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PSICOLOGIA HOSPITALAR DE 6 À 10

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PSICOLOGIA HOSPITALAR AULAS DE 6 À 10
AULA 6 - TRABALHO DO PSICÓLOGO DIANTE DOS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS
A reforma psiquiátrica traz uma rediscussão acerca da intervenção em saúde mental que leva em conta uma prática de inclusão e uma proposta multidisciplinar em que o portador deve ser ouvido. Todo trabalho deve ser voltado para sua ressignificação e seu retorno à sociedade enquanto cidadão.
BREVE HISTÓRICO SOBRE A LOUCURA
IDADE MÉDIA - A loucura e a sociedade conviviam em harmonia.
A loucura era entendida como um erro. Era compreendida enquanto uma experiência ilusória perante a vida, levando a julgamentos perturbados e atitudes descabidas. 
A loucura só chamava a atenção da sociedade quando estas atitudes, consideradas descabidas, levavam a ela alguma ameaça.
Quando a loucura se manifestava, havia a abertura de um espaço para que ela surgisse. Como ela era considerada um erro, pretendia-se corrigir este erro, e não excluir este sujeito do convívio social.
A Idade Média foi marcada pelas tradições e crenças em entidades poderosas às quais as pessoas deviam submissão, já que eram as donas do destino do homem medieval.
RENASCIMENTO - Passa a existir a exclusão social dos “loucos”, já que os métodos da Idade Média não mais auxiliavam na conduta da loucura.
O Iluminismo trouxe como consequência a necessidade de novos métodos, já que o homem passou a se encontrar desprovido e desprotegido deste novo momento histórico.
Essa condição de insegurança levou o homem a uma condição de desesperança que evidenciou e ampliou o seu desamparo existencial que define a condição essencial do homem como tal.
Essa situação propiciou um progressivo movimento de introspecção via racionalidade, dado que a subjetividade se apresentou como a única arma para controlar a angústia e preservar a identidade e existência humanas, ou seja, a razão oferece-se como único método possível para sustentação existencial.
Esse novo método então adotado considera a razão como divisão entre os homens, mas como não consegue dar conta de todas as incertezas e dúvidas da existência humana, passam a excluir todos aqueles que eram considerados fora deste contexto da razão.
SÉCULO XX - Alguns eventos históricos como o Nazismo, a II Guerra Mundial, o milagre econômico no pós-guerra, trouxeram ao mundo uma nova concepção.
Essa situação do mundo no século XX parece confirmar que todo o milagre tecnológico surgido a partir do Iluminismo não liberta o homem de se defrontar com as impossibilidades de resolver o paradoxo de sua existência. 
Ou seja, apesar de tanto avanço na tecnologia, a questão da existência continua como algo difícil de ser domado pelo homem.
O momento pós-guerra facilita o surgimento do questionamento da racionalidade como um método de sustentação existencial. E, percebe-se o mundo como sendo naturalmente incongruente, indeterminado.
Com isso os termos lógicos, tão caros aos projetos racionalistas, passam a demarcar como que posições estáticas na opinião dessa nova concepção.
Apesar de esse pensamento lógico ter um papel importante para o desenvolvimento científico, ele não abre espaço para a expressão e a compreensão desse processo de existir do homem.
Essa mudança de paradigmas abre possibilidades para alterações nas atitudes e nos espaços cotidianos humanos, promovendo assim mudanças em vários aspectos da vida e da forma de compreensão de seu contexto.
Essa abertura dá espaço ao cuidado psicológico, objetivando o resgate deste sujeito excluído, permitindo-lhe dignidade, cidadania com o aprimoramento do cuidado com a vida e com a abertura de novas possibilidades de entendimento acerca da existência do homem e, consequentemente, uma importante abertura para uma relação mais humanista com a loucura.
A partir desta nova perspectiva surge a possibilidade de se considerar o diferente não mais como um elemento ameaçador, porém como alguém que vive a sua singularidade no seu percurso existencial.
Tal singularidade ainda representa um estado de malogro na busca de seus ideais e no trato da realidade como ela é. No entanto, estrutura-se a possibilidade de uma relação inclusiva como a pessoa em situação crítica, visto que esse novo paradigma contempla a ambiguidade humana.
Então, passa-se a pensar em uma ação terapêutica não excludente.
O TRABALHO DO PSICÓLOGO NOS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS - A reforma psiquiátrica é uma discussão que toma conta quando se fala em saúde mental.
O psiquiatra italiano Franco Basaglia desenvolveu sua ideia sobre a saúde mental negando a instituição psiquiátrica e seus conceitos como sendo a forma mais adequada para o tratamento dos doentes mentais.
De acordo com Basaglia, a loucura é uma resposta do indivíduo ao sistema em que ele vive e toda a sua realidade em um dado momento. E, não conseguindo lidar com sua própria realidade, o indivíduo acaba desenvolvendo uma forma ineficaz de existir como solução.
A função do hospital psiquiátrico acaba sendo a de receber aqueles que não conseguiram se adaptar à sociedade em que vive. O tratamento e o ato terapêutico têm como objetivo amenizar as reações dos excluídos em relação aos excludentes.
Com a ideia da reforma psiquiátrica, muitos autores acreditam na necessidade de transformar os hospitais psiquiátricos em instituições de curta permanência, para que funcionem como espaços de preparação para uma vida saudável, com bem-estar.
A utilização dos hospitais deveria ficar então restrita aos casos específicos em que a abordagem nos espaços externos se mostrasse impossível.
E, quando a utilização da institucionalização se tornar imprescindível devem ser usados todos os recursos disponíveis pelas várias ciências que ocupam o espaço hospitalar (psicologia, psiquiatria, serviço social, terapia ocupacional, etc.) em um trabalho multidisciplinar buscando sempre o bem-estar do doente mental, em um movimento de inclusão e de resgate de possibilidade para um existir autêntico.
Basaglia afirma que qualquer ação psicoterápica acaba sendo barrada pela estrutura hospitalar, que tenta a todo custo manter o sistema. Ou ainda pela estrutura humanista ou paternalista, que não acredita na possibilidade de escolha do interno resistindo a uma intervenção inclusiva para ele.
Sendo assim, as ações terapêuticas devem acontecer fora do ambiente opressor, ou seja, fora do sistema hospitalar.
Mas o hospital sempre terá uma importante função neste processo, e sua permanência se faz necessária enquanto um suporte. Há a necessidade da existência desse ambiente protetor, tanto para o paciente como para seus familiares.
RUPTURA NA CONTINUIDADE EXISTENCIAL - O momento de crise leva a uma ruptura na linha de continuidade existencial do indivíduo e de sua família, torna-se necessário constituí-lo como um lugar de acolhimento para essa pessoa em crise.
Esse acolhimento dará condições para a família, de também se reorganizar e ser assistida, para mais tarde poder receber novamente esse sujeito, de forma mais habilidosa e adequada.
