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Política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora Alunas: Ianna Tíssia, Letícia Perez, Linka Richellis, Mariana Ferreira Profª Maria Cecília Oliveira da Costa Disciplina: Políticas Públicas de Saúde CCS – Curso de Nutrição ANOTAÇÃO: Para alterar a imagem no slide, selecione e exclua a imagem. Em seguida, use o ícone Imagens no espaço reservado para inserir sua própria imagem. Fatos Históricos O trabalho (remunerado ou não) X problemas relacionados Revolução Industrial: carga de trabalho de até 16 h diárias Salário somente para a subsistência Crianças trabalhando indiscriminadamente Fatos Históricos 1700 - O registro histórico de maior relevância na análise da relação trabalho-saúde remonta ao lançamento do livro “De Morbis Artificum Diatriba”, pelo médico italiano Bernardino Ramazzini - texto básico da medicina preventiva por quase dois séculos Ramazzini estudou mais de 60 profissões, relacionando o exercício das atividades com as doenças, indicando ainda o tratamento recomendável e as medidas preventivas Pai da Medicina do Trabalho Fatos Históricos 1760 a 1820 – Incremento da produção em série, Revolução Industrial e a fragilidade do trabalhador na luta desleal com a máquina ↑nº de mortos, mutilados, doentes, órfãos e viúvas 1884 - Surgiram as primeiras leis a respeito do acidente do trabalho, primeiramente na Alemanha, estendendo-se a vários países da Europa nos anos seguintes, até chegar ao Brasil, por intermédio do Decreto Legislativo n. 3.724, de 15 de janeiro de 1919. • 1888 – Lei Áurea – O Brasil foi o último país das américas a abolir a escravidão. Fatos Históricos 1919 – Criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo Tratado de Versailles Produção das normas preventivas Foram adotadas seis convenções: limitação da jornada, desemprego, proteção à maternidade, trabalho noturno das mulheres, idade mínima para admissão de crianças e trabalho noturno dos menores Fatos Históricos 1943 - CLT 1946 -Criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) Brasil amplia as normas de segurança e medicina do trabalho, instituindo os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT • Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA, PPRA, PCMSO 1977 - A mudança do Capítulo V do Título II da CLT, por intermédio da Lei n. 6.514/77, teve o propósito de aprofundar as medidas preventivas para retirar o Brasil da incômoda posição de campeão mundial em acidentes do trabalho. No ano de 1978 o Ministério do Trabalho publicou a consolidação das normas de segurança e medicina do trabalho, por intermédio da Portaria n. 3.214. O movimento sindical começa a questionar a validade dos adicionais de remuneração para compensar a exposição aos riscos ocupacionais e adota a bandeira de que saúde não se vende por preço algum, chegando a rotular o adicional de insalubridade como adicional do suicídio. Fatos Históricos 1981 – Genebra -A Convenção da OIT n. 155 sobre segurança e saúde dos trabalhadores dá impulso a essa nova mentalidade, consagrando a participação ativa dos trabalhadores nas questões envolvendo segurança, saúde e meio ambiente de trabalho. Assim, desde o último quarto do século XX, quando os trabalhadores passaram a reivindicar as melhorias do meio ambiente de trabalho, está em curso uma nova etapa, ou movimento, denominada “Saúde do Trabalhador”. 1988 - No Brasil, a Constituição da República foi o marco principal de introdução da etapa da saúde do trabalhador no ordenamento jurídico. • A saúde foi considerada como direito social, ficando garantida aos trabalhadores a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Fatos Históricos 1990 - Lei Orgânica do SUS, 8080 – artigo 6 º, parágrafo 3º, regulamenta os dispositivos constitucionais sobre Saúde do Trabalhador: “Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta Lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho...” Vigilância em Saúde do Trabalhador - VIGSAT É um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Importante ferramenta do Sistema Único Saúde para a promoção da saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora Integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos Vigilância em Saúde do Trabalhador - VIGSAT "A atividade VISAT deve estabelecer uma intervenção e negociação de controle e mudanças no processo de trabalho, em sua base tecnológica ou de organização do trabalho, o que virtualmente, poderá eliminar o risco de acidentes e adoecimento relacionado ao trabalho.“ (MACHADO, 2011) Objetivos: VIGSAT Caracterizar território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora, resultando na Análise de Situação de Saúde do Trabalhador Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde Realizar ações de fiscalização em ambientes e processos de trabalho nos diversos ramos e atividades econômicas Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - RENAST Criada em 2002, com objetivo de disseminar ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais redes do Sistema Único de Saúde, SUS A Renast compreende uma rede nacional de informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar ações assistenciais, de vigilância, prevenção, e de promoção da saúde, na perspectiva da ST Além disso, elabora protocolos, linhas de cuidado, e instrumentos que favorecem a integralidade das ações, envolvendo a atenção básica, de média e alta complexidade, serviços e municípios sentinela. Definida dessa forma, a Renast se constitui em uma complexa rede que se concretiza com ações transversais, que incluem a produção e gestão do conhecimento, e todos os níveis e ações definidas Centros de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST Retaguarda técnica especializada para o conjunto de ações e serviços do SUS Método do apoio matricial às equipes de referencia das diversas instancias da rede de atenção, promoção e vigilância em saúde Funções de suporte técnico, educação permanente, de assessoria, coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde do trabalhador Rede Sentinela de Agravos A rede de unidades sentinela faz parte dos dispositivos da RENAST para a realização de diagnósticos e notificação de agravos à saúde relacionados ao trabalho Também fazem parte de suas competências a realização de identificação de casos e investigações epidemiológicas Qualquer unidade de saúde, desde as unidades de atenção primária à saúde até as referências especializadas, pode ser constituída como unidade sentinela Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST Conceito: saúde do trabalhador Segundo a Lei nº 8.080/90, art. 6, 3.º, entende-se por saúde do trabalhador um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora - PNSTT Diretrizes Universalidade Integralidade Participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social Descentralização Hierarquização Equidade Precaução Objetivos Art. 8º: são objetivos do PNSTT: Fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador Objetivos Inserção de ações de saúde do trabalhadorem todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, considerando os seguintes componentes: • Atenção primária em saúde • Atenção especializada, incluindo serviços de reabilitação • Atenção pré -hospitalar, de urgência e emergência, e hospitalar • Rede de laboratórios e de serviços de apoio diagnóstico • Assistência farmacêutica • Sistemas de informações em saúde • Sistemas de regulação do acesso • Sistema de planejamento, monitoramento e avaliação das ações • Sistema de auditoria • Promoção e vigilância à saúde, incluindo a vigilância à saúde do trabalhador Objetivos Ampliar o entendimento de que de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal: relação saúde-trabalho Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade Assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde Assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS Referências COSTA, Danilo; LACAZ, Francisco Antonio de Castro; JACKSON FILHO, José Marçal and VILELA, Rodolfo Andrade Gouveia. Saúde do Trabalhador no SUS: desafios para uma política pública. Rev. bras. saúde ocup. [online]. 2013, vol.38, n.127 NASCIMENTO, Amauri Mascaro, “A indignação do trabalho subordinado”, IN: Curso de Direito do Trabalho, Saraiva, São Paulo, 1992.
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