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PREPARO DE DENTE COM FINALIDADE PROTETICA E RECONSTRUCOES CORONARIAS O preparo do dente eh uma etapa do tratamento protético que consiste em reduzir a estrutura coronal por meio de desgaste seletivo de esmalte e dentina, com finalidade de criar um espaço para que o material restaurador possa viabilizar a reabilitação estética, da forma e da função. Os preparos podem ser parciais ou totais. A qualidade do preparo influencia no controle biológico, estetiico e mecânico dos procedimentos subsequentes das diversas etapas da confecção da prótese. O preparo com termino dentro do sulco gengival deve respeitar a homeostasia da área e preservar a saúde do tecido gengival. Sem oclusão estável não adianta fazer prótese, pois vai haver absorção óssea patológica, se o dente estiver “vivo” vai ter dor devido a uma pericementite causada ela má oclusão, por isso adequar a oclusão e uma desoclusão.O ideal é o paciente ter ou uma uia canina ou em grupo. PRINCIPIOS GERAIS DO PREPARO DENTARIO Principios Mecanicos Resistencia Ou Estabilidade Visa prevenir a rotação da restauração quando estas forem submetidas a forças de cisalhamento ou compressão. As forças laterais fazem com que a restauração gire ao redor de um fulcro (apoio, alavanca). Há diversos fatores relacionados com a forma de resistência do preparo, tais como a magnitude e direção da força, pois forças de grande intensidade e lateralmente levam ao deslocamento da prótese (por isso a estabilidade em molares é mais critica que em pré molares e denes anteriores). Outro fator é a relação entre altura e largura do dente, pois, quanto maior for a altura do dente maior será a estabilidade, e caso se trate de um dente com coroa curta, há a necessidade de se confeccionar sulcos, canaletas ou caixas. O ultimo fator que determina a estabilidade é a integridade do dente preparado, pois um dente muito cônico oferece menor resistência, já quando as paredes são paralelas é mais favorável e caso a coroa seja curta faz-se canaletas ou sulcos. .Nenhum cemento possui propriedades de adesão suficiente para manter o dente no lugar mediante unicamente a adesão. Retenção: impede que a restauração saia pelo longo eixo de inserção ou eixo longitudinal do preparo. Resistência: impede deslocamento da restauração pela ação de forças apicais e obliquas e movimentação pela força oclusal. Retenção – é determinado pelo preparo dental, pois a restauração será submetida a forças de tração pelos alimentos. Logo, a retenção visa impedir o deslocamento da restauração no sentido axial do dente (vertical). A retenção ocorre quando há contato entre as superfícies internas da restauração e as superfícies internas do dente preparado, essa retenção é chamada retenção friccional, que é obtida de acordo com três fatores: O primeiro deles é a área do preparo, pois quanto maior for a altura da coroa clinica, ou seja, quanto maior for a area do preparo, maior será a retenção friccional, uma vez que a area de contato será maior; o segundo fator que determina a retenção é a inclinação do dente no arco, pois, dentes com paredes mais paralelas são mais favoráveis a retenção (paredes axiais paralelas), entretanto, caso esse paralelismo seja exagerado, a cimentação será dificultada, pois o cimento não irá escoar adequadamente, podendo acarretar num desajuste oclusal ou cervical da restauração, logo, as paredes axiais devem ser paralelas, mas devem ter uma conicidade mínima de 6º para que a retenção não seja diminuída (a relação da conicidade com a retenção é inversamente proporcional, ou seja, quanto maior é a conicidade, menos é a retenção); Quando os preparos são muito cônicos há a necessidade de fazer retenções auxiliares como caixas, sulcos, canaletas e até mesmo pinos. Deve ter um único eixo de inserção e a retenção esta adequada quando numa vista de um olho só é possível ver todos os dentes preparados; o ultimo fator que determina a retenção é a textura superficial, que pode ser conseguida por meio de micro-retenções, uma vez que a cimentação consiste no agente cimentante entrar nas microrrugosidades do dente e da prótese e endurecer, unindo-as, entretanto, essas micro-retenções se forem muitas há a necessidade de fazer um acabamento do preparo, até mesmo para que não haja interferência na moldagem. Integridade marginal – quando a coroa