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Resumo Direito Penal- Da rixa e dos crimes contra a honra.

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UNIVERSIDADE CEUMA
 
Da rixa e dos crimes contra a honra
ALUNA: Ronayra Medeiros da Costa Nunes 
CPD: 024687
São Luís-MA
 RIXA
DA RIXA
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
 É a contenda entre no mínimo três pessoas, envolvendo lesões corporais recíprocas entre cada um dos contendores. Pode surgir de forma preordenada que é aquela em que os contendores combinam de se encontrar para praticar os atos, ou de improviso que é aquela onde não há previsão anterior e surge de maneira inesperada abrigando condutas desordenadas. A rixa efetiva-se em um perigo à incolumidade pessoal e é uma perturbação da ordem e da disciplina do convívio civil. 
 O objeto jurídico, isto é, o interesse resguardado pela norma penal no crime de rixa é a vida e a incolumidade física e mental, bem como, de forma mediata, a ordem pública.
 Analisando os elementos do tipo temos como ação nuclear do tipo penal o verbo participar (Tomar parte, no caso, de briga, contenda). O comportamento de participar da rixa será típico tanto na hipótese de atuação desde o início da contenda quanto a de ingresso durante ela. A participação pode-se dar por diversos meios materiais de atuação, esses meios consistem na prática de vias de fato ou violência o que exclui as ofensas verbais. Configura-se o crime ainda que haja o arremesso de objetos, sem contato corporal. O sujeito ativo são os rixosos; e devem ser no mínimo três. Trata-se de um delito plurissubjetivo ou de concurso necessário. É importante salientar que cada rixoso é sujeito ativo e ao mesmo tempo passivo em face da conduta dos outros rixosos. A rixa pressupõe confusão, tumulto, de forma que não se possa individualizar a conduta dos participantes. Caso isso seja possível, não há que falar em crime de rixa, devendo os participantes ser responsabilizados individualmente pelos crimes praticados.
 Esse crime reclama sempre a coautoria, mas a participação pode ou não ocorrer, sendo, portanto, eventual. Na rixa, dessa forma, além dos três agentes ou mais, pode ainda um terceiro concorrer para o crime, na qualidade de partícipe, criando intrigas, alimentando animosidades entre os rixentos ou fornecendo-lhes arma para a ação.
 O elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade consciente e voluntária de participar da rixa. É denominado animus rixandi. Não há forma culposa. Quanto ao momento consumativo o crime de rixa trata-se de crime instantâneo. Dá-se a consumação com a pratica de vias de fato e violências recíprocas, momento em que ocorre o perigo abstrato de dano. Em relação à tentativa não há pacificação doutrinária. O parágrafo único do art 137 prevê as hipóteses de rixa qualificada, quais sejam: 
1) se ocorre morte
2) se ocorre lesão corporal de natureza grave 
 Os resultados agravadores devem essencialmente ser causados por um motivo inerente à rixa e serão imputados a todos aqueles que participarem, incluindo o próprio participante que sofre a lesão grave. A pena também será aumentada se forem atingidos terceiros alheios à rixa. Se, porém, o autor do homicídio ou da lesão corporal de natureza grave for identificado, deverá ele responder por esse crime em concurso com a rixa.
 É possível o concurso de crimes, uma vez que, sendo os contendores identificados, responderão pelos resultados produzidos individualmente. Por exemplo: crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003). Caso não haja a intenção de praticar crime mais grave (homicídio ou lesões corporais), responderá pelo crime do art. 15 da lei em concurso material com a rixa simples.
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
 O código penal tem como objeto os crimes que ofendem os bens imateriais da pessoa, qual seja, a sua honra pessoal.
 CALÚNIA
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
 O objeto jurídico do crime de calúnia é a honra objetiva, que corresponde à reputação do agente, isto é, aquilo que as pessoas pensam a respeito do individuo no que diz respeito às suas qualidades físicas, intelectuais, morais etc. As ações nucleares consubstanciam-se nos verbos:
