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TCC DESENVOLVIMENTO (2)

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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CRUZ, Shirly Macklane Morais[1: Aluno do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 2º semestre 2018.]
RU 116141
CORDEIRO, Profª. Me. Gisele do Rocio[2: Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RESUMO
O presente artigo é a conclusão de toda uma pesquisa efetuada no decorrer do curso de Licenciatura em Pedagogia. No decurso de pesquisas e investigações bibliográficas foi possível reforçar e ressaltar, a partir desse trabalho, o brincar na educação infantil como recurso didático de grande importância no processo de ensino aprendizagem. Trata-se de uma ferramenta relevante no desenvolvimento da criança, seja ele cognitivo, motor e/ou social. Nota-se que as brincadeiras têm um papel fundamental e considerável no âmbito escolar, contribuindo para a interação e o convívio afetivo, a socialização e o desenvolvimento das habilidades físicas e mentais da criança. As brincadeiras motivam o interesse no aprendizado e na descoberta do novo. Enfatiza-se neste artigo, como a brincadeira contribui na capacidade dos sentidos como a fala, a imaginação, o canto, a coordenação motora, enfim, as várias vertentes do aprendizado e desenvolvimento da criança mediante as brincadeiras. Mostrando assim, que a brincadeira deve ser utilizada em todo contexto escolar e é de importância significativa na vida humana e principalmente no processo educacional infantil.
Palavras-chave: Brincar. Aprendizagem. Desenvolvimento.
1 INTRODUÇÃO
	A partir dos conteúdos estudados no decorrer do curso, juntamente com pesquisas para Portfólios e os estágios realizados, foi possível observar de forma prática os objetivos alcançados a partir da prática das brincadeiras na educação infantil, no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagem da criança. Observando que as brincadeiras, trabalham as potencialidades, limitações, e habilidades da criança, abriu-se um olhar crítico do brincar como ferramenta pedagógica, e daí veio então, o interesse pelo tema proposto. Entre os objetivos desse artigo e das coletas de pesquisas, concentrou-se principalmente em explorar ao máximo os aspectos pedagógicos obtidos por meio do uso das brincadeiras na educação infantil e como elas auxiliam na constituição e desenvolvimento geral da criança. E para tanto foi evidenciado com afinco a importância do brincar como ferramenta pedagógica no desenvolvimento e aprendizagem das mesmas na educação infantil. Para Vygotsky (1988), aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida. 
		Desde a antiguidade e ao longo da história da humanidade, há evidências de 
que o homem brincou. O brincar já existia na vida dos seres humanos bem antes de se pesquisar a respeito. Entretanto, é bem provável que devido às várias circunstâncias e tecnologias tais como: aparecimento das escolas, brinquedos eletrônicos, televisão, multimídias e redes sociais, iniciaram-se a preocupação com a diminuição do interesse pelo brincar e uma necessidade de mostrar a utilidade do mesmo e sua importância em estudos e pesquisas.
		A infância é a parte menor de nossas vidas, mas que fica registrada intrinsecamente e de forma bem particular em todos nós, por trazer consigo memórias marcantes por toda a vida. A brincadeira certamente está nas primeiras linhas da lista dessas vastas lembranças dessa época, por ser o homem um ser brincante. Por isso brincar é um direito garantido da criança e é tão importante. Para Didonet (2012, p.12) “Quem não brinca cresce amarrado. Quem brinca experimenta o mergulho profundo na alma das coisas. E se torna livre para criar soluções, inovar caminhos, inventar futuro”.
		Pensar no brincar, é muito mais que vê-lo sob um viés lúdico. Mas também entender, que pode ter as potencialidades, limitações, habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físicas da criança, trabalhadas, obtendo as aprendizagens desejadas. É importante compreender que ao brincar na educação infantil, a criança não está ali só se divertindo e sendo entretida, mas aprendendo e socializando.
		Brincar tem uma grande relevância na vida do ser humano. Na brincadeira a criança traz para perto de si o faz de conta, a magia do imaginar e realizar seus intentos de forma lúdica e inofensiva.
		De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01): 
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
O brincar é a atividade principal de toda criança as creches e escolas no dia a dia, sendo importante valorizar essa criança como um ser que brinca, toma decisões e tem saberes, que é agente e se relaciona com as pessoas e os objetos para se expressar, comunicar e compreender o mundo. 
