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Aula 07 – A Crise dos Anos 20 na Educação: A ABE, a Escola Nova e as Reformas da 
Instrução Pública nos Estados Brasileiros
Os anos 20 do século XX foram impregnados por diferentes atos políticos e culturais de contestação no cenário nacional: foram movimentos intelectuais, greves e revoltas que entraram para a nossa história.
De modo geral, essas manifestações serviram como protestos às tradicionais forças dirigentes do país.
Uma parte da recém implantada burguesia urbana tinha interesses políticos e econômicos em vários daqueles movimentos de oposição às aristocracias rurais conservadoras.
No campo educacional, surgiu em 1924 a Associação Brasileira de Educação – ABE, fundada por Heitor Lira, que buscou promover os primeiros grandes debates sobre a educação em nosso país.
No campo educacional, surgiu em 1924 a Associação Brasileira de Educação – ABE, fundada por Heitor Lira, que buscou promover os primeiros grandes debates sobre a educação em nosso país.
Ainda no decorrer dos anos 20, alguns estados realizaram reformas em seus “sistemas de ensino”. A maior parte das reformas estava impregnada pelos ideais escolanovistas.
De maneira geral , quatro princípios orientavam as reformas educacionais dos anos vinte:
1- a extensão do ensino;
2- a articulação entre os diferentes níveis da escolarização;
3- a adaptação ao meio social;
4- a adaptação às ideias modernas de educação.
Na realidade, pouca coisa daquelas propostas foi colocada em prática, algumas escolas consideradas “modelos” foram beneficiadas.
A instrução pública continuava sendo destinada às camadas mais baixas da população brasileira, reforçando assim a velha divisão do sistema de ensino brasileiro.
Diante das várias reformas educacionais, o analfabetismo entre jovens e adultos, um problema de âmbito nacional, sequer foi abalado. As camadas mais pobres da população permaneceram em sua obscuridade educacional, com “direitos limitados”. E, como sempre ocorreu em nosso país, as classes “médias” e “altas” foram as grandes beneficiadas com as “novas ideias educacionais”.
A crise dos anos vinte conduziu o país à denominada “Revolução de 1930”. De acordo com o conceito estrito, não houve, de fato, uma “Revolução”, mas sim um golpe pelo qual o poder foi tomado.
Esse fenômeno levou Getúlio Vargas ao comando da nação. Seu governo se demonstrou autoritário e ditatorial, influenciado pelo fascismo e pelo nazismo, implantados na Europa.
O novo tipo de governo implantado por Vargas e sua equipe dirigente tinha como principais características:
o controle dos sindicatos;
a forte propaganda do sistema governamental;
a censura sobre os meios de comunicação;
a eliminação de todos os opositores do novo regime político implantado.
É importante destacar que o sistema escolar não ficou fora desse controle. E como em todo sistema político ditatorial, a escola serviu como amplo meio e instrumento de dominação e controle dos corpos e das mentes.

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