Sendo assim, pode-se pensar no hospital de curta permanência como mais um recurso em um projeto terapêutico amplo que serviria para os momentos agudos, jamais ignorando sua importância dentro do contexto da saúde mental.
MUDANÇA DE POSTURA – A falta de preparo do paciente e de seus familiares para o seu retorno se constitui a principal demanda de retorno dos pacientes aos hospitais, em vez dos sintomas em si.
É necessário repensar a ação junto a esses pacientes e seus parentes, para que eles consigam se reinserir enquanto cidadãos na sociedade em que vivem.
Essas recaídas mostram o quanto os hospitais encontram-se despreparados para auxiliar os pacientes na resolução de seus conflitos e na preparação para que levem uma vida como cidadãos.
DISCUSSÃO DE ALTERNATIVAS - Muitos profissionais passaram a discutir e experimentar, em suas práticas, alternativas que visassem auxiliar na conduta mais adequada para esses pacientes.
Eles buscam configurar o hospitalcomo um espaço promotor de uma ação que facilite uma relação mais habilidosa do interno diante das várias situações de exclusão e adaptação com as quais se deparar em decorrência da institucionalização.
A proposta é que o relacionamento deixe de acontecer com a doença e passe a se dar pelas pessoas envolvidas nesse processo. Proporciona-se assim um trabalho de inclusão para o portador de doença mental. Isso envolve considerar a singularidade de cada sujeito em cada caso.
Se cada membro da equipe terapêutica tentasse desenvolver uma relação de cuidado que buscasse construir um espaço propício para o emergir das possibilidades tolhidas, abrir-se-ia um universo de possibilidades no sentido do resgate da cidadania.
Isto significa descobrir modos de ações terapêuticas pertinentes e específicas de cada competência, com a ajuda do próprio paciente.
O papel do psicólogo, do cuidador, precisa estar voltado primeiro para amenizar o isolamento e proporcionar a manifestação e a construção de instrumentos mais aptos no trato com a realidade.
Isso se dá a partir do aceite do paciente em recontar a sua história para a construção de uma nova experiência.
O PAPEL DO PSICÓLOGO NA LOUCURA – O psicólogo poderá auxiliar a resgatar a identidade e o compartilhamento para levar a organização de uma história que faça sentido e que lance o indivíduo ao futuro, a partir de um novo projeto existencial.
Transpor a crise e resgatar a saúde (bem-estar) é rearticular e ressignificar presente, passado e futuro.
O Serviço de Psicologia deve configurar um lugar de possibilidades tanto para o paciente quanto para seus familiares.
Nesses espaços deve-se procurar dar ênfase à ampliação do diálogo do paciente consigo mesmo e com o mundo que o cerca. Desta maneira, possa desenvolver uma compreensão melhor de seu espaço no mundo e uma forma mais criativa de lidar com ele.
ALÉM DA AÇÃO TERAPÊUTICA - Esses objetivos podem ser atingidos através da:
Criação de grupos psicoterapêuticos,
Atendimentos individuais e
Plantões psicológicos.
Estes espaços vão além da ação terapêutica proposta pela instituição. Elas não visam assumir responsabilidade sobre a alta desse paciente, por exemplo. Mas acaba sendo uma porta de entrada para o usuário usufruir dos serviços a ele destinados.
AULA 7 - O PAPEL DO PSICÓLOGO MEDIANTE O VIVER E MORRER NO HOSPITAL
O olhar e a escuta ao paciente favorecem sua inserção no processo de cura, pois não basta a disponibilidade da equipe de saúde quando o paciente não mais deseja lutar pela vida.
A Psicologia contribui, facilitando este processo tão doloroso através da escuta psicológica proporcionando um alívio tanto para os pacientes quanto para seus familiares e a equipe de saúde.
Para falar sobre a questão relacionada à doença e à morte na atualidade, é interessante entender como esses conceitos perpassaram a nossa história, até chegarmos ao entendimento atual da saúde como um bem-estar biopsicossocial, conforme nos aponta a OMS.
O modo de pensar ocidental dessa temática sofreu grande influência da cultura grega. Na Grécia antiga, existia o pensamento mítico-poético, segundo a qual as forças divinas influenciavam nossas vidas.
As questões relativas à saúde e à doença também estavam relacionadas aos desígnios espirituais. Na Mitologia grega, a deusa Hygeia tinha o poder da cura, sendo representada pela serpente. Até hoje, no mundo todo, a serpente é utilizada como símbolo da Medicina.
Com as mudanças sociopolíticas da Grécia, Hygeia passou a ser filha de Asclépio, o deus da cura, que era representado por serpentes enroladas numa vara. Os rituais de cura envolviam a presença da serpente, que era obrigatória porque significava uma divindade subterrânea com o poder de renovação da vida, em função de sua troca constante de pele.
HISTÓRICO DA MEDICINA - Os médicos dessa época eram conhecidos como sendo os filhos de Asclépio. Dentre eles, encontramos Hipócrates, maior representante da Medicina grega, considerado o “pai” da Medicina.
Hipócrates foi o criador do método científico na Medicina e das normas éticas essenciais para o exercício da profissão com qualidade, além do juramento que é utilizado hoje nas formaturas de Medicina. Ele dizia que o lugar do médico era na cabeceira do doente.
Nos princípios da Medicina propostos por Hipócrates, há uma grande ênfase ao bem-estar do indivíduo e aos fatores ambientais que interferem no aparecimento das doenças.
SAÚDE COMO UM FENÔMENO BIOPSICOSSOCIAL - Hipócrates, em sua época, já tinha uma visão da saúde como um fenômeno biopsicossocial, e atribuía ao médico o papel de ajudar as pessoas, oferecendo todas as condições necessárias para a sua cura.
Para ele, a cura envolvia o equilíbrio entre as influências ambientais, o modo de vida e demais componentes da natureza, tais como humores e paixões.
Outro nome na Medicina é Galeno. Ele foi o médico mais famoso em Roma por seus estudos de anatomia, que traziam falsas deduções acerca do ser humano, já que as observações eram realizadas em animais. Mesmo assim, seus estudos foram considerados como verdades por mais de mil anos quando, no Renascimento, foi liberada a dissecação dos cadáveres humanos.
INÍCIO DA MEDICINA COMO CIÊNCIA NA IDADE MÉDIA - Na Idade Média, muitas epidemias se instalaram, levando a um declínio da Medicina leiga, já que houve um descrédito da população, em função dessas grandes epidemias que se instalaram. A Medicina passa então para a Igreja, sendo praticada pelos monges, dentro de seus mosteiros. 
O título de “médico” era nesta época dado a quem possuía, além da formação acadêmica, uma posição social de prestígio. Esses médicos, em vez de cuidar dos doentes, ficavam especulando sobre as doenças.