Como seria proveitoso se a principal preocupação da educação fosse propiciar a todas as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico, desafiando sempre sua inteligência. 
	Brincar é uma atividade fundamental para crianças pequenas e é um direito de todas elas. As atividades lúdicas favorecem um aumento da autoestima da criança, contribuindo para interiorizar determinado valor. 
	Na pesquisa bibliográfica feita para este artigo, foi observado o quanto o brincar contribui no processo de socialização e memorização, dentre outras coisas e como recurso didático agrega grande valor na educação infantil, no desenvolvimento social, motor, cognitivo, psíquico e emocional da criança.
2 O BRINCAR E SUAS POTENCIALIDADES 
2.1 O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
	É muito interessante como até muito pouco tempo, o brincar era visto apenas como passa tempo e uma diversão. E até hoje muitos pais ainda o veem dessa forma. Mas ele vai muito além. Brincar abre o espaço para o desenvolvimento global do indivíduo, deixando a liberdade de criar, bem à vontade.
	A criança é um ser integral, embora muitas vezes não seja vista assim. Pois em cada momento está seguindo uma rotina e horários estabelecidos onde suas atividades ficam bem direcionadas. Tem o momento de trabalhar a coordenação motora, outro para linguagem, outro para brincadeiras direcionadas e livres. Porém essa segmentação não vai necessariamente à formação de sua personalidade integral, e, essa formação se dá em interação com o meio físico e social, passando assim pelo processo de desenvolvimento. Isso acontece na brincadeira com seus pares, onde aparentemente nada está acontecendo e parece ser apenas uma diversão. Mas é nesse compartilhar das brincadeiras que a criança interage e adquire meios para o seu desenvolvimento de forma bem espontânea.
	Partindo da concepção sócio construtivista na perspectiva do brincar, passamos a vê-lo como um meio que garante a construção de conhecimento e interações entre os indivíduos, e, a atividade lúdica pode e deve ser vinculada à função da escola. Nesse ambiente, a criança tem a oportunidade por meio do professor de maneira direcionada e ordenada, de ser levada a crescer e desenvolver suas potencialidades cognitivas.
	No brincar vencemos e, outras vezes perdemos. Mas é importante salientar, o quanto isso é enriquecedor para a criança, pois é ali que ela aprende as regras, os limites, mas de uma forma prazerosa, sem se preocupar com o seu desempenho ou do colega, mas pelo prazer da diversão. Os combinados e regras tendem a despertar na criança a atenção e o interesse em cumprir os desafios propostos. O desenvolvimento social da criança é indispensável para chegar ao desenvolvimento moral e cognitivo.
	É na brincadeira com seus jogos e regras, que as crianças desenvolvem seus aspectos sociais, políticos e cognitivos também. 
	Vygotsky acredita que (1984, p.162), "ao brincar, a criança está acima da própria idade, acima deseu comportamento diário, maior do que é na realidade". Numa simples imitação da criança referente ao adulto, é possível perceber as oportunidades para o seu crescimento intelectual e social. Ao vestir a roupa da mãe ou calçar os sapatos do pai, a criança está trazendo para si a distinção entre o eu e o outro. São nas descobertas diárias, que ela encontra suas emoções e é orientada a lidar com as mesmas. Aprendendo dominar seus impulsos, ser disciplinada e respeitar seu próximo.
	Outra característica acentuada por Vygotsky é a natureza das regras das brincadeiras, quando ele afirma que não existe atividade lúdica sem regras, pois a situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras e comportamento. E assim a criança se enquadra nessas regras de maneira automática e sistêmica.
	A atividade lúdica é decisiva no desenvolvimento das crianças, pois as ações têm sua origem muito mais em ideias do que em coisas, e segundo Friedmann (2012, p.40) “quando isso acontece, a estrutura psicológica das crianças com a realidade altera-se radicalmente”. Esse processo é altamente importante para o desenvolvimento da criança. Pois assim, é aberta a oportunidade para a expansão de seu raciocínio, criação e imaginação, oportunizando o aprendizado.
2.2 BRINCANDO E APRENDENDO
	Brincadeira é coisa séria, e é um incentivo ao aprendizado. É uma maneira de oferecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que fomenta a aprendizagem de várias habilidades. 
	A aprendizagem é um processo de modificação da conduta por treinamento e experiência, variando da simples aquisição de hábitos a técnicas mais complexas. A brincadeira infantil é um mecanismo importante para o desenvolvimento da aprendizagem da criança, aumentando seu intelecto. 
	As crianças aprendem melhor partindo de experiências concretas. Elas necessitam descobrir e dar sentido ao mundo e através das atividades lúdicas isso é mais internalizado e associado ao ensino aprendizagem. É muito mais producente e viável ensinar por meio de uma brincadeira que por meio de palavras, que ainda é um universo pouco conhecido para a criança.
	No entender de Vygotsky (1998), é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. O brincar não só requer muitas aprendizagens como também constitui um espaço de aprendizagem, auxilia também no desenvolvimento da criança de forma tão intensa e marcante que a criança leva todo o conhecimento adquirido nesta fase para o resto de sua vida. Ela também ativa a criatividade, pois através da escolha dos papéis terá que reproduzir e criar a representação na brincadeira.
2.3 AS BRINCADEIRAS BEM DIRECIONADAS
	Nas contribuições de Piaget e Vygotsky vemos a relação que o brincar tem com a socialização e interação da criança. A cultura está intimamente conectada à aprendizagem, uma vez que é na interação com seus pares que elas adquirem mais conhecimentos não intencionais. Então é muito importante saber que se não for bem orientada e direcionada, essa atividade não terá bom proveito como ferramenta de ensino, por isso precisa ser muito bem aproveitada em sua utilização.
	É evidente que cada indivíduo tem sua própria individualidade a ser desenvolvida, entretanto essa aprendizagem só acontecerá, uma vez que ele estiver em contato com outro indivíduo. Assim, na falta de situações propícias ao aprendizado, o desenvolvimento fica impedido de ocorrer. Dessa forma, fica mais fácil entender, porque o brincar auxilia as crianças no processo de aprendizagem.
	Quando brinca, a criança estende seus conhecimentos por meio das conversas e discussões que venham acontecer durante a interação com as demais ou ainda, quando está só, no decurso de sua própria imaginação que transforma seus brinquedos, em seres animados capazes de dialogar com ela estabelecendo também uma interação produtiva em termos de aprendizagens.
	“Brincar é muito importante, porque, enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina hábitos necessários ao seu crescimento” (BETELHEIM, 1998, p.168). Por isso é tão fundamental, afinal nessa atividade o indivíduo aprende o que é necessário para sua vida de forma bem específica e ampla ao mesmo tempo.
	Logo, a prática das brincadeiras no cotidiano escolar da Educação infantil torna-se fundamental uma vez que, por meio do brincar, as crianças, além de desenvolverem suas próprias aprendizagens, aprendem a respeitar regras e normas de convivência. Além disso, as brincadeiras, são capazes de oferecer às crianças bem-estar e prazer. As brincadeiras possibilitam às crianças se expressarem através da prática diária de atividades dirigidas que as fazem desenvolver suas capacidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais. 
	O segundo lugar onde a criança mais brinca é na escola e sem desmerecer seus conhecimentos prévios, é importante que o professor se aproprie das brincadeiras a fim de relacioná-las pedagogicamente ao aprendizado, assim as brincadeiras se tornam um caminho para que a criança conheça e aprenda outras coisas. 
	Brincar interfere diretamente no aprendizado, pois traz consigo a motivação muitas vezes necessária para facilitar o entendimento da criança, para alcançar as necessidades e interesses delas. Segundo os Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil, (Brasil, 1998, p. 22):
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
	É preciso entender claramente, que no brincar, a criança está aprendendo de maneira despretensiosa e experimentando descobertas, construindo sua caminhada de desenvolvimento social, cognitivo e emocional. Quando a criança brinca, tem seus conhecimentos explanados por meio do que já traz de sua cultura mais o que se está aprendendo. É uma grande porta para que a aprendizagem chegue à criança de maneira prazerosa e exponencial.