estiver cimentada não pode haver nenhuma alteração na margem gengival. Os objetivos básicos são uma boa adaptação e uma linha mínima de cimento. Caso fique espaço entre dentes e restauração haverá retenção de biofilme e presença de cárie. Rigidez estrutural O preparo deve permitir espaço suficiente para a quantidade adequada de material restaurador. Caso a redução axial seja deficiente, isso levará a um sobrecontorno da prótese. Término Cervical Preservar a saúde e integridade periodontal Facilitar a moldagem Permitir a melhor adaptação Propiciar estética Permitir higienização Término Cervical Facilita a moldagem Localização do término gengival Acima do nível gengival ( supra). Na linha preta No nível gengival Abaixo do nível gengival (sub.) Obs.: Se a coroa for curta p/ aumentar seu comprimento é só abaixar o seu término. Só deve trabalhar ATÉ o sulco gengival. A melhor localização do término é o que permite o controle da adaptação e da higiene. Obs.: Em dentes posteriores principalmente os molares o ideal é que esse término seja supra devido a dificuldade p/ a higienização. O limite cervical deve sempre que possível ser mantido supra gengival, 2mmm acima do nível gengival. Vantagens: manutenção do contato entre dente e periodonto. O término gengival possui uma localização crítica, região de maior acúmulo de placa. As principais razões para extensão subgengival: Fratura dentaria Liquido crevicular- ele é muito importante, pois tem um papel de grande valor na limpeza dos dentes onde ele consegue expulsar as placas. Estética Retenção Cáries ou restaurações preexistentes Razões para colocação intra-sulcular Estética Restauração antiga Presença de cárie subgengival Reazoes mecânicas Área de relativaimunidade à cárie.-importante Preparo sub-gengival Brocas 2214/2215/3216 2214/2215/3216/3118/41 Cuidado durante o preparo Profundidade do preparo Extensão do preparo Pressão Instrumental Brocas e refrigeração – calor em excesso provoca necrose pulpar Limpeza e secagem Resistência ou Elasticidade Propriedade que um preparo deve apresentar p/ evitar o deslocamento da restauração quando submetido às forças oblíquas ( evitando a rotação da restauração). Ex.: mascar chiclete, balas grudentas “ as melhores haha” Se vocês tiverem essas paredes paralelas, pressão hidráulica, por não ter o espaço o material não consegue escorrer, porque é difícil ter oxigênio. (dúvida) Tipos de términos Cervicais Ombro arredondado- coroa ceramica Ombro biselado—menos usado- nem precise estudar esse. Chanferete- coroas total metalicas Segundo e terceiros molares Chanfrado- coroas metaloceramicas Cada um desses aqui serve p/ um tipo de coroa, ou seja, seja ela metálica, metalococeramica ou sem metal. Cada tipo de preparo tem um formato, tem um mais reto perto da gengiva, outro tem um biselzinho, mas é reto, os outros dois parecem um escorregador, mas existe uma diferença entre os 2, o desenho é o mesmo um é mais largo que o outro. Todos os términos ele têm que ter: Terminação lisa e conforme Espessura de desgaste- vai depender do tipo de desgaste que vai ser feito, existe o que desgasta mais e outro menos. Evita sobrecontorno – tem que ficar de um jeito que o material de moldagem copie muito bem a região do término, região do sulco, p/ ter uma bela adaptação Proporcionar resistência à margem da restauração Obs.: cap. 4 do livro Chanfrado É indicado p/ coroa metaloceramica, sempre esse tipo de terminação, salvo uma metaloceramica com ouro embaixo. Junção entre a parede axial e gengival é feita por um segmento de círculo. Esse formato de meio circulo ele é dado pela ponta da broca.Essa broca é só p/ fazer chanfrado. Permite espessura adequada para facetas estéticas de porcelana ou resina- sobre metal. Facilita a adaptação da peça fundida Escoamento do cimento- essa característica de meio circulo faz com que seja facilitado esse processo. Menor desajuste cervical Indicado: metalocerâmica (ligas básicas). metaloceramica para qualquer tipo de liga. Ombro biselado - não importante =) Ele é reto 90º, parede axial e parede gengival. Só que ela ainda é biselado, é muito difícil de ser feito. Ombro arredondado Mesma característica do ombro biselado, menos o bisel,indicado p/ cerâmica pura ou seja sem metal. Como não tem metal tem que aumentar a inserção do preparo p/ dá mais resistência. Parede axial forma um ângulo de 90°(arredondado) com