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Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Leila Carvalho Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br © 2007 – IESDE Brasil S.A. e ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. C331 Carvalho, Leila. Programa Boas – Alimento Seguro./Leila Carvalho. — Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007. 112 p. ISBN: 978-85-7638-763-3 1. Alimentos – Contaminação 2. Alimentos – Manuseio 3. Alimentos – Adulteração e Inspeção 4. Higiene I. Título. CDD 363.192 IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 80730-200 • Curitiba • PR www.iesde.com.br Todos os direitos reservados ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Rua Bambuí, 20 – Sala 102 • Serra 30210-490 • Belo Horizonte • MG www.abrasel.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br z Alimentos são fontes de nutrientes vitais e de prazer para as pessoas. Afinal de contas, quem não gosta de comer uma carne suculenta ou uma lasanha bem recheada ou ainda uma bomba de chocolate? Porém, os mesmos alimentos que causam muita satisfação podem causar doenças caso estejam impróprios para o consumo. Em todo o mundo, todos os anos, milhões de pessoas são acometidas por Doenças Transmitidas por Alimentos, também conhecidas pela sigla DTAs. Os alimentos transmitem doenças quando se apresentam contaminados, sendo os contaminantes biológicos, como vírus, parasitos e principalmente bactérias, os principais responsáveis pelos maiores surtos já identificados em diversos países do mundo. A maneira mais eficaz de combater as contamina- ções e evitar suas complicações é seguir princípios e conceitos preventivos dentro das empresas de alimen- tação, através da aplicação de medidas de controle que garantam a segurança dos alimentos, desde a sua aquisição até a sua distribuição para o consumo. E é exatamente isso que este livro apresenta. Ele foi desenvolvido para que você, que trabalha com alimentos e bebidas, possa acompanhar melhor cada videoaula e testar os seus conhecimentos nesse assunto de extrema importância para todos os profissionais que trabalham com alimentos. Bons estudos! Leila Carvalho Todos os direitos reservados ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Rua Bambuí, 20 – Sala 102 • Serra 30210-490 • Belo Horizonte • MG www.abrasel.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS o manIpulador HIgIene do ambIente de trabalHo aquISIção, recebImento e armazenamento manIpulação de alImentoS I manIpulação de alImentoS II 7 21 35 47 59 77 93 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 9 Boas práticas a segurança de alimentos tem por objetivo principal garantir que o consumo de um alimento não cause prejuízo de nenhuma forma ao consumidor. Sua prá- tica está fundamentada na realização de um conjunto de atividades desenvolvi- das para garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos, denominadas simplesmente como boas práticas. dentre as práticas mais importantes, a organização mundial da Saúde (omS) destaca dez regras de ouro sobre os cuidados adequados que devemos ter com os alimentos: adquirir alimentos tratados de maneira higiênica; cozinhar bem os alimentos; consumir imediatamente os alimentos cozidos; armazenar cuidadosamente os alimentos cozidos; reaquecer bem os alimentos cozidos; evitar o contato entre os alimentos crus e os cozidos; lavar as mãos freqüentemente; manter cuidadosamente higienizadas todas as superfícies da cozinha; manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais; utilizar água pura. Legislação as boas práticas são exigidas pela legislação brasileira que dispõe de regulamento técnico abrangendo todos os cuidados necessários no trato dos alimentos. Sua desobediência configura infração de natureza sanitária, sujeitando a empresa às penas previstas em lei que variam desde notificações até multas e interdição do estabelecimento. os serviços de alimentação devem cumprir uma série de determinações re- lacionadas a todos os processos da empresa, desde as instalações, a aquisição, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 10 o armazenamento e a manipulação dos alimentos até a definição de responsa- bilidades, documentação e registros. Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) a resolução rdc 216, publicada pela anvisa em 15/9/2004, além de estabelecer procedimentos de boas práticas, exige que a empresa disponha do manual de boas práticas e procedimentos operacionais padronizados, que são documentos que descrevem de maneira fiel todos os cuidados que a empresa possui a fim de garantir a qualidade do alimento. dessa maneira, cada empresa tem que desenvolver o seu próprio manual de boas práticas devendo mantê-lo acessível aos seus colaboradores e disponível às autoridades sanitárias. para ser eficaz, o manual deve ser revisto e atualiza- do periodicamente, de acordo com novas ações e mudanças realizadas. esse manual deve conter informações sobre: requisitos higiênico-sanitários dos edifícios (instalações físicas); controle da água de abastecimento; controle integrado de vetores e pragas urbanas; capacitação profissional e controle da higiene e saúde dos manipuladores; manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios; manejo de resíduos (lixo e demais itens descartados); controle e garantia de qualidade do alimento preparado, incluindo controle das matérias- primas, cuidados na manipulação dos alimentos e seu transporte; responsabilidade pelas atividades de manipulação dos alimentos. quanto aos procedimentos operacionais padronizados, esses devem estabelecer de maneira objetiva, a descrição passo a passo para a realização das operações que garantam a segurança dos alimentos na empresa, de forma a prevenir, reduzir a níveis aceitáveis ou eliminar riscos de contaminação dos alimentos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 11 a legislação federal exige, no mínimo, quatro pops, relacionados a(à): higiene e saúde dos manipuladores – pop 1; higienização de instalações, equipamentos e móveis – pop 2; controle integrado de vetores e pragas urbanas – pop 3; higienização do reservatório de água – pop 4. utilize o manual de boas práticas e os procedimentos operacionais padro- nizados de sua empresa a seu favor, consultando-os sempre que tiver dúvida quanto aos procedimentos e controles, e como guia para treinamento interno tanto para colaboradores recém–contratadosquanto para reciclagem. Registros a implementação de registros tem o objetivo de monitorar a eficácia dos processos relacionados à segurança dos alimentos, permitindo um controle melhor desses processos pela empresa. de acordo com a legislação, os registros devem ser mantidos por um período mínimo de 30 (trinta) dias. para facilitar sua coleta, os formulários devem conter campos planejados para o preenchimento dos dados desejados. todos os formulários devem apresentar, no mínimo, espaço para a data e identificação do responsável pelo preenchimento. Modelo de registro Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 12 Instalações físicas com o objetivo de facilitar a higienização e de evitar problemas de contami- nação e proliferação de pragas, a rdc 216 destaca uma série de cuidados para as instalações da empresa: piso, paredes e teto devem ter revestimento liso, impermeável e lavável e devem ser mantidos em bom estado de conservação; os ralos devem possuir grelhas que permitam seu fechamento; as portas e janelas devem estar bem ajustadas aos batentes; as portas das áreas de manipulação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de molas para fechamento automático; todas as aberturas para as áreas externas devem possuir telas milimetradas, removíveis para facilitar a limpeza; toda área de produção e manipulação de alimentos deve possuir estações exclusivas para a lavagem das mãos, incluindo sabão líquido bactericida ou outro produto anti-séptico, papel- toalha descartável não reciclado ou secador de ar quente e lixeira adequada. as áreas devem possuir iluminação suficiente para proporcionar uma boa visualização das atividades realizadas e das características dos alimentos; as luminárias utilizadas na cozinha devem possuir proteção contra explosão e queda das lâmpadas; as instalações elétricas e outras fiações devem ser mantidas embutidas ou dentro de tubulações que facilitem a higienização das áreas; deve-se garantir exaustão adequada para haver a renovação constante do ar, com a retirada de fumaça e outros gases e partículas; não deve haver incidência de fluxo de ar diretamente sobre os alimentos, não sendo permitida a utilização de ventiladores voltados diretamente para as áreas de produção e manipulação de alimentos; todas as superfícies de equipamentos, bancadas e utensílios que possam entrar em contato direto com o