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Direito Hebraico antigo e o Direito Grego

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O Direito Hebraico Antigo
História do Direito
 O estudo do direito hebraico antigo possui algumas semelhanças com o direito grego antigo, embora, apresente também várias peculiaridades que o deixam bastante especial e desafiador para aqueles que se submetem a estudá-lo.
A história dessas duas civilizações alcança um período de tempo muito longo, influenciando no sistema de organização político da época. 
A civilização hebraica nos legou um conjunto de 24 documentos, conhecidos como Bíblia hebraica (velho testamento) ou Tanakh, 
A Bíblia é o único documento hebraico antigo disponível para o estudo da língua e do direito hebraico.
Somente a título de informação, já que, não será utilizada no estudo do direito hebraico antigo, temos o Talmud , complementar à Tanakh , o Talmud registra a tradição oral e foi escrita entre os séculos II e VI de nossa era, é constituído da:
Mishna - (registro escrito dessa tradição) 
E da Guemara (comentários da mishna),
Existem o Talmud de Jerusalém e o Talmud Babilônico, este será tratado aqui por ser mais elaborado. 
A Mishna que é a estrutura fundamental do Talmud é separada em seis sessões, as Sedarim (Ordem).
E cada Ordem em tratados e capítulos que ao todo são 63 tratados e 517 capítulos.
A Tanakh além de ser uma fonte única de texto produzido pelo próprio povo cuja história é estudada não é um livro escrito como história de Israel, mas como escritura sagrada que mostra as intervenções de Deus nessa história. 
Por isso que se tornou possível sua conservação, transmissão e existência até nossos dias. 
Para facilitar a análise do direito hebraico dividiremos a história de Israel em vários períodos sendo eles:
Patriarcal (povo nômade); 
Confederação (tempo dos “juízes”); 
Reino unido (correspondendo politicamente a uma monarquia, reinados de Saul, Davi e Salomão); 
Reino dividido (reinos do norte e do sul);
Vassalagem (cativeiro em Babilônia).
A história de Israel começa com os patriarcas, período correspondente a Idade Média do Bronze, depois passou para o período que corresponde a uma confederação essa transição não foi imediata e ocorreram muitos traumas, sendo um dos períodos mais conturbados da história de Israel.
Pela Tanakh não ser um livro jurídico tornou o estudo do direito hebraico um tipo de caça ao tesouro, a reconstrução desse sistema jurídico procurado é o grande desafio do pesquisador do direito dessa civilização. 
O sistemas de leis e códigos pesquisados se encontram no livro de Êxodo, uma parte de Deuteronômio e em 2 Crônicas que formam a base do código de leis do Israel antigo, algumas leis estão em: Êxodo 20,2-17; Levítico 1,27; Êxodo 34,11-26; Deuteronômio 12-26 entre outros.
Onde há também pouca disposição de informações é relacionado ao sistema processual em que os mais importantes julgamentos são: Labão contra Jacó (Gênesis 31,24-55); 
Casamento das filhas de Zelofeade (Números 36,1-13); 
Julgamento de Acã (Josué 7,1-26) 
E o Julgamento de Jeremias (Jeremias 26:1-24).
Eram raros contratos escritos e formais. Os acordos sempre tinham base religiosa, eram estabelecidos mediante pactos, juramento com testemunhas.
 O casamento também era um acordo que era contraído dentro do grupo familiar, sendo duas etapas: Noivado e as núpcias
Em relação a partilha dos bens o primeiro filho tinha direito a duas partes do que o pai possuísse e o restante era dividido igualmente entre os outro filhos.
Com relação aos crimes o Talmud não traz um termo correspondente, pois qualquer ato passivo de punição é um pecado, uma violação, visto que toda lei judaica é proveniente de Deus, mesmo assim costuma-se classificar os “crimes” pela sua forma de punição como:
Crimes puníveis com morte; 
Pelo banimento; 
Pela flagelação; 
Pela escravidão penal 
E com pagamento de multa.
A tarefa de apresentar o sistema jurídico dessa civilização que abrangeu vinte séculos não é fácil ainda mais que era restrita a uma única fonte. 
E como já falado antes o direito hebraico antigo tinha sua característica principal o caráter religioso, a lei era o resultado de um pacto entre Deus e uma nação, sua crença monoteísta contribuiu de forma importante para outras civilizações.
O Direito Grego Antigo
O presente estudo objetiva um aprofundamento no Direito Grego Antigo, a partir de um texto de Raquel de Souza, Professora na Faculdade de Direito da UNIVALI (SC). Mestre em Direito Penal pela UNISUL (SC), reunido em WOLKMER, Antonio Carlos. Fundamentos da História do Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2008. 