	Ao cantar por exemplo a criança tem a oportunidade não só de se satisfazer com a canção e gestos, mas ao mesmo tempo desenvolver sua oralidade e coordenação motora, seu raciocínio lógico. Ao ouvir uma estória ou um conto, ela pode dar asas à sua imaginação e até mesmo interagir com o professor, criando sua própria versão partindo de sua fantasia, aprendendo os números, as cores, as formas. Brincando com as cores, ela pode aprender sobre as mesmas e ainda usar a criatividade e desenvolver seus talentos. Ao brincar com instrumentos musicais ela é induzida a ouvir os sons e definir os nomes de cada um dos instrumentos.
	O universo do brincar é muito mais importante para o aprendizado do que muitos educadores e pais possam mensurar. Ao brincar a criança está sendo capacitada a adquirir algum tipo de conhecimento, uma vez que nosso cérebro está projetado para raciocinar e assimilar conhecimentos. Então porque não aproveitar essa faceta humana, misturando aprendizagem com prazer na vida dos pequeninos?!
2.4 APRENDIZAGEM DE FORMA PRAZEROSA
	A aprendizagem é uma junção do nosso cérebro com as relações humanas que nos afetam. Portanto de alguma maneira estamos sempre aprendendo, seja no seio da família, na escola ou na comunidade em que vivemos.
	A motivação, o meio social e os estímulos que recebemos, são fatores que contribuem diretamente nesse aprendizado diário. A criança aprende adquirindo habilidades por meio da prática sejam observando, raciocinando ou simplesmente convivendo com seus pares.
	No brincar elas aprendem a descobrir as diferenças e respeitar o espaço e o tempo de cada um. Sabe-se que as brincadeiras não são os únicosmétodos para aprendizagem, mas são compreendidas como ferramentas de muito potencial que trazem resultados.
	Por meio do brincar as crianças assimilam com grande facilidade o que o professor quer ensinar. Por isso é tão importante no ensino aprendizagem, uma vez que auxilia na aquisição de conhecimentos e ainda se torna um elemento muito útil para atrair e prender a atenção delas.
	A brincadeira constrói a personalidade da criança, sendo muito importante na vida dela. Porém, não basta só brincar, é preciso que seja com qualidade e para isso é importante prestar atenção nos agentes mediadores da atividade. Desse modo, o professor e a escola, além de oferecerem uma educação de qualidade, devem também incentivar a brincadeira na educação infantil.
	O brincar, é o mais puro e espiritual produto dessa fase de crescimento humano, constitui o mais alto grau de desenvolvimento da criança durante esse período, porque é a manifestação espontânea do interno, imediatamente provocada por uma necessidade do próprio interior (PCN, 1998). Por isso, gera alegria, liberdade, satisfação, paz e harmonia com o mundo e emanam as fontes de tudo que é bom. Destaca-se em sua compreensão o caráter sério associado ao brincar e seu potencial de aprendizado.
	Ao analisarmos outro conjunto de documentos, como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), é possível apreender o comprometimento da utilização das brincadeiras propostos no discurso de diversos tipos de documentos, neles localizamos estratégias educativas que buscam se apoderar da infância. Identifica-se que a organização das brincadeiras no tempo e espaço é proposta pelo Referencial de forma a atuar sobre a constituição dos sujeitos. 
	As brincadeiras são fontes de felicidade e prazer que se fundamentam no exercício da liberdade e, por isso, representam a conquista de quem pode sonhar sentir, decidir, arquitetar, aventurar e agir, com energia para superar os desafios da brincadeira, recriando o tempo, o lugar e os objetos. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. 
	É na brincadeira que a criança pode extravasar sua imaginação e se apropriar dos sonhos sem medo de ser feliz. Ali ela pode ser um inventor, viver grandes aventuras, transformar os objetos à sua volta no que sua mente criativa desejar. É isso que tornam as brincadeiras tão interessantes, porque vai além do que se pode ver, mas sim do que se pode sentir e querer. 
	A criança que fantasia, tem maiores probabilidades de criar, escrever e até mesmo ser feliz. Se o homem tem em sua natureza o brincar mesmo depois de adulto, então é necessário que deixe a criança ser criança e que faça o que ela melhor sabe fazer: brincar. E brincar muito bem, gozando de cada segundo mágico que essa atividade proporciona e deixa marcada na memória o prazer e a alegria de tudo o que aprendeu. De acordo com o ECA em seu artigo 16º, “O brincar além de ser um direito de todas as crianças, é uma forma de expressão de seus pensamentos e sentimentos.”
	Nas brincadeiras a criança, por meio de sua imaginação compartilha sentimentos e emoções, aonde vão amadurecendo seus conhecimentos, desenvolvendo raciocínio lógico, espírito de confiança, concentração, atenção, cooperação e socialização entre as pessoas que compartilham com ela o seu viver. As brincadeiras são o primeiro recurso de aprendizagem.
2.5 O BRINCAR E O PEDAGÓGICO
	O brincar é um importante processo psicológico, é uma fonte de desenvolvimento e aprendizagem. Ele envolve processos de articulação complexo entre o já dado e o novo, entre a experiência, a memória e a imaginação, entre a realidade e a fantasia, sendo marcado como uma forma particular de relação com o mundo, distanciando-se da realidade da vida comum, ainda que nela referenciada.
	A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. É por meio da brincadeira que a criança se apropria do mundo real, domina conhecimentos, se relaciona e se integra culturalmente. 
	As brincadeiras pedagógicas atraem as crianças para o aprendizado uma vez que estimulam aspectos sociais, psicológicos e físicos na criança. As práticas pedagógicas têm o objetivo de ligar o dia a dia com o fazer diário da rotina das crianças. 
	Para tanto, é necessário viabilizar a organização de tempo e espaços para a brincadeira, é fundamental colocar a brincadeira na rotina das crianças na escola a partir do planejamento, construir o ambiente para que a brincadeira aconteça, é importante explorar o brincar em todas as suas possibilidades e potencial educativo, para que esse ensino aprendizagem se torne leve, saudável e prazeroso. 
	A criança ao brincar só se importa em se divertir e se satisfazer, ela não está preocupada se irá aprender ou não. Por essa razão é tão importante esse olhar pedagógico a fim de explorar e extrair o lado cognitivo, social, emocional e psicológico da criança. Muito embora ela não tenha obrigação de aprender nada nessa etapa da vida, os resultados serão producentes se bem elaborados e direcionados pelo adulto, nesse caso o professor que sabe como aproveitar e explorar ao máximo as potencialidades dessas crianças.
	O brincar pedagógico produz além da criatividade, conhecimento da cultura local e até mesmo de gerações e também o desenvolvimento da expressão da criança. A teoria de Vygotsky defende que a aprendizagem cria uma zona de desenvolvimento proximal, ativando os processos de desenvolvimento através da interação da criança com adultos ou com outros mais capazes, que fazem parte de sua cultura.
	Para Piaget (1976). "... os jogos não são apenas uma forma de desabafo ou entretenimento, para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual". O jogo (brincadeira) é, portanto, sob as suas duas formas essenciais ao exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real atividade própria, fornecendo a esta, seu alimento necessário e transformando, o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente exteriores a inteligência infantil. (Piaget 1976, p.160).
	Considerando as teorias dos autores, percebemos como o ambiente escolar se torna crucial para o brincar pedagógico. Uma vez que a intenção é direcionar de forma lúdica, porém correta, as brincadeiras para um aprendizado e desenvolvimento cognitivo, social e psicológico da criança, a fim de aproveitar da melhor maneira e ao máximo o potencial de cada uma delas, preparando-os como seres integrais como foi dito antes.
	A brincadeira quando bem planejada e orientada, traz consigo um grande significado no desenvolvimento e aprendizagem da criança uma vez que abre a possibilidade de observar e escutá-las em suas linguagens mais expressivas e autênticas. 
	Essa brincadeira estimula a criatividade e constitui um dos meios essenciais de incentivar o desenvolvimento infantil e as mais diversas aprendizagens. Portanto planejar esse brincar é o que faz a metodologia ser eficiente e traduzir em resultados o desempenho e eficácia dessas atividades na educação infantil. 
2.6 O QUE ESSE BRINCAR PEDAGÓGICO PRODUZ
	A brincadeira constrói a personalidade da criança, portanto é uma parcela muito importante em sua vida. Porém como foi dito anteriormente; não basta só brincar, é preciso que seja com qualidade, direcionada e planejada, para isso é importante prestar atenção nos agentes mediadores da atividade.
	Os professores têm a obrigação de atuarem com excelência e responsabilidadenesse contexto com o intuito de agregar conhecimento e aprendizagem. 
