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HERMENEUTICA - EXERCÍCIO

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UNINASSAU 2019.1 - REVISÃO PARA A 1AV – HERMENÊUTICA JURÍDICA – 3NA
1. Analise a matéria abaixo:
O operador de produção Valdecir Kessler, 39 anos, conseguiu na Justiça Federal do Paraná o direito de receber o salário-maternidade. A sua mulher morreu no sétimo mês de gestação devido a complicações no parto, e ele ficou como único responsável por Ariane, uma menina que nasceu prematura. Este é o primeiro caso no regime de iniciativa privada em que é concedida licença-maternidade ao pai, destaca sua advogada, Fabiane Stockmanns. No serviço público, um funcionário da Polícia Federal de Brasília já havia obtido o benefício. Em dezembro de 2010, Kessler, que mora na cidade de Toledo (PR) e trabalha num frigorífico, requisitou o benefício ao INSS. O pedido foi negado em primeira instância, pois o órgão o considerou improcedente sob o fundamento que a legislação concede o benefício apenas à gestante, no caso a mulher. A empresa também se negou a pagar o salário. O pai ficou quatro meses em casa cuidando da filha, contando com ajuda de amigos. 
Kessler recorreu. Um ano e dois meses depois de dar entrada com o processo, a Justiça federal paranaense considerou o recurso procedente por maioria dos votos. Ele vai receber o valor dos quatro meses do salário-maternidade retroativo, com juros e correção monetária. Segundo Fabiane, a Justiça não pode negar um direito por ausência de previsão legal. "A Constituição prevê a proteção da vida da criança. Não é a mãe que precisa de cuidados, é a criança", argumentou ela. 
Qual método de interpretação foi utilizado pela Justiça Federal Paranaense na situação em epígrafe:
a)      Literal.
b)      Histórico.
c)      Gramatical.
d)     Teleológico.
e)      Extensivo.
A Justiça Federal Paranaense, ao conceder a licença, analisou a finalidade (teleologia) do salário-maternidade para poder extender os seus efeitos ao pai requerente do benefício. Apesar de a lei não prever expressamente o direito do pai requerer o benefício, a finalidade da lei é proteger a vida da criança, de modo que se impõe a interpretação extensiva da norma para que ela alcance também o pai que a requeira, quando assume as funções da mãe e possui o dever de proteger a criança, com o auxílio financeiro previsto na lei.
2.  Tomando como base os métodos interpretativos, marque a única alternativa incorreta;
a) Método Literal: por meio deste método, o intérprete busca o sentido literal da norma jurídica. Em um primeiro momento, o intérprete deverá dominar o idioma em que a norma jurídica foi produzida e assim estabelecer uma definição; neste primeiro momento o intérprete buscaria fixar qual o sentido dos vocábulos do texto normativo.
b) O método lógico, por sua vez, busca desvendar o sentido e o alcance das normas jurídicas, estudando-a através de raciocínios lógicos.
c) Método teleológico: este método tem como objetivo a interpretação da norma jurídica a partir do fim social que ela almeja. Desta forma, a norma jurídica seria um meio – ou o meio – adequado para se atingir um fim desejado. A interpretação teleológica é oriunda do jurista Ihering que defende que o Direito não evolui espontaneamente – contrapondo-se ao pensamento de Savigny – mas, sim, pela luta.
d) Método sociológico: Este método permite que o intérprete possa empreender a pesquisa genética da norma, pois, usando esse método, o intérprete irá buscar os antecedentes da norma. Dessa forma, o intérprete irá considerar os motivos que levaram à elaboração da norma jurídica, quais os interesses dominantes que esta norma jurídica buscava resguardar. Esse método vê o Direito como sendo um produto histórico, oriundo da vida social e, desta forma, capaz de adaptar-se as novas condições e realidades sociais.
e) O método histórico foi desenvolvido por Savigny que trouxe para o Universo Jurídico o método histórico utilizado nas ciências sociais. Este jurista tinha como objetivo elevar o Direito à categoria de ciência do espírito, daí o nome de sua Escola: Escola Histórica do Direito.
A Letra “d” está incorreta, pois se refere ao método histórico, não ao sociológico.
3- O que significa o brocardo " In claris cessat interpretatio"? Explique a sua aplicação no direito contemporâneo.
RESPOSTA: O princípio da in claris cessat interpretatio não tem mais aplicação na atualidade, pois mesmo quando o sentido da norma é claro, não há, desde logo, a segurança de que a mesma corresponda à vontade legislativa, pois é bem possível que as palavras sejam defeituosas ou imperfeitas (a vagueza, ambiguidade e porosidade caracterizam a linguagem) que não produzam em extensão o conteúdo do princípio. Também o abismo gnoseológico impede a compreensão e transmissão de um sentido único para o texto da lei objeto da interpretação. A norma pode ter valor mais amplo e profundo que não advém de suas palavras, sendo assim imprescindível a interpretação de todas as normas por conterem conceitos com contornos imprecisos. O brocardo reflete a compreensão dos pensadores de alguns períodos histórico (por exemplo: Escola da Exegese), porém no contexto atual, em que o texto é compreendido apenas como um dado de entrada da produção normativa, já não faz mais sentido aplicá-lo na contemporaneidade.
4-  Quando uma interpretação pode ser denominada autêntica?
RESPOSTA: a interpretação autêntica ocorre quando o próprio órgão responsável pela edição da norma, edita outra, com função meramente interpretativa. Dessa forma, essa nova norma irá surtir efeitos retroativos, ou seja, atingirá fatos passados, uma vez que sua função limitou-se a explicar o sentido da norma anterior. Já, trouxer alguma alteração, ou modificação, seus efeitos não vão retroagir. Exemplo de interpretação autêntica: o artigo 327 do Código Penal dá o conceito de Funcionário Público: Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
5- Explique as interpretações decorrentes da vontade da lei (mens legis) e do legislador (mens legislatoris)?
RESPOSTA: Para estas interpretações existem duas teorias. Teoria Subjetiva: entende que a meta da interpretação é estudar a vontade históricopsicológica do legislador expressa na norma, porque: 1) o recurso à técnica histórica da interpretação, aos documentos e às discussões preliminares, que tiveram importante papel na norma, é incontornável, logo não se pode negar a vontade do legislador originário; 2) os fatores objetivos, que porventura determinam a vontade da lei, por sua vez, também estão sujeitos à interpretação, logo os que propugnam a busca da mens legis criaram um subjetivismo curioso que coloca a vontade do intérprete acima da vontade do legislador, de modo que aquele seria mais sábio que o legislador e a norma jurídica; 3) a segurança e a certeza da captação do sentido da norma ficariam a mercê da opinião do intérprete, se se pretendesse obter o vontade da lei. Teoria Objetiva: Acatada no Brasil, preconiza que, na interpretação, deve-se ater à vontade da lei, à mens legis, que, enquanto sentido objetivo, independe do querer subjetivo do legislador, porque após o ato legislativo a lei desliga-se do seu elaborador, adquirindo existência objetiva. A norma seria uma "vontade" transformada em palavras, uma força objetivada independente do seu autor, por isso, deve-se procurar o sentido iminente ao texto e não o que seu prolator teve em mira. (Maria Helena Diniz, Compêndio de Introdução à Ciência do Direito)
6 – sobre a Teoria Pura do Direito, assinale V ou F:
(V) Hans Kelsen, em sua obra “Teoria Pura do Direito”, defende e procura estabelecer um método próprio para o estudo do direito.
(V) Segundo Kelsen, a “Teoria Pura do Direito” é uma teoria do Direito positivo.
(F) A Constituição escrita de um Estado
Soberano, como a Constituição Federal Brasileira de 1988, é o que Hans Kelsen entende e denomina como “Norma Jurídica Fundamental”. 
(V) Para Kelsen a interpretação é a combinação de um ato de conhecimento e de um ato de vontade; além disso define a interpretação como autêntica e inautêntica
COMENTÁRIO SOBRE O (F): A Constituição não se confunde com o conceito de “Norma Jurídica Fundamental”. Para Kelsen a norma fundamental é uma norma hipotética pressuposta, é o pressuposto lógico de validade do direito positivo. Partindo de uma forte influência do pensamento epistemológico de Immanuel Kant, Kelsen concebe o ordenamento jurídico como sendo um conjunto hierarquizado de normas jurídicas, que se estruturam de forma escalona e ordenada. No entanto, essa hierarquia não é interminável; assim, a mais alta norma dessa hierarquia não possui como critério de sua validade uma norma superior, tendo em vista que esta norma é o ponto máximo da hierarquia de um determinado ordenamento jurídico. Como norma mais elevada e fundamento de validade de todas as normas de um ordenamento, ela tem de ser pressuposta, visto que não pode ser posta por uma autoridade, cuja competência teria de se fundar numa norma ainda mais elevada (Kelsen, 1999, p. 217). Sendo assim, esta norma, como sendo pressuposta, é designada por Kelsen como sendo “a normal fundamental” (Groundnorm), cuja validade objetiva não pode ser posta em questão. Kelsen oferece um exemplo do conceito de norma fundamental: “devemos obedecer às ordens de Deus; Deus ordenou que obedeçamos às ordens dos nossos pais. Logo, devemos obedecer às ordens de nossos pais” (Kelsen, 1999, p. 221). Conforme esse exemplo, temos a norma “obedecer aos pais” com sua validade objetiva sendo dada pela norma “devemos obedecer à Deus” que, por si, não pode ser objetivamente contestada por outra norma superior, sendo, neste exemplo, a “norma fundamental”. Nesse sentido, a norma fundamental de um ordenamento jurídico positivo não é nada mais que uma regra fundamental, conforme a qual são produzidas as normas do ordenamento jurídico, a criação da estabilidade fundamental da produção jurídico (Kelsen, 2006, p. 96). Com base em sua Teoria Pura do Direito e sendo esta uma construção teórica inserida no positivismo jurídico, Kelsen não reconhece qualquer regra moral ou lei natural como critério de validade de outra norma positiva, motivo pelo qual rejeita considerações moralistas a respeito da validade da norma fundamental; trata-se assim de uma teoria formal de validade, em que a validade da norma depende de elementos que não levam em consideração o mérito das normas (Dimitri, p. 278). Outros juristas também compartilharam com Kelsen a ideia de uma “regra fundamental” nos ordenamentos jurídicos. Norberto Bobbio, em sua obra “Teoria do Ordenamento Jurídico” (na qual este expressamente reconhece que sua teoria é uma complementação ou continuação ao trabalho de Kelsen), reconhece a existência de uma norma fundamental como “fundamento subentendido da legitimidade de todo o sistema” (Bobbio, p. 60). Alf Ross também aceita, em sua teoria, a existência de uma norma pressuposta que atribui validade ao sistema normativo (Barzotto, p. 87).
7) O que é a teoria da moldura? E o desafio kelseniano?