Esporadicamente, prestavam consultorias a preços elevados, mas não acompanhavam os casos, já que este trabalho “braçal” era considerado inferior, comparado ao seu papel intelectual.
Este modelo de exercício da Medicina perdurou por mais de 500 anos, até que a Medicina leiga foi restabelecida, a partir da proibição aos monges de exercê-la, pois estes infligiam as normas e saíam dos mosteiros para atender aos doentes.
RESSURGIMENTO DA MEDICINA - A Medicina, que entrara em decadência, só volta a ressurgir a partir do Renascimento (séculos XV e XVI).
As principais contribuições do Renascimento para a Medicina foi a liberação da dissecação de cadáveres, e consequentemente, inúmeras descobertas sobre a anatomia humana.
No início do século XVII, a Medicina foi marcada pela descoberta de Harvey (1578-1657) sobre a circulação sanguínea e pelo descobrimento do microscópio por Leeuwenhork. Os avanços não foram muitos neste século.
Os ensinamentos ainda seguiam os modelos clássicos, e os professores, bem como os médicos, eram em sua maioria arrogantes, guiados pela vaidade e grandiosidade.
No século XVIII, em função do conservadorismo, houve o ápice do charlatanismo na Medicina. Este também foi um século em que não ocorreram grandes avanços. As principais conquistas deste século foram relacionadas à publicação de Morgagni (1682-1771) sobre a anatomia patológica, relacionando anormalidades anatômicas às doenças. Foi também neste século que Jenner (1749-1823) descobriu a vacina da varíola.
RÁPIDOS AVANÇOS NO SÉCULO XIX - Já o século XIX foi marcado pelos rápidos avanços na Medicina, tais como a identificação de 21 novos tecidos e o nascimento do estetoscópio, que é um instrumento muito utilizado até hoje nos exames clínicos.
Além disso, houve conflitos vocacionais de vários médicos renomados da época, que questionaram sua escolha. Muitos abandonaram o exercício da Medicina.
No século XIX, houve a descoberta da anestesia e da necessidade de higienização para evitar infecções.
O século termina com a publicação de Freud, A Interpretação dos Sonhos, como tentativa de dar conta não mais só do corpo, mas também da alma humana.
SÉCULO XX - Destaques:
O médico de família;
O investimento do Estado na área de saúde, criando sistemasque garantem acesso gratuito ao médico;
A criação dos planos de saúde.
INÍCIO DOS ESTUDOS CIENTÍFICOS DE PSICOLOGIA - No início do século XIX, o médico e fisiologista W. Wundt funda o primeiro Instituto de Psicologia Experimental do mundo, dando início aos estudos científicos da Psicologia.
Após esse movimento, surgem outras escolas de pensamento na Psicologia, como o Funcionalismo representado por W. James. Em seguida, o Behaviorismo, que tem como marca o comportamento como objeto de estudo, sendo até hoje uma das grandes escolas da Psicologia.
Na área clínica, os métodos foram se ampliando, e novas correntes foram surgindo, como a Gestalt e o Humanismo, que se opunham tanto à Psicanálise quanto ao Behaviorismo. Assim, a Psicologia clínica foi se desenhando até a contemporaneidade.
O FAZER DA PSICOLOGIA E DEMAIS ÁREAS DA SAÚDE - Tanto a Medicina quanto a Psicologia ampliaram seu modo de entender a saúde, deixando de lado o olhar limitado de corpo e doença, e desenvolvendo modos de levar em consideração não só a doença, mas aquele que está por trás dela.
A Psicologia passou a ter uma prática dentro da instituição hospitalar, em conjunto com toda uma equipe multidisciplinar.
De acordo com Souza e Morato: “Hoje ressaltamos que o fazer psicológico clínico envolve o humano em sua singularidade e complexidade, atentando para a demanda que parte do sofrimento do paciente que procura a instituição”.
O FAZER DA PSICOLOGIA E DEMAIS ÁREAS DA SAÚDE - Em consequência dessa nova forma de atuação, a prática do psicólogo hospitalar enfatiza o sofrimento humano em situação de crise e, pode até ter um caráter preventivo quando se dedica ao diagnóstico precoce dos transtornos emocionais dos pacientes e seus familiares, decodificando as dificuldades encontradas por eles em função da hospitalização e suas consequências.
O profissional de psicologia passa, então, a adequar sua intervenção, já que não se trata de psicoterapia, mas sim de uma atenção psicológica. Sua atuação envolve o paciente, a família e os profissionais de saúde, intervindo nas dimensões biopsicossociais do enfermo.
O LIMITE ENTRE A VIDA E MORTE - Na doença, no limite entre a vida e a morte, que a condição de finitude humana se revela e que (re)tira, como profissionais de saúde, do lugar de suposto saber.
O hospital é um lugar em que se está cuidado, acolhido e favorece nas pessoas adoecidas a potencialização de todos os seus recursos para lutar e, se possível, recuperar-se.
Quem trabalha com pacientes com doenças graves, terminais, assiste ao extremo do sofrimento humano trazido pela doença aguda, em que a dor e a morte são ameaças constantes. A doença, assim como o trauma quando ocorre de forma abrupta, pode afastar e dificultar a capacidade do paciente para lidar com o problema.
É nesse momento que a atenção psicológica pode favorecer, facilitando a reflexão acerca da experiência vivida. Ela pode ajudá-lo a encontrar algumas respostas, ressignificando sua experiência e tornando-o mais confiante, participativo e colaborativo com seu tratamento.
ANGÚSTIA COMO MECANISMO DE DEFESA – A desordem emocional que é causada pelo trauma da doença e de sua hospitalização é capaz de paralisar o sujeito que se vê incapaz de lidar com tal experiência. Em consequência surge a angústia que já é inerente a condição humana e que neste instante se confunde com a sua condição de doença provocando mais angústia e sofrimento.
Essa angústia demonstra a urgência e importância da intervenção, da atenção psicológica ajudando o paciente na busca de sentido para a sua luta contra a enfermidade e sua sobrevivência. O psicólogo deve procurar considerar as experiências do paciente e o modo como ele enfrenta e suporta o tratamento necessário. Entrando em contato com sua situação o paciente poderá enfrentá-la melhor procurando alternativas diante do acontecimento. Sendo assim, é importante que nós psicólogos compreendamos a experiência presente e a integração das nossas ações considerando o ser paciente enquanto unidade.
A atenção psicológica tem o intuito de restaurar a ordem rompida pela situação de crise e de incertezas, numa tentativa de possibilitar a potencialização de recursos normalizadores e reintegrativos da experiência, capazes de reduzir os efeitos do estresse, do trauma e das rupturas próprias da hospitalização.
Em muitas ocasiões o paciente pode pedir para morrer como forma de recusar ao tratamento prolongado e extremamente doloroso como forma de expressar o que aparece para ele como insuportável, ou ainda querem ir embora do hospital minimizando seu quadro, como tentativa de fuga desta experiência.
