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Artigo Rafael Barbosa Final

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1 1. 
 
TRABALHO EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E AS MEDIDAS 
PREVENTIVAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
Rafael Barbosa dos Santos
1 
Bianca Greghi Ferreira Lima
2
 
 
RESUMO 
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo 
queda de pessoas e materiais na construção civil. Em grande parte dos casos, devido à 
falta de cultura, de exigência e de consciência profissional, além da despreocupação 
com o trabalhador. O risco de queda existe em vários ramos de atividades, devemos 
intervir nessas situações de risco, regularizando o processo e tornando os trabalhos mais 
seguros, promovendo assim a capacitação dos trabalhadores que realizam trabalhos em 
altura, no que diz respeito à prevenção de acidentes no trabalho, análise de risco, uso 
correto e particularidades do EPI e EPC para trabalho em altura, condutas em situações 
de emergência, assuntos relacionados e sempre levando em consideração o uso correto 
das Normas Regulamentadoras. 
 
Palavras-chave: Trabalho em altura. Construção Civil; Segurança do Trabalho; Queda 
em altura; Acidentes. 
 
ABSTRACT 
 
One of the main causes of worker deaths is due to accidents involving falling people and 
materials in construction. In most cases, due to lack of culture, demand and professional 
awareness, as well as unconcern with the worker. The risk of a fall exists in several 
branches of activity, we must intervene in these situations of risk, regularizing the 
process and making the work safer, thus promoting the training of workers who work at 
height, with regard to prevention of accidents at work , risk analysis, correct use and 
particularities of EPI and EPC for work at height, conduct in emergency situations, 
related matters and always taking into account the correct use of Regulatory Norms. 
 
Keywords: Working at heights. Construction; Workplace safety; Fall in height; 
Accidents. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
Santos, Rafael Barbosa. Graduado em Engenharia Florestal pela Faculdade Pitágoras Unidade 
de Teixeira de Freitas-BA. E-mail: rafael_barbos4@hotmail.com 
 
2
 Lima, Bianca Greghi Ferreira. Graduada em Engenharia Mecânica pela Faculdade Integradas de 
Aracruz-ES, MBA em gestão de projetos pela FGV. E-mail: greghib@gmail.com 
 
2 1. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
De acordo com Saliba (2011) a construção civil apresenta um grande índice de 
acidentes do trabalho por se tratar de uma atividade dinâmica. E os riscos são variados e 
de acordo com a fase em que se encontra a atividade, tais como: escavação, demolição, 
alvenaria, entre outros. Como também em atividades como a carpintaria, armação e 
operações de soldagem. 
De acordo com a Norma Regulamentadora 35 (NR 35), trabalho em altura é toda 
atividade realizada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de 
queda. O trabalho realizado em altura é uma atividade que envolve riscos de acidentes, as 
quedas de escada e telhados são ainda responsáveis pela maioria das quedas. As 
fatalidades causadas por quedas são um problema grave de saúde pública. 
Segundo Corrêa e Ayres (2001), as quedas com diferença de nível apresentam 
variadas causas como o contato acidental com redes de energia elétrica, perda de 
equilíbrio em beirada de lajes sem a devida proteção; obstrução de áreas de circulação, 
obrigando o trabalhador a deslocar-se em locais perigosos; falha em algum dispositivo de 
proteção, como guarda-corpo frágil e mal instalado; utilização de método de trabalho 
inapropriado. 
O Brasil publica em 1943, o decreto Lei nº 5452 que aprova as leis do trabalho, e 
em 1972 é o primeiro país a ter um serviço de segurança e medicina do trabalho, 
formalizados. No Brasil, até o início de 2012 os trabalhos em alturas eram regulamentados 
por normas muito genéricas, com foco limitado apenas na utilização de equipamentos de 
proteção individual e coletiva, sem questionamentos sobre gestão da segurança. Com a 
publicação da NR 35, os trabalhos em altura passaram a possuir requisitos de prevenção 
de acidentes como o planejamento, a organização e a execução por meio da análise de 
risco, o estabelecimento de procedimentos seguros, a qualificação do trabalhador 
(REVISTA PROTEÇÃO, 2012). 
O presente trabalho se justifica devido aos grandes riscos que estão presentes 
durante a execução de trabalhos em altura e muitos acidentes e incidentes são originados 
pela falta de capacitação e análise de risco por parte dos trabalhadores. De acordo com o 
Anuário Estatístico da Previdência Social (2015), no Brasil foram registrados cerca de 
612,6 mil acidentes de trabalho, deste total 41.012 ocorreram na construção civil, 
representando 6,7% dos acidentes de trabalho. Dessa forma, é dada a importância do 
conhecimento de procedimentos e equipamentos utilizados para cada tipo de tarefa. Saber 
qual parte do corpo deve ser protegido e a maneira correta para evitar ou amenizar lesões 
3 1. 
diante acidentes como queda, uma das principais causas de danos neste tipo de atividade 
que aparece sendo de suma importância. 
Dessa forma como proceder de maneira assertiva com os procedimentos para 
garantir a segurança de trabalhos executados em altura? 
Conforme o tema proposto, este trabalho tem como objetivo geral reforçar a 
importância do procedimento e instruções de segurança na efetivação do trabalho em 
altura na construção civil. Elaboraram-se, através da revisão bibliográfica, os seguintes 
objetivos específicos: apresentar, os riscos existentes na execução dos trabalhos em altura; 
apresentar as normas regulamentadoras para trabalho em altura; e destacar a importância 
de alguns procedimentos na execução destes trabalhos. 
A metodologia utilizada para a realização deste estudo, quanto à abordagem foi de 
caráter qualitativa e quanto ao objetivo foi exploratório a fim de proporcionar maior 
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito, visando uma 
explanação clara e objetiva sobre a temática. Quanto ao objeto de estudo, fez-se uma 
pesquisa bibliográfica com análise de artigos e livros que abrangem essa temática. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema nas revistas acadêmicas 
científicas disponíveis on-line e impressas, reunindo e comparando os diferentes dados 
encontrados nas fontes de consulta e listando as principais medidas preventivas de 
segurança em trabalho em altura. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
Saliba (2011, p. 19) define segurança do trabalho como “a ciência que atua na 
prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de riscos operacionais”. O 
princípio básico da segurança do trabalho é prevenir que o acidente ocorra. De acordo com 
o dicionário (2014), o significado de prevenir é “impedir que aconteça, ver com 
antecedência, evitar”. 
 
