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Farmacologia do Trato Gastrointestinal Disciplina: Farmacodinâmica Curso: Ciências Biomédicas Me. Alexandre Tanimoto tanimoto@ibb.unesp.br Introdução Trato gastrointestinal Estomatite Esofagite Emese Refluxo gastroesofágico Úlcera péptica Apendicite Doença de Crohn Colite ulcerativa Pólipos Diverticulite Câncer Hemorroidas Diarreia Constipação Introdução Doenças do TGI 4 Emese/Vômito Úlceras pépticas e secreção ácida Doença inflamatória intestinal Introdução Farmacologia do TGI Emese Fisiologia do vômito Barreira Hematoencefálica Vaso sanguíneo Reflexo do vômito Fisiologia do vômito Zona de gatilho dos quimiorreceptores Centro do vômito Núcleo do trato solitário Cinetose Alergia Alimentos Quimioterapia Estado fisiopatológico Gravidez Estresse Hepatite Centros superiores Reflexo do vômito Fisiologia do vômito Centro do vômito Aferentes vagais e simpáticos Aferentes glossofaríngeos e trigêmicos Estímulos sensoriais Núcleo vestibular Centros superiores Núcleo do trato solitário Zona de gatilho dos quimiorreceptores Receptores de pressão intracranial Núcleos responsáveis pelas atividades respiratórias, salivares, vasomotoras, músculos lisos e estriados envolvidos na ação do vômito Reflexo do vômito Receptores Distribuição dos principais receptoresenvolvidos naemese Receptores Goodman& Gilman Rang&Dale Cerebelo H1, M H1, M Zona de gatilho dos quimiorreceptores 5-HT3, D2, M, CB1 NK1, D2, 5-HT3 Núcleodo trato solitário 5-HT3, D2, M, H1, NK1, CB1 M, H1 Centro do vômito M M TGI 5-HT3 5-HT3 Receptores: H1, D2, M, 5-HT3 Histamina Receptores H1 Distribuição: Musculatura lisa Vasos sanguíneos Pele SNC TGI SNC: Vigília, emese, controle da ingestão do alimento e água, termorregulação, secreção de vasopressina, nocicepção ↑Ca2+, ↑cAMP Difenidramina (Caladryl® ou Benalet®) Hidroxizina (Prurizin®) Ciclizina (Valoid®) Dimenidrato (Dramin®) Prometazina (Fenergan®) ANTIEMÉTICOS 1.1 Antagonistas de receptores H1 ANTIEMÉTICOS 1.1 Antagonistas de receptores H1 – Mecanismos de ação ↑Ca2+, ↑cAMP Neutros em pH fisiológico Atravessam a barreira hematoencefálica rapidamente Dopamina (DA) Receptores D2 Distribuição: Coração e vasos Rins SNC TGI SNC: atividade motora e emese. Vias centrais da dopamina Receptor D2 Clorpromazina (Amplictil®) Proclorperazina (Buccastem®) Metoclopramida (Plasil®) Trifluoperazina (Stelazine®) Haloperidol (Haldol®) Levomepromazina (Neozine®) ANTIEMÉTICOS 1.2 Antagonistas de receptores D2 ANTIEMÉTICOS 1.2 Antagonistas de receptores D2 – Mecanismo de ação Dopamina Antagonista de RDA Canais de K+ Canais de Ca+ Níveis de ácido araquidônico Estoques de Ca+ sensíveis ao IP3 Acetilcolina (Ach) Receptores M Distribuição: SNC e SNP Coração Músculo esquelético Músculo liso SNC: sono, vigília, aprendizagem, memória etc Escopolamina (hioscina) (Buscopan® e Buscopan composto®) Amônio quaternário ANTIEMÉTICOS 1.3 Antagonista de receptores M e mecanismo de ação Serotonina (5-HT) Receptores 5-HT3 Distribuição: SNC e SNP Coração Músculo esquelético Músculo liso SNC: sono, vigília, aprendizagem, memória etc Receptor acoplado à proteína G Receptor acoplado ao canal iônico Ondansetrona (Vonau®/Nausetron®) Granissetrona (Kytril®) Dolassetrona (Azemet®) Palonossetrona (Onicit®) Tropissetrona (Navoban®) ANTIEMÉTICOS 1.4 Antagonista de receptores 5-HT3 ANTIEMÉTICOS 1.1 Antagonista de receptores 5-HT3 – Mecanismo de ação Receptor 5-HT3 Membrana pós-sináptica Citoplasma Fenda sináptica Antagonista ANTIEMÉTICOS Farmacologiado TGI: EMESE Substâncias químicas Sangue TGI Impulsos aferentes TGI Labirinto SNC Histamina Dopamina Acetilcolina Serotonina Antagonistas de receptores: H1:Ciclizina D2:Metoclopramida M: Escopolamina/Hioscina 5-HT3:Ondansetrona Sonolência, reaçõesdistônicas, distúrbios gerais do SNC, cefaleia, desconfortos do TGI ESTÍMULOS EMÉTICOS PRINCIPAIS MEDIADORES PRINCIPAIS ANTIEMÉTICOS PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS Emese/Vômito Úlceras pépticas e secreção ácida Doença inflamatória intestinal Farmacologia do TGI 2. Úlceras pépticas e secreção ácida Úlceras pépticas Célula epitelial Secreção de muco e bicarbonato Célula parietal Secreção de H+ e Cl- Célula semelhante às células enterocromoafins (ECL) Secreção de histamina Neurônio do SNE Secreção de Ach Célula G Secreção de gastrina Cl- Cl- A HCO3- HCO3- H2CO3 CO2 H20 H+ H+ P K+ K+ T Cl- Cl- Célula Parietal Anidrase Carbônica LUZ PLASMA A T P Carreador antiporte Carreador simporte Bomba de prótons HCl Adaptado de Rang et al, 2004 Célula epitetal 1- Cl-, é ativamente transportado para o interior de canalículos que se comunicam com a Luz; acompanhado pelo K+; 2- K+ é trocado pelo H+ proveniente do interior da célula (bomba de prótons); Anidrase carbônica = catalisa combinação de CO2 e H20 produz acido carbônico Dissociação em H+ e bicarbonato; Bicarbonato é trocado pelo Cl- atraves da membrana basal Antiporte = troca Simporte = sai junto 24 P Célula Parietal LUZ HCl Célula epitetal Prostaglandina Dependente de Ca2+ Dependente de cAMP muco H+ H+ HCO3 T Cl- Cl- M3 CCK2 H2 EP3 EP3 CCK2 M? Gastrina ACh Histamina ECL 25 2. Úlceras pépticas e secreção ácida Úlceras pépticas Antiácidos Antagonistas dos receptores H2 Inibidores da bomba de prótons Citoprotetores 2. Úlceras pépticas e secreção ácida Principais classes de fármacos NaHCO3 CaCO3 Na2CO3 Mg(OH)2 Al(OH)3 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.1 Antiácidos 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.2 Antagonistas dos receptores H2 Cimetidina Ranitidina Famotidina Nizatidina Mecanismo de ação: Inibição da secreção de HCl competindo de modo reversível com a histamina pelos receptores H2 das células parietais 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.2. Antagonistas dos receptores H2 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.3 Inibidores da bomba de prótons Acumula-se nos canalículos das células parietais, onde é convertido em sulfenamida cíclica, que por sua vez liga-se, covalentemente, com grupos sulfidrilas na H+/K+ ATPase, inibindo irreversivelmente a sua atividade. 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.4 Citoprotetores 2. Úlceras pépticas e secreção ácida 2.4 Citoprotetores 2. Úlceras pépticas e secreção ácida *Helicobacter pylori Warren & Marshal Prêmio Nobel de medicina em 2005 Farmacologiado TGI: Tratamento das doenças ácido-pépticas Classede fármacos Mecanismo de ação Principais efeitos colaterais/adversos Antiácidos NaHCO3 CaCO3 Mg(OH)2 Al(OH)3 Neutralizar oHClnoestômago Efeito rebote,eructação, náuseas, distensão abdominal, flatulência, alcalose, insuficiência renal Antagonistas dos receptores H2 Cimetidina Ranitidica Famotidina Nizatidina Antagonismo competitivo dos receptoresH2 Impotência,ginecomastia,infetilidade, cefaleia,letargia, confusão, diarreia, urticária Tolerância, Inibe a CYP450 Inibidores da bomba de prótons Omeprazol Lansoprazol Pantoprazol Rabeprazol Inibir a atividade daH+/K+ATPaseirreversivelmente Cefaleia, diarreia, tonturas, sonolência,confusão mental,ginecomastia, dores musculares Emese/Vômito Úlceras pépticas e secreção ácida Doença inflamatória intestinal Farmacologia do TGI 3. Doença Inflamatória Intestinal Definição Doença de Crohn Crohn e et al. 1932 Retocolite Ulcerativa Wilks & Moxon Processos inflamatórios idiopáticos, crônicos e recidivantes do trato gastrointestinal. Doença Inflamatória Intestinal As doenças coletivamente conhecidas como “DII” são representadas por duas condições patológicas: a DC e a RCU. Ambas caracterizadas por processos inflamatórios idiopáticos, crônicos e recidivantes do TGI; afetando, física e psicologicamente, a vida dos doentes. Prejudicando assim, suas relações sociais e familiares. 