Através da escuta psicológica é possível compreender dentro da experiência de cada paciente que está em seu limite entre o viver e o morrer como ele enfrenta esse desafio do tratamento e de sua recuperação, bem como, como isso é vivenciado pelos profissionais de saúde e cuidadores.
Freud também afirma que a angústia não só como a transformação da libido, também pode servir como mecanismo de defesa, em função dos perigos de ameaça à vida, e a considerou um dos problemas mais difíceis da existência humana.
Outro pensador, médico e psicoterapeuta existencialista, Viktor Frankl enfatiza a busca do sentido diante do sofrimento extremo, acreditando ser o sofrimento um modo de crescimento e amadurecimento.
Frankl desenvolve sua perspectiva a partir de sua experiência no campo de concentração de Auschwitz, onde suportou o sofrimento e encontrou nele um sentido. Ele acredita que o homem pode encontrar caminhos e respostas diante das situações, sendo responsável por essas escolhas e por sua vida.
Ele ressalta três possibilidades fundamentais que dão sentido à vida: o trabalho, o amor e o sofrimento. O conceito de otimismo trágico de Frankl se baseia na ideia que o ser humano é capaz de permanecer otimista diante das adversidades da existência, modificando de forma criativa as situações de sofrimento em algo positivo ou construtivo.
Essa ideia de Frankl está diretamente relacionada ao conceito de resiliência, muito discutida na Psicologia.
TRANSFORMANDO A ANGÚSTIA – A angústia advém quando o paciente se percebe em perigo, estando em contato constante com a angústia e o desamparo.
“Convivemos com a angústia em seu duplo sentido: paralisante para o paciente e mobilizadora de cuidado para a equipe e, nesse movimento, a doença e o doente nos aproximam da morte e fazem-nos compreendê-la como uma possibilidade, entre tantas, do existir”.
Nesta perspectiva, podemos pensar a clínica psicológica como uma forma de tentar transformar a angústia, por um lado, em sentido da existência através do cuidado, e, por outro lado (o do paciente), em força mobilizadora capaz de dar sentido para suportar e superar o trauma sofrido.
Por meio da escuta e do acolhimento, nos exercitamos na experiência de alteridade, cuidando de nós e dos outros, dando sentido à nossa vida.
AULA 8 - PSICOLOGIA HOSPITALAR E A ONCOLOGIA
O câncer é uma grande preocupação para a OMS e os profissionais da saúde porque seu índice tem aumentado, assim como os óbitos, pela ausência de um diagnóstico precoce.
A população ainda é pouco consciente sobre os cuidados e exames para que o câncer seja diagnosticado e tratado.
Quem descobre que está com câncer, tem os processos psicológicos enfraquecidos, o que contribui para a depressão e baixa autoestima.
O trabalho do psicólogo diante de um paciente com câncer deve abordar tanto o paciente quanto os familiares. É preciso ter um olhar para o todo e perceber que todos que estão a volta da pessoa com câncer, sofrem, adoecem e carecem de informações.
A psico-oncologia:
Busca esclarecer dados sobre a doença, tratamento, importância do equilíbrio psicológico mediante as etapas do tratamento, seus possíveis sofrimentos, assim como outros dados.
Ajuda a família a dar suporte ao paciente, a equilibrar a situação e aprender a expor os sentimentos sem apavorar o doente.
Oferece suporte à equipe de saúde.O CÂNCER - É uma doença genômica e surge a partir de alterações cumulativas no material genético (DNA) de células normais, que sofrem transformações até se tornarem malignas.
É uma doença invasiva, que compromete o físico e emocional do paciente. Não adoece somente quem está com o câncer, mas também os familiares, que acompanham o sofrimento do outro e ainda se preocupam em tornar este momento menos doloroso.
O pensamento da morte é instantâneo no momento da descoberta. Acreditar que pode haver cura e que o final pode ser positivo é um fator difícil de ser trabalhado.
Geralmente, o paciente já chega ao médico com dados sobre a doença, devido às pesquisas que fez na internet, o que contribui para que as crenças negativas sejam instaladas.
PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER
Iniciação tumoral - Conjunto de células malignas unidas;
Transformação;
Invasão;
Metástase - Quando a doença se espalha para outros órgãos, impossibilitando que o medicamento dê conta de controlar as células malignas.
Células normais - Formam tecidos e órgãos,
Divisão celular - Células normais crescem, se reproduzem (duplicação de DNA) e morrem,
Célula mutada - Célula normal pode sofrer alteração no material genético (DNA),
O Câncer - Células mutadas invadem outros tecidos e órgãos,
Reprodução Celular - Célula mutadas pode se dividir de maneira desordenada e dar origem ao tumor.
CAUSAS DO CÂNCER
1. Fatores ambientais (tabagismo, radiação, ionizante, álcool, administração de hormônios etc.),
2. Fatores endógenos (envelhecimento, obesidade, alterações hormonais, entre outros)
3. Herança genética em proporções variadas.
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER - Pesquisas indicam que os países em desenvolvimento têm uma maior probabilidade para o aumento do índice do câncer em comparação aos já desenvolvidos. 
Isto se deve ao pouco investimento que ainda fazem na conscientização sobre os cuidados e prevenção.
É preciso investir em palestras, propagandas, debates, enfim, em programas que tornem as informações sobre esta doença acessíveis à população como um todo.
ÓRGÃOS MAIS AFETADOS SEGUNDO O INCA
 Mama Próstata Estômago Medula óssea (leucemias) Cólon e reto (intestino grosso)
 Pulmão Esôfago Pele Colo do útero
FASES DO CÂNCER
1. Pré-diagnóstico; 3. Tratamento; 5. Progressão da doença; 7. Cuidados paliativos.
2. Diagnóstico; 4. Pós-tratamento; 6. Recidiva;
TRABALHO DO PSICÓLOGO MEDIANTE O PACIENTE COM CÂNCER – Em primeiro lugar o psicólogo deve ajudar o paciente a receber esta notícia, assim como os familiares.
Ele deve esclarecer sobre as etapas que deverão ser seguidas para um tratamento de sucesso.
Após a notícia e o tratamento iniciado, é hora de acompanhar todas as outras etapas, prestando sempre suporte emocional às angústias e conflitos que surgem durante esse período.
Os tratamentos invadem o corpo, a mente, a estética e a autoestima. Na mulher com câncer de mama, em que é preciso a retirada dos seios, muitas vezes, a sexualidade fica perdida. Predominam as crenças de que não serão mais desejadas, amadas e que serão abandonadas pelo companheiro, ou ainda que não conseguirão formar mais vínculos afetivos.
