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RESUMO: A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SEU MOVIMENTO HISTÓRICO NO BRASIL Maria Edineime Lopes A EAD é uma modalide de ensino que se adapta a diferentes realidades. Não se trata de uma "formação fácil para se conseguir títulos", mas de um tipo de formação que atende às necessidades de determinado público que não tem condições ou facilidade de deslocamentos até os grandes centros que ofereçam educação presencial. Em virtude disso, a EAD está sendo cada vez mais buscada e utilizada pelo público em geral que precisa se qualificar. Esse fato faz com que aumente ainda mais a responsabilidade dos profisionais envolvidos com este método de ensino. Por isso, o conhecimento conceitual e histórico da Educação a Distância se faz necessário para todos que desejam atuar neste campo. De acordo com GUAREZI (2009, p. 20), os conceito de EAD mantém em comum o fato de que a aprendizagem acontece mesmo sem a necessidade de interação física entre aluno e professor em um mesmo espaço através do uso de tecnologias mediadoras da comunicação entre os envolvidos na aprendizagem. Nessa modalidade de ensino a autonomia do aluno deverá ser trabalhada e fortalecida para que o processo de aprendizagem não perca a qualidade. A EAD no mundo é marcada por três gerações: • 1ª geração: 1728 até meados de 1970: estudo por corresposdência, com poucas possibilidades de interação entre aluno e instituição que acontecia somente nos momentos dos exames; • 2ª geração: entre 1960 e 1990: o avanço tenológico proporcionou novas concepções educacionais. Esta fase caracterizou-se pela propagação dos meios de comunicação audiovisuais como o rádio e a televisão. Este avanço possibilitou à EAD mais liberdade na escolha temática por parte dos alunos e mais flexibilidade de tempo; • 3ª geração:1990 até os dias atuais: caracterizada pela flexibilidade proporcionada pela integração de redes de vários tipos de tecnologias, o que gera condições para que o aprendizado possa ser cada vez mais interativo e autônomo. Nesta geração, o aluno determina seu tempo, seu ritmo e tem acesso, de qualquer lugar do mundo e a qualquer momento através de computador conectado à internet, a uma vasta quantidade de informações. Segundo Alves (2009, p. 9), apesar de existirem registros que mostram Brasil entre os principais no que se referia a EAD até o anos de 1970, essa modalidade passou por vários momentos de retrocessos e estagnação, devido à falta de políticas públicas para o setor. Mas no finalzinho do milênio, ações positivas voltaram a desenvolver consideravelmente esta modalidade educacional. Existem registros de anúncios em jornaisde cursos de datilografia por correspondência. Estes eram ministrados por professoras particulares, sem intervenção de instituições. Em 1904 foram instaladas as Escolas Internacionais, filiais de uma organização norte-americana que ofereciam cursos por correspondência a pessoas que buscavam se qualificar para o mercado de trabalho e, em 1923 surgiu a Rádio Sociedade com a função de propagar a educação através da radiodifusão. O Instituto Universal fundado em 1941 é considerado uma das primeiras experiÊncias em EAD no Brasil, precedido pela Escola Rádio Pastoral oferecendo cursos bíblicos; O Senac iniciou em 1946 no Rio de Janeiro e São Paulo, a Universidade do Ar, que atingia 318 localidades em 1950; a Igreja Católica, criou em 1959, em Natal/RN algumas escolas radiofônica que iniciaram a Educação de Base. Nesse meio tempo, no Rio Grande do Sul, a Fundação Padre Landