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Pragmatismo (trabalho)

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FACULDADE SÃO LUIZ
ARLINDO MURARA
EDILSON FERREIRA
EDSON DE BORTOLI
FÁBIO JÚNIOR DE SOUZA
MARCELO MARQUES
PRAGMATISMO
BRUSQUE
OUTUBRO/2012
FACULDADE SÃO LUIZ
ARLINDO MURARA
EDILSON FERREIRA
EDSON DE BORTOLI
FÁBIO JÚNIOR DE SOUZA
MARCELO MARQUES
PRAGMATISMO
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de História da Filosofia Contemporânea, do Curso de Filosofia, da Faculdade São Luiz.
Professor: Dr. Adilson José Colombi
BRUSQUE
OUTUBRO/2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Este seminário quer propor um conhecimento mais ajustado e apresentado a partir das raízes filosóficas oriundas dos autores que compõem tal movimento filosófico. Estamos falando do pragmatismo. Às reflexões expostas através do conteúdo aqui expresso, quer-se, com isso, chegar a algumas direções que clareiem ou ao menos abram itinerários para uma visão mais crítica e, ao mesmo tempo, mais construtiva a respeito da pluralidade do pensamento contemporâneo. 
Como proposição, para o presente seminário, cujo tema central é dar os elementos basilares deste movimento filosófico, tem-se a ousadia de avançar, de modo sistemático e contextualizado, as situações-condições em que se sustenta o pragmatismo, sua origem, sua difusão, além de trazer por meio dos discursos filosóficos de autores sublimes a este movimento. Nosso objetivo é tornar tal assunto claro, conciso e pertinente à compreensão e avanço no conhecimento e entendimento da contemporaneidade.
Para tal, é importante ressaltar as influências recebidas e deixadas, as suas características marcantes na história e que, muitas vezes, podem estar muito presentes no dia-a-dia e, por falta de conhecimento fundamentado e crítico da realidade, não o percebemos. Assim, movidos por essa preocupação, por meio deste, queremos sustentar as questões relevantes à atualidade que, mergulhada em uma ética profundamente pragmatista, nos força a compreedermos melhor o nosso espaço-tempo para saber mudá-lo e, possivelmente, fazer história de modo filosófico.
1. NOÇÃO SOBRE O PRAGMATISMO
O termo Pragmatismo é de origem grega pragma que significa: Atividade, coisa de uso, ação ou que pertence à ação. O pragmatismo em si é um forma de empirismo tradicional assumido nos Estados Unidos da América. Mas, o que ele difere do empirismo é que enquanto este considera válido o conhecimento baseado na experiência e a ela redutível, concebendo a experiência como a acumulação e organização progressiva de dados sensíveis passados ou presentes. Esse conhecimento é defendido e utilizado por Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632 – 1704), George Berkeley (1685 – 1753) e David Hume (1711 – 1776), os quais são considerados empiristas clássicos. Todavia, o pragmatismo a experiência é abertura para o futuro, é previsão, é norma de ação.
Objetivo de trazer clareza de significados a certos problemas filosóficos que não possuíam uma terminologia. Em sentido lato o pragmatismo desenha uma conexão íntima entre teoria e prática, entre pensamento e ação. Mas em sentido strictu o pragmatismo é somente um critério de significação e verdade. Isso se resume que para um pragmatista uma coisa é verdadeira quando é vantajoso acreditar nela. Seu critério de verdade é a lógica de que é verdade aquilo que serve à solução imediata do problema. Porém a verdade pragmática é o conjunto de todas as suas consequências práticas relativas a determinado contexto. Em suma é uma doutrina do significado.
Para William James o pragmatismo já era a adoção sistemática e consciente de um método que os filósofos vêm praticando desde a Antiguidade. Para William James, Sócrates era um adepto do pragmatismo, Aristóteles usava-o metodicamente e Locke, Berkeley e Hume (empirismo) fizeram contribuições para a verdade por esse meio. Mas foi introduzido, de fato, na filosofia em 1898, por um 
relatório de W. James a Califórnia Union em que ele se referia à doutrina exposta por Peirce num ensaio do ano 1878, intitulado “como tomar claras as nossas ideias”. Contudo, seus princípios foram sistematizados pelas críticas ao racionalismo alemão e ao empirismo inglês.
1.1 Horizonte Histórico Cultural do mundo e da América
Se faz necessário que localizarmos o movimento pragmático dentro do cenário mundial e mais especificamente da América. O mundo se encontrava entre o a primeira guerra mundial (1914-1917) e a segunda guerra (1939-1945). O Positivismo de Augusto Comte (1798-1857) reinava na Europa e consequentemente na América. Esta filosofia positiva de Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis. O Materialismo principalmente com a filosofia marxista também, por outro lado ganhava cada vez mais força. Essa doutrina introduziu o processo dialético na matéria. Esse admite, ao fim dos processos quantitativos, mudanças qualitativas ou de natureza, e daí a existência de uma consciência, que é produto da matéria, mas realmente distinta dos fenômenos de ordem material.
Positivismo Lógico em pleno desenvolvimento na Alemanha e com muita força se expandindo pelo mundo. Este é uma posição filosófica geral, também denominada empirismo lógico ou neopositivismo, desenvolvida por membros do Círculo de Viena com base no pensamento empírico tradicional e no desenvolvimento da lógica moderna. Ele restringiu o conhecimento à ciência e utilizou o verificacionismo para rejeitar a Metafísica não como falsa, mas como destituída de significado. Todavia, a importância da ciência levou positivistas lógicos proeminentes a estudar o método científico e explorar a lógica da teoria da confirmação. Também se encontra a separação entre a Igreja e o Estado (1889). E no interior da ciência no geral e suas tecnologia se tem o movimento com a intenção de instaurar de um “Mundo Novo”, ancorado na ideia de educação como fator de desenvolvimento.
1.1.1 Contexto Histórico cultural da América
No século XX, a América alcança plena autonomia nos campos da política, da economia, da ciência e da técnica, inclusive na filosofia.
Nos EUA estava em momento de consolidação de sua sociedade após a guerra civil;
Início a institucionalização de suas universidades;
Sendo o Pragmatismo uma escola americana, a influência de sue pensamento parte de escolas anteriores, como os anteriormente existentes transcendentalistas da Nova Inglaterra, ou ainda os hegelianos de Saint Louis.
O pragmatismo advém em maior parte de extensões da filosofia europeia, herdada dos colonizadores e implantadas no Novo Mundo.
O puritanismo, a mentalidade pioneira dos colonos e a guerra civil (1861- 1865) contribuem para a criaçao do Pragmatismo.
Nesse contexto, Max Weber em sua célebre obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, apresenta uma conexão entre o calvinismo e o argumento da vontade de acreditar de James, acrescentando que “a valorizão pragmática, por James, da significação das ideias religiosas de acordo com sua influência sobre a vida é [...] uma verdadeira criança do mundo de ideias do lar puritano desse eminente acadêmico”. 
1.2 Noção introdutória
Objetivo de trazer clareza de significados a certos problemas filosóficos que não possuíam uma terminologia.
Em sentido lato o pragmatismo desenha uma conexão íntima entre teoria e prática, entre pensamento e ação. Já em sentido strictu o pragmatismo é somente um critério de significação e verdade. Isso se resume que para um pragmatista uma coisa é verdadeira quando é vantajoso acreditar nela;
Seu critério de verdade é a lógica de que é verdade aquilo que serve à solução imediata do problema. Para estes, a verdade pragmática é o conjunto de todas as suas consequências práticas relativas a determinado contexto.
Em suma é uma doutrina do significado.1.3 Influências recebidas
Conforme William James o pragmatismo já era a adoção sistemática e consciente de um método que os filósofos vêm praticando desde a Antiguidade. Para William James, Sócrates era um adepto do pragmatismo, Aristóteles usava-o metodicamente e Locke, Berkeley e Hume (empirismo) fizeram contribuições para a verdade por esse meio.
Mas foi introduzido, de fato, na filosofia em 1898, por um relatório de W. James a Califórnia Union em que ele se referia à doutrina exposta por Peirce num ensaio do ano 1878, intitulado “como tomar claras as nossas ideias”.
Seus princípios foram sistematizados pelas críticas ao racionalismo alemão e ao empirismo inglês.
1.4 Horizonte Histórico Cultural do mundo
Elementos que constituem esse horizonte histórico-cultural ou situação condição relevantes ao surgimento do pragmatismo:
O cenário fica entre o a primeira e segunda guerra;
O Positivismo e o Materialismo;
Positivismo Lógico em pleno desenvolvimento;
Da separação entre a Igreja e o Estado (1889);
E no interior da ciência e suas tecnologia se tem o movimento de instauração de um “Mundo Novo”, ancorado na ideia de educação como fator de desenvolvimento.
2. ORIGEM
O pragmatismo surgiu nos Estados Unidos nos primeiros anos da década de 1870, com um pequeno grupo de rapazes de Cambridge, Massachusetts, se reuniam para discutir sobre filosofia. Deste grupo, incluíam William James, Charles Sanders Peirce, Oliver Wendell Holmes Jr. E Nicholas Saint John Green. Para motivo de escarnio, o grupo tinha o prazer de chamar-se “O Clube Metafísico”, dado que nestes primeiros anos da década de 1870 a metafísica era considerada fora de moda ou popularmente falando, um zero à esquerda.
Para melhor entender se início é necessário considerar a definição de crença apresentada por Alexander Bain: uma crença é “aquilo com base em que um homem está preparado para agir”. Essa afirmação centralizava todas as discussões oriundas do grupo “O Clube Metafísico”. Por isso, não significa que o pragmatismo seja um movimento filosófico tão revolucionário e original como muitos pensam. 
Para não dizer, em outras palavras, do abuso com que alguns pensadores desse movimento provocam com algumas autoridades sublimes de nossa fé, citamos o Peirce que, no ápice de sua ousadia chegou a afirmar que o próprio Jesus Cristo é pragmatista quando Ele fala que “conhece-os pelos seus frutos”. Esta é a máxima filosófica do pragmatismo, segundo Peirce. 
2.1 Contexto Histórico cultural da América
No século XX, a América alcança plena autonomia nos campos da política, da economia, da ciência e da técnica, inclusive na filosofia.
Nos EUA estava em momento de consolidação de sua sociedade após a guerra civil;
Início a institucionalização de suas universidades;
Sendo o Pragmatismo uma escola americana, a influência de sue pensamento parte de escolas anteriores, como os anteriormente existentes transcendentalistas da Nova Inglaterra, ou ainda os hegelianos de Saint Louis.
O pragmatismo advém em maior parte de extensões da filosofia europeia, herdada dos colonizadores e implantadas no Novo Mundo.
O puritanismo, a mentalidade pioneira dos colonos e a guerra civil (1861- 1865) contribuem para a criaçao do Pragmatismo.
Nesse contexto, Max Weber em sua célebre obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, apresenta uma conexão entre o calvinismo e o argumento da vontade de acreditar de James, acrescentando que “a valorizão pragmática, por James, da significação das ideias religiosas de acordo com sua influência sobre a vida é [...] uma verdadeira criança do mundo de ideias do lar puritano desse eminente acadêmico”. 
2.2 Críticos do pragmatismo
Os críticos do pragmatismo conservam uma estima pela origem desse movimento, atestando que veridicamente esse movimento surgiu nos Estados Unidos da América.
Nas palavras de Bertrand Russell, um dos primeiros críticos do pragmatismo: “O pragmatismo apela ao temperamento mental que encontra na superfície deste planeta o todo de seu material imaginativo; que se sente confiante no progresso e descuidado das limitações não-humanas ao poder humano”.
Para o bioeticista Leon Krass, o pragmatismo é um “avanço impensado na direção de qualquer coisa que sirva à experiência”; da mesma forma, o pensador do neo-marxismo Max Horkheimer, em 1947 escreveu que tal movimento (pragmatismo) “é a filosofia de uma sociedade que não tem tempo a gastar com a reflexão ou a meditação”. Para estes são significativas apenas as ideias que produzem “respostas concretas a questões concretas, tais como postas pelos interesses dos indivíduos, dos grupos ou da comunidade”.
John Dewey, teórico entre os principais representantes do pragmatismo, está de acordo que o pragmatismo é reflexo do próprio ambiente social e cultural em que surgiu. 
3. CARACTERÍSTICAS
Depois de compreendermos o que seria o pragmatismo, em nível geral, se faz necessário ressaltarmos aqui as principais características desse movimento aprofundarmos o nosso conhecimento sobre a corrente filosófica Pragmatista. Ora, essa corrente mostra a autonomia da Filosofia Americana. Do ponto de vista sociológico é uma forma de expressão do pensar e agir da nação Americana. Também pode ser considerada uma reação ao Positivismo e ao Materialismo Positivista. O Pragmatismo pode ser entendido também como uma forma de empirismo, no sentido em que dá importância à experiência. É um movimento aberto e antidogmático. Possui doutrina diversificada. Visa o sucesso prático: o valor de algo é proporcional a sua eficácia prática (útil). Não rejeita a formulação de hipóteses ou teorias. A experiência visa uma perspectiva para o futuro. Também, afirma Arthur O. Lovejoy que existem cerca de 13 tipos diversos de pragmatismos, que as vezes se diferenciam na teoria do conhecimento ou na teoria da verdade ou na teoria do significado ou na teoria dos valores. Mas, todos eles buscam uma conexão íntima entre teoria (significado) e prática (efeitos práticos). Destarte, o pragmático em si procura se orientar em como ele deve buscar os melhores meio de produzir suas atividades, levando em consideração as questões mais de ordem prática que teórica.
Os representantes pioneiros do pragmatismo foram Charles Peirce (1839-1914), William James (1842-1919) e John Dewey (1859-1952). Para William James o pragmatismo já era a adoção sistemática e consciente de um método que os filósofos vêm praticando desde a Antiguidade. Sócrates era um adepto do pragmatismo, Aristóteles usava-o metodicamente e Locke, Berkeley e Hume (empirismo) fizeram contribuições para a verdade por esse meio. Mas o pragmatismo foi introduzido, de fato, na filosofia em 1898, por um relatório de W. James a Califórnia Union em que ele se referia à doutrina exposta por Peirce num ensaio do ano 1878, intitulado “como tomar claras as nossas ideias”. Seus princípios foram sistematizados pelas críticas ao racionalismo alemão e ao empirismo inglês.
4. PRINCIPAIS REPRESENTANTES
4.1 Estados Unidos:
4.1.1 Charles Peirce
É o fundador do pragmatismo. Filósofo americano, nascido em Massachussets, em 1839, e falecido em Milford, no ano de 1914.
A primeira indicação de seu pensamento pragmatista é encontrada na sua recensão à edição das obras de Berkeley. Nesta, em sua primeira formulação do pragmatismo, ele apresenta duas proposições fundamentais na historia do pragmatismo:
a questão da validade do conhecimento pode ser discutida e resolvida indutivamente como um problema científico;
a verificação experimental se baseia no exame das consequências práticas de um conhecimento dado.
Os procedimentos para fixar as “crenças”
Para Peirce, o conhecimento é pesquisa. E a pesquisa se inicia com a dúvida. É a irritação da dúvida que causa a luta para se obter a crença, que é um estado de calma e satisfação. O ser humano procura obter crenças, já que estas é que determinam suas ações. No ensaio A fixação da crença, Peirce apresenta quatro os métodospara se fixar a crença. São eles o método da tenacidade, da autoridade, a-priori e o científico.
Para Peirce, o método da tenacidade é o comportamento do avestruz, que esconde a cabeça na areia quando surge algum perigo. Este método é o caminho de quem está seguro apenas aparentemente, enquanto interiormente vive total insegurança, esta que emerge quando ele se defronta com outras crenças, que outros também consideram boas. Para ele, o impulso social é contra este método.
O método da autoridade é comum daqueles que, com ignorância e terror, querem alcançar a concordância de quem não pensa igual ou harmonicamente à seu grupo. Trata-se do método das fés organizadas que, mental e moralmente, é imensamente superior ao da tenacidade, com sucesso e resultado maiores; porém, nenhuma destas fés permaneceu eterna. De acordo com o filósofo, a crítica as corroeu e a história as redimensionou.
A-priori é o método de quem considera que suas próprias proposições estão de acordo com a razão. Porém, para Peirce, a história dos pensamento metafísicos demonstra que a razão de um filósofo é sempre diferente da de outro. Este método não leva ao sucesso pelo fato de que essencialmente não difere do método da autoridade, já que faz da pesquisa algo semelhante ao desenvolvimento do gosto.
Como se vê, na compreensão de Peirce os três métodos anteriores não se sustentam, de modo que, caso se queira alcançar crenças válidas, o método correto é o científico.
Dedução, indução, abdução
Para ele, na ciência há três modos diferentes de raciocínio: dedução, indução e abdução. 
b.1) A dedução é o raciocínio que de premissas verdadeiras não pode levar a consequências falsas. 
b.2) A indução é o raciocínio que, sobre a base de certos membros de uma classe com certas propriedades conclui que todos os membros daquela classe terão as mesmas propriedades. 
b.3) A abdução é o salto da linha dos fatos para a das suas razões, cujo esquema é:
Observa-se C, um fato surpreendente;
Mas, se A fosse verdadeiro, então C seria natural;
Portanto, há razões para suspeitar que A seja verdadeiro.
A abdução é o tipo de argumentação que nos diz que, para encontrar a explicação de um fato problemático, devemos inventar uma hipótese ou conjectura, da qual se deduzam consequências, que possam ser verificadas indutivamente, ou seja, experimentalmente. É o modo pelo qual a abdução apresenta sua relação com a dedução e a indução:
a dedução é utilizada para forçar as consequências da hipótese A proposta como tentativa de solução do “fato surpreendente” C;
a indução tem função de verificação experimental do conteúdo da hipótese A, ou seja, como controle factual de suas consequências.
Entretanto, a abdução mostra que as crenças científicas sempre são falíveis, já que as provas experimentais sempre poderão desmentir as consequências de nossas conjecturas: “para a mente científica, a hipótese está sempre in prova”.
A regra pragmática 
Como foi supracitado, o método científico é o válido para fixar as crenças. Este consiste em formular hipóteses e submetê-las a verificação, com base em suas consequências. 
Por outro lado, na obra Como tornar nossas ideias claras (1878), Peirce afirma que a regra adequada para estabelecer o significado de um conceito é a regra pragmática. Para esta regra, um conceito se reduz a seus efeitos experimentais concebíveis; por sua vez, estes se reduzem a ações possíveis (isto é, ações que podem ser feitas no momento em que se apresentar a ocasião); e a ação só se refere a aquilo que atinge os sentidos.
Assim ele apresenta as raízes empíricas do pragmatismo: o ponto de partida e o de chegada do conhecimento é sempre a experiência sensível. Porém, ele não sublinhava o ponto de partida, como os empiristas do século XVIII, mas sim o ponto de chegada: os resultados práticos, concretos, sensíveis do conhecimento.
Para ele, a realidade consiste nos efeitos sensíveis peculiares produzidos pelas coisas que participam dela. O único efeito das coisas reais é o determinarem elas uma crença, visto que todas as sensações que elas produzem emergem na consciência na forma de crença. A questão consiste em saber como distinguir a crença verdadeira (crença no real) da crença falsa (crença na ficção). As ideias de verdade e falsidade pertencem exclusivamente ao método experimental de verificação da opinião.
De acordo com Charles Peirce, a essência da crença é a constituição de um hábito; e crenças diferentes se distinguem pelos modos diferentes de ação aos quais dão origem. Se dadas crenças não diferem nisto, se resolvem uma mesma dúvida produzindo a mesma regra de ação, então nenhuma diferença delas na consciência pode torná-las diferentes entre si, assim como tocar motivos musicais em claves diferentes não significa tocar motivos diferentes.
Para Peirce, esta maneira de conceber o conhecimento não corre o risco de se transformar em formas anais de egoísmo, subjetivismo e utilitarismo, já que ele sustenta a existência de uma utilidade universal a respeito da qual todos os homens estão de acordo, que é a racionalidade. De acordo com ele, os fatos práticos só podem promover como bem supremo o desenvolvimento da racionalidade concreta. Deste modo, o significado do conceito não é encontrado em alguma reação individual, mas sim na maneira como estas reações contribuem para tal desenvolvimento. É assim que Peirce confere caráter substancialmente intelectualista e racionalista ao pragmatismo, caráter que será abandonado por William James e substituído por um caráter voluntarista.
4.1.2 Willian James
a) Princípios de Psicologia
	No tempo de James, as correntes de psicologias, que circulava na sociedade, tinham por finalidade o estudo do homem através dos métodos fenomênicos, que estudava a manifestação da psique humana, ou o método metafísico, que se preocupava na busca da essência do humano. James inova porque é o primeiro em organizar um laboratório de psicologia experimental. 
	Em seus estudos, Willian defendia o estudo dos fatos psíquicos relacionados com a “fisiologia nervosa”. Além dista contribuição, desenvolveu a afirmação de a idéia de que a consciência não constitui uma estrutura fixa, possuidora de certas faculdades; seria ao contrário, um fluxo permanente, isto é um processo dinâmico que se organiza em vista de um fim. Sua teoria das emoções [...] afirma que as emoções não são mais que um produto da reverberação de certas modificações fisiológicas.
	A investigação que inicia em seu ensaio, tem o estudo da mente de dentro para fora, não negando o método empirista. Ele percebe cinco características do pensamento: 
Todo pensamento tende a ser parte de uma consciência pessoal.
Dentro de cada consciência pessoal, o pensamento esta sempre mudando. 
Dentro de cada consciência pessoal, o pensamento é sensivelmente continuo.
Ele sempre parece lidar com objetos independentes de si próprio. 
Ele está sempre interessado em algumas partes desses objetos com exclusão de outras partes, e escolhe ou rejeita.
	Quanto a primeira caracteristica, James coloca que nos é dificíl captar a imagem puramente da realidade, pois quando aprendemos tal fantasma, as nossas memorias anteriores tambem paraticipam da cognição do objeto. Ou seja, não se pode capatar uma imagem simples, mas complexa.
Na segunda caracteristica, o autor nao quer defender que nada a de imutavel na mente, mas que os fatos que ocorreram, na mesma, não se poderá outrora se repetir na história de uma forma identica. A justificativa, para tal, é que cada vez que o homem faz, algo ou percebe qualquer coisa, tem uma sequencia de sentimentos e estas não se repetem a sua ordem. E a unica coisa que se repete é o objeto de nosso conhecimento. Além dos nossos sentimentos nao se repetirem, a percepção da realidade também muda constantemente, mas nao de forma brusca. O que muda é a intensidade da sensibilidade dos nossos sentidos estarem captando as formas. Por isso o pessamento está em constante mudança, em constante fluxo.
Na terceira caracteristica, o filosofoparte da conceituação do que é “continuo” – “é algo sem quebra, fenda ou divisão”. As únicas quebras que se aceita é a interupçoes de intervalos de tempo, que suspende a consciencia para voltar a sugir em outro momento. A continuidade que se defende na consciencia pessoal é de duas formas: 
1 – que, mesmo quando existe ligado um intervalo de tempo, a consciencia, após ele, sente como se ele estivesse ligado com a noção anterior a ele, como outra parte do mesmo ego;
2 – que as mudanças de um momento para outro na qualidade da consciência não são nunca absolutamente abruptas.
No pesamento, não pode haver interupções porque, a consciencia não consegue fazer a distição das interupções do tempo. Nas outras caracteristicas, defenderá que existe uma relação dos objetos que se tem na realidade com a mente. Eles, os objetos, tem uma autonomia, pois ajudam a mente se localizar no espaço-tempo. Também, na ultima parte, a consciência faz uma seleção das percepções dos objetos contidos na realidade.
O autor, com os princípios da psicologia tenta utilizar de diferentes experiências próprias para ilustrar conceitos psicológicos, como a atenção e a consciência. Para ele, a mente faz é um instrumento que serve para adaptar-se no ambiente em que pode ser influenciada, ou hipinotizada, pelo meio externo.
b) A vontade de acreditar. 
James não tende absolutamente ao empirismo. Ele postulou, que um indivíduo tem o direito de “acreditar em sua vontade” mesmo quando sua a mesmo se encontra sem fundamento. Com está postulação, James vai contra a visão de Willian Kingdom Clifford, que expressa em seu ensaio “The Ethics of belief” [A ética da Crença], que é errado sempre acreditar, em algo, sem ter provas suficientes. James argumenta; que pode acontecer casos em que a pessoa tem o direito de acreditar, sem mesmo ter provas e se não o fizer estará propícia a um erro maior.
Para se ter o direito de acreditar sem ter certeza, James resgata o conceito de “hipotese”, para dar a possibilidade de algo se torne objeto da crença humana. Tais hipoteses, para ele, podem ser mortas ou vivas. O criterio de classificas, são as suas finalidades, ou seja; viva quando uma hipotese for postulada para o futuro e morta quando a mesmo, a hipotese, nos remete como sendo uma tentativa de explicar algo no passado.
Com a hipótese, um outro termo que é recrutado, é o termo “opção”. Ele, a chama de uma condição de escolha entre duas hipoteses rivais, que podem ser opções forçadas ou evitaveis e opções muito importante ou trivias. Nas decisoes muito importantes, segundo James, sao aquelas que inferem profundamente na vida de outra pessoa. Tais opções, as vezes só podem ser feitas uma vez na vida, e as mesmas precisão de uma decisão a qual nem sempre se tem um embasamento empirico para tal. Nisto, com as escolhas devemos estar dispostos para assumir os riscos, e, prontos para enfrentar consequências. 
No acreditar na vontade sem ter provas, de certa forma é um salto que só se deve ser feita na vida. No campo da ciência não é válido o salto no escuro, porque a ciência lida com coisas objetivas. Sa teoria é limitada em certas circustancia para ser colocada em prática.
O conceito de verdade de James, é utilizado de certas circustancia que deve ser satisfeita, que é: uma copia da realidade, feita pela razão com o auxilio dos sentidos, e esta por sua vez tem que ser perfeita, que entra em harmônia com a realidade, sem a contrapor. Com isto satisfeito, eis a verdade: a ideia qualquer que concorda com experiencias, cujos dados sao captados pelos sentidos. 
c) Variedades da Experiência Religiosa.
Na teoria de James, o campo da religião é abordado de maneita em que a vontade de acreditar, entra como um das principais bases. (p.78) James não estava se importando em provar se uma dividade existia ou não. Contudo, para si, instigava o efeito da idéia causava nas pessoas. 
O interesse de principal de James era os sentimentos e atos que cada pessoa, em um experienciava em sua relação com o que considerava divino. James não acreditava que a religião fosse a fonte da moralidade, mas não nega a influencia dela na vida dos indivíduos, pois a experiência religiosa poderia levar, o mesmo, a um estado de satisfação e contentamento, além de promover uma perspectiva mais alegre e otimista do mundo e do futuro. Isto porque tudo o que se poderia falar é dos efeitos, da diveindade na pessoas, pois o divino nao se pode penetrar de maneira empiricamente e seguramente. Contudo os efeitos nos craituras ou adoradores pode ser percebidos.
Por essa razão, considerou que o sentimento religioso pode ser útil, sendo mais uma dimensão da experiência humana. Embora reconheça que a utilidade da religião não a torna verdadeira, James começou a desenvolver na obra “Variedades da Experiencia Religiosa” o sentido de que a verdade utilitária que seria exposto em mais detalhes no Pragmatismo, por causa de sua utilidade. 
A experiência religiosa ou mística seria verdadeira enquanto ferramenta útil para determinados fins. Assim, o autor defende que a religião é um fenômeno real, no sentido que seu simbolismo evoca sentimentos e ações concretas, que não deveriam ser ignorados pela ciência e defendida pela filosofia.
Podemos, definir que o pragmantismo de James, leva em conta realidades que a razão nao pode explicar, porém os efeitos positivos podem serem percebidos na realidade do indivíduo.