	À medida que a criança interage com os objetos e com os outros, vai construindo relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive. Entretanto, é fato que nesta fase, todo esse conhecimento adquirido ainda não é suficiente para que a criança estabeleça relações de grupo. 
	É brincando em grupo que elas se envolvem em uma situação imaginária, onde cada um poderá exercer papeis diversos aos de sua realidade, além do que, estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude. O que fará delas futuramente cidadãos que saibam conviver numa sociedade apreciando e respeitando a civilidade e as leis. 
	Ao brincar as crianças representam os acontecimentos que mostram o seu desenvolvimento racional, físico, intelectual, demonstrando a sua grande capacidade criativa. Os brinquedos são objetos mágicos que vão passando de geração para geração, que ajudam nesse processo essencial.
	É importante salientar que a criança que não brinca tem grande dificuldade em aprender, em socializar e absorver o que acontece ao seu redor, por ter dificultado sua forma de apreciar os acontecimentos que a cercam e as relações interpessoais.
	Infelizmente a falta do brincar hoje, tem sido tão evidente e ocasionado tantos transtornos que tem produzido nas crianças algum tipo de déficit psicomotor, por não fazerem nenhuma atividade, não brincar, não se exercitar. "Tais crianças tornam-se regredidas, manipuladoras, com baixa resistência à frustração, apresentando também, dificuldade no trato social e no desenvolvimento pedagógico (Dalila, M. M. et al. 2002, p. 110)".
	A escola pode e deve ser uma grande incentivadora no resgate das brincadeiras dos pais com seus filhos, mostrando como é importante esse intercurso lúdico da criança em casa com sua família e principalmente como elas são mais que entretenimento, mas sim uma metodologia de ensino prazerosa e com excelentes resultados. 
	É muito importante que as escolas mostrem aos pais por meio de atividades apresentadas, como as crianças conseguem apoderar-se do conhecimento e aprendizado com rapidez e destreza, para que eles se conscientizem que elas não estão ali somente brincando e que o brincar nesse caso, tem cunho totalmente voltado para o pedagógico e portanto deve ser tão valorizado.
	Por isso mais uma vez é importante frisar veementemente, como as brincadeiras podem abrir os horizontes das crianças e um mundo de variedades, de cores, sons, cheiros, sensações, descobertas, imaginação, condicionamento psicológico, social, emocional e cognitivo na educação infantil que é o primeiro contato delas com o ensino aprendizagem. 
3 METODOLOGIA
	Foi utilizada o pressuposto metodológico de uma pesquisa bibliográfica, uma vez que apresenta as características que se adequam a este artigo, “onde não se pode excluir, de partida, um grande grupo de informações, o que torna bastante difícil apontar efetivamente uma causa de um determinado fenômeno” (VIEIRA , p.88).
	A presente pesquisa teve base em diferentes autores que trazem contribuição sobre o assunto, com o intuito de aprofundar mais no tema do brincar na educação infantil como recurso pedagógico, desenvolvimento e aprendizagem. Para alcançar o objetivo traçado, o desenvolvimento desse trabalho se deu a partir de uma pesquisa e consulta a artigos científicos publicados em bibliotecas virtuais, fundamentado em Friedmann (2012), Bettelheim (1988), Campos (1983), Piaget (1975) e Vygotsky (1998), bem como uso de documentos oficiais como PCNs e Diretrizes Curriculares.
	Foram colocadas várias questões, que conduziram a uma compreensão do papel importante que o brincar oferece no desenvolvimento da criança na educação infantil. 
	No intuito de fazer claros os objetivos e perspectivas que tornam o brincar uma ferramenta maravilhosa e de grande potencial numa escola, este trabalho trouxe informações, ponderações e experiências vivenciadas no decurso desta pesquisa, expondo a brincadeira como elemento no desenvolvimento e aprendizagem da criança na educação infantil.
	As brincadeiras fomentam um vasto desenvolvimento, entre eles: psicológico, emocional, cognitivo, social e motor da criança, gerando interação e socialização dos mesmos, desenvolvendo assim suas faculdades intelectuais, corporais e tantas outras.
	O presente trabalho avaliou várias atividades que cooperam para a ampliação do conhecimento na educação infantil. Através das brincadeiras a aprendizagem e desenvolvimento da criança, é amplamente expandindo juntamente com seu conhecimento cultural e sua formação como um ser integral.