A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE PSICOLÓGICO NO CÂNCER - É preciso o suporte para que estes pensamentos não venham a influenciar mais ainda no processo de rejeição à doença. Assim também acontece com os homens que descobrem o câncer de próstata.
A quimioterapia também pode causar essas inseguranças. Há queda de cabelos, perda de peso, alteração na textura da pele, entre outras reações.
Se não houver acompanhamento psicológico adequado, é muito provável que o paciente sozinho se descontrole emocionalmente.
A MEDICINA E A PSICOLOGIA FRENTE AO CÂNCER - A Medicina fala apenas dos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos.
Já a Psicologia tem hipóteses sobre o poder da mente na melhora do estado de saúde. Porém, as pesquisas ainda não são precisas, de forma a comprovar esses dados.
Para os psicólogos, a crença do paciente na cura e na recuperação facilita o processo do tratamento e o faz alcançar resultados positivos com maior qualidade. Aquele que não acredita e se deprime diminui o sistema imunológico, contribuindo para a piora do seu estado de saúde.
PARA IMPLANTAR COM ÊXITO UM SERVIÇO DE PSICO-ONCOLOGIA É PRECISO:
1. Prover ao paciente oncológico, e aos seus familiares, todo o suporte emocional quanto lhes for necessário;
2. Oferecer orientação e informação aos pacientes oncológicos, a seus familiares e à equipe de saúde;
3. Desenvolver projetos científicos na área da Psicologia voltados para a Oncologia;
4. Formar profissionais na área da Psicologia em ênfase em Oncologia.
FORMAÇÃO COM ÊNFASE EM ONCOLOGIA - Esta última proposta é muito importante, pois muitos psicólogos que trabalham com pacientes com câncer têm formação em Psicologia Hospitalar. Porém, não têm experiência com as situações do câncer, o que dificulta o suporte e, consequentemente, a abordagem devida àquele que está sofrendo.
Angerami-Camon, narra sua experiência no Hospital de Clínicas da Unicamp, que tem a missão de ser um hospital de referência e excelência, prestando assistência complexa e hierarquizada.
Além disso, forma e qualifica recursos humanos, produzindo conhecimento, atuando no sistema de saúde e valorizando os princípios de humanização com racionalização de recursos e potencialização de resultados.
Este espaço de atendimento ao paciente com câncer deve ter como objetivo oferecer suporte emocional, orientação e informação aos pacientes e seus familiares, visando fortalecimento egoico para o enfrentamento das fases do adoecimento por câncer e na questão do aconselhamento genético familiar.
Para que o paciente e seus familiares sejam acolhidos de maneira correta, é preciso buscar informação, orientação, fazer encaminhamentos, fornecer esclarecimentos, ajudar o paciente a diferenciar o estigma da realidade da doença e ajudá-lo a descobrir seus mecanismos de defesa.
Os atendimentos podem ser individuais, em grupo e aos familiares. O importante é perceber em qual desses tipos o paciente se sente mais à vontade para falar e para lidar com seu sofrimento.
UM CASO REAL - No Hospital das Clínicas da Unicamp, o grupo de acolhimento é constituído pelos pacientes e familiares que estão na sala de espera aguardando pela consulta médica.
Os objetivos são orientar e informar os pacientes quanto ao funcionamento do ambulatório de Oncologia (sistema de senhas para as consultas, orientações quanto ao agendamento de exames, informações sobre as especialidades existentes no ambulatório além do médico).
É muito importante que o paciente e os familiares entendam a estrutura da instituição que frequentarão para o tratamento. Assim se minimizam as inseguranças quanto ao espaço e aumenta o suporte quando achar necessário.
ORIENTAÇÃO AO FAMILIAR EM SALA DE ESPERA
1. Triagem Psicológica 
Deve ser feita uma entrevista semi-dirigida com o paciente e seu acompanhante, para conhecer seus hábitos e histórico de vida.
2. Acompanhamento Psicológico ao paciente
3. Atendimento à Família
4. Encaminhamento Psiquiátrico
5. Grupo de Orientação ao Cuidador
6. Atendimento Pós Óbito
Foca-se a questão do luto e seus desdobramentos emocionais.
FINALIDADE DO GRUPO DE ORIENTAÇÃO AO FAMILIAR EM SALA DE ESPERA DA QUIMIOTERAPIA - Orientar aquele que acompanha o paciente quanto aos cuidados devidos fora do espaço hospitalar.
Para que isto ocorra, é preciso conhecer as dúvidas e dificuldades da pessoa responsável em cuidar.
Os encaminhamentos são realizados quando se identifica, no paciente ou no cuidador, outras necessidades que não podem ser tratadas neste espaço de tratamento do câncer. Por exemplo: dependência química, problemas psiquiátricos, entre outros.
No atendimento pós-óbito, uma realidade frequente nestes hospitais, foca-se a questão do luto e seus desdobramentosemocionais.
AS QUATRO FASES DO LUTO SEGUNDO BOWLBY
Fase de choque - Tem a duração de algumas horas ou semanas e pode vir acompanhada de manifestações de desespero e raiva;
Fase do desejo e busca da pessoa perdida - Com duração de meses ou anos;
Fase de desorganização e desespero;
Fase de algum tipo de organização emocional.
ASPECTOS EMOCIONAIS DO CÂNCER - É muito comum que o paciente com câncer apresente depressão, transtorno de ansiedade e comportamento suicida.
É preciso estar atento a esta evolução e proporcionar suporte, para que as condições emocionais não venham a atrapalhar o andamento do tratamento.
Em cada uma das fases do tratamento, é possível vivenciar um conjunto de sentimentos como medo, esperança, alívio, desespero, sofrimento, dor, desesperança, estranhamento, incerteza. Esses sentimentos são comuns e fazem parte do processo de tratamento.
CASO: Rodrigo descobriu nesta manhã que possui um tumor no joelho e terá que passar por uma biópsia para saber que tipo de tumor é esse. Ele nega a todo o momento o problema e age como se a situação fosse ausente na sua vida. Essa maneira de se posicionar diante do acontecimento tem dificultado os médicos nos seus procedimentos dentro do ambiente hospitalar, o que acarretou no atraso do diagnóstico e, consequentemente, no tratamento.
Indique quais etapas devem ser utilizadas, de acordo com o que você aprendeu sobre o quadro de atendimento psicológico e encaminhamentos, elaborado por Angerami-Camon.
Resposta: Triagem psicológica, acompanhamento psicológico ao paciente, atendimento à família, encaminhamento a psiquiatria (caso haja descontrole total), grupo de orientação ao cuidador.
AULA 9 - O PSICÓLOGO HOSPITALAR NA UTI
A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - ADULTO (UTI – A) - É o espaço do hospital que oferece um tratamento específico e intensivo para os pacientes em estado grave.
A UTI – Adulto - Possui equipamentos específicos, recursos materiais e tecnológicos para este público, com o intuito de melhor atender estes pacientes, que são recebidos do pós-cirúrgico, pacientes clínicos, terminais e em estado grave, com a possibilidade de recuperação.