A prevenção de acidentes é o propósito principal de um programa de segurança, 
permitindo a continuidade das operações e a redução dos custos de produção. 
Neste sentido, a prevenção de acidentes industrial, não só é um imperativo 
social e humano, senão também um bom negócio. Como prevenir, significa 
impedir um evento, tomando medidas antecipadas, a análise causal dos 
acidentes é o mais importante passo na prevenção dos mesmos (MACHER, 
1981, p. 6). 
4 1. 
 
A segurança do trabalho tem como objetivo prevenir os acidentes de trabalho que 
ocorrem devido aos variados riscos operacionais presentes nos ambientes de trabalho. 
Desse modo, as providências adotadas na prevenção ou eliminação dos acidentes muitas 
vezes reduzem a exposição aos agentes ambientais. Portanto, um programade segurança 
do trabalho deverá integrar, também, o controle dos riscos ambientais (SALIBA, 2004). A 
segurança e saúde do trabalho é definida por normas e leis. 
A segurança do trabalho tem como objetivo erradicar os riscos de acidentes no 
ambiente de trabalho, minimizar as doenças adquiridas com a realização das atividades 
mantendo dessa forma a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas. É uma 
disciplina que trata da manutenção do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores. 
Promove a proteção da saúde dos trabalhadores diante das condições em que o ambiente 
de trabalho exige e que sejam prejudiciais a sua saúde. 
Assim, segurança e saúde estão intimamente ligadas nesse ramo. Esta apresenta-
se com menor atenção que aquela, pois é mais difícil identificar suas causas e 
consequências futuras. Sendo assim, um ambiente de trabalho seguro é também um 
ambiente saudável. 
 