alimento devem ser de material adequado, liso, lavável, impermeável, de forma a facilitar a sua higienização e para impedir a contaminação dos alimentos. É proibida a utilização de bancadas e utensílios de madeira. todas as lixeiras, incluindo as dos sanitários, devem possuir tampa com um sistema de abertura na qual não se utilizem as mãos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 13 Manutenção Seguir as recomendações sanitárias para as instalações pode prevenir uma série de problemas futuros. no entanto, é necessário realizar também a manutenção constante das instalações para cumprir com as condições exigidas para a produção de alimentos seguros, o que inclui: adotar programas de manutenção e higienização periódica dos equipamentos, utensílios e instalações; realizar calibração constante dos termômetros e outros instrumentos de medição; manter as áreas internas e externas livres de entulho, lixo, objetos em desuso ou quaisquer outros elementos que possam permitir a proliferação de pragas e a presença de animais; manter nos sanitários e nas estações de lavagem de mãos produtos necessários para a higiene pessoal, o que inclui papel higiênico, sabão líquido bactericida ou sabonete líquido neutro e produto anti-séptico, além de papel-toalha não reciclado. Controle e garantia de qualidade do alimento além das instalações físicas, garantir a segurança dos alimentos exige profissionais preparados e cuidados durante todo o fluxo de produção, ou seja, desde o recebimento de matérias-primas até a entrega dos alimentos prontos. Manipuladores a legislação é exigente no que se refere a manipuladores de alimentos, já que estes são peças-chave nesse processo. São exigidos cuidados com a higiene pessoal, controle de saúde e treinamento constante. além disso, é necessário ter um responsável pelas atividades de manipulação, sendo que este responsável deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: contaminantes alimentares. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 14 doenças transmitidas por alimentos (dtas). manipulação higiênica dos alimentos. boas práticas. Contaminação de alimentos a contaminação ocorre quando há no alimento a presença de partículas, substâncias ou microrganismos que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. um alimento pode ser contaminado a partir do ambiente, das superfícies, dos utensílios e equipamentos, de outros alimentos e a partir dos próprios manipuladores. e são justamente as pessoas as principais causadoras das contaminações, principalmente devido a práticas inadequadas de higiene e falhas de processo. a prevenção às contaminações é essencial para garantir a segurança dos alimentos e passa obrigatoriamente pelo conhecimento de suas causas e maneiras de serem evitadas. existem três tipos de contaminação, classificadas como: física; química; biológica. Contaminação física a contaminação física ocorre quando há a presença, nos alimentos, de partículas estranhas e visíveis a olho nu. exemplos de contaminantes físicos: caco de vidro, pedra no feijão, espinha de peixe, fio de cabelo, lasca de metal. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 15 para evitar contaminação física: proteja completamente seus cabelos; não utilize adornos, como jóias, bijuterias, amuletos, presilhas de cabelo; mantenha as unhas curtas e sem esmalte; faça barba e bigode diariamente; tenha muita atenção ao manipular alimentos, dessa forma você poderá evitar a presença de pedras, espinhas, ossos nos alimentos; não permita a realização de atividades de manutenção de equipamentos e instalações, junto com a manipulação de alimentos; instalar luminárias com proteção antiqueda na área de manipulação de alimentos. Contaminação química a contaminação química ocorre quando há a presença de substâncias químicas indesejáveis nos alimentos. exemplos de contaminantes químicos: produtos de limpeza como sabão ou detergente proveniente do mal enxágüe das mãos ou utensílios; cloro utilizado na sanitização das verduras; pesticidas quando não é feita a correta higienização após a desinsetização do ambiente ou quando há a aplicação incorreta desses produtos. para prevenir a contaminação química: enxágüe bem as mãos, utensílios, verduras e frutas após a correta higienização das mesmas; após processo de desinsetização, higienize bancadas, utensílios e equipamentos antes de iniciar o trabalho; jamais reaproveite embalagens de produtos de limpeza e outros produtos químicos; sempre armazene produtos de limpeza separados dos alimentos ou produtos descartáveis. Contaminação biológica a contaminação biológica ocorre quando há a presença de microrganismos prejudiciais ou suas toxinas nos alimentos. exemplos de contaminantes biológicos: microrganismos como bactérias, fungos, vírus, além de parasitos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASILS.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 16 microrganismos são organismos que não podem ser vistos a olho nu. as contaminações biológicas apresentam as maiores ameaças à segurança de alimentos, porque são muito difíceis de serem detectadas! para prevenir a contaminação biológica: cozinhe adequadamente os alimentos, seguindo o tempo e a temperatura recomendados; higienize adequadamente equipamentos, superfícies, utensílios e mãos antes de entrarem em contato com os alimentos; evite temperaturas de risco, mantendo refrigerados a menos de 5ºc os alimentos frios e aquecidos acima de 60ºc os alimentos quentes; evite consumir alimentos sem tratamento higiênico, como leite in natura, água não tratada e hortifrúti não higienizado; não use as mãos diretamente para provar os alimentos; evite a contaminação cruzada. Contaminação cruzada a contaminação cruzada ocorre com a transferência de contaminantes de um determinado local, superfície ou alimento para outros alimentos e superfícies através de utensílios, equipamentos, mãos, entre outros. É muito comum acontecer contaminação cruzada, principalmente através da utilização de panos, equipamentos ou utensílios sem a devida higienização. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 17 para prevenir a contaminação cruzada deve-se: separar os utensílios sujos dos limpos; higienizar mãos, bancadas de trabalho e utensílios entre uma atividade e outra; porcionar e manipular alimentos em locais ou horários predeterminados; armazenar os alimentos em recipientes devidamente tampados e identificados; respeitar a ordem correta de armazenamento dos alimentos dentro dos refrigeradores, ou seja, alimentos cozidos ou prontos para o consumo acima dos alimentos crus. Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 18 a segurança dos alimentos pode ser alcançada naturalmente, por meio das boas práticas durante a manipulação dos alimentos. para implantar um sistema de qualidade dos alimentos, a fim de servir alimentos seguros, é importante saber utilizar bem ferramentas como o manual de boas práticas e os procedimentos operacionais padronizados, além de treinar toda a equipe de trabalho. Servir alimentos seguros significa oferecer alimentos livres de contaminações. uma contaminação ocorre quando há no alimento a presença de partículas, substâncias ou microrganismos que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. existem três tipos de contaminações: física: quando há a presença de fio de cabelo, pedaço de unha, brinco etc. nos alimentos; química: quando há a presença de produtos químicos nos alimentos; biológica: quando há a presença de microrganismos prejudiciais nos alimentos. a contaminação biológica é a mais perigosa de todas, pois é a mais difícil de ser detectada. por fim, a contaminação cruzada ocorre com a transferência de contaminantes de um determinado local, superfície ou alimento para outros alimentos e superfícies, através de utensílios, equipamentos, mãos, entre outros. para evitá- la, mantenha uma boa higiene e organização durante todo o trabalho. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Introdução à Segurança doS alImentoS 19 1 marque a alternativa verdadeira. a todo manipulador de alimento deve conhecer e exercer as boas práticas, mesmo porque é uma exigência da legislação. b o manual de boas práticas deve permanecer bem guardado no escritório. c a lei não faz exigências quanto às instalações físicas. d apenas o responsável pelas atividades de manipulação deve ser treinado. 2 É exemplo de contaminação física: a pedaço de plástico no alimento. b resquícios de cloro no alimento. c microrganismos prejudiciais no alimento. d misturar o alimento cru com o cozido. 3 É exemplo de contaminação química: a utilizar um pano para limpar uma bancada e em seguida as mãos. b pedaço de unha no alimento. c parafuso no alimento. d resto de detergente no alimento. 4 É exemplo de contaminação biológica: a pedaço de esmalte no alimento. b microrganismos prejudiciais no alimento. c resto de sabão no alimento. d fio de cabelo no alimento. 5 como se deve evitar a contaminação cruzada? a armazenar alimentos crus acima dos alimentos prontos para o consumo. b após preparar um peixe, colocar luvas para montar sanduíche. c Higienizar bem as mãos entre uma atividade e outra. d depois de porcionar a carne crua, usar a faca logo em seguida para cortar queijo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 20 Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E MICRORGANISMOS Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 23 Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) as dtas são causadas por ingestão de alimentos contaminados, especial- mente por microrganismos. os sintomas mais comuns relacionados a esse tipo de doença são dores abo- minais, náuseas, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre, muitas vezes tratados em casa ou com medicação simples. no entanto, muitos quadros podem evoluir para casos mais graves, que podem levar à morte, sendo as dtas consideradas uma das maiores causas de mortalidade em países em desenvolvimento, se- gundo a organização mundial da Saúde (omS). as conseqüências variam muito de pessoa para pessoa. algumas são mais suscetíveis, como crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas debilitadas ou que estejam se recuperando de algum tipo de doença. os principais alimentos envolvidos em dtas são de origem animal, com destaque para carne bovina e suína, frango, ovos, pescados, frutos do mar e produtos derivados do leite. tais alimentos fazem parte de um grupo cha- mado de alimentos potencialmente perigosos, com os quais devemos redo- brar os cuidados. Já que são os microrganismos os principais causadores de dtas, vale a pena entender melhor como eles se comportam e como evitar as doenças causadas por eles. Microrganismos os microrganismos são seres vivos tão minúsculos que não podem ser vistos a olho nu. eles contaminam os alimentos e nem sempre alteram sua textura, cor, cheiro ou sabor. ou seja, às vezes, pode-se achar que o alimento está bom e na realidade, ele vai causar uma grande dor de barriga em quem comê-lo. uma informação importante sobre os microrganismos é que eles não se locomovem sozinhos (não possuem pés e mãos!), e por isso utilizam outros seres vivos como homens, animais e insetos e até mesmo o vento para contaminarem outros locais. dessa forma, conseguem estar em todas as partes e só não nos damos conta porque não conseguimos enxergá-los. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 24 eles estão presentes: nas pessoas: no trato intestinal (fezes) e urinário (urina), nariz, boca, mãos, unhas, cabelos e em toda a pele; na natureza: solo, ar, plantas, água; nos animais: gatos, cachorros, aves, pragas como baratas, ratos, moscas, formigas e outros; nos utensílios e equipamentos: bancadas de trabalho, placas de corte,facas etc. São quatro os tipos de microrganismos: vírus, fungos, parasitos e bactérias. Vírus Vírus são os menores contaminantes microbianos que existem e necessitam de um hospedeiro vivo, como uma pessoa ou um animal, para se multiplicarem. normalmente, encontram-se no trato intestinal das pessoas e animais e em água contaminada. em geral, contaminam qualquer tipo de alimento devido a práticas inadequadas durante a manipulação deste, especialmente devido à higiene pessoal insatisfatória e utilização de água contaminada. São causadores de doenças como hepatite a e gastroenterite por rotavírus, cujos sintomas podem variar desde um mal-estar, dor abdominal, vômito, até diarréia grave, desidratação até a morte. as principais maneiras de evitar doenças causadas por vírus são: comprar alimentos de fornecedores idôneos, especialmente os alimentos que serão consumidos crus e sem nenhum tipo de tratamento, como no caso das ostras; cozinhar bem os alimentos, seguindo o tempo e a temperatura recomendados; consumir água tratada, bem como utilizar gelo de procedência confiável; praticar boa higiene pessoal e ambiental. Fungos os fungos são divididos em bolores e leveduras. Sob condições controladas, ambos são utilizados na fabricação de alimentos e bebidas, como queijos (gorgonzola, brie, roquefort), vinhos, cervejas, entre outros. mas também podem estragar os alimentos, sendo que as leveduras não provocam dtas, ao Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 25 contrário dos bolores, que produzem toxinas responsáveis por alergias e até mesmo o desenvolvimento de câncer em seres humanos. encontram-se no meio ambiente e multiplicam-se nos alimentos. podem ser vistos sem ajuda do microscópio quando estão reunidos em colônias. têm aspecto esponjoso e podem aparecer sob várias cores (preto, cinza, verde), sendo freqüentemente encontrados em frutas, verduras, pães e queijos (mussarela, prato etc.). a melhor forma de prevenir doenças causadas por esses microrganismos é desprezar alimentos que apresentam bolor indesejado. Parasitos podem ser microscópicos ou macroscópicos (visíveis a olho nu), especialmente na forma adulta, como, o parasito conhecido como solitária (Taenia), que pode variar de 2 até 25 metros de comprimento em sua fase adulta. assim como os vírus, todos os parasitos precisam de um hospedeiro vivo, como pessoas e animais, para se desenvolver. normalmente encontram-se no trato intestinal das pessoas e animais, em água contaminada e no solo. contaminam água e alimentos devido, principalmente, a falhas de higiene, causando doenças como giardíase (causada pela giárdia), ascaridíase (causadas pela lombriga), teníase e cisticercose (causada pela solitária), amebíase (causada pela ameba) e outras, com sintomas que variam desde diarréia, náuseas, vômito até subnutrição, perda de peso e anemia grave. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 26 as principais maneiras de evitar doenças causadas por parasitos são: cozinhar bem os alimentos, seguindo o tempo e a temperatura recomendados; higienizar adequadamente frutas e verduras; fazer uso de água tratada; praticar boa higiene pessoal e ambiental; congelar peixes e carnes, que serão consumidos crus ou mal cozidos, à baixíssimas temperaturas, por tempo controlado para inativar alguns parasitos encontrados nesses alimentos. a Food and Drug Administration (Fda – órgão responsável por alimentos nos estados unidos) recomenda que todo o pescado ou marisco que será ingerido cru ou mal cozido, deve passar por processo de congelamento rápido a temperaturas de –35ºc, por 15 horas, ou congelamento normal a –20ºc, por período de sete dias para inativar alguns parasitos encontrados nesses alimentos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 27 Bactérias as bactérias patogênicas são as principais causadoras de dtas, colocando em risco a saúde e vida das pessoas. contaminam os alimentos através de práticas inadequadas durante o armazenamento e a manipulação de alimentos, causando muitas doenças como a salmonelose (causada pela salmonela), cólera (causada pelo Vibrio cholerae), diarréia (causada por E. coli), com sintomas que variam desde náuseas, cólicas, diarréias até desidratação, choque e morte. elas estão em toda parte e multiplicam-se rapidamente nos alimentos quando encontram condições favoráveis. para isso, esses microrganismos precisam basicamente de tudo aquilo que um ser humano também precisa para viver. condições favoráveis para bactérias: Temperatura: temperaturas baixas inibem a ação das bactérias, as quais na sua maioria não se multiplicam em alimentos congelados abaixo de 0ºc, enquanto temperaturas a partir de 70ºc são capazes de destruir a maioria das espécies. Informações mais detalhadas sobre o comportamento das bactérias em diferentes temperaturas encontram- se no item “temperaturas de risco”; Oxigênio: as bactérias possuem exigências específicas de oxigênio. algumas precisam dele para sobreviver, outras sobrevivem somente quando não houver oxigênio, e existem também aquelas que sobrevivem na presença ou ausência dele; Alimento: as bactérias, assim como todos os seres vivos, precisam de nutrientes. elas encontram esses nutrientes em praticamente todos os alimentos, inclusive em restos de alimentos encontrados nos utensílios, equipamentos e bancadas que não foram higienizados adequadamente. alguns alimentos, ricos em proteínas e água, favorecem muito mais a multiplicação das bactérias, sendo chamados de alimentos potencialmente perigosos (app), como o leite e seus derivados, carnes, aves, peixes, frutos do mar, ovos, feijão e arroz cozidos, além de purês e alguns molhos e misturas; Tempo: as bactérias chegam a dobrar de número a cada 15 ou 20 minutos sempre que as condições estiverem propícias, principalmente quando o alimento for potencialmente perigoso e a temperatura estiver entre 30ºc e 45ºc. por isso, é fundamental diminuir o tempo de exposição dos alimentos a essas condições; Umidade: as bactérias precisam de água para se multiplicar. por isso, alimentos secos e com alto teor de açúcar (como doces cristalizados, compotas de frutas e leite condensado) e sal (como carne seca e bacalhau seco) não favorecem a multiplicação das bactérias. É por esse motivo que esses alimentos têm um prazo de validade maior; Acidez: ambientes com baixa acidez são os mais propícios para a multiplicação bacteriana, por isso, alimentos considerados mais ácidos, como limão, vinagre ou mostarda, não apresentam maiores riscos. após conhecer as condições favoráveis, vejamos as principais maneiras de evitar doenças causadas por bactérias: redobrar os cuidados ao manipular alimentos potencialmente perigosos; reduzir a quantidade de água livre nas preparações, a partir da adição de sal ou açúcar em sua composição e congelando os alimentos, quando for apropriado; Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 28 cozinhar os alimentos até atingir a temperatura mínima de 70ºc; manter os alimentos nas temperaturas de segurança, refrigerados a menos de 5ºc os alimentos frios e aquecidos acima de 60ºc os alimentos quentes; reduzir ao máximo o tempo de manipulação e exposição dos alimentos a temperatura ambiente, não ultrapassando 30 minutos. esteja sempre atento para a prevenção, pois mesmo quando ascondições não favorecem a multiplicação das bactérias, devemos tomar cuidado com os alimentos, pois algumas bactérias podem formar esporos que são uma forma de resistência para elas se protegerem. e nem sempre a alta temperatura inativa os esporos, por isso, muitas vezes, a bactéria volta a se multiplicar quando as condições ficam favoráveis novamente. além disso, muitas bactérias também produzem toxinas (venenos) que, da mesma forma que os esporos, podem não ser destruídas pelo cozimento. Temperaturas de risco dentre todos os itens que exercem influência sobre o desenvolvimento das bactérias, a temperatura é a principal ferramenta que dispomos para controlar a multiplicação bacteriana em um alimento. dessa forma, todo profissional envolvido na produção de alimentos deve conhecer as faixas de temperaturas mais adequadas para o armazenamento, manipulação e distribuição dos alimentos, de forma a minimizar e controlar os riscos causados pela multiplicação das bactérias. conheça o comportamento das bactérias nas diferentes faixas de temperatura. abaixo de 0ºc, as bactérias patogênicas ficam inativas e não se multiplicam. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 29 acima de 0ºc, as bactérias possuem diferentes comportamentos para cada faixa de temperatura a seguir. entre 0ºc e 5ºc, que é faixa de temperatura desejada para as geladeiras, as bactérias começam a se multiplicar, porém de forma insignificante. entre 5ºc e 10ºc as bactérias multiplicam-se muito lentamente na faixa de temperatura entre 10ºc e 30ºc, a velocidade de multiplicação das bactérias será maior. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 30 a faixa de temperatura entre 30ºc e 45ºc é considerada a de maior risco, conhecida como zona de crescimento rápido, em que o número de bactérias se multiplica ainda mais rápido, podendo atingir a façanha de dobrar de número a cada 15 ou 20 minutos. observe que a faixa de temperatura compreendida entre 30ºc e 45ºc equivale a temperatura ambiente da maioria das cozinhas e áreas de produção de alimentos! portanto evite que os alimentos fiquem em cima das bancadas, fogões etc! na faixa de temperatura entre 45ºc e 60ºc, a velocidade de multiplicação diminui, mas isso não significa que parem de se multiplicar. elas se multiplicam apenas de uma forma mais lenta! Se tiver muitas bactérias então, o risco continua grande! na faixa de temperatura acima de 60ºc as bactérias patogênicas não se multiplicam mais, algumas inclusive não resistem mais. por esse motivo, a temperatura de 60ºc foi estipulada Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 31 como temperatura mínima de segurança para manutenção de alimentos quentes. na qual, a legislação atual recomenda que os alimentos quentes sejam mantidos por até no máximo 6 horas durante a distribuição. no entanto, para garantir a destruição das bactérias, a ponto de os alimentos não causarem doenças, é necessário submeter o alimento a aquecimento rápido até que a temperatura alcance 70ºc ou mais. a partir da análise desse termômetro, temos que temperaturas abaixo de 5ºc e acima de 60ºc possibilitam maior segurança na manipulação e armaze- namento de alimentos. portanto, devemos considerar a faixa de temperatura entre 5ºc e 60ºc como zona de risco, na qual deve-se reduzir o tempo de exposição dos alimentos. recomenda-se não ultrapassar 30 minutos na manipulação de produtos pe- recíveis a temperatura ambiente e 2 horas no caso de áreas climatizadas entre 12ºc e 18ºc. quando se ultrapassa o tempo recomendado para manipulação dos alimentos nas temperaturas de risco, comete-se o chamado abuso de tempo e temperatura, quando o alimento passa a estar mais vulnerável à deterioração por bactérias. Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 32 as doenças transmitidas por alimentos (dtas) são causadas por ingestão de alimentos contaminados, especialmente por microrganismos. os sintomas mais comuns são dores abdominais, náuseas, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre. no entanto, muitos quadros podem evoluir para casos mais graves, que podem levar à morte. as pessoas mais suscetíveis são crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas debilitadas ou que estejam se recuperando de algum tipo de doença. os alimentos mais envolvidos em dtas são conhecidos como alimentos potencialmente perigosos, com destaque para carne bovina e suína, frango, ovos, pescados, frutos do mar e produtos derivados do leite. os principais causadores de doenças são os microrganismos, em especial as bactérias. Vírus, fungos e parasitos são outros tipos de microrganismos. as bactérias são os microrganismos mais perigosos, pois podem multiplicar- se rapidamente nos alimentos se as condições estiverem favoráveis. para se multiplicar, as bactérias necessitam de condições favoráveis nos se- guintes aspectos: temperatura; oxigênio; alimento; tempo; umidade; acidez. praticar boa higiene pessoal, boa higiene ambiental e controlar a temperatura e o tempo de manipulação do alimento, durante todo o ciclo de produção, são as melhores armas que dispomos contra as bactérias. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br doençaS tranSmItIdaS por alImentoS e mIcrorganISmoS 33 1 com relação às doenças transmitidas por alimentos (dtas): a crianças, idosos e mulheres grávidas são mais vulneráveis. b são causadas pela ingestão de alimentos contaminados. c os principais alimentos envolvidos são de origem animal. d todas as alternativas são verdadeiras. 2 marque a alternativa falsa. a consumir água tratada é uma das formas de prevenir doenças causadas por vírus. b Se uma parte do queijo mussarela está embolorada, devemos eliminar a parte com o bolor e comer o restante. c uma higienização adequada de frutas e verduras previne doenças causadas por parasitos. d as bactérias patogênicas são as principais causadoras de doenças. 3 qual das condições abaixo é favorável à multiplicação rápida das bactérias? a temperatura abaixo de 5oc. b temperatura acima de 60oc. c alimentos ricos em água e proteína. d alimentos com elevada acidez. 4 qual dos alimentos abaixo não favorece a multiplicação rápida das bactérias? a lasanha de frango. b ensopado de carne. c peixe fresco. d almôndega de carne congelada. 5 como podemos prevenir doenças causadas por bactérias? a mantendo alimentos frios a temperaturas acima de 5oc. b mantendo alimentos quentes a temperatura abaixo de 60oc. c reduzindo ao máximo o tempo de manipulação dos alimentos. d descongelando alimentos a temperatura ambiente. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 34 Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O MANIPULADOR Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br o manIpulador 37 Higiene pessoal os seres humanos são os principais causadores das contaminações e carregam em todo seu corpo diferentes bactérias, incluindo muitas causadoras de doenças que podem ser transmitidasa outros seres humanos através dos alimentos. por isso, é fundamental que as pessoas que manipulam alimentos mantenham práticas higiênicas, que incluem: tomar banho todos os dias; fazer a barba e o bigode todos os dias; manter as unhas curtas e limpas sem esmalte e sem base; usar desodorante somente suave ou sem cheiro e não usar perfumes; não utilizar nenhum tipo de loção nas mãos; higienizar as mãos da maneira correta e na freqüência indicada. Higienização das mãos um dos procedimentos mais importantes para a segurança dos alimentos é o processo de higienização das mãos, já que estas são nossos principais instrumentos de trabalho. portanto, é importante estar atento a como e quando higienizar. Como higienizar? 