Pragmatismo
O pragmatismo de James se caracteriza como um método de esclarecer as ideias, onde um dos critérios é; a realidade ou o efeito prático, que tem na vida do individuo; ou seja os efeitos concebíveis que as atitudes ou idéias implicam. O princípio de pragmatismo para James tem inspiração da interpretação do pragmatismo de Peirce, sobre como tornar as nossas idéias claras.
O seu método é um afastamento da realidade, que tem por finalidade, não somente buscar as coisas últimas, mas perceber os efeitos práticos. Vai se destacar nos campos onde a experiência não pode atuar, com no campo religioso e ético moral. 
A filosofia do pragmatismo é, para James, um meio-termo entre o racionalismo e o empiricismo, sendo uma perspectiva aberta à investigação de qualquer hipótese, desde que essa seja capaz de se mostrar concretamente útil. Ela, a filosofia pragmatista de James, pode ser chamada de emperismo radical, que tenta escapar do dualismo da metafísica e subjetividade da epistemologia cartesiana. Nisto se encontra, uma a concepção de verdade, em que uma coisa é conhecida a patir de sua “conduta Bem-secedida”, ou seja, pode-se dizer que uma idéia é conhecida se alguém poder fazer um caminho para chegar até ela. Que pode ser, também, caracterizada como um resultado ou caminho satisfeito, ou um resultado satisfatório. A filosofia de James é monista. Pois, segundo o autor, “situa a ênfase explanatória na parte, no elemento, no individual; é uma filosofia em forma mosaico”. 
Com isto James quer mostra a sua preferencia pelo individual, concreto para facilitar no processo de verificabilidade.
4.1.3 John Dewey
 	Nasceu em Vermont, na data de 20 de Outubro de 1859 e veio a falecer em 1 de Junho de 1952. Em vida foi um filósofo e pedagogo norte-americano. Graduou-se pela Universidade do Vermont em 1879 e exerceu as funções de professor. Em 1882 deixou o ensino e retornou à universidade para estudar Filosofia, na Universidade John Hopkins, onde obteve o doutoramento. Dewey exerceu a função de professor de Filosofia na Universidade de Michigan, 1884. Três anos mais tarde (1887), publicava o seu primeiro livro, Psychology, onde propunha um sistema filosófico que conjugava a estudo científico da psicologia com a filosofia idealista alemã.
Professor de Filosofia Mental e Moral na Universidade de Minnesota, que assumiu em 1888. No ano seguinte regressou à Universidade de Michigan para se tornar chefe do Departamento de Filosofia. Em 1894 saiu de Michigan para a recém-criada Universidade de Chicago.
No final da década de 1890, Dewey começou a afastar-se da sua anteriorvisão idealista neo-hegeliana e a adotar uma nova posição, que veio a ser conhecido mais tarde como pragmatismo.
Dewey se ligou à Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde permaneceu até ao fim da sua carreira no ensino, em 1930. Entre suas obras se destacam "A Escola e a Sociedade”, "Experiência e Educação", “Estudos sobre a teoria da lógica”, “Reconstrução Filosófica”.
John Dewey também é reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo, um pioneiro em psicologia funcional, e representante principal do movimento da educação progressiva norte-americana. Foi também editor. A formação acadêmica concentrada nos estudos de filosofia, especialmente na leitura de Hegel despertaram em Dewey grande interesse pelas questões sociais e psicológicas, nas questões educacionais, formuladas em termos lógicos. A lógica tornou-se tema central em sua obra: “Lógica teoria da investigação”. 
a) Educação progressiva
Para Dewey era de vital importância que a educação não se restringisse ao ensino do conhecimento como algo acabado – mas que o saber e habilidade do estudante adquirem possa ser integrado à sua vida como cidadão, pessoa, ser humano. No laboratório-escola, as crianças bem novas aprendiam conceitos de física e biologia presenciando os processos de preparo do lanche e das refeições, que eram feitos na própria classe.
Este elemento de ensino com a prática cotidiana foi sua grande contribuição para a Escola Filosófica do Pragmatismo. A idéia básica do pensamento de John Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno. 
b) Pragmatismo em Dewey
O pragmatismo surge no final do século XIX, sob a forte tensão que se colocava entre a filosofia e a ciência moderna, não sendo o pragmatismo como um sistema homogêneo de idéias. Se, por um lado, os pragmatistas trataram de temas comuns como o combate às filosofias especulativas; a abordagem da realidade do ponto de vista do pensamento, ou seja, do sujeito; a superação da filosofia contemplativa pela racionalidade científica e a formulação de uma nova concepção de verdade, por outro lado, estes temas foram abordados de maneira bastante diferenciada por cada um de seus propositores. 
Dewey é uma das três figuras centrais do pragmatismo nos Estados Unidos, ao lado de Charles Sanders Peirce (que criou o termo), e William James (que o popularizou). Mas Dewey não chamava sua filosofia de pragmática, preferindo o termo "instrumentalismo".
Sua linha filosófica era de influência fortemente hegeliana e neo-hegeliana. Ao contrário de William James, que seguia uma linha positivista inglesa. Dewey também não era tão pluralista ou relativista como James. Dewey afirmava, concordando com James, que a experiência (social, cultural, tecnológica, filosófica) poderia ser usada como juízo de valor da verdade; pois para James a religião poderia ser uma via rica e interessante, demonstrando como verdade algo derivado da convicção religiosa, levando o homem às incertezas do teísmo ou às suas certezas, ateísmo, monismo, etc. Dewey foi um filósofo que defendia a coexistência da filosofia com a religião, de forma racional. Também se diferenciavam, pois Dewey considera o sujeito e o objeto como um todo único, já os outros pragmáticos consideram o conhecimento como uma reprodução subjetiva de uma realidade objetiva.
Havia uma preocupação em Dewey, compartilhada por Peirce, com as falsas interpretações do termo pragmatismo. Dela se podem destacar alguns dos termos explicativos do pensamento pragmático presentes em todos os autores analisados – conseqüências práticas; validez das proposições e resolução de problemas.
Dewey tem por preocupação central o processo de construção de conhecimentos verdadeiros, usando como referência a investigação. O ato investigativo requer atitude sistematizada que implica em problematizar, investigar e concluir, diferenciando-se da mera definição ou demonstração. O resultado da investigação é uma resposta à dúvida (“asserção garantida”) considerando o conhecimento um produto provisório e diferente de “crença”, o que é acreditado e distinto também de “saber”, algo independente de relação com a investigação. 
O principal elemento da teoria do conhecimento de Dewey é a operação experimental que corresponde à lógica, à experiência reflexiva. A lógica em Dewey é uma ciência experimental progressiva, cujo objeto é determinado pela relação do material empírico com o simbólico e cujos postulados são submetidos à comprovação experimental e por esta razão sujeita a mudanças. A indagação não é algo que sucede na mente ou no organismo isoladamente, mas uma situação real de ação-reação entre o organismo e o meio, pois o comportamento do ser vivo consiste numa atividade - ação e reação.
O processo de investigação para Dewey tem dois níveis: o do senso comum e o da investigação científica. Ambos perseguem os mesmos passos: situação indeterminada (problema); localização do problema; sugestão de solução; ensaio (experimentação); solução (satisfação) ou determinação da situação. Enquanto o senso comum se ocupa com os problemas vitais, cotidianos utilizando-se de um sistema prático e não teórico ou abstrato; a investigação científica tem por objeto a verdade teórica, “asserção garantida”. Os problemas científicos têm suas origens no senso comum, mas se finalizam em verdades teóricas, isto é, problemas científicos.
O método empírico ou experimental tem a experiência como ponto de partida e como métodos de investigação e neste os objetos são “encontrados”, “experienciados” e não construídos com recursos da argumentação lógica. 
Razão e experiência, teoria e prática são unificadas, tendo o conhecimento duas fases, científica ou teórica e prática ou de aplicação unidas pela continuidade do processo de investigação e pela aplicação de seus resultados.
Para os metafísicos a experiência nunca se ergue acima do nível particular, do contingente e do provável. “Apenas disseram que, visto não existir uma faculdade de “Razão Pura” em posse da humanidade, devemos acomodar-nos com o que temos: a experiência, e utilizá-la o melhor possível”. (Dewey. 1959:99)
Na filosofia pragmática de Dewey, a realidade é toda composta de acontecimentos, pelo dinamismo da ação. A experiência se concretiza na continuidade entre os fenômenos naturais, os acontecimentos sociais e a experiência humana. Sendo a experiência (práxis) condição para a aquisição da verdade. A razão para Dewey é ato, é experiência. A tarefa da educação é associar o ensino à experiência pessoal do aluno. A experiência é colocada por Dewey como condição da aprendizagem. Não podemos dizer que experiência e educação são termos que se equivalem. “Algumas experiências são deseducativas”.
O “continuum experiencial” deweiano é experiências que se sucedem. “Através da experiência os seres vivos alteram-se alterando o universo. O homem, nesse processo de alteração mútua com o meio é capaz de acumular experiências e formular o conhecimento”.
 O pensamento reflexivo é uma seqüência ordenada, consecutiva e engendrada de idéias, é representação mental de algo que não está presente. As fases do pensamento reflexivo, conforme a definiu Dewey, são: a dúvida, hesitação, dificuldade mental que dá origem ao ato de pensar, e o ato de pesquisar para encontrar material que esclareça a dúvida. A natureza do problema a resolver determina o objetivo do pensamento e este objetivo orienta o processo do ato de pensar, assim o ato de pensar é regulado por seu objetivo. Contudo, não há exercício de treinamento para o bom pensamento, mas é necessário cultivar atitudes favoráveis aos melhores métodos de investigação, a saber: espírito aberto, sem preconceito e disponível para o novo, ou seja, absoluto interesse pelo objeto; responsabilidade que desencadeia a busca por pontos, pela significação e pela conclusão do trabalho, assim, não aprendemos a pensar, mas a como pensar, o hábito do pensamento cresce de tendências inatas. Estas tendências são de três ordens:a curiosidade, tendência para explorar o meio; a sugestão que são as idéias primitivas que surgem de modo espontâneo; e a ordem, onde uma sucessão controlada das idéias tem em vista uma conclusão.
Dewey afirma que cabe ao mestre dirigir o ensino no sentido de estimular as reações em matéria intelectual, ou seja, o pensamento reflexivo. Mas considera a experiência, atitude a ser cultivada pela escola, como comportamento espontâneo do sujeito (aluno). 
Para Dewey, a ética tem a função de distribuir diretrizes à atividade prática, com a finalidade de levar a humanidade a uma perfeição mais elevada. Ele também define o conceito de melhorismo, que é o meio-termo entre pessimismo e o otimismo. Dewey rejeita também as teorias estéticas, que consideram a arte como um reino separado, sendo um contraposto a tudo que é prático, instrumental.
Publicou numerosas obras, entre as mais importantes são: Estudos sobre a teoria da Lógica; Democracia e Educação; Reconstrução Filosófica; Experiência e Natureza; Lógica como teoria da pesquisa.
Os campos onde seu pensamento se mostrou mais fértil e original, foi o campo da Lógica, (com a teoria da pesquisa), da Ética, (com a teoria do melhorismo), e da Pedagogia, (com a doutrina da escola ativa).
Ele é o terceiro grande representante do Pragmatismo americano. No entanto ele se afasta de Pierce e de James no modo de interpretar as relações entre o conhecimento e a realidade. 
Muito influente ele chamou de instrumentalismo a sua própria filosofia diferente do típico empirismo.
Para ele a experiência não é consciência, mas sim história. A experiência é tida como simplificada e ordenada, é consciência clara e distinta. Ele vai justamente contra esse pensamento para ele a experiência não passa de história, que inclui também os sonhos, dores, a loucura, doença, morte, enfim a experiência não se reduz sequer ao conhecimento.
Ele usa o exemplo do sarampo, onde um homem pode duvidar se está com sarampo, porque o sarampo é um dado intelectual, o que ele não pode duvidar do que ele tem empiricamente, porque não é matéria de verdade ou falsidade, de dúvida, mas somente de existência. 
Ela é história portanto dirigida ao futuro de um mundo que é precário e imprevisível. O homem vive nas incertezas, no medo, diz Dewey que a comédia é melhor de se ver que a tragédia, no entanto se percebe que a comédia é superficial. E o homem vive neste mundo e dá origem a natureza, pois ela não vive sem ele e nem ele sem ela, ele está imerso na natureza.
Para ele é preciso ter coragem para denunciar a falácia filosófica, porque a filosofia ilude principalmente na questão de valores estáveis, bens estáveis, posses exclusivas de uma determinada sociedade, isso tem que ser acabado, são metafísicas que repelem medo e certa irracionalidade nas pessoas. 
O conhecimento para ele é tido como instrumento da adaptação ao ambiente, esse resolve os problemas que o ambiente nos impõe a enfrentar.
A função do pensamento reflexivo descreve Dewey é a de transformar uma situação na qual se tenham experiências caracterizadas por obscuridades, dúvidas, conflitos, perturbações, em uma situação que seja clara, coerente, ordenada e harmoniosa. Para ele as dúvidas se desfazem diante de nossas hipóteses adiantadas como tentativas para uma solução de situações conturbadas, e encontram confirmação no ato de nossas experiências.
Outro ponto importante em que ele merece destaque foi seu pensamento na área pedagógica onde poucos filósofos se dedicaram a isso. Para Dewey o Ideal educativo tente a “libertar e liberalizar a ação”, em contínua atenção para com a natureza ativa da aprendizagem, e para com a finalidade social de toda a educação.
O seu instrumentalismo ou teoria da pesquisa se insere na luta para enfrentar o mundo e os comportamentos difíceis atuais. Comportamentos esses bem como a política nunca se acabam, sempre vai se construindo como uma eterna democracia. Aqui ele diz que os sistemas trazem muitas verdades que são estáticas, que não podem ser mudadas, mas na realidade o que nos é apresentado é bem diferente pode-se perceber até mesmo com a biologia e a evolução das espécies que não é uma verdade absoluta, veio sendo construída.
Em sua grande obra Lógica: Teoria da investigação, ele ressalta que a função do pensamento reflexivo, é a de transformar situações que sejam perturbadoras, de conflitos, através da experiência em algo que seja coerente, uma situação clara e ordenada.