3.2 ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Existem diversas definições sobre acidente do trabalho, pode se notar que seu 
conceito é amplo, e defende o trabalhador de uma forma muito completa. 
O acidente de trabalho é definido no art. 19 da Lei 8.213/91 como aquele que 
resulta em lesão corporal ou perturbação funcional, que cause perda ou morte, permanente 
ou temporária, da capacidade para o trabalho e que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa. A doença profissional e a doença do trabalho também são 
consideradas acidentes de trabalho para fins legais e de concessão de benefício. (BRASIL, 
1991). 
O art. 21 da referida lei também equipara ao acidente de trabalho: acidente ligado 
ao trabalho que tenha contribuído diretamente para ocorrência de lesão, determinadas 
ocorrências no local e no horário de trabalho, doença proveniente de contaminação 
acidental no exercício da atividade do empregado e acidente sofrido a serviço da empresa 
ou no deslocamento entre a residência e o local de trabalho (e vice-versa). (BRASIL, 
1991). 
O Ministério da Previdência Social considera acidente do trabalho como sendo 
acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a ocorrência da lesão; certos acidentes sofridos pelo segurado no local e 
5 1. 
no horário de trabalho; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; e o acidente sofrido a serviço da empresa ou no trajeto entre a 
residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa (MINISTÉRIO DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL). 
Gonçalves (2003, p. 973), destaca que o acidente de trabalho “pode ser estudado 
a partir de dois conceitos básicos: o Legal e o Prevencionista”. Sob a ótica legal, o 
acidente do trabalho é classificado como: 
 
O acidente que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho 
(GONÇALVES, 2003). 
 
3.3 ACIDENTES DE TRABALHO EM ALTURA 
 
Atividades laborais que necessitam, por suas características, que os serviços 
sejam executados em diferentes níveis requerem cuidados e atenção especial ao risco que 
proporcionam ao trabalhador. Por ser uma atividade perigosa, os trabalhos em altura 
causam muitos acidentes graves e fatais. E no Brasil é a principal causa de mortes na 
indústria. 
Acidentes de trabalho provocados por quedas em altura são relacionados, 
principalmente, à ausência de proteção coletiva, implementação de medidas preventivas de 
Segurança do trabalho e do correto treinamento e capacitação dos trabalhadores 
envolvidos nessas atividades. De acordo com Firetti (2013), a NR 35 traz os requisitos 
mínimos para trabalhos executados acima de dois metros de altura, e tem como 
fundamento a prevenção do trabalhador. Na falta de alternativas, devem-se tomar 
providências para eliminar o risco. 
Saliba (2004) explica que os principais motivos de quedas na indústria da 
construção civil são: 
Perda de equilíbrio do trabalhador em espaço sem proteção (Figura 2-a). Falta de 
proteção: inexistência de guarda-corpo, etc. (Figura 2-b). Falha de dispositivo de proteção 
(Figura 2-c). Método incorreto de trabalho (Figura 2-d). Contato acidental com rede de 
alta tensão (Figura 2-e). Inaptidão do trabalhador a atividade em altura (Figura 2-f). 
 
 
 
 
6 1. 
Figura 1 – Principais causas de quedas em altura 
 
Fonte: Saúde e trabalho, 2014. 
 
Conforme salienta Gribeler (2012), para prevenir quedas, é necessário aplicar os 
seguintes procedimentos: 
Redução do tempo em atividade perigosa: deslocar todo serviço que possa ser 
executado no solo. Exemplo: peças pré-montadas; Impedir a queda: extinguir o risco, 
organizando o trabalho na obra. Exemplo: guarda-corpo; Limitar a queda: se a queda for 
inevitável, é necessário empregar proteções que a limitem. Exemplo: redes de proteção; 
Proteção individual: se não for possível adotar as medidas anteriores, deve-se aplicar 
equipamentos de proteção individual. Exemplo: cinto de segurança. 
 
3.4. NORMAS UTILIZADAS PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO EM ALTURA 
 
 Há uma preocupação durante a execução do trabalho em altura, pois o 
colaborador pode sofrer acidentes que causam danos à saúde e, em muitos casos, gerar 
óbito. Conforme o Ministério do Trabalho, queda é a principal causa de acidentes graves e 
fatais, representando 49% dos acidentes no emprego comparando com choque, 
7 1. 
soterramento, dentre outros como pode ser visto no gráfico 1; e ainda, 40% dos óbitos em 
acidentes do trabalho em altura, tem queda como causa (JORDÃO, 2012). Com isso 
aumentou-se a exigência de segurança para aqueles que trabalham acima de dois metros 
de altura, sendo publicada pela secretaria de Inspeção do Trabalho, a NR 35, em março de 
2012 visando, por uma organização e análise, a conscientização de empresas e 
funcionários a fim de evitar acidentes, uma vez que muitos poderiam ser eliminados com 
um planejamento antes do início da tarefa. 
Para a prevenção de possíveis acidentes, na execução de tarefas devem ser feitas 
análise prévia, revendo o procedimento e instruções de segurança para a sua efetivação, 
tendo início na definição de responsabilidade e divisão das atividades, análise de risco, 
permissão de trabalho, treinamento/capacitação e a organização, aplicando os estudos e 
pondo em prática o planejamento para quais tipos de equipamentos utilizar e possíveis 
meios de resgate. Diante disso, seguem requisitos mínimos e medidas de proteção 
conforme a NR 35. 
De acordo com a NR 35, a Responsabilidade cabe à empresa garantir a prática 
dos requisitos de proteção, precedida da análise de risco (AR) e, quando se fizer 
necessário, a permissão de trabalho (PT). Garantir que informações e treinamentos sejam 
ofertados aos colaboradores. E assim, manter um processo operante para as atividades 
corriqueiras; cabe ao colaborador fazer valer os procedimentos expedidos pela empresa 
contratante, colaborar na efetivação desta lei zelando pelo seu bem estar e segurança e a de 
outros indivíduos as quais possam ser afetados com suas ações ou negligências e cessar 
atividades com evidências de risco. 
Treinamento e capacitação, o colaborador deve ser sujeito e aprovado em 
treinamento conceitual e prático com questionamentos em: regulamentos e normas 
referentes a trabalho em altura; exames de risco e circunstâncias de impedimento; métodos 
e equipamentos de proteção individual e coletiva (instruções de uso e conservação dos 
mesmos); procederes em situações emergenciais (incluindo técnicas de resgate e primeirossocorros). 
Planejamento, organização e execução, todo trabalho em altura deve ser 
organizado, planejado e executado por colaborador com habilidade e autorização. Sendo 
averiguada a condição de saúde – PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional) e também a predisposição do colaborador para tal função. 
O planejamento deve analisar as possibilidades de: 1º- evitar a atividade em 
altura; 2º eliminar a ameaça de queda; e 3º- minimizar as implicações da queda. 
Acessórios, sistemas de ancoragem e equipamentos de proteção individual, para a seleção 
dos equipamentos devem considerar os riscos expostos ao colaborador e as ameaças 
adicionais. Tais equipamentos devem passar por inspeção rotineira. 
8 1. 
 
3.5 MEDIDAS PREVENTIVAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO. 
 
Comporta regulamentações específicas de cada país sobre o uso de 
Equipamento de Proteção Pessoal (EPP ou EPI). Os equipamentos devem ser usados 
quando houver riscos e perigos que não podem ser evitados por medidas de precaução 
coletiva, mantidos em condições de acessibilidade e controle de uso pelos empregados, 
com avisos sobre os maiores riscos, as áreas mais perigosas, e onde o equipamento é de 
uso permanente, etc. 
Em relação ao uso adequado dos equipamentos de proteção contra quedas, deve 
ser aplicado um treinamento adequado aos trabalhadores, compreendendo as normas de 
proteção federais e locais, os papéis e responsabilidades dos empregados nesses 
regulamentos, os programas existentes nas empresas, e os procedimentos de emergência 
pós-queda. Deve ser documentado o treinamento do trabalhador, sendo mantidos os 
registros e colocados à disposição quando solicitados pelos inspetores do Ministério do 
Trabalho. O treinamento contínuo e atualizado é chave para manter um elevado grau de 
consciência de segurança entre os funcionários. 
Deve-se assegurar que todo equipamento de SST esteja em boas condições e 
seja checado periodicamente. É recomendável planejamento adequado do processo de 
construção visando à minimização do risco de quedas. Durante o planejamento da 
atividade em altura, é necessário considerar qual tipo de trabalho será executado, e 
desenvolver uma abordagem sensível e específica com base nas precauções mais 
adequadas. 
Existe uma hierarquia de medidas de controle sobre o modo de desenvolver com 
segurança o trabalho em altura tendo de ser adotado de modo sistemático. Deve estar 
disponível no local um plano de emergência, conjuntamente com procedimentos e 
equipamentos para o resgate para cada fator de risco de queda. 
 
É preciso observar a prevenção para evitar a queda de ferramentas e materiais, 
especialmente quando a altura da estrutura, ou a sua inclinação, sejam maiores 
às fixadas pela legislação nacional. Os perigos e locais de maior risco para 
acidentes por esmagamento devem ser adequadamente informados. 
Trabalhadores que atuam em áreas perigosas devem receber treinamento 
específico, supervisão e normas de procedimentos. Operadores devem manter 
certificados de operação das máquinas e equipamentos válidos, atendendo aos 
requisitos de certificação, incluindo competência para a operação. Recomenda-
se colocar rótulos de advertência nos equipamentos para a identificação clara 
das áreas de maior risco de AT. Comandos devem ser identificados para 
lembrar aos operadores suas funções evitando erros no acionamento, com a 
instalação ou planejamento de salvaguardas destinadas a evitar os movimentos 
involuntários ou acidentais de partes do equipamento (DEBARBA, 2012, 
p.34). 
 
9 1. 
 A Análise Preliminar de Risco tem sido usada em muitos tipos de indústrias. A 
mesma tem como objetivo identificar os elementos causadores de riscos no sistema 
avaliado. Em seguida, cada elemento causador é analisado deforma, a saber, como um 
incidente possa ser gerado ou um futuro acidente. (MAZOUNI et al., 2007) 
A APR é uma análise utilizada para: a) identificar todos os riscos potenciais 
existentes causadores de possíveis acidentes; b) classificar os riscos identificados de 
acordo com seu grau de severidade; c) propor medidas de controle e realizar ações para 
neutralização. (RAUSAND, 2005). 
Esta é normalmente uma revisão de problemas gerais de segurança; no estágio em 
que é desenvolvida, podem existir ainda poucos detalhes finais do projeto, sendo ainda 
maior a carência de informações quanto aos procedimentos, normalmente definidos mais 
tarde. Para análises detalhadas e específicas, necessárias posteriormente, deverão ser 
usados outros métodos de análises. Uma descrição sistemática da técnica é apresentada a 
seguir: 
Nome: Análise Preliminar de Riscos (APR); Tipo: Análise inicial, qualitativa; 
Aplicação: Fase de projeto ou desenvolvimento de qualquer novo processo, produto ou 
sistema; Objetivos: Determinação de riscos e medidas preventivas antes da fase 
operacional; Princípios/Metodologia: Revisão geral de aspectos de segurança através de 
um formato padrão, levantando-se causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção ou 
correção e categorizando os riscos para priorização de ações; Benefícios e resultados: 
Elenco de medidas de controle de riscos desde o início operacional do sistema. Permite 
revisões de projeto em tempo hábil no sentido de dar maior segurança. Definição de 
responsabilidade no controle de riscos; Observações: De grande importância para novos 
sistemas. 
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 35, a Permissão de Trabalho – PT é 
um documento escrito contendo conjunto de medidas visando o desenvolvimento de 
trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate. 
Ao trabalhador, cabe cumprir as disposições legais e regulamentares sobre 
trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador, além da 
possibilidade de interromper as atividades, quando percebido riscos a sua segurança e 
saúde e de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações. (GRIBELER, 2012). 
Organizar e gerenciar o trabalho em altura é uma das medidas infalíveis na 
garantia da segurança. A legislação exige que seja realizado um planejamento que 
anteceda a atividade. Três ferramentas de gestão da atividade são fundamentais na 
realização de trabalhos que envolvam altura, a saber, a Análise de Risco (AR) e quando 
aplicável a Permissão e Trabalho (PT) e o Procedimento Operacional (PO). Essas 
análises têm como objetivo a antecipação dos possíveis riscos existentes na tarefa que 
10 1. 
será executada, suas causas, consequências e medidas de prevenção necessárias para 
realização segura. 
A diferença entre elas se dá no fato de que a AR é obrigatória em todas as 
atividades que executam trabalho em altura. A PT se faz obrigatória em atividades não 
rotineiras com trabalho em altura, e o PO deve ser elaborado para atividades de rotina de 
trabalho em altura, sendo que tanto a PT como o PO deverão conter a AR como sua parte 
integrante. 
O item 35.4.5.1 da NR35 resalta que a análise de risco deve considerar: 
O local em que os serviços serão executados e seu entorno; O isolamento e a 
sinalização no entorno da área de trabalho; O estabelecimento dos sistemas e pontos de 
ancoragem; As condições meteorológicas adversas; A seleção, inspeção, forma de 
utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às 
normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do 
impacto e dos fatores de queda; O risco de queda de materiais e ferramentas; Os 
trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos; O atendimento aos requisitos de 
segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras; Os riscos adicionais; 
As condições impeditivas; As situações de emergênciae o planejamento do resgate e 
primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; A 
necessidade de sistema de comunicação; A forma de supervisão. 
A liberação e acompanhamento dos trabalhos em altura será estabelecida por 
cada empresa de acordo com os parâmetros citamos anteriormente, contudo caberá a 
cada empresa comprovar sua realização com emissão de AR, PO ou PT assinadas pelos 
responsáveis e dessa forma contribuir para execução de uma atividade com os riscos de 
queda minimizados e execução com parâmetros mínimos de segurança. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em vista do exposto no decorrer do trabalho, pode-se concluir que a verificação 
das condições de segurança, nos trabalhos em altura, estabelecidas pela norma 
regulamentadora 35, é de extrema importância. 
Este estudo buscou apresentar de modo sistematizado as normas 
regulamentadoras, observando suas exigências e obrigatoriedades em relação ao construtor 
e ao operário. Sendo possível apresentar as medidas de segurança que devem ser adotadas 
segundo a legislação e as que foram realmente utilizadas durante as obras, verificando o 
uso correto ou não dos dispositivos. 
 Para a realização deste estudo foi necessário fazer um questionamento que deu 
impulso o trabalho, observando: como proceder de maneira assertiva com os 
11 1. 
procedimentos para garantir a segurança de trabalhos executados em altura? De acordo 
com os estudos realizados a fim de responder a questão pode-se concluir que seguindo os 
passos, disponibilizando os equipamentos necessários, fazendo todo treinamento o 
colaborador estando ciente do que poderá ocorrer a ele caso não siga os procedimentos, e 
seguindo as medidas protetivas e as normas regulamentadoras tem-se uma tendência a 
maior segurança nesse tipo de atividade. 
Nos capítulos deste artigo além de discriminar e fazer uma breve apresentação 
sobre acidentes de trabalho, o mesmo buscou também exemplificar as medidas 
preventivas de segurança do trabalho. 
Este material, que tem por objetivo, apresentar práticas de trabalho atualizadas 
em cumprimento da norma vigente que poderá servir como complemento aos treinamentos 
de trabalho em altura é importante ressaltar que os métodos demonstrados aqui não são os 
únicos existentes, podendo variar conforme região, tipo de instalação, material e 
equipamento, a ordem das metodologias básicas a respeito de proteção de quedas podem 
também ser colocadas de várias maneiras e métodos. 
Argumentos válidos podem ser mencionados para cada uma dessas 
configurações, portanto, é importante lembrar que, em função do tempo e do tipo de 
acidente presentes no trabalho em altura, a ordem e importância desses elementos básicos 
sobre proteção de quedas poderão mudar em virtude das condições encontradas. 
O que não muda é o fato, que é necessário buscar seguir todos ou a maioria das 
exigências citadas, para a segurança dos trabalhadores que atuam em altura, é de grande 
importância que cada um desses princípios básicos seja entendido e seja do domínio do 
trabalhador, e que as empresas desenvolvam suas metodologias estudando bem as 
características do trabalho desenvolvido. 
Por isso, é de grande serventia elabora-se um estudo descrevendo a importância 
de treinamentos que instrua de forma objetiva, sistematizada e de fácil compreensão o 
trabalhador de forma que ele tenha total conhecimento dos riscos e das prevenções, 
sempre focando a necessidade do local e do colaborador. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AYRES, D. D. O.; CORRÊA, J. A. P. Manual de prevenção de acidentes do trabalho: 
aspectos técnicos e legais. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14626. Equipamento 
de Proteção Individual – Trava queda guiado em linha flexível – Especificação e 
Métodos de Ensaio (Primeira Edição Dez/2000 – Válida a partir de 29/01/2001) ABNT 
NBR 14626:2000. 
 
12 1. 
BRASIL. Decreto Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego NR 05 – Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes. Texto dado pela Portaria SSMT nº.08, de 23 de fevereiro de 
1999. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06- Equipamento de Proteção 
Individual – EPI. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – Condições e Meio ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-35 – Trabalho em Altura. Portaria 
SIT nº. 313, de 23 de março de 2012. 
 
DEBARBA, Lúcio. Sistemas de Proteção Contra Queda de Altura na Construção 
Civil. 2002. 42 f. Monografia (Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do 
trabalho) - Universidade Franciscana, Santa Maria, 2012. 
 
FIRETTI, V. L. Trabalho em altura: legislação, soluções e análise de risco para 
instalação de calhas em telhados. 2013. 73 f. Monografia (Pós-Graduação em Engenharia 
de Segurança do Trabalho) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, 
Curitiba, 2013. 
 
FUNDACENTRO. Engenharia de segurança do trabalho na construção. São 
Paulo:FUNDACENTRO, 200. 
 
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