A autora enfoca inicialmente a escrita grega e a lei grega escrita como instrumento de poder. 
Quanto à escrita grega aponta razões para seu obscurecimento, entre elas a primazia daquele povo pela fala e a indisponibilidade e custo do material para escrita e produção. 
Vê-se que o uso do pergaminho, que alavancou o desenvolvimento do material de escrita, disseminou-se quando já Roma domina a cultura da época. 
Surge o códex, a revolução do livro.
A instrumentalidade de poder da lei grega escrita, surge da exigência do povo grego para assegurar melhor justiça por parte dos juízes. 
Crítica a essa teoria, é o argumento que a escrita trouxe inovações ao processo judicial e não há evidência de que fossem mais justas que as anteriores.
Apresentamos a versão de Michael Gagarin de que a utilização da lei escrita limitou a autonomia dos magistrados judiciais, mas deixou intocável o poder político absoluto. 
Serviu para dirimir os conflitos cada vez mais frequentes nas pólis, cuja população aumentava. 
A promulgação de uma legislação escrita estabelecia a autoridade da cidade sobre seus habitantes. 
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Já no Direito Grego Antigo, cita a divisão das fontes das leis escritas: 
Epigráficas – cunhadas em madeira, bronze e pedra e Literárias – discursos forenses dos dez oradores áticos, monografias constitucionais, filósofos do direito e antiga e nova comédia. 
Os dez oradores Áticos
Antifonte
Andócides
Lisias
Isócrates
Iseo
Esquines
Licurgo
Demóstenes
Hipérides
Dinarco
Los diez oradores áticos fueron considerados los mayores oradores y logógrafos de la antigüedad clásica (siglos V y IV a. C.). Fueron incluidos en el Canon alejandrino, a veces llamado "Canon de los Diez", compilado por Aristófanes de Bizancio y Aristarco de Samotracia.
Aduz que o uso de materiais precários de escrita fez com que as produções literárias, filosóficas e leis escritas não cheguem em seu original ao nossos dias.
Destacam-se a menção a Zaleuco, considerado o primeiro legislador grego que escreveu leis e as categorias de leis utilizadas por Gagarin: Crimes (incluindo torto – Crime contra a vida), Crimes conta a família ( pública e tradicional). 
Compara a arbitragem grega privada às nossas mediações e a arbitragem à nossa moderna arbitragem. 
O direito processual diferenciava a forma de mover uma ação: a pública podia ser iniciada por qualquer cidadão que se considerasse prejudicado pelo Estado. 
Enquanto a privada somente por iniciativa pelas partes envolvidas.
A retórica grega como instrumento de persuasão jurídica, sem juiz, promotor ou advogado, cabia à pessoa lesada ou a seu representante legal intentar o processo. 
Surgem os Logógrafos, especialistas em retórica que elaboravam textos persuasivos para serem sustentados por seus clientes municipais.
Destacam-se os dez oradores áticos, sendo um deles Demóstenes.
Após descrever o funcionamento do Tribunal e do Julgamento minuciosamente, passa-se ao estudo das instituições gregas, cujos órgãos do governo e respectivas atribuições são:
O Conselho: - examina; - prepara as leis; - controla. 
A Assembléia: - delibera; - decide; - elege e julga. 
Os Estrategistas: - administram a guerra; - distribuem os impostos; - dirigem a polícia. 
Os Magistrados: - instruem os processos; - ocupam-se dos cultos; - exercem as funções
Referindo-se à justiça e os tribunais, exalta o poder da efetiva participação popular nos julgamentos, adicionalmentecaracterizada pela ausência de profissionalismo.
Em conclusão, desmitifico o fato de os gregos não serem fortes em direito, apontando seus legados:
1 - O júri popular, 
2 - A figura do Advogado na forma embrionária do Logógrafo,
 3 - A diferenciação de homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa, 
4 - A mediação e a arbitragem, 
5 - A gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos e, finalmente, 
a retórica e eloquência forense.
Partindo de uma análise histórica vemos a contribuição do direito grego antigo no direito romano e em alguns conceitos modernos e práticas jurídicas.
 
Adiro uma crítica do prejuízo levado por nossa sociedade, pelo fato de os gregos não terem dado a devida importância à escrita de suas leis e quando o fizeram, utilizaram recursos que se degradaram com o passar do tempo.
A instituição da Família em Cidade Antiga
Nota Inicial
A Cidade Antiga (La Cité Antique), publicado em 1864, é o livro mais famoso do historiador francês Fustel de Coulanges (1830-1889). 