SOBRE A TEORIA DA MOLDURA: A moldura não é posta pela norma jurídica, ou pelo sistema, mas a partir dele, e pelo intérprete, enfim. Ela (a moldura) não já está lá, mas é posta pelo ato interpretativo do sujeito cognoscente, no caso órgão jurídico competente. Por outros torneios: a moldura é construída pelo intérprete, e não posta pelo Direito, como se o fizesse independentemente daquele (intérprete). Dentro da moldura se encontram as interpretações possíveis (normas válidas, diríamos) construídas a partir do texto positivo. Estas interpretações possíveis se traduzem, no ato de aplicação do Direito, em possibilidades de aplicação. É dizer: o órgão competente poderá aplicar ao caso concreto qualquer das interpretações possíveis da norma, e que se encontram, pois, compreendidas dentro da moldura normativa. Não há se olvidar, nesse diapasão, a função criadora desses órgãos, que não é, pois, meramente declaratória[21], malgrado seja essa função limitada pelo próprio sistema, que confere validade às normas. Enfim, não há só uma interpretação possível, como se fosse a interpretação correta, o que revelaria uma concepção essencialista com a qual, como visto, o pensamento do mestre de Viena não se compadece. Então é assim: há o texto positivo, e a partir dele o intérprete constrói a moldura (de acordo com os critérios de validade do sistema) onde estão contidas as possibilidades (interpretativas) de aplicação; e desse ponto em diante o Direito positivo já não fornece qualquer critério para a escolha da decisão a ser aplicada concretamente. Essa decisão/escolha entre as interpretações contidas na moldura é, nesses termos, um problema político. A decisão sobre a norma a aplicar é livre e cabe ao órgão competente (juiz ou tribunal). Uma vez feita esta escolha política, eis a norma individual e concreta posta no sistema, em seu continuum reprodutivo. DESAFIO KELSENIANO: DESAFIO KELSENIANO: “(...) Com isso, porém, Kelsen frustra um dos objetivos fundamentais do saber dogmático[sobre Kelsen rejeitar a única interpretação dogmática], desde que ele foi configurado como um conhecimento racional do direito. Ainda que lhe atribuamos um caráter de tecnologia, de saber tecnológico, sua produção teórica fica sem fundamento, aparecendo como mero arbítrio [ato de vontade]. Não teria, pois, realmente, nenhum valor racional procurar um fundamento teórico para a atividade metódica da doutrina, quando esta busca e atinge o sentido unívoco das palavras da lei? Seria um contra-senso falar em verdade hermenêutica? Enfrentar essa questão constitui o que chamaríamos, então, de o desafio kelseniano.”
8)  A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é chamada de:
a) interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da lei, ignorando sua estrutura gramatical.
b) interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado das sentenças com seus objetivos historicamente determinados.
c) interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar autenticidade à interpretação.
d) interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser considerado à luz de seus objetivos.
9)  Considerando a hermenêutica jurídica, e ainda considerando a interpretação do direito, a superação dos métodos de interpretação mediante puro raciocínio lógico-dedutivo e o método de interpretação pela lógica do razoável, assinale a opção correta.
a) Há um princípio geral informador de todo o ordenamento jurídico nacional, necessário à interpretação, que pode ser inferido da existência de várias normas e ao qual se chega por meio da indução. INCORRETA
b) De acordo com o método de interpretação da lógica do razoável, devem ser considerados os fins em função dos quais a lei seja editada e haja de ser compreendida pela sua causa final. ESTA LETRA “B” TRATA DA INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA, E NÃO DA LÓGICA DO RAZOÁVEL. INCORRETA.
c) No processo lógico, a lógica formal, de tipo puro, a priori, só é adequada na análise dos conceitos jurídicos essenciais e, para tudo que pertence à existência humana — a prática do Direito, inclusive —, impõe-se o uso da lógica do humano e do razoável (lógica material).
d) Interpretar a norma jurídica corresponde a integrar, preencher lacunas e aplicar, de forma lógica, o direito ao caso concreto. ESTA LETRA “D” LIMITA A COMPREENSÃO DO OBJETO DA NORMA JURÍDICA A ALGUNS ASPECTOS ESPECÍFICOS. INCORRETA
e) Atualmente, utiliza-se, na interpretação das leis, a exegese escolástica, partindo–se do conjunto principiológico existente nas normas. INCORRETA
10) ( Prova: ESPP - 2012 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Juiz do Trabalho / Direito Constitucional
/ Supremo Tribunal Federal)
     Diz o art. 226, § 3° , da Constituição da República: "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento". O art. 1.723 do Código Civil, por sua vez, estabelece: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família". Considere as proposições abaixo, acerca do julgamento sobre a matéria pelo STF (ADI 4277, Rel. Min. Ayres Britto).