a parede cervical, indicado p/ cerâmica pura. Dificuldade Obs.; a única situação que usa parede paralela mesmo é em dentes com a coroa extremamente curta e onde não tem condições de colocar o preparo subgengival. Relebrando: coroa metalo cerâmica é que tipo de término? Chanfrado p/ coroa livre de metal? Ombro arredondado que possui um desgaste menor Se tirar uma coroa tem que colocar um provisório. Chanferete É feito só p/ coroas metálicas Junção entre a parede axial e gengival é feita por um segmento de círculo, igual a do chanfrado só que o desgaste é menor ½ broca, só 1 na cúspide funcional. Espessura suficiente p/ acomodar o metal Melhor adaptação da peça fundida Melhor escoamento do cimento Indicado p/ coroas totais metálicas, metade proximal e lingual- pouco usada devido à estética. Obs.; existem situações em que é usada como apertamento, bruxismo (para fusões), ou quando a distância inter oclusal não é suficiente p/ que caiba uma metalo cerâmica. Princípios Biológicos Preservação da vitalidade Pulpar ( fazer isso sempre que possível) Preservação das estruturas periodontais. ( Trabalhar com a broca bem finadentro do sulco gengival, ter cuidado p/ não tirar a papila ou outro (Componente do periodonto) Remover o mínimo de estrutura dentaria possível, para atingir os requisitos mecânicos e estéticos da prótese com o menor prejuízo biológico possível ao órgão pupar. A remocao de esmalte e dentina, deixa exposto os canalículos dentinarios, ou seja, pequenas comunicaoes do tecido pulpar com a cavidade bucal, os quais são suscetíveis a acao de agentes químicos e mecânicos Se você tirar tecido de mais, ira deixar uma camada muito fina de dentina, e isso pode deixar a polpa exposta a diversas acoes, ou mesmo levar a uma exposição pulpar generalizada. Para minimizar esses efeitos, eh preciso assegurar uma boa capacidade de corte, com turbinas com irrigação e pontas diamantadas novas. A integridade do periodonto depende da preservação dos espaços biológicos: Inserção conjuntiva 1,07mm Epitélio juncional 0,97mm Epitélio do sulco 0,69 Área aproximada total 3mm A integridade dessas distancias representa uma barreira de defesa. Obs.: Às vezes é necessário tratar um dente endodonticamente p/ se obter uma adequação biomecânica. Tem que vê isso no planejamento, ou seja, antes do procedimento propriamente dito, para não perder tempo ou para não causar dor ao paciente ao chegar próximo demais da polpa. Princípios Estéticos A estética depende, basicamente, da saúde periodontal, forma, contorno e cor da prótese. Para atingir esses objetivos, há que se preservar o estado de saúde do periodonto, confeccionar restaurações com forma, contorno e cor corretos. Fatores estes que estão diretamente relacionados com a quantidade de desgaste da estrutura dentária. Se o desgaste é insuficiente para uma coroa metalo-cerâmica, a porcelana apresentará espessura insuficiente para esconder a estrutura metálica, o que pode levar o técnico a compensar essa deficiência aumentando o contorno da restauração. Técnica de preparo: Coroa Metalocerâmica Dente posterior 1º Passo– Broca 1014 (esférica) Desgaste cervical inicial (canaleta), sem entrar na gengiva ainda, serve como guia. 2º Passo– Broca 3203 (tronco cônica, mas vai afinando) Romper o ponto de contato (se presente) Serve para passar nas proximais, rompendo o ponto de contato, p/ criar espaço entre os dentes, p/ entrar com outra broca mais calibrosa p/ fazer a terminação dessa área,coloca uma matriz metálica no vizinho p/ que não ocorra o desgaste. Ter cuidado p/ a ponta da broca não tocar na gengiva. 3º Passo– Brocas 3216 ou 2215 ( mesma conformação da ponta) da a característica do chanfrado. A diferença das 2 brocas é o diâmetro. 3216 desgaste é maior p/ coroa metaloceramica, 2215 p/ uma coroa só metálica. Sulcos de Orientação Vestibular Na vertical agora Obs.; só após as 2 canaletas vest. Pode fazer a oclusal! 3º Passo-Desgaste oclusal se faz com a mesma broca da vest. É só inclinar a broca p/ a oclusa e desgastar 1 broca, a anatomia do preparo segue a anatomia do dente.Coroa metálica entraria ½ broca. O equador anatômico é bem visível no molar, ele é a interseção de uma inclinação p/ outra, achando ele fica fácil, agora o desgaste da vest. Vai ficar englobado com o da oclusal,. Acompanha a canaleta ,indo p/ oclusal e na verte triturante, se fosse coroa Metallica entrava com ½ broca. 