PROBLEMAS TRATADOS NA UTI - Esses pacientes podem ser recebidos de diversas especialidades:
 Politraumas; 					 Infecção localizada ou generalizada;
 Traumatismos cranianos de diferentes níveis; 	 Ferimento por arma de fogo;
 Insuficiência respiratória aguda; 			 Acidente vascular cerebral (derrame);
 Infarto agudo do miocárdio; 			 Ostomias;
 Angina instável; 					 Esofagectomia;
 Insuficiência renal aguda; 				 Meningite;
 Aneurisma cerebral; 				 Leucemia;
 Recuperação pós-cirúrgica; 			 Parada cardiorrespiratória.
A ESTRUTURA FÍSICA DA UTI-A - Pregnolatto e Agostinho descrevem a composição de uma UTI de um hospital conveniado com o SUS.
O ambiente é composto por um salão que concentra leitos dispostos um ao lado do outro, separados por divisórias.
Esta disposição se dá em função da necessidade de observação, controle e pronto atendimento constantes ao paciente pelos profissionais de saúde.
Permite também que o paciente acompanhe toda a rotina da unidade, o que por vezes pode causar reações negativas, por presenciar emergências e procedimentos.
Além desse grande salão, existem também leitos especializados para isolamento, constituídos em sua maioria por divisórias de parede de vidro e portas de acesso.
Por existir a necessidade de isolamento, a equipe segue regras de proteção para a não contaminação como uma das formas de cuidados especiais com este tipo de paciente.
Contém ainda um almoxarifado próprio, com equipamentos (seringas, cânulas, agulhas, esparadrapos etc.) para diversos procedimentos, além de uma pequena farmácia para preparação dos medicamentos, com os remédios para emergência de uso constante, sendo restabelecida diariamente, de acordo com as necessidades.
A EVOLUÇÃO DA UTI-A - Em função do olhar voltado somente para a doença, a composição da UTI antigamente tinha o objetivo do diagnóstico médico de cada paciente e, portanto, em sua estrutura não havia janelas, o que prejudicava a localização espaço-temporal do paciente.
Além disso, a luminosidade artificial e o alto nível de ruído dificultavam o descanso dos pacientes, e o contato com seus familiares era ainda mais restrito.
Essas características aumentavam a probabilidade da ocorrência de um fenômeno chamado de SÍNDROME DA UTI, na qual os pacientes apresentavam um estado confusional, reversível e secundário à internação.
Esta síndrome está ligada à dificuldade de descanso, privação do sono, falta de estimulação visual, ausência de atividades, efeitos colaterais de alguns medicamentos, falta de estímulos específicos (ex. a família, amigos), a idade avançada (fator que aumenta a probabilidade deste fenômeno) e o comprometimento do quadro clínico.
Em função dos avanços tecnológicos, medicamentosos e novas formas de intervenção, esse cenário tem sido modificado. Isto porque atualmente uma das maiores preocupações dos profissionais de saúde é com o paciente, com os aspectos voltados para a humanização, tanto em termos da ergonomia como na melhoria das relações humanas dentro do ambiente hospitalar, percebendo o paciente para além de sua doença.
Hoje, apesar da luminosidade artificial e dos ruídos, existem trabalhos sendo realizados com o intuito de amenizar tais fatores, como:
Apagar as luzes próximas aos pacientes conscientes e orientados durante a noite, para que possam descansar;
Redução da movimentação de pessoas na unidade;
Presença de um relógio digital para auxiliar na orientação espaço-temporal dos pacientes acordados;
Orientações junto às equipes em relação ao dia e ao estado de saúde para paciente;
Atendimento personalizado ao paciente.
É importante prestar uma assistência adequada aos familiares dos pacientes internados em uma UTI, já que seus medos são esperados, pelo risco de vida. Portanto, deve-se pensar em um trabalho que vise minimizar esta ansiedade.
A UTI para muitos é considerada um lugar ameaçador, em função da quantidade de aparelhos e pelo desconhecimento a seu respeito.
Para minimizar estes medos e ansiedades, podem acontecer atendimentos ao grupo de familiares e visitantes, realizados por uma equipe composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
Esse grupo visa orientar e informar sobre os equipamentos e aparelhos utilizados pelo paciente na unidade, procedimentos e rotinas inesperadas que podem acontecer na hora da visita. Esse grupo costuma acontecer meia hora antes das visitas.
VISITAS NA UNIDADE - Há regras específicas para as visitas na unidade, em função da gravidade em que os pacientes se encontram. Em algumas unidades, as visitas são proibidas ou acontecem em um período de tempo muito curto.
As visitas são importantes para o paciente, pois o familiar representa uma segurança, o que fornece ao paciente uma melhor compreensão de sua doença, de sua internação e suas consequências, e serve como uma ponte entre o paciente e sua doença com a vida externa.
Além disso, elas podem auxiliar a equipe na vinculação com o paciente, tornando este ambiente menos ameaçador para o paciente.
Ao entrar no ambiente hospitalar, o paciente muitas vezes perde suas referências com relação ao meio externo em que vive.
Ao adoecer, o ser humano deixa de ocupar sua posição frente à sociedade, a doença impedindo-o muitas vezes de realizar suas funções, como por exemplo, ser um membro de grupo de trabalho, social e familiar.
No hospital, passa a participar de um grupo específico, em que seu papel tende a ser controlado por algumas características, como a dependência, espaço físico limitado, roupas e objetos impessoais, imposição de horários para algumas atividades e, na maior parte das vezes, ausência da família ao seu redor.
PREOCUPAÇÕES DO PACIENTE - Quando o paciente entra em uma UTI, além de enfrentar a gravidadeda doença, também encara um ambiente físico desconhecido, muitos equipamentos, sons e ruídos. Assim, ele apresenta uma ideia equivocada sobre sua irrecuperabilidade e a possibilidade de morte iminente.
Muitas vezes, o paciente vê na hospitalização apenas a relação com a morte. É importante ajuda-lo no entendimento destes aspectos, com o intuito de auxiliá-lo no enfrentamento das imposições das rotinas hospitalares. Quanto maior o conhecimento por parte do paciente, melhor será sua adaptação a este contexto.
O homem está em constante busca do sentido da vida, e quando vivencia momentos aflitivos, como encontrar-se gravemente doente, defronta-se com três aspectos principais: sofrimento, culpa e morte.
Ainda para o autor, é possível modificar esta tríade, desde que o homem encontre sentido em cada um desses aspectos, com a transformação do sofrimento em desempenho, da culpa em mudança e da morte em um estímulo de enfrentamento.
Com isso, pode-se pensar a intervenção psicológica com o objetivo de ajudar o paciente no processo do adoecimento e da hospitalização, visando uma adaptação a esta nova situação.