 
I. Estabeleceu o STF interpretação conforme a Constituição do art. 1.723 do Código Civil, vetando o preconceito e a discriminação e excluindo da exegese desse dispositivo qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família, idêntica à união estável heteroafetiva. 
II. Adotou o STF a teoria da "norma geral negativa" de Kelsen, segundo a qual o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido.
III. Segundo o STF, o direito à liberdade de orientação sexual é direta emanação do princípio da dignidade da pessoa humana, inclusive no sentido de se tratar de direito à auto-estima e à busca da felicidade. 
IV. Deu ênfase, o STF, ao § 2° do art. 5° da Constituição, reconhecendo direitos fundamentais não expressamente enunciados no texto, emergentes do regime e dos princípios adotados pela Carta. 
Considerando as proposições acima, assinale a alternativa correta: 
a) Apenas a proposição I é correta. 
b) Apenas a proposição II não é correta. 
c) Apenas a proposição IV não é correta. 
d) Apenas a proposição IV é correta. 
e) Todas as proposições são corretas.
11) ( Prova: FCC - 2010 - DPE-SP - Defensor Público / Filosofia e Sociologia do Direito / Filosofia do Direito)
     "Na fase madura de seu pensamento, a substituição da lei pela convicção comum do povo (Volksgeist) como fonte originária do direito relega a segundo plano a sistemática lógico-dedutiva, sobrepondo-lhe a sensação (Empfindung) e a intuição (Anschauung) imediatas. Savigny enfatiza o relacionamento primário da intuição do jurídico não à regra genérica e abstrata, mas aos 'institutos de direito' (Rechtsinstitute), que expressam 'relações vitais' (Lebensverhältnisse) típicas e concretas".
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, corresponde a aspectos essenciais da seguinte escola filosófico-jurídica: 
a) Normativismo. 
 b) Positivismo jurídico. 
c) Jusnaturalismo. 
d) Historicismo Jurídico. 
e) Realismo Jurídico. 
12) (Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase) 
A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é chamada de 
a) interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da lei, ignorando sua estrutura gramatical. 
b) interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado das sentenças com seus objetivos historicamente determinados. 
c) interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar autenticidade à interpretação. 
d) interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser considerado à luz de seus objetivos.
13) (CESPE/AL - magistratura-2008) 
Acerca das espécies e métodos clássicos de interpretação adotados pela hermenêutica jurídica, assinale a opção correta. 
 
a) A interpretação autêntica pressupõe que o sentido da norma é o fixado pelos operadores do direito, por meio da doutrina e jurisprudência.
b) A interpretação lógica se caracteriza por pressupor que a ordem das palavras e o modo como elas estão conectadas são essenciais para se alcançar a significação da norma.
c) A interpretação sistemática se caracteriza por pressupor que qualquer preceito normativo deverá ser interpretado em harmonia com as diretrizes gerais do sistema, preservando-se a coerência do ordenamento.
d) A interpretação histórica se caracteriza pelo fato de que o significado da norma deve atender às características sociais do período histórico em que é aplicada. 
e) A interpretação axiológica pressupõe uma unidade objetiva de fins determinados por valores que coordenam o ordenamento, assim legitimando a aplicação da norma. 
 
14) Indique qual corrente de pensamento jurídico pode ser conceituada como aquela que “Propõe a inclusão no processo decisório de ferramentas metodológicas de outras áreas que possam torná-lo mais claro e afirma que o direito é pensado como uma prática social e política, enraizada em um contexto específico, sem bases seguras, instrumental, sempre acompanhado por uma perspectiva de seu ator principal: o juiz.”
Trata-se do pragmatismo jurídico.

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