4º Cúspide Funcional –De molar e pré-molar Participa da mastigação, ocluindo na fossa do antagonista, é necessário o desgaste de1 broca e ½, o desgaste é maior p/ que ela se torne mais resistente, ou seja, maior quantidade de material( metal e cerâmica) neste local. Existe uma maior carga mastigatória nessa cúspide. Obs.; coroa metálica o desgaste é de apenas 1 broca. Revisando:Coroa metálica todas as partes são o mesmo diâmetro de broca (1/2 broca) exceto na cúspide funcional que é com 1 broca. Metaloceramica todas as partes exceto cúspide funcional 1 broca e a cúspide funcional 1 broca e ½. 5º passo- União das canaletas Depois de fazer as canaletas, vestibulares, palatinas e oclusais, vai unir todo um lado, ou seja, a metade do dente. Pega a broca encaixa onde foi desgastado e rompe, unindo, então metade do dente fica pronto e a outra metade vai fazer, isso é a técnica da silhueta, onde eu consigo comparar e assim saber se foi desgastado demais ou de menos. Na metade que não foi feito a canaleta vai ter que ser feito (pois teve de escolher uma distal ou mesial)ai vai fazer tudo de novo p/ esse lado, sulcos vest, oclusal e palatina, depois uni tudo. 6º passo- término subgengival Tinha preparado o termino com a broca 1014 e esse preparo era supragengival. Agora começa a delimitar o preparo dentro da gengiva, p/ uma metaloceramica é usado 1 ponta ativa da broca 3216, só a ponta a broca não encosta mas não no dente, só a pontinha dentro da gengiva. Tomar cuidado p/ não invadir espaço biológico, usa broca 3216.não pode fazer o desgaste muito fino pois gera problema de resistência e estabilidade, preparo chanfrado também é a 3216. Tem que manter as características de inclinação do dente p/ que não fique nenhuma área com pouco material e tornasse friável. Resumo Coroa metalocerâmica: Oclusal:Desgaste nas cúspides de corte: 2,0 mm. Desgaste nas cúspides de suporte: 1,5 mm. Axial: Desgaste vestibular: 1,5 mm. Desgaste lingual/palatino: 1,2 mm a 1,5 mm. Linha de término: chanfro largo com bisel. Broca tronco cônica mais larga + tronco cônica afilada. Chanfro simples na margem língual. Técnica de preparo para coroa metalo-cerâmica (Técnica da Silhueta) DENTES ANTERIORES – 1 – Sulcos de orientação: nas faces vestibular, incisal e linguo-cervical As coroas metalo-cerâmicas necessitam de 1,5mm de desgaste nas faces vestibular e metade das proximais e 2mm na incisal, para acomodar metal e porcelana. (!!!) DICA: faça primeiro os desgastes na metade, só então os outros desgastes na segunda metade.Esse passo nos da o controle da quantidade de desgaste necessária. Brocas: 3216; 2215 2 – União dos sulcos de orientação: Com a broca 3216 ou 2215, faça a união dos sulcos da metade escolhida da face vestibular, incisale lingual, mantendo-se a relação de paralelismo previamente obtida. 3- Desgastes proximais: Com o dente adjacente protegido com uma matriz de aço, procede-se a eliminação da convexidade natural desta área. O desgaste deve terminar no nível gengival e deixar as paredes proximais paralelas entre si. Brocas: 2200; 3203 4 – Desgaste Lingual: Segue a anatomia da área. Deve ser desgastada no mínimo em 0,6mm para acomodar apenas o metal nas coroas dos dentes anteriores que apresentam um sobrepasso cervical muito acentuado. Evita-se assim, deixar a região incisal muito fina e sujeita à fratura. Brocas: 3118; 3215; 2214 5 – Preparo subgengival: para se obter um término cervical do preparo no interior do sulco gengival, no término em chanfrado, é utilizado apenas a metade da ponta ativa da broca. Assim, o posicionamento correto da broca para estender o término do preparo dentro do sulco gengival deve ser feito deixando metade de seu diâmetro em contato com o dente e a outra metade fora do dente e, consequentemente, em contado com o epitélio sulcular. Brocas: 3216 2215 6 – Acabamento: Com o término cervical obtido com as brocas diamantadas 3216 ou 2215 é um chanfrado longo, torna-se necessário aumentar um pouco mais o desgaste na região cervical das faces estéticas, vestibular e metade das proximais, para acomodar o metal e a porcelana e não haver sobrecontornos. Para isso utiliza-se a broca tronco-cônica com extremidade arredondada, totalmente apoiada na parede axial, acentuando o desgaste nessa região. Brocas: 4138
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