1. primeiro molhe as suas mãos. 2. ensaboe bastante as mãos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 38 utilize sabonete líquido bactericida – um sabonete próprio para eliminar bactérias. o sabonete também deve ser neutro, ou seja, sem cheiro. não esqueça de limpar os cantos das unhas e as próprias unhas (evite a utilização de escovas). 3. continue esfregando até o cotovelo 4. enxágüe com bastante água. ou até a parte exposta do seu braço. 5. Seque suas mãos 6. Jogue o papel e braços com papel–toalha em uma lixeira com pedal! não–reciclado ou ar quente. caso na sua empresa não tenha sabonete bactericida, você pode utilizar sabonete líquido neutro e depois fazer a assepsia com um produto anti-séptico apropriado, como álcool 70º. a higienização das mãos deve ser feita em uma pia exclusiva. conforme exigência da legislação brasileira, as cozinhas e áreas de produção devem dispor de estações para a lavagem das mãos dos manipuladores de alimentos, compostas por pias exclusivas para esse fim, sabão bactericida ou solução anti-séptica, papel–toalha não–reciclado ou ar quente e lixeira com pedal. outro cuidado importante é evitar tocar na torneira depois que as mãos foram higienizadas. para isso, alguns tipos de torneiras são mais recomendados. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br o manIpulador 39 torneira de pressão. torneira com acionamento através do antebraço. torneira com acionamento através de pedal. torneira com acionamento através do joelho. Quando higienizar? antes de iniciar o trabalho. antes de manipular o alimento. ao trocar de atividades, principalmente quando estiver manipulando alimento cru e for trabalhar com alimento cozido. antes de usar luvas e após tirá-las. após utilizar os sanitários. após pegar em dinheiro. após tossir, espirrar, assoar o nariz ou se coçar. após comer ou fumar. após recolher lixo e outros resíduos. após passar muito tempo em uma mesma atividade. todas as vezes que interromper um serviço. Hábitos seguros os seres humanos carregam bactérias em todas as partes do corpo, como nos cabelos, na pele, nos ouvidos, no nariz, na boca, na saliva. nossas atitudes Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 40 podem fazer com que levemos essas bactérias facilmente para os alimentos. por isso, é importante desenvolver hábitos seguros para evitar que sejamos responsáveis pelas contaminações. ao manipular alimentos: não fale, cante, assobie, tussa ou espirre sobre os alimentos; não masque goma, palito, fósforo ou similares, nem chupe balas ou coma; não fume; não se coce; não experimente alimentos diretamente com as mãos; não devolva para a panela, um utensílio usado para provar o alimento, sem antes higienizá- lo corretamente; não assoe, nem coloque o dedo no nariz, na boca ou nos ouvidos; não pegue em dinheiro; não enxugue o suor com as mãos, panos ou qualquer peça do uniforme; não enxugue as mãos no avental ou em qualquer peça do uniforme; não utilize colares, pulseiras, brincos, relógios, anéis, inclusive aliança, nem unhas postiças, pois podem cair acidentalmente nos alimentos (contaminação física) ou dificultar a higienização adequada (contaminação biológica); sempre retire o avental antes de ir ao sanitário. Utilização de uniformes, luvas e máscaras descartáveis Utilização de uniformes os uniformes devem estar completos, bem conservados, limpos e devem ser trocados diariamente. Sua utilização deve ser feita somente nas dependências internas do estabelecimento. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br o manIpulador 41 os sapatos devem ser fechados, antiderrapantes e devem estar em boas condições de higiene e conservação. use meias limpas, de preferência de algodão. use avental plástico somente nas atividades em que há grande quantidade de água, não devendo ser utilizado próximo ao calor para evitar acidente de trabalho. Jamais utilize panos ou sacos plásticos para proteção do uniforme. os aventais foram feitos para isso. não carregue no uniforme canetas, lápis, batons, escovinhas, cigarros, isqueiros, relógios ou outros adornos, pois eles podem cair nos alimentos. use proteção na cabeça de forma a cobrir completamente os cabelos. Utilização de luvas uma higienização rigorosa das mãos é sempre a melhor solução. o uso de luvas descartáveis é recomendado em caso de lesão nas mãos ou até mesmo quando manipular alimentos prontos para consumo, mas sempre por períodos curtos. É imprescindível higienizar adequadamente as mãos antes de colocar as luvas, para não contaminá-las. após descartar as luvas, as mãos devem novamente ser higienizadas. troque as luvas descartáveis sempre que: mudar de atividades, principalmente quando estiver manipulando alimento cru e for trabalhar com alimentos prontos para consumo; estiverem rasgadas; tiver que passar muito tempo em uma mesma atividade; interromper um serviço. É importante ressaltar que o uso indevido de luvas poderá causar uma conta- minação muito maior e como o próprio nome já diz, as luvas descartáveis nunca devem ser reutilizadas. lembre-se que o uso de luvas descartáveis não substitui a lavagem das mãos! Utilização de máscaras descartáveis máscaras descartáveis costumam ficar úmidas após 20 ou 30 minutos de uso, devido à concentração de suor e saliva, permitindo a passagem da saliva e conseqüentemente de microrganismos, não sendo, portanto, muito eficaz no combate à contaminação. da mesma forma que as luvas, a utilização indevida de máscaras poderá causar uma contaminação ainda maior. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 42 de modo geral, pode-se constatar que os manipuladores de alimentos não estão habituados com a correta utilização de luvas e, principalmente, de máscaras descartáveis, sendo a qualificação e conscientização da importância das práticas higiênicas o melhor caminho no combate às contaminações. Controle de saúde dos colaboradores a legislação brasileira exige que as empresas de serviços de alimentação implementem um programa de controle de saúde elaborado por um médico responsável. esse programa consiste em uma avaliação clínica realizada por um médico do trabalho, acompanhada de exames laboratoriais complementares designados pelo próprio médico responsável ou de acordo com determinação da legislação local. os exames de controle de saúde devem ser realizados não só na admissão e demissão, mas também periodicamente, no retorno ao trabalho e na alteração de função quando implicarriscos diferentes. após cada exame, caso seja detectado algum problema, o colaborador deve seguir as orientações médicas para tratamento. Se tudo estiver bem, a empresa deve receber um atestado de saúde ocupacional para cada colaborador examinado. esses documentos devem ser arquivados de acordo com sua validade. os exames devem ser feitos na freqüência exigida, com o objetivo de preservar a saúde dos colaboradores, prevenir acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e também evitar a contaminação dos alimentos. o controle de saúde visa à prevenção, no entanto, é muito importante que os colaboradores, ao manifestarem quaisquer problemas de saúde, comuniquem ao seu supervisor antes de começar o trabalho para que ele tome a providência cabível. caso apresente algum ferimento ou infecção na pele, primeiro deve-se tratar o ferimento, cobrir com bandagem e proteger com luva de látex. aqueles que Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br o manIpulador 43 apresentarem lesões e/ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem tais condições de saúde. Equipamentos de proteção individual (EPIs) os equipamentos de proteção individual devem ser usados para proteger a saúde do colaborador. por isso: utilize luvas de borracha todas as vezes que manusear produtos de limpeza, principalmente os concentrados; utilize luvas de aço nos procedimentos de corte de carnes; utilize sapatos fechados ou botas para proteção dos pés. todo calçado deve ser antiderrapante para evitar quedas. Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 44 as pessoas carregam em seu corpo diferentes bactérias, incluindo muitas causadoras de doenças, que podem ser transmitidas a outros seres humanos através dos alimentos. esse fato, aliado a hábitos inadequados durante a manipulação de alimentos, faz com que as pessoas sejam os principais responsáveis pelas contaminações de alimentos. da mesma forma, são também responsáveis por evitá-las. Só depende de cada um. as pessoas que manipulam alimentos devem estar conscientes de que o seu comportamento é fator determinante nesse trabalho. praticar atitudes higiênicas e saudáveis, cumprir com as regras de higiene e segurança e cuidar da saúde são a chave do sucesso para um profissional da área. dentre todos os hábitos desejados, é importante enfatizar que a higienização das mãos é uma das práticas mais importantes, pois são as principais ferramentas de trabalho. no entanto, para ser eficaz deve ser feita da maneira correta, em uma pia exclusiva para esse fim e principalmente na freqüência exigida. os uniformes também merecem atenção. eles devem ser adequados, com- pletos e lavados diariamente. quanto ao uso de luvas e máscaras, esteja atento às necessidades de trocas e às recomendações. a sua utilização de forma inadequada poderá ocasionar uma contaminação ainda maior. e lembre-se! a utilização de luvas não exclui a necessidade de higienizar as mãos. quanto ao controle de saúde, os exames devem ser realizados não só na admissão e demissão, mas também periodicamente, no retorno ao trabalho e na alteração de função quando implicar riscos diferentes. o controle de saúde visa à prevenção, no entanto, é muito importante que os colaboradores, ao manifestarem quaisquer problemas de saúde, comuniquem ao seu supervisor antes de começar o trabalho para que ele tome a providência cabível. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br o manIpulador 45 1 Sobre os manipuladores de alimentos, é correto afirmar: a as pessoas são as principais causadoras de contaminações. b a higienização das mãos é um dos procedimentos mais importantes para a segurança dos alimentos. c a higienização das mãos deve ser realizada em uma pia exclusiva. d todas as alternativas acima são verdadeiras. 2 quando devemos higienizar as mãos? a antes de pegar em dinheiro. b antes de iniciar o trabalho. c antes de se coçar. d antes de tossir ou espirrar. 3 quanto aos hábitos dos manipuladores: a devo falar o mínimo necessário enquanto manipular o alimento. b brincos podem ser utilizados desde que sejam bem pequenos. c posso mascar goma, desde que tenha cuidado para não cair no alimento. d devo utilizar máscaras por no máximo uma semana. 4 quando devemos usar luvas? a quando não der tempo de lavar as mãos. b quando tiver que porcionar uma grande quantidade de alimento. c quando tiver um pequeno corte no dedo. d todas as alternativas acima são verdadeiras. 5 qual o melhor procedimento em caso de possuir um pequeno ferimento no dedo? a tratar o ferimento e cobrir com luva de látex. b tratar o ferimento, cobrir com bandagem e proteger com luva de látex. c tratar o ferimento e cobrir com bandagem. d lavar bem o ferimento. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 46 Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIGIENE DO AMBIENTE DE TRABALHO Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIgIene do ambIente de trabalHo 49 Limpeza e desinfecção a higiene ambiental compreende as operações de higienização da estrutura física, equipamentos, bancadas de trabalho e utensílios realizadas de maneira freqüente para minimizar os riscos de contaminação dos alimentos. para higienizar com segurança um ambiente, é importante compreender a diferença entre limpar e desinfetar. Limpar: significa remover substâncias visíveis indesejáveis como terra, gor- dura, restos de comida e outras sujidades, utilizando água potável e sabão ou detergente. deve ser feita sempre antes da desinfecção. Desinfetar: significa remover ou reduzir a níveis aceitáveis o número de microrganismos, invisíveis a olho nu. a desinfecção pode ser feita: com a utilização do calor, imergindo o material por 15 minutos em água fervente ou no mínimo a 80ºc; ou com a utilização de produtos químicos. produtos recomendados para a desinfecção ambiental: prIncípIo atIVo concentração Hipoclorito de sódio 200 – 250mg/l cloro orgânico 200 – 250mg/l quaternário de amônio 200mg/l Iodóforos 25mg/l Álcool 70º no momento da desinfecção, dois fatores são de extrema relevância: con- centração do desinfetante e tempo de contato. esteja atento à diluição do desinfetante. Se você usar menos produto do que o recomendado, a solução não fará efeito e se for o contrário, ou seja, se você colocar mais produto do que o recomendado, a solução poderá tornar-se tóxica. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 50 no que se refere ao tempo de contato, se deixar a superfície em contato com a solução desinfetante por menos tempo do que o recomendado, não terá o efeito esperado. por isso, leia sempre o rótulo ou a ficha técnica do produto e obedeça às suas recomendações! Como higienizar manualmente retirar ou recolher as sujidades e resíduos aparentes. lavar com água aquecida, se possível, e detergente neutro. enxaguar bem as superfícies com água corrente até a total retirada do detergente neutro. realizar a desinfecção através da aplicação de produtos desinfetantes oucalor. enxaguar bem, exceto se a desinfecção tiver sido realizada através de álcool 70º ou com água quente. Secar naturalmente. Como higienizar através de máquina de lavar caso a higienização seja efetuada através de máquina de lavar, verifique se ela está trabalhando corretamente como indica o fabricante. devem ser respeitadas as temperaturas de 55º a 65ºc para lavagem e de 80º a 90ºc para enxágüe. cheque o abastecimento dos produtos de higienização utilizados. raspe sempre restos de alimentos e só então coloque as louças e utensílios dispostos de forma a permitir a higienização. lembre-se de higienizar a máquina de lavar diariamente! Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIgIene do ambIente de trabalHo 51 Como higienizar panos para a higienização de panos, deve-se lavá-los com água e sabão, deixando de molho em solução clorada para alvejar. ao final, coloque-os em água fervente por 10 a 15 minutos. Quando higienizar no início do trabalho. depois de cada uso. quando começar a trabalhar com outro tipo de alimento. a cada mudança de lote. a intervalos periódicos se os utensílios estiverem em uso constante. Em procedimentos de higiene: não é permitido varrer a seco as áreas de manipulação; não utilize palha e escovas de aço, esponjas ou similares de metal; nunca use nas áreas de manipulação os mesmos utensílios e panos de limpeza utilizados em banheiros e sanitários; evite pulverizar água e outros líquidos sobre equipamentos elétricos ou próximo a tomadas, interruptores e luminárias; deve-se evitar ao máximo a utilização de panos não–descartáveis na cozinha, pois, quando não higienizados corretamente, podem tornar-se grandes focos de contaminação. Cronograma de higienização para facilitar a realização de uma higienização ambiental de maneira correta, as empresas devem manter procedimentos que descrevam como e quando higienizar equipamentos, utensílios e outras superfícies. recomenda-se a criação de um cronograma de higienização contendo todos os equipamentos e utensílios presentes na empresa. Veja um modelo a seguir: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 52 equIpamento bancadas de manipulação perIodIcIdade no início do dia / após cada atividade produtoS detergente neutro Álcool 70º mÉtodo lavar a superfície com água e detergente neutro. enxaguar bem. escorrer o excesso de água através de rodo exclusivo. pulverizar álcool 70º. Secar naturalmente. reSponSÁVel quem utilizou Higienização do reservatório de água toda empresa que produza ou manipule alimento deve possuir reservatório de água, o qual deve ser construído e mantido de forma a não comprometer a qualidade da água, permanecendo tampado, livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos. Quando higienizar logo após sua instalação. a cada seis meses ou toda vez em que houver a ocorrência de acidentes como entrada de animais, insetos e folhas. toda vez que o reservatório for higienizado, é necessário fazer o registro da operação em um formulário específico que pode ser criado pela própria empresa. caso o reservatório seja higienizado por empresa especializada, esta deve entregar o certificado da operação, o qual deve ser arquivado. Como higienizar amarrar a bóia ou fechar o registro de entrada de água no reservatório. esvaziar o reservatório até a altura de aproximadamente um palmo de água. Fechar a saída de água. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIgIene do ambIente de trabalHo 53 escovar as paredes internas e o fundo com água e escova de fibra vegetal ou sintética (não usar sabão, detergente ou outro produto), desprendendo todo o resíduo e matéria orgânica. retirar os resíduos do fundo do reservatório com auxílio de um balde e um pano limpo, com cuidado para não danificar as paredes. abrir os registros de saída e entrada da água. enxaguar bem as paredes com água limpa, mantendo as torneiras abertas para que não sobrem resíduos nos canos. Fechar a entrada da água. banhar todo o interior do reservatório com solução de cloro a 500mg/l, deixando as torneiras abertas para que a solução escorra pelos canos. aguardar 30 minutos. abrir a entrada da água. enxaguar com água limpa, mantendo todas as torneiras abertas para enxaguar bem toda a tubulação. Fechar todas as torneiras. encher o reservatório. Manejo de resíduos os itens descartados em um restaurante variam desde restos de alimentos até latas de alumínio e vidro. além do cuidado com a higiene, todos devemos zelar pela proteção ao meio ambiente, estimulando a coleta seletiva e a reciclagem em seus estabelecimentos. o lixo deve ser recolhido diariamente, quantas vezes forem necessárias, e armazenado até a coleta em um local externo, protegido e isolado das áreas de preparação e armazenamento de alimentos. dessa forma evitaremos focos de contaminação, mau cheiro e atração de pragas. as lixeiras devem possuir capacidade suficiente para armazenar seus resíduos até seu destino final. todas as lixeiras devem ser mantidas higienizadas, estar em boas condições de uso e possuir tampas com sistema de abertura sem a utilização das mãos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 54 as lixeiras devem ser limpas com água e detergente, esfregando com escova ou vassoura por dentro e por fora. a desinfecção pode ser feita através de pulverização com solução clorada, deixando secar naturalmente. lembre-se sempre de higienizar as mãos após tocar o lixo! Higienização das caixas de gordura as caixas de gordura também devem ser limpas regularmente, conforme a necessidade. esse trabalho pode ser feito por um profissional especializado, seguindo a seqüência: recolher toda a gordura utilizando uma pá exclusiva para este fim, garantindo a retirada total da substância, inclusive daquela aderida às paredes e tampas; esfregar com vassoura ou escova exclusiva para este fim, com água fervente e produto desengordurante apropriado para esta finalidade; enxaguar bem, se possível, com água sob pressão; deixar escoar. Controle integrado de pragas a presença de pragas, como insetos e roedores, em serviços de alimentação, além de causar danos financeiros diretos com a perda de produtos, podem comprometer a imagem do estabelecimento. mas o maior perigo associado às pragas é seu grande potencial em disseminar doenças, inclusive as de origem alimentar. basicamente, as pragas, ou seja, insetos ou roedores, podem entrar na empresa juntamente com as entregas de produtos, ou através de frestas e passagens do próprio local. Sua presença está associada à falta de higiene, deficiências na estrutura física e ausência de mecanismos de controle. São atraídas por lugares úmidos, escuros e sujos, com abundância de alimento. por isso, torna-se importante adotar ações contínuas de organização e higiene com o objetivo de impedir a atração, o acesso, o abrigo e/ou proliferação dessas Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIgIene do ambIente de trabalHo 55 pragas, mantendo todas as instalações, equipamentos, móveis e utensílios livres delas. Como controlar as pragas? no controle às pragas e infestações, a empresa deve tomar providências para restringir o acesso a alimento, água e abrigo. Jogue o lixo fora com freqüência e de maneira correta. mantenha as latas de lixo limpas, em boas condiçõese bem cobertas. lave, enxágüe e sanitize as latas de lixo regularmente. guarde adequadamente os alimentos. produtos como chocolate em pó e nozes atraem insetos, portanto guarde-os na geladeira. o aroma de cebola também atrai baratas, portanto, guarde-as em recipientes fechados e dentro da geladeira. limpe e sanitize as instalações. a higienização cuidadosa diminui os suprimentos de ali- mento e mata os ovos dos insetos. coloque telas milimetradas nas portas, janelas e outras aberturas para a área externa. as portas devem ser dotadas de molas para fechamento automático e devem estar bem ajustadas ao batente. os ralos devem ser sifonados, com fechamento apropriado ou tela milimetrada para evitar a entrada de pragas. reduza o número de abrigos para as pragas, tapando frestas e substituindo peças de azulejo e piso quebradas. mantenha as áreas internas e seus arredores livres de papel, papelão ou embalagens e materiais em desuso. evite a entrada de caixas de hortifrúti e bebidas nas áreas de manipulação de alimentos. mantenha caixas de gordura bem vedadas. as medidas de controle incluem também a utilização de produtos químicos regularizados pelo ministério da Saúde, com execução por empresa especializada e obedecendo a procedimentos que evitem a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios. todos devem colaborar para o sucesso desse tipo de programa, deixando a cozinha sempre limpa e seca antes das desinsetizações. por medida de segurança, todos os alimentos e utensílios devem ser armazenados em refrigeradores ou armários antes da aplicação de produtos pesticidas! quando aplicável, os equipamentos e os utensílios, antes de serem reutilizados, devem ser higienizados para a remoção dos resíduos de produtos químicos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 56 uma boa higiene ambiental é condição fundamental para a segurança dos alimentos. mas não basta apenas o ambiente parecer limpo. para ser eficaz, a higienização deve ser realizada de maneira completa, ou seja, após limpar, é necessário desinfetar o local, seja a partir da utilização de produtos químicos ou com aplicação do calor. os processos de higienização ambiental devem estar descritos de maneira clara em um cronograma de higienização, com procedimentos acessíveis a todos os colaboradores, além de informações quanto à diluição do produto desinfetante e tempo mínimo de contato para que a desinfecção seja efetiva. da mesma forma, a higienização do reservatório de água é um procedimento obrigatório para qualquer empresa que lida com alimentos, de forma a garantir a potabilidade da água utilizada nas receitas e na higiene. o reservatório deve ser higienizado pelo menos a cada seis meses e o seu registro deve ser feito em formulário próprio e estar disponível para as autoridades sanitárias. a higiene ambiental não poderá ser completa, se a empresa não tratar corretamente dos seus resíduos. as lixeiras devem possuir capacidade suficiente para armazenar seus resíduos até seu destino final. todas as lixeiras devem ser mantidas higienizadas, estar em boas condições de uso e possuir tampas com sistema de abertura sem a utilização das mãos. no caso dos resíduos vale a pena pensar em processos de reciclagem, para diminuir os impactos sobre o ambiente e colaborar com a sociedade nessa questão cada dia mais preocupante. por fim, deve haver um controle integrado de pragas para evitar que insetos, ratos e outros animais possam colocar em risco a qualidade dos alimentos e a imagem da empresa. a boa higiene é a peça–chave em nosso dia–a–dia. deve fazer parte do comportamento natural de todos que atuam nessa área. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br HIgIene do ambIente de trabalHo 57 1 marque a alternativa que melhor representa uma higienização adequada no ambiente de trabalho. a lavar com água e detergente, enxaguar bem e secar com um pano. b lavar com água e detergente, enxaguar bem, pulverizar álcool 92,8o. c lavar com água e detergente, enxaguar bem, pulverizar álcool 70o e esperar secar naturalmente. d lavar com água e detergente, enxaguar bem, pulverizar álcool 70o e secar com um pano. 2 quando devemos higienizar um utensílio, por exemplo? a a cada troca de atividade. b no início do trabalho. c a intervalos periódicos. d todas alternativas acima estão corretas. 3 marque a alternativa correta. a as panelas devem ser bem lavadas com esponja de aço. b a cozinha deve ser varrida a seco com vassoura exclusiva. c panos de limpeza podem ser focos de contaminação. d nenhuma alternativa acima é correta. 4 quanto ao reservatório de água, é válido afirmar que: a sua higienização deve ser registrada. b sua higienização deve ser realizada apenas na instalação. c sua higienização deve ser realizada pelo menos uma vez por ano. d sua higienização deve ser realizada com bastante água e detergente neutro. 