Seguindo o método cartesiano, e baseado em textos de historiadores e poetas antigos, o autor investiga as origens mais afastadas das instituições das sociedades grega e romana. 
Logo no prefácio da obra, tem-se a advertência do erro que constitui analisar os costumes de povos anteriores com os parâmetros atuais, sendo necessário despir-se de preconceitos a respeito desses povos e estudá-los à luz dos fatos.
O fundamento das instituições dos povos grego e romano, para o historiador, estava na religião e no culto. 
Cada família tinha sua crença, seus deuses e seu culto. 
As regras de propriedade, sucessão, etc., eram reguladas por esse culto. 
Com o tempo, a necessidade levou os homens a se relacionarem mais constantemente, e as regras que regiam a família foram transferidas a unidades cada vez maiores, até chegar-se à cidade. 
Portanto, a origem da cidade também é religiosa, como indica a prática da lustração, cerimônia periódica onde todos os cidadãos se reuniam para serem purificados, e os banquetes públicos em homenagem aos deuses municipais. 
Mas as leis eram privilégio da aristocracia, o que logo gerou grande desconforto à plebe e ocasionou as primeiras revoluções, que alteraram o fundamento da sociedade da religião para o bem-comum. 
Essa cidade ainda se transforma durante algum tempo, até sua extinção com a chegada do cristianismo.
A Família
A instituição da família em a Cidade Antiga guardava estreita relação entre o Direito e a Religião. 
A Lei surgiu naturalmente como parte da religião entre Gregos e Romanos.
A Família greco-romana se caracterizava no princípio da autoridade e da religião, os dois ligados a um só homem o Pater Familias que era tanto chefe da Família quanto Religioso. 
O Pátrio Poder naquela época era exercido de forma extremamente violenta e com caráter possessório. 
“O pai, por sua vez tinha o direito de (vender o filho por até três vezes), depois disso o filho ficaria liberto do poder paterno”.
Foi sobre a Comparação entre crenças e leis que as famílias gregas e romanas foram constituídas.
 E isso influenciou a maneira de ver e de conceber, por exemplo, o casamento. 
O casamento
O casamento era visto como uma instituição sagrada e, em algumas vezes, uma obrigação.
 o Celibato era proibido, existia uma lei antiga romana que obrigava o jovem a se casar, quem não se casassem era severamente punido.
As mulheres pertenciam a família de seus maridos e não a de seus pais.
 O casamento só poderia ser destruído pelo divorcio.
O casal, ao quererem separar-se, apresentavam se pela última vez diante do fogo comum, estando presente um sacerdote e algumas testemunhas.
Nesse rito eram pronunciadas palavras de caráter estranho, severo e terrível espécie de maldição pela qual a mulher renunciava ao culto e aos deuses do marido, desse modo o laço religioso estava rompido.
A cerimônia do fogo Comum
Não encontrei fontes seguras
A mulher não tinha nenhum direito, nem a herança e nem mesmo ao culto de sua família, pois só participava dos cultos através de seus maridos.
 Em Roma tinham em tese direito a herança através do testamento, mas se não fosse casada não teria como usufruir desta.
A autoridade paterna determinava a linha de:
 Parentesco, 
O direito a propriedade 
e de Sucessão. 
O nascimento só constituía o laço físico, a declaração de pai criava o laço religioso e moral.
 Logo se o “pater familiae” aceitasse alguém no seu culto, esse seria da família, e seu sucessor. 
A sucessão, naquela época, dizia respeito ao culto da religião do sucedido.
A Religião era doméstica, primitiva, baseada em crenças muito antigas, acreditavam numa segunda vida, mas não que a alma se separava do corpo, o líder de cada família era também o líder religioso. 
Tinham como seus deuses (lares ) os seus ancestrais, e como símbolo da lembrança e da providência de cada família, existia o Fogo Sagrado ,que era mantido em segredo por cada família e que se só poderia ser extinto quando a família se extinguisse.
O Direito Com relação a morte , eles acreditavam que após a morte seus mortos viessem a ter uma outra vida, mas que precisavam ser lembrados e alimentados por eles para que pudessem viver tranquilamente nesta segunda vida, por isso ocasionalmente era servido a estes banquetes, com comida e também água e vinho.
E feitos em homenagem a eles vários rituais e orações e também mantido entre a família o fogo sagrado que seria parte destes deuses em hipótese, também deveria ser protegido,secreto e alimentado pelo pater familias com madeiras de árvores sagradas. 
Acreditando nesta vida post-mortem o maior medo deles após a morte era que não tivessem direito a sepulturas, pois a partir daí seriam almas errantes pela eternidade e não seriam nunca salvos desta penação.

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