	As brincadeiras não só divertem as crianças como também ajudam e cooperam na disciplina, no respeito às regras, na socialização. Trabalhar na educação infantil com brincadeiras, possibilita conviver em um contexto de atividades lúdicas dirigidas vivenciando esta realidade cotidianamente. Essas brincadeiras ajudam no estímulo do desenvolvimento da criança. Cabe ao professor buscar o conhecimento incansavelmente, a fim de aumentar sua instrução para desenvolver seus planejamentos, entendendo o quanto é importante para o desenvolvimento e formação da criança na educação infantil.
	É muito importante que o professor seja dinâmico, criativo e principalmente ame o que faz; para que o pedagógico seja lúdico, mas também eficaz, gerando para ele e as crianças a satisfação de um aprendizado com resultados.
	Com essa pesquisa, deseja-se que o brincar seja levado em conta como algo tão relevante como tantas outras formas de aprendizagem, e como esse desenvolvimento da criança é fundamental no processo de ensino aprendizagem na educação infantil, que o mesmo jamais seja utilizado como mero passa tempo ou um entretenimento. Mas como uma ferramenta aliada em sua metodologia e didática.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Diante de todas as pesquisas e leituras realizadas, mais observações; a relevância do tema apresentado, reforçou a perspectiva das brincadeiras como uma ferramenta extremamente eficaz, para resultados propostos na aprendizagem e desenvolvimento das crianças na educação infantil e demais séries também. Além de confirmar o embasamento das teorias dos autores aqui mencionados. Infelizmente, lidamos com os aspectos negativos igualmente, uma vez que nem sempre os profissionais da educação estão interessados ou mesmo empenhados em utilizar essa didática, para não ter desgaste ou “perda de tempo” como muitos pensam. Mas o importante é que as pesquisas nos mostram, o quanto o brincar é importante para o ensino aprendizagem e desenvolvimento do ser humano em si. E principalmente na infância, onde temos prazer em brincar e por essa razão a aprendizagem se torna leve e agradável. 
	Foi muito gratificante poder observar por meio das pesquisas e até mesmo na prática docente; como uma criança pode desenvolver de forma social, afetiva, cognitiva e até mesmo emocional. Vê-la praticar a socialização, trabalhar sua oralidade, sua timidez, aprender ter limites e até mesmo se desvencilhar de seus medos. Assim, pôde-se confirmar o quanto a criança cresce e amadurece por meio das brincadeiras. Como isso lhe traz prazer e faz dela um ser humano mais predisposto a ser um adulto feliz e bem-humorado, mais preparado para lidar com as particularidades adversas da vida. 
	Não significa em hipótese alguma que o assunto foi esgotado; pois há muito a se aprender ainda com as brincadeiras e muito a se pesquisar. Esse assunto é bem amplo e o homem é dotado de muita criatividade. De modo que, a cada dia poderá trazer novas ideias e por meio dos próprios resultados alcançados, reinventar formas de usar essa metodologia pedagógica. Por essa razão a pesquisa desse tema pode e deve ser explorado sempre que possível, afim de ajudar aos profissionais da educação. 
	É de suma importância que as brincadeiras sejam sempre inseridas no processo de aprendizagem na educação infantil. Entretanto, é necessário também que o professor entenda que as mesmas são meios excelentes para o ensinoe diversão por serem uma ferramenta pedagógica, mas não um passa tempo ou um “quebra galho” para um dia sem planejamento. 
	Concluiu-se assim, que o brincar na educação infantil é totalmente significante para os resultados pretendidos, no desenvolvimento da criança em todos os aspectos possíveis e na aprendizagem. E que o mesmo deve fazer parte do cotidiano da criança na escola. Além de oferecer prazer, felicidade e realização à criança, sendo um forte aliado como ferramenta lúdica para o professor.
REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1988. 355p
BRASIL. Referencial, Curricular Nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998
FRIEDMANN, Adriana. O brincar na Educação Infantil: observação, adequação e inclusão. São Paulo: Moderna, 2012 – (Cotidiano escolar: ação docente)
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2. e., Rio de Janeiro: Zahar, 1975
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Retirados da Internet
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