5 como evitar uma infestação de pragas? a mantendo o ambiente limpo e organizado. b Instalando telas milimétricas nas aberturas para área externa. c contratando empresas para desinsetização periódica. d todas alternativas acima estão corretas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 58 Anotações Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO E ARMAzENAMENTO Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br aquISIção, recebImento e armazenamento 61 para fornecer alimentos seguros precisamos construir barreiras sanitárias contra as contaminações em cada uma das etapas do fluxo de produção exis- tente na empresa, desde a compra de matéria–prima até a distribuição dos alimentos prontos. essas barreiras serão erguidas a partir da aplicação dos conceitos de higiene pessoal e ambiental e da criação e implementação de procedimentos de controle dos processos de manipulação e armazenamento dos alimentos. o controle da temperatura é a principal ferramenta que dispomos para monitorar processos que envolvam alimentos. alimentos perecíveis, como carnes em geral, leite e queijos, não devem permanecer por muito tempo na zona de risco, entre 5oc e 60oc, para evitar a multiplicação rápida das bactérias causadoras de doenças. para saber qual a temperatura de cada alimento, você deve estar sempre munido de um termômetro! Utilização de termômetros os termômetros indicados para monitorar temperatura de alimentos são os de haste bimetálica e digitais. nunca use termômetros de vidro, de mercúrio ou de álcool, pois o termômetro pode quebrar e contaminar os alimentos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 62 Como checar a calibração para garantir seu correto funcionamento, é muito importante checar com freqüência a calibração de um termômetro. um dos métodos mais utilizados é através do ponto de congelamento da água, segundo as etapas abaixo: encha um copo com gelo bem picado; complete o copo com água fria; mexa e insira a haste do termômetro até o meio do copo, sem tocar as paredes; a temperatura deve estabilizar-se em 0oc, atestando que o termômetro esteja bem calibrado. caso a temperatura não marque 0oc, deve-se providenciar a calibração do instrumento em empresa especializada.Como verificar a temperatura dos alimentos Alimentos embalados a vácuo: inserir o termômetro entre duas embalagens. Alimentos em embalagem flexível, como, por exemplo, o leite em saquinho: dobrar uma parte da embalagem em torno do termômetro. Alimentos em caixa ou garrafa: abrir uma embalagem e inserir a haste. esta unidade deve ser colocada para uso imediato. Alimentos em cocção: inserir a haste na parte mais espessa, geralmente o centro, do alimento. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br aquISIção, recebImento e armazenamento 63 outro cuidado importantíssimo que se deve tomar ao medir a temperatura dos alimentos é garantir a correta higienização do termômetro antes de ser inserido em um alimento, pois caso esteja contaminado, pode causar contaminação cruzada. Compra de matérias-primas adquirir produtos de boa procedência é fundamental, pois ao receber um produto de baixa qualidade higiênico-sanitária, a empresa corre um sério risco de perder os alimentos feitos com essa matéria–prima e comprometer toda a sua produção. a empresa deve certificar-se de que seu fornecedor pratica segurança de alimentos, através de visitas técnicas e especificando critérios de qualidade para a matéria-prima comprada. durante a visita técnica, observe: as instalações físicas: piso, parede, forro, ventilação, iluminação, pias para higienização das mãos, adequação e estado de conservação dos equipamentos e utensílios, incluindo temperatura das câmaras frias e congeladas; os manipuladores: estado de conservação e limpeza dos uniformes, assepsia das mãos, controle de saúde; a higiene ambiental: limpeza e desinfecção do piso, parede, equipamentos, utensílios; a manipulação dos alimentos: todas as etapas do fluxo de produção, desde o recebimento da matéria-prima até o armazenamento do produto final. Você deve exigir que o seu fornecedor cuide tão bem dos alimentos quanto você os cuida dentro da sua cozinha. o transporte: você deve estar sempre atento a como é feito o transporte dos produtos que lhe serão fornecidos, especialmente aqueles que necessitam de temperatura controlada, como as carnes e os produtos frescos ou congelados, dentre outros. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 64 Recebimento o recebimento é o primeiro contato da empresa com o alimento, o que deve ocorrer em uma área específica, mantida organizada e muito limpa. este é o momento da decisão entre trabalhar com produtos de boa ou má qualidade. ao receber um produto comprometido ou contaminado, não há como transformá-lo em algo melhor. por isso, antes de aceitar qualquer entrega, deve-se tomar alguns cuidados essenciais: confira os rótulos das embalagens e jamais aceite produtos com o prazo de validade vencido. Verifique a presença do Selo de Inspeção Federal, estadual ou municipal nos produtos de origem animal. esse selo é a garantia de que esses produtos foram inspecionados em sua origem, quanto a sua procedência e qualidade sanitária. note se as condições de higiene do veículo de entrega e do entregador são satisfatórias. Verifique se as embalagens estão intactas e limpas. não aceite embalagens que estejam quebradas, vazadas, amassadas, enferrujadas, estufadas ou furadas. os alimentos também não devem estar em contato com embalagem não adequada como papel ou plástico reciclado, jornais, revistas, papelão e similares. ovos devem ter suas cascas limpas e sem rachaduras. alimentos congelados não podem ter cristais de gelo ou líquido dentro da embalagem. cheque atentamente a aparência, o cheiro e a textura dos alimentos, conforme quadro seguinte. Características sensoriais adequadas para recebimento de produtos PRODUTO APARÊNCIA ODOR CONSISTÊNCIA carne boVIna cor vermelho brilhan- te (internamente), vermelho púrpura; sem escurecimento, manchas esverdeadas e/ou outras cores es- tranhas ao produto. característico. Firme, não amolecida, nem pegajosa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br aquISIção, recebImento e armazenamento 65 PRODUTO APARÊNCIA ODOR CONSISTÊNCIA carne Suína cor vermelho pálido; sem escurecimento, manchas esverdeadas e/ou outras cores es- tranhas ao produto. característico. Firme, não amolecida, nem pegajosa. Verificar ausência de formações redondas brancas de cisticercos. aVeS cor amarelo rosado. Sem escurecimento, manchas esverdeadas e/ou outras cores es- tranhas ao produto. característico. Firme, não amolecida, nem pegajosa. peIXeS cor branca ou ligeira- mente rósea para filés. peixes inteiros devem ter as escamas brilhan- tes e bem aderidas, guelras vermelho vivo, úmidas e intactas, olhos brilhantes e salientes. característico, com cheiro leve de mar ou algas marinhas. Firme, não amolecida, nem pegajosa. em peixes inteiros, a carne deve estar presa a espinha. camarão cor rosada ou acizen- tada, a depender da espécie, sem pigmenta- ção estranha. carapaça transparente que permi- ta visualizar a coloração dos músculos. olhos negros e bem desta- cados. o corpo deve apresentar-se curvado. característico, com cheiro leve de mar ou algas marinhas. carapaça deve ser aderente ao corpo e liberada com facilida- de ao ser forçada. as pernas e o cefalo- tórax não devem se desprender facilmente do corpo. oStraS, marIScoS, meXIlHÕeS e VIeIraS cor cinzenta clara para as ostras, e amare- lada em mexilhões e mariscos. todas devem apresentar conchas fechadas e com grande retenção de água inco- lor e límpida. característico, com cheiro leve de mar ou algas marinhas. consistência espon- josa, gelatinosa e elástica. a carne deve estar aderida à concha e úmida. lula e polVo cor branca, rosada, acizentada, sem colora- ção estranha à espécie. olhos transparentes. característico. carne consistente e elástica. pele lisa e úmida. embutIdoS cor característica de cada produto, sem manchas pardas, esbranquiçadas, verdes ou cinzas. característico, sem odor de ranço. Firme e não–pegajosa. leIte cor branca leitosa. característico. líquido homogêneo. queIJo mInaS FreScal cor esbranquiçada e homogênea. crosta inexistente ou fina. Suave e característico. branda e macia. muSSarela cor branca a amarela. não possui crosta e oleaduras, podendo apenas apresentar aberturas irregulares. láctico, pouco perceptível. Semidura e semi– suave. textura fibro- sa, elástica e fechada. queIJo prato cor amarelo–palha. crosta inexistente ou fina, lisa e bem formada, podendo ser revestido de parafina. característico. Semi–elástica, tende a ser macia, amanteigada. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br boaS prÁtIcaS para Segurança doS alImentoS 66 parmeSão cor amarelo–palha, homogênea. característico. dura, maciça, de untura seca. textura compacta, granulosa. proVolone cor marfim ou creme, homogênea. crosta firme, lisa, resistente, destacável, parafinada, encerada ou oleada. característico. Semidura, de untura meio seca a manteigo- sa. textura compacta ou com poucos olhos. defumado ou não. rIcota FreSca cor branca ou branco creme. crosta rugosa não–formada ou pouco nítida. característico. mole, não–pastosa e friável. textura fechada ou com poucos olhos mecânicos. adaptado de Manual de elementos de apoio para o sistema APPCC, Senac/dn, 2001. receba e guarde os alimentos o mais rápido possível, limitando
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