A ideia e os fatos são puro dados para Dewey; “pois não existem dados em si, nada constitui um dado senão em relação com a ideia ou com um plano operativo que possa ser formulado em termos simbólicos, desde os da linguagem comum até os mais precisos e específicos da matemática”, da física ou da química.
Em suma, Dewey é da opinião de que tanto as ideias com os fatos são de natureza operacional. As ideias são operacionais porque não são mais que propostas e planos de operação e intervenção sobre as condições existentes; e os fatos são operacionais no sentido de que são resultados de operações de organização e escolhas.
Senso Comum e pesquisa científica: as ideias como instrumentos
Percebe-se, portanto, que a inteligência é meramente operativa. A razão não é meramente contemplativa, aqui ele se distancia bastante de Aristóteles: a razão é a força ativa chamada a transformar o mundo em conformidade com os objetivos humanos.
A contemplação, é a própria experiência, mas para Dewey ela constitui a parte final do ser humano, quando ele passa a contemplar a sua existência, reflexões sobre acontecimentos no decorrer de sua vida.
Dewey comenta que o método experimental é o novo meio de construir ciência; de criar conhecimento e garantir que esse seja de fato um conhecimento. Em uma de suas citações ele diz que o mesmo é tão comum e antigo como a própria vida. E por isso deve ser dado continuidade.
As ideias são instrumentos em nossa investigação, são instrumentos para resolver o problema e enfrentar o mundo ameaçador de uma existência precária. E por serem instrumentos há pouco sentido em estudar a veracidade ou não, pois o que interessa está no juízo, que é a afirmação garantida.
Eis portanto o significado genuíno do instrumentalismo de Dewey, a verdade não é mais adequação do pensamento ao ser, mas se identifica muito mais com o poder comprovado de guia, que leva a algo; de uma ideia e, em última análise, com o corpo sempre crescente das afirmações garantidas, devendo ter em vista que essa garantia não é absoluta nem eterna, já que os resultados da pesquisa científica, bem como de toa operação humana, são continuamente corrigíveis e aperfeiçoáveis em relação às novas e cambiantes situações em que o homem virá a se encontrar em sua história.
Teoria dos Valores
Para ele os valores devem também serem submetidos a verificação de suas consequências, Dewey é relativista ou seja ele não considera possível fundamentar valores que sejam absolutos, eles são históricos e a tarefa do filósofo é estudar eles. A ética para ele portanto é histórica e social. 
Mas ele se importa com a ética, é uma de suas grandes preocupações em seu pensamento, tendo em vista que a ética para ele é histórica e social. Para ele os valores são planos de ação, na tentativa de tentar educar os seres humanos para que os problemas possam ser resolvidos.
Por vista, os fins em Dewey dá aparecer que são uma vida perfeita sonhada por Deus onde se viva um reino de justiça e amor.
Para ele não existe um fim último, todo fim encontrado é meio para outro fim, sempre vai dando continuidade.
Democracia, ética e política
Dewey demostra-se relativista pelo fato de não poder existir métodos racionais que possam determinar fins últimos. Para que não se caia em fanatismo ele propõe que seja posto objetivos e metas concretas, para que seja um fim maximamente real, que se comprovou ali pela experiência, assim se pode cooperar e agir na mais perfeita liberdade. 
Contudo ele defende a democracia e a mesma não é algo acabado, ela sempre está em formação e é aberta nãotem uma finalidade última e fechada.
Para Dewey, a ética tem a função de distribuir diretrizes à atividade prática, com a finalidade de levar a humanidade a uma perfeição mais elevada. Ele também define o conceito de melhorismo, que é o meio-termo entre pessimismo e o otimismo. Dewey rejeita também as teorias estéticas, que consideram a arte como um reino separado, sendo um contraposto a tudo que é prático, instrumental.
Lógica
Dewey se afasta de James na área da lógica, Porque enquanto James afasta a lógica da fé, colocando uma certa oposição entre ambas, restringindo a lógica a ciência. Dewey atribui a lógica um valor universal.
O que ele atribui é o valor universal da lógica. Segundo ele as ciências todas elas sem exceção precisam de lógica, ela funciona como um instrumento para que o homem possa agir retamente.
5. DIFUSÃO
Com o desenvolver das filosofias de Charles Peirce, John Dewey e William James. 
E a sua rápida aceitação, devido a própria praticidade, esta se difunde rapidamente em vários países. Na França os pensadores foram influenciados por James, dentre eles temos: Henri Bergson. Maurice Blondel, Émile Boutroux Georges Sorel (1847-1922) e outros. Mas queremos frisar, sem delongas, o pensador George Sorel. Este reformula ao pragmatismo de James, na forma de uma doutrina de crítica social em seu país. Na Inglaterra destaca-se Ferdinand Schiller (1864-1937) o Fundador do Humanismo Pragmático. Na obra: “Enigmas da Esfinge” ele assegura: todos os pensamentos e ações são o produto de seres humanos individuais, guiados por desejos e necessidades humanas, doas quais não se pode separar. Porém, na base de todo o conhecimento há um postulado emocional e na base de todo raciocínio, uma necessidade prática, ou seja, tenta provar que os axiomas são postulados (alegação de desejamos, esperamos que seja verdade). O princípio pragmatista é seletivo.
Na Itália encontramos uma grande aceitação do Pragmatismo. Benito Mussoline (1883-1945) se declara que sofre influência de James e Sorel e que seu fascismo teve grande parte das ideais pragmáticas. Giovanni Amendola (1882-1926) utiliza o pragmatismo contra a opressão de Mussolini. Este foi deputado membro do Jornal O Leonardo. Surge na Itália, mais precisamente em Florença um grupo de pensadores, levantando as ideias pragmáticas para criticar a cena política do pais. Pois, os governantes estavam só na retórica e sem ação. Estes ficaram conhecidos como Leonardini. Nele havia alguns pensadores que seguiam a linha Peirciana e outros a jamesiana.
Na linha Jamesiana se encontrava forte inclinação literária e visavam a vontade de acreditar de James. Dentre os pensadores destacamos aqui Giovani Papini (1881-1956) um dos fundadores e editor da influente revista literária Leonardo (1903). Ele conclui: “Não há coisa alguma assim como o pragmatismo, mas há somente teorias pragmáticas, e pensadores que são mais ou menos pragmáticos”. Também Giuseppe Prezzolini (1882-1982) segue junto com Papini. O pragmatismo para ele era antes de tudo uma proclamação de que o pensamento deveria ser livre e de que ele não deveria ficar restringindo dentro de um sistema filosófico rígido. (ex: Hegel).
Na linha Peirciana os filósofos visavam mais o lado científico. Ressaltamos Giovani Vailati (1863-1909) Defensor da distinção entre juízos de fato e juízos de valor e Mario Calderoni (1879-1914) que utilizou o pragmatismo como método. Já na Alemanha foi Wilhelm Jerusalém quem traduziu o Pragmatismo de James em meio das duas guerras mundiais. Merece destaque o pensador Eduard Baumgarten (1856-1913) que viu no pragmatismo uma filosofia da ação e Hans Vaihinger (1852-1933) que faz uma subordinação do conhecimento à ação. Todo conhecimento humano é ficção para ele.