A EQUIPE DE SAÚDE EM UMA UTI - Pregnolatto e Agostinho descrevem a composição e as funções dos profissionais de saúde de uma UTI.
Esta é composta por um grupo permanente de:
 Médicos intensivistas,
 Enfermeiro-chefe,
 Técnicos e auxiliares de enfermagem.
A equipe volante é composta por:
 Psicólogo,
 Fisioterapeuta,
 Nutricionista
 Assistente social.
O trabalho do médico é atender as emergências, direcionar as rotinas e cuidados dos pacientes, verificar a medicação, prescrever medicamentos e exames, tomar decisões e realizar procedimentos.
A equipe de enfermagem tem como função permanecer todo o tempo ao lado do paciente, sendo o elemento mais importante do grupo. Seu trabalho envolve cuidados e observação contínua, como verificar pressão, temperatura, outros sinais vitais e aspectos importantes para cada caso.
O fisioterapeuta é solicitado pelo médico quando necessário. Seu trabalho se concentra na maior parte das vezes no sistema respiratório do paciente, com o intuito de auxiliá-lo no tratamento e recuperação.
O nutricionista é solicitado também pelo médico, para cuidar da dieta alimentar específica de cada paciente.
A equipe de saúde deve ter como funções acalmar, conversar, orientar e dar atenção aos familiares.
O PAPEL DO PSICÓLOGO JUNTO AO PACIENTE, AOS FAMILIARES E À EQUIPE DE SAÚDE
JUNTO AO PACIENTE
Assistir o paciente;
Atender aos fatores que influenciam sua estabilidade emocional;
Orientar e informar sobre as rotinas da UTI;
Avaliar a adaptação do paciente à hospitalização;
Avaliar o estado psíquico do paciente e sua compreensão acerca do seu diagnóstico, além das reações emocionais frente à internação e à doença.
JUNTO AOS FAMILIARES
 
Orientação e informação sobre as rotinas da UTI;
Estimulação do contato do paciente com a família e equipe, objetivando uma melhor comunicação;
Avaliação e adequada compreensão do quadro clínico e prognóstico pelos familiares;
Verificação de qual membro da família tem mais condições emocionais e intelectuais para o contato com a equipe;
O psicólogo pode disponibilizar horários para atendimentos individuais aos familiares, quando julgar necessário ou quando solicitado pela família.
JUNTO À EQUIPE DE SAÚDE
Atender as queixas referentes aos pacientes,
Orientar a equipe com relação ao contato com o paciente e seus familiares,
Intervir conforme a necessidade apresentada em cada caso.
É importante um bom relacionamento entre os membros da equipe, o que possibilita a troca com relação às dificuldades vivenciadas. Isto porque tais fatores podem afetar os profissionais e, consequentemente, dificultar o cuidado com o paciente.
Todos os profissionais devem estar voltados para um único foco: o paciente, ressaltando a necessidade de cuidar deste como um ser biopsicossocial.
Como psicólogos, podemos contribuir para esses pacientes e seus familiares durante seu período de permanência nesta unidade?
Com o objetivo de minimizar os medos e ansiedades podem acontecer atendimentos ao grupo de familiares e visitantes que é realizada por uma equipe composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
Esse grupo visa orientar e informar sobre os equipamentos e aparelhos utilizados pelo paciente na unidade, procedimentos e rotinas inesperadas que podem  acontecer na hora da visita. Esse grupo costuma acontecer meia hora antes das visitas.
AULA 10 - O PSICÓLOGO HOSPITALAR NA UTI NEONATAL
A IMPORTÂNCIA DA MÃE JUNTO AO BEBÊ RECÉM-NASCIDO - Ao longo do tempo, a relevância dada à presença da mãe junto ao bebê passou por várias modificações.
No século passado, Budin acreditava ser importante a presença das mães junto ao berçário dos prematuros, liberando-as para os cuidados básicos para com seus filhos.
Budin atribuía essa importância por acreditar que as mães que se mantinham mais afastadas de seus filhos perdiam o interesse por eles, por não poder cuidar deles.
Por volta de 1900, os pais foram desmotivados a ter contato com seus filhos, em virtude do alto índice de morbidade e mortalidade dos recém-nascidos, por causa de infecções, o que gerou um rigoroso isolamento.
No período da II Guerra, faltavam cuidadores para os bebês, o que trouxe as mães de volta para esse papel de cuidado. Este fato causou um nítido decréscimo da mortalidade infantil da época.
Porém, foi somente por volta de 15 a 20 anos atrás que os pais de fato passaram a ter a oportunidade de cuidar de seus filhos sem risco de saúde.
A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTI – NEO) - Quando uma mulher descobre que está grávida surge a expectativa do bebê ser cuidado pela mãe em casa.
Contudo, algumas intercorrências envolvendo o recém-nascido levam a uma separação entre ele e sua mãe, para que ele receba os cuidados especializados necessários em uma UTI Neonatal ficando, portanto, em incubadoras.
A UTI Neonatal é descrita por Baptista como um local em que os bebês recebem cuidados intensivos, 24 horas por dia, tanto da equipe médica como da enfermagem.
Para controlar o quadro clínico do recém-nascido e seus sinais vitais, é necessária a utilização de aparelhos como os monitores cardiorrespiratórios, ventiladores mecânicos, oxímetros, fototerapia etc.
DIAGNÓSTICOS MAIS COMUNS OBSERVADOS EM UMA UTI – NEO
 Prematuridade;			 Malformação congênita;
 Membrana hialina;			 Mielomeningoceles;
 Síndrome de aspiração de mecônio; Hipoglicemia;
 Anoxia neonatal;			 Icterícia fisiológica;
 Hidrocefalia; 			 Doença hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade do sangue.
EQUIPE DA UTI- NEO
1. Médicos neonatologistas, 			4. Psicólogos,		7. Fonoaudiólogos etc.
2. Enfermeiros, 				5. Fisioterapeutas,
3. Técnicos e auxiliares de enfermagem, 	6. Assistentes sociais,
Tanto a equipe de saúde quanto os diagnósticos se diferenciam de acordo com a instituição, público-alvo etc.
RELAÇÃO MÃE-BEBÊ - Pesquisas apontam para a importância desta interação e acrescentam que o processo de apego ocorre também com o cuidador, que pode ser a própria mãe, ou o pai ou qualquer outra pessoa que assuma esta função, e não somente com a mãe.
Porém, o que se percebe na maioria das vezes é que, inicialmente, o contato mais direto que o bebê tem é com a mãe.
A partir de seu desenvolvimento, da sua independência, os laços tendem a se estender para além da mãe, aumentando assim seus vínculos sociais naturais com o pai e com outras pessoas significativas.
Com isso, a interação com a mãe vai tendo um decréscimo à medida que outras pessoas também se tornam importantes para a vida da criança.
As pesquisas na área da relação mãe-bebê sempre ocupou a Psicologia, porém as pesquisas têm crescido desde a década de 50.
ESTUDOS DE PAIS E BEBÊS HOSPITALIZADOS - Os primeiros estudos de pais e bebês hospitalizados em UTI-Neo aconteceram por volta de 20 anos,a partir da observação da equipe de saúde que percebeu que muitos bebês retornavam ao serviço pediátrico com diagnóstico de espancamento, e a maioria deles tinham sido prematuros.
Provavelmente tais espancamentos estavam relacionados às deficiências nas vinculações e o apego entre o cuidador e o bebê, sendo esta então a principal motivação para os estudos nesta área.
As teorias psicológicas fundamentadas na Psicanálise, na Psicologia do Desenvolvimento e nas Teorias Comportamentais apontam a importância da interação mãe-bebê como um dos principais fatores para a explicação do tipo de desenvolvimento e da problemática apresentada pela criança em idades mais avançadas.
Autores da Psicologia ressaltam ainda que a prevenção de problemas nesta interação deve acontecer desde o pré-natal, visto que a atenção psicológica e social desde cedo pode facilitar à gestante e as futuras mães melhores condições para acolher seu filho quando do seu nascimento.
FASES DE AFEIÇOAMENTO - Klaus e Kennel apontam a importância dessas fases para a construção do vínculo entre os pais e seus bebês:
 Planejamento da gestação (antes da gestação);
 Confirmação da gestação;
 Aceitação da gestação;
 Percepção dos movimentos fetais;
 Início da aceitação do filho como um indivíduo (durante a gestação);
 Ver, tocar, cuidar do bebê e aceitar o neonato como um indivíduo à parte (após o nascimento).
Este vínculo envolve também o pai da criança, apesar de se saber que socialmente recai sobre a mãe esta responsabilidade pelo cuidado e guarda do bebê.
Outros autores falam sobre a essa vinculação, ressaltando que ela ocorre de forma instintiva como um processo contínuo, sendo este processo orientado pela modelação (Aprendizagem por observação), modelagem (Condicionamento Operante) e ensaio e erro. Ou seja, a partir dos princípios da aprendizagem.
Cabe ainda pensar na importância de se preparar as mães para a possibilidade de um bebê prematuro, através da apresentação de imagens, por exemplo, com o objetivo de diminuir o impacto com o primeiro contato em função da expectativa anterior de um bebê saudável.
Toda mãe deveria ter um contato visual com o filho ao nascer, para que ela possa confirmar ou não suas expectativas e obter dados de realidade.
O PAPEL DO PSICÓLOGO E A ROTINA DIÁRIA DO SERVIÇO DE PSICOLOGIA NA UTI-NEO - O recém-nascido precisa das atenções voltadas para os cuidados com seus problemas de saúde.
É importante avaliar todas as questões psicológicas e sociais, com o intuito da promoção de um trabalho interdisciplinar que está relacionado com a avaliação de todos os aspectos que podem de alguma forma afetar no nascimento e na hospitalização de um bebê com algum comprometimento.
A Psicologia tem trabalho com a avaliação e a intervenção psicológica junto aos pais, familiares e equipe de saúde, com o objetivo da vinculação inicial com o bebê, o bom contato entre os profissionais da equipe de saúde e destes com o cuidador.
A equipe de saúde também pode realizar trabalhos voltados para a prevenção de problemas relacionados às questões psicossociais e adaptação à rotina hospitalar. Por exemplo:
Incentivo ao acompanhamento pré-natal,
Prevenção de gravidez indesejada,
Alimentação adequada da gestante,
Realização de programas voltados à informação sobre os problemas de saúde do feto detectados ainda na gravidez e após o nascimento.
SERVIÇO DE PSICOLOGIA DE UM HOSPITAL-ESCOLA
Passar pelas salas da UTI-Neo, para verificar quem são os bebês internados e se houve modificação na quantidade de aparelhagem de monitoração deles;
Contatar a equipe de saúde (médicos e equipe de enfermagem), com o objetivo de:
Verificar o nascimento de novos bebês;
Verificar as percepções da equipe em relação ao estado psicológico dos pais (Ex.: Se houve interesse dos pais em saber o diagnóstico, se mostram desejo de contatar o bebê etc.);
Obter informação do diagnóstico atual e do prognóstico dos recém-nascidos;
Iniciar o preenchimento de dados da ficha de avaliação psicológica, através do prontuário do recém-nascido (Ex.: Dados de identificação dos pais, história gestacional, diagnóstico do bebê, entre outros);
Contato com a mãe do bebê hospitalizado, visando:
Apresentação do Psicólogo e do Serviço de Psicologia como parte do atendimento interdisciplinar da UTI-Neo;
Coleta dos dados para completar as informações da ficha de avaliação;
Avaliação sobre a compreensão da mãe em relação ao motivo da internação;
Avaliação das reações psicológicas frente à hospitalização do recém-nascido (Ex.: Choro, apatia, sono, alimentação, comunicação, contato pessoal, apoio familiar, medo, expectativas positivas e negativas dos pais etc.);
 Acompanhamento da mãe à UTI-Neo, com o objetivo de:
Verificar e avaliar se existem comportamentos de olhar e tocar o RN, bem como de falar com ele;
Orientar a mãe na manutenção com o bebê, principalmente tocando, falando e visitando-o. Dar informações de como se deve ordenhar o leite e, quando possível, amamentar o bebê;
Informar e orientar sobre a rotina da UTI-Neo;
Discussão de caso com a equipe de saúde, visando ao parecer psicológico, com o objetivo de fornecer informações de como lidar com a mãe e familiares;
Acompanhamento diário da mãe, durante a permanência do RN na UTI-Neo;
Trabalho conjunto com a Assistência Social, quando necessário, referente aos aspectos psicossociais (Ex.: Falta de recursos financeiros da família para transporte, alimentação e manutenção medicamentosa do RN, entre outros).
Qual a importância da interação mãe-bebê para o desenvolvimento saudável de um recém-nascido? 
Que problemas podem surgir desta relação quando o bebê precisa de uma UTI? Como a Psicologia pode contribuir para favorecer a construção de uma relação saudável com seu bebê apesar das intercorrências?
Resposta: As teorias psicológicas fundamentadas na Psicanálise, na Psicologia do Desenvolvimento e nas Teorias Comportamentais apontam a importância da interação mãe-bebê como um dos principais fatores para explicação do tipo de desenvolvimento e da problemática apresentada pela criança em idades mais avançadas.
O trabalho do psicólogo na equipe de UTI-Neo envolve a avaliação e a intervenção psicológica junto aos pais, familiares e equipe de saúde com o objetivo além da vinculação inicial com o bebê, o bom contato entre os profissionais da equipe de saúde e destes com o cuidador.

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