15:24:14 Material e Métodos The Jackson Laboratory Marc Vidal; Albert-Laszlo Barabasi; Michael Cusick; New York Times Proceedings of the National Academy of Sciences 3. Doença Inflamatória Intestinal Etiologia? Apesar da DII ser objeto de estudo há décadas, sua etiologia não é totalmente conhecida. Sabe-se que um único agente ou mecanismo isolado não é suficiente para produzir ou desencadear a doença, de modo que sua etiologia é considera multifatorial. Sabe-se que fatores genéticos e fatores ambientais, como uso de fármacos, tabagismo, alimentação inadequada e estresse, juntamente com a microbiota intestinal 15:24:14 Material e Métodos 3. Doença Inflamatória Intestinal dispara uma resposta imune exagerada e inapropriada da mucosa à microbiota normal 15:24:14 Material e Métodos 3. Doença Inflamatória Intestinal Neste sentido, há um aumento de citocinas próinflamatórias, como TNF-α, IL-1β e IL-12. Fatores quimiotáticos como o leucotrieno B4. Seguido de migração de células do sistema imune, que através da atuação de enzimas antimicrobianas, como a MPO e FA, aumentam os radicais livres que, por sua vez, causam destruição celular e necrose. Os radicais livres desempenham um papel chave, há evidências de que níveis oxidativos elevados em biópsias de pacientes com DII. O aumento de radicais livres se traduzem no incremento do estresse oxidativo, acompanhado da diminuição nas defesas antioxidantes fisiológicas, especialmente dos níveis de glutationa. 15:24:15 Material e Métodos Fosfolipídeos Fosfolipase A2 Ác. aracdônico Lipo-oxigenase Ciclo-oxigenase Tromboxanos Prostaglandinas Leucotrieno B4 Quimiotaxia ↑ Citocinas ↑ Neutrófilos ↑ Macrófagos ↑ Linfócitos ↑ IL-1β ↑TNF-α ↑IL-17 ↑IL-23 ↑ Mieloperoxidase ↑ Fosfatase alcalina ↓ Glutationa ↑ RADICAIS LIVRES Dano tecidual ↑ NF-κB 3. Doença Inflamatória Intestinal Doença inflamatória Intestinal 3. Tratamento farmacológico da DII DII NÃO TEM CURA!! 3.1 Aminossalicilatos 3. Tratamento farmacológico da DII Mesalazina 5-ASA Sulfassalazina Olsalazina Balsalazida Sulfapiridina 4-ABA N-acetil-5-ASA 45 3.2 Glicocorticoides 3. Tratamento farmacológico da DII Mecanismo básico de transativação Mecanismo básico de transrepressão Mecanismo Fos/Jun Mecanismo do NF-κB 3.2 Glicocorticoides 3. Tratamento farmacológico da DII http://www.uptomed.ir/Digimed.ir/WilliamsTextbookOfEndocrinology/WilliamsTextbookOfEndocrinology/HTML/86.htm Glicocorticoide HSP Imunofilina Receptor de glicocorticoide Proteína Inbitória κB NF-κB MT FT MT 3.3 Imunossupressores 3. Tratamento farmacológico da DII Derivados da tiopurina 3.3 Imunossupressores 3. Tratamento farmacológico da DII Derivados da tiopurina 3.3 Imunossupressores 3. Tratamento farmacológico da DII Derivados da tiopurina e metotrexato 3.3 Imunossupressores 3. Tratamento farmacológico da DII Di-hidrofolato Tetra-hidrofolato Folato Di-hidrofolato redutase Di-hidrofolato redutase Metotrexato DUMP dTMP Timidinato sintetase - - 3.3 Imunossupressores 3. Tratamento farmacológico da DII Ciclosporina NFATn Ciclofilina NFATC PO4 NFATC PI Calcineurina NFATC Ciclosporina Fosfolipídeos Fosfolipase A2 Ác. aracdônico Lipo-oxigenase Ciclo-oxigenase Tromboxanos Prostaglandinas Leucotrieno B4 Quimiotaxia ↑ Citocinas ↑ Neutrófilos ↑ Macrófagos ↑ Linfócitos ↑ IL-1β ↑TNF-α ↑IL-17 ↑IL-23 ↑ Mieloperoxidase ↑ Fosfatase alcalina ↓ Glutationa ↑ RADICAIS LIVRES Dano tecidual ↑ NF-κB 3. Doença Inflamatória Intestinal 3.4 Terapia biológica 3. Tratamento farmacológico da DII Infliximabe Doença inflamatória intestinal Farmacologiado TGI: Doença inflamatória intestinal DII Doençamultifatorial enetwork Doença inflamatória crônica Sem cura, com recidiva DCe RCU Tratamentos Farmacológicos Aminossalicilatos Glicocorticoides Imunossupressores Terapiabiológica Náusea, diarreia, cefaleia, supressão de medula óssea, problemas psiquiátricos, problemas cardiovasculares, erupções cutâneas, infecções secundárias Definição Terapia medicamentosa PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS MUITO OBRIGADO! tanimoto@ibb.unesp.br
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