários, principalmente nas lesões crônicas. Já no ultrassom pulsado, como há uma interrupção na saída das ondas sonoras do transdutor, ele é indicado quando o calor produz algum tipo de desconforto ao paciente, como nos processos de regeneração tecidual.
Durante a utilização do ultrassom continuo percebe-se a vibração celular e de suas partículas, provocando atrito entre elas, e consequentemente o efeito térmico. O tecido, ao ser estimulado pelo plexo terminal nervoso, sofre vasodilatação em extremidades, e com isso temos o aumento do fluxo sanguíneo. Os efeitos térmicos dessa categoria incluem alívio da inflamação aguda ou crônica, inibição dos espasmos musculares, aumentando ainda a extensibilidade do colágeno e possível redução da dor.
Já na modulação mecânica do ultrassom, as ondas penetram no tecido e provocam vibrações sobre o mesmo em nível celular (micro massagem), acelerando a velocidade de difusão de íons através da membrana celular e o intercâmbio de fluidos, favorecendo o processo de difusão e melhorando o metabolismo celular. O ultrassom age através dos fatores mecânicos e térmicos, que provocam uma série de reações químicas que aceleram as reações e aumentam a condutibilidade das ações, como a liberação de substâncias vasodilatadoras, facilitando a dispersão dos líquidos e a desagregação de moléculas Complexas. Os efeitos físicos não térmicos desejáveis causam o aumento da permeabilidade celular, da síntese proteica, do fluxo de íons de cálcio e da passagem de metabólitos através da membrana celular, o que contribui de forma positiva na reparação tecidual.
Fonoforese é um termo que descreve a habilidade do ultrassom em penetrar agentes farmacológicos ativos através da pele. É uma alternativa menos invasiva de transporte de substâncias além da utilização medicamentosa via oral ou intravenosa. Há várias evidências de que o ultrassom possa promover a penetração de substâncias químicas, uma vez que a onda ultrassônica é capaz de alterar os potenciais de membrana. A vaporização do fármaco pela diminuição da pressão através do movimento é tida como responsável pela permeabilização de células e tecidos de interesse para aplicações farmacêuticas. O aumento da permeabilidade de membrana promovida pelo ultrassom é o fator que torna possível a maior penetração de fármacos no organismo. 
As principais indicações para o uso do ultrassom terapêutico são: encurtamentos de tecidos moles, controle da dor, úlceras dérmicas, incisões cirúrgicas da pele, lesões de tendões e ligamentos, reabsorção de depósitos de cálcio, fraturas ósseas, Síndrome do Túnel do Carpo e a fonoforese. Quanto às contra-indicações, é necessário observar os casos de pacientes com tumor maligno, marcapasso e tromboflebite. Além disso, é importante evitar a exposição de grávidas ao ultrassom e áreas como o tecido do sistema nervoso central, olhos e órgãos genitais.
ONDAS CURTAS
O ondas curtas nada mais é que a terapia através de correntes elétricas de alta frequência, ou seja, o uso terapêutico das oscilações eletromagnéticas com frequência maior que 100.000hz. Apesar de não causar despolarização da fibra nervosa, esta energia pode transformar-se em energia térmica no tecido corporal.
As referências do uso clínico de corrente elétrica de alta freqüência podem ser encontradas pela primeira vez no século passado 1890 em Pariz, d’Arsonval fez passar uma corrente de 1 AMP, numa elevada freqüência através dele próprio e de um assistente.
D’Arsonval descreveu apenas uma sensação de calor e trabalhos subseqüentes levaram ao desenvolvimento de métodos indutivos e capacitativos de aplicação de correntes de alta freqüência ao corpo, gerando um calor não superficial que passaram a se chamar “diatermia", que se designa a partir da palavra grega “aquecimento através de”.
O ondas curtas gera corrente elétrica de alta frequência e produz um campo elétrico e um campo magnético nos tecidos. A diatermia pode ser liberada pela técnica de capacitância ou técnica de indução.
Capacitância: cria um campo elétrico mais forte do que o campo magnético e coloca o paciente dentro do circuito real da energia da máquina.
 Indução: cria um campo magnético mais forte do que o campo elétrico e não coloca o paciente diretamente no circuito da unidade
A medida que o campo elétrico é criado nos tecidos biológicos, o tecido que oferece a maior resistência ao fluxo de corrente tende a desenvolver o maior calor. Em razão da área relativamente grande afetada pela diatermia, os efeitos de aquecimento profundo duram mais que os originados peloultrassom. Entretanto, o ondas curtas é menos eficaz quando aplicada em pessoas com muita gordura subcutânea, pois tecidos com alto conteúdo de gordura tendem a isolar a passagem de um campo elétrico e também resistir a ela.
O principal efeito na aplicação das ondas curtas é o aquecimento dos tecidos. Sabe-se que a resposta dos tecidos ao aquecimento é similar, não importando a modalidade utilizada na geração de calor, a única diferença entre ondas curtas e outros agentes de aquecimento por condução de calor é a profundidade onde irá ocorrer o efeito térmico. Alguns resultados fisiológicos térmicos e não térmicos são: aumento do metabolismo, transpiração aumentada, vasodilatação (hiperemia), relaxamento muscular, aumenta a permeabilidade celular, aumenta a extensibilidade dos tecidos, repolarização das células danificadas (corrigindo a disfunção da célula) e reativação da bomba de sódio e potássio, permitindo que a célula readquira o equilíbrio iônico normal.
O uso do ondas curtas é indicado em casos de inflamações da articulação (bursite, tendinite, sinovite), fibrosite, miosite, condições inflamatória subagudas e crônicas de camadas de tecidos profundos, áreas grandes que não podem ser aquecidas com eficácia por outros métodos. Deve ser evitado em situações de incidência de áreas isquêmicas, doença vascular periférica, implantes de metal ou metais, hemorragias, tumores, febre, perda sensorial, marcapassos cardíacos, infecções, placas epifisárias de ossos em crescimento e em regiões como os órgão genitais, olhos e abdome com presença de dispositivo intra-uterino (DIU).
REFERÊNCIAS
CAMERON MH. Agentes físicos na reabilitação. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
GUIRRO, Rinaldo. INMETRO - Efeitos Biológicos do Ultrassom Terapeutico. Disponível em: < http://www.inmetro.gov.br/painelsetorial/palestras/PalestraRinaldo.pdf>. Acesso em 23 de novembro de 2014.
JESUS, G. et al. FONOFORESE X PERMEAÇÃO CUTÂNEA. Fisioterapia em Movimento. V.19, n.4, p. 83-88. Curitiba, 2006. Disponível em: < http://www.fisioterapia.com/public/files/artigo/3FDF8d01.pdf>. Acesso em 23 de novembro de 2014.
MACHADO CM. Eletroterapia prática. 4ª ed. São Paulo; 2008.
OLSSON, D. et al. Ultra-som terapêutico na cicatrização tecidual. Ciência Rural. V.38, n.4, p.1199-1207. Santa Maria, 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cr/v38n4/a51v38n4.pdf>. Acesso em 23 de novembro de 2014.

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