5.1 Influências deixadas
O neo-pragmatismo de Richard Rorty, é uma das influências vindas após o movimento filosófico aqui tratado. O atual filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. o chama de “cometa filosófico”, no Brasil o pragmatismo ganha um novo aspecto, herdado dos EUA, primeiramente. Crítica ao pragmatismo: 
- 1º Verdade como correspondência: o pragmatismo é uma doutrina de combate ou de fuga em relação à noção corespondente de verdade. A verdade como correspondência pode ser alcançada por alguns (não por todos) a partir de enunciados cada vez mais apurados.
- 2º Representação ou re-apresentação: Tudo o que falamos e pensamos é uma forma de re-apresentação. Linguagem e pensamento é uma tentativa de esforço em re-apresentar o que a própria realidade nos apresenta.
Pressupostos epistemológicos e metafísicos: combatidos pelo pragmatismo, dado que pelo fato destes mesmos serem causa de hierarquia da própria sociedade enquanto vista nos âmbitos da epistemologia e da ética.
Para Richard Rorty, segundo Paulo Ghiraldelli, o pragmatismo deve combater as irregularidades resultante da percepção mais acurada em alguns indivíduos e ausente em outros,. O pragmatismo quer propor uma espécie de igualdade frente às divergências dos indivíduos terem conhecimento em maior ou menor proporção. A democracia é uma tentativa de igualar essas diferenças. 
Jürgen Habermas: sua filosofia é próxima do pragmatismo americano. Sustenta que é a democracia que possibilita o igualitarismo entre as pessoas, à semelhança de Rorty. A democracia deliberativa o conduz para um segundo trabalho de sua filosofia: a teoria da ação comunicativa. 
Para Habermas, “comunicar é sempre a ação mais excutada”. A comunicação impele na tentativa de darmos respostas razoáveis aos problemas do dia-a-dia. 
5.2 Pragmatismo hoje
O pragmatismo mesmo tendo surgido nos Estados Unidos da América. Espalhou-se pelo mundo. Afinal é uma doutrina sobre a qual as idéias são instrumentos de ação, que só vale se produzir efeitos práticos. E podemos dizer que ele permeia todos os campos de nossa sociedade, tais como: a Política, Religião, Economia... E toca todo tecido social, modificando as relações.
Sendo o Pragmatismo de valor prático. É possível daí entender sua penetração em todos os seguimentos de nossa sociedade. De forma especial na Política onde é grande o jogo de interesses, muda se de posição ou idéia conforme o jogo político, o que era verdade em um tempo em outro soa como mentira o fisiologismo é exagerado. Em nossa realidade de Brasil em nível político isso está muito presente. São visíveis, afinal os políticos brasileiros se apresentam pragmáticos em sua maioria, o jogo de interesse é grande para se obter algo.
Certa vez em entrevista o ministro das relações internacionais do Brasil Celso Amorim, mesmo disse que a política do Brasil é pragmática. A média e longo prazo, pois segundo ele buscam-se resultados. E é de entender que a geopolítica circula também nesse nível pragmático. É a grande questão das políticas mundiais, busca de resultados. Que na maioria das vezes não considera quem sofre pra dar esses resultados.
Em nível religioso percebe-se um mercado que lucra fiéis enlouquecidos pelos milagres resultados e respostas. Embora para William James diga que o campo religioso coloque o ser humano em contato com uma ordem invisível e muda sua existência modela. Em outras palavras abre se um novo campo perceptivo.
A experiência religiosa quando se lança, numa busca frenética de resultados imediatos, pode alienar o ser humano. É claro que nem sempre há uma sintonia entre os mestres espirituais e pessoas religiosas, pois no dia a dia é perceptível comportamento pragmático em desconsideração até ao que se crer como verdade. Importando somente aquele resultado que quero.
É lógico que o pragmatismo teve uma grande expansão. Na Alemanha com Hans Vaihinger que para ele o objetivo do conhecimento é a vida! Também tem Miguel de Unamuno ele tem a vida como critério de verdade, na Itália surgiu com “Leonardo”(1903-1907) e penetrou a sociedade italiana afinal o pragmatismo tem caratê “utilitário” enquanto leva a descartar certo número de questões inúteis.
Não é de estranhar que este modelo americano como o pragmatismo tenha se espalhado rapidamente.E conquistado inúmeras pessoas atingido o comportamento de pessoas e moldado idéias essa praticidade, busca de resultados o concreto o conhecimento imediato que fez e faz o pragmatismo interessante. Todavia na medida em que ele se distancia da metafísica das causas não tão imediatas torna-o de certa forma insípido só o utilitário ele se desconstrói também e não responde as angústias que emerge na modernidade, e tem afligido a condição humana. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Das derivações do Pragmatismo original – o pragmaticismo, segundo o fundador Peirce, de cunho metodológico – surge o pragmatismo voltado para a religião e a ética sob forma de um espiritualismo. Como abordado pela vertente inglesa, o Pragmatismo é um verdadeiro humanismo, com risco de cair em subjetivismo e idealismo. Não é muito estranho, portanto, entender as influências que receberam as religiões neopentecostais e seus discursos de prosperidade e satisfação.
Seguimos com o Pragmatismo espanhol defendendo a filosofia da vida, no sentido do existencialismo, uma valorização da vida e sua evolução. Em suma, uma motivação para bem viver a vida. Ainda se percebe o Pragmatismo, sobretudo em suas múltiplas facetas, disseminado na área da política.
Diante de algumas expressões atuais elencadas do pragmatismo, em suas raízes, procurou-se trazer algo que auxilie na visão mais ampla da contemporaneidade. Parece que, para esta época, os valores estão imersos nesta grande virada de pensamento, ou ainda, no campo da ação. Hoje, mais do que nunca, o que vale é o fazer e o ter. A esta perspectiva, estão cada vez mais ficando para trás a questão do ser e, em parte, a questão do conhecer. Faz-se uma ressalva aqui sobre a epistemologia, no sentido de que, a mesma não mais é buscada como ou finalisticamente como saber desisteressado. Ao contrário, para a sociedade pragmatista, o saber tem seu valor quando pode ser aplicado a um determinado fim, ou seja, é um olhar para o futuro.
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. 3 ed. Tradução. Antônio Ramos Rosa; Conceição Jardim; Eduardo Lúcio Nogueira. Lisboa: Editorial Presença, 1984. vol. XIII.
BUNNIM, Nicholas; TSUI-JAMES, E. P. (Org.). Compendio de Filosofia. Trad. Luis P. Rouanet. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
GIOVANNI, Reale; ANTISERI, Dário. História da Filosofia: do romantismo até nossos dias. São Paulo: Paulus, 1991.
JAMES, William. O pragmatismo e outros textos. (Os pensadores). Trad. Jorge C. da Silva; Pablo R. Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
MONDIN, Battista. Curso de filosofia: os filósofos do Ocidente. Tradução: Benôni Lemos. Ed. 6º. São Paulo: Paulinas, 1981-1983.
SANTOS, José Francisco dos. Realismo e falibilismo: um contraponto entre Peirce e Popper. - ed. Curitiba, PR: CRV, 2011. 
WAAL, Cornelis. SobrePragmatismo. Tradução: Cassiano T. R. São Paulo: Loyola, 2007.

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