1) caluniar: o agente atribui falsamente a alguém a pratica de fato definido como crime. A falsa imputação constitui elemento normativo do crime. A lei permite, em regra, que o caluniador prove que a ofensa é verdadeira, afastando, dessa forma, o crime de calúnia. É a chamada exceção da verdade.
2) Propagar: As mesmas penas do caput incorre a quem, sabendo ser falso o fato imputado a alguém, levar a conhecimento de outros a calúnia de que tenha tomado ciência.
 O sujeito ativo, assim como o sujeito passivo, pode ser qualquer pessoa. De acordo com previsão legal expressa, é possível a calúnia contra os mortos, nesse caso os sujeitos passivos serão o conjugue, o ascendente, o descendente ou o irmão do falecido. O elemento subjetivo é o dolo de dano. É exigido que tanto o caluniador como o propagador tenham ciência da falsidade da imputação. O dolo pode ser direto ou eventual na figura do caput, e somente direto na figura do § 1°. Consuma-se o crime quando a falsa imputação torna-se conhecida de outrem, que não seja o sujeito passivo. Se houver o consentimento do ofendido, inexiste o crime. A tentativa é possível apenas na calúnia praticada por meio escrito. Na calúnia verbal, por ser crime unissubsistente, não se admite tentativa.
 DIFAMAÇÃO
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
 No crime de difamação a norma jurídica tutela a honra objetiva, isto é, a reputação, a boa fama do indivíduo no meio social. A ação nuclear é o verbo difamar, ou seja, imputar a alguém fato ofensivo a sua reputação. A difamação atinge o valor social do indivíduo, o respeito que ele tem na sociedade. Ao contrário da calúnia, não importa, para a configuração do crime, que a atribuição do fato seja falsa, de maneira que haverá o delito ainda que este seja verdadeiro. Trata-se de crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do delito, assim como também qualquer pessoa, desde que determinada, pode ser o sujeito passivo.
 O referido crime consuma-se no instante em que terceiro, que não o ofendido, toma ciência da afirmação que macula a reputação. É prescindível que várias pessoas tomem conhecimento da imputação. Admite-se a tentativa se a difamação for feita na forma escrita. Excepcionalmente, a lei permite a comprovação da verdade no crime de difamação: quando se tratar de ofensa à reputação de funcionário publico, estando este no exercício de suas funções. No entanto o fato difamatório de estar relacionado com o exercício do cargo público. 
 INJÚRIA
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, deforma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena – reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. 
 No crime de injuria a lei penal tutela a honra subjetiva, isto é, o sentimento de cada pessoa acerca de seus atributos morais, físicos, intelectuais, ou seja, a sua dignidade e decoro. A ação nuclear do tipo é o verbo injuriar, a qual consiste em xingamentos, insultos. Trata-se de crime de ação livre, sendo certo que pode ser praticado, inclusive, mediante conduta omissa; por exemplo, não estender a mão para cumprimentar. Quanto ao sujeito ativo, trata-se de crime comum, pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo também pode ser qualquer pessoa, com exceção da pessoa jurídica pois esta não possui honra subjetiva. O elemento subjetivo é o dolo direto ou eventual. A consumação se dá no momento em que a vítima toma conhecimento da ofensa, independentemente de sentir-se atingida ou não em sua honra subjetiva. A tentativa só é admitida se for praticada por meio escrito.
 A injuria real caracteriza-se pelo emprego de violência ou vias de fato com o nítido propósito de injuriar.
DISTINÇÃO ENTRE CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA.
 Na calúnia, o fato é definido como crime; na injúria, não há atribuição de fato, mas de qualidade; na difamação há a imputação de fato determinado. A calúnia e a difamação atingem a honra objetiva; a injúria aborda a honra subjetiva. A calúnia e a difamação consumam-se quando terceiros tomam ciência da imputação; a injúria consuma-se quando o próprio ofendido toma conhecimento da atribuição.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte especial arts. 121 a 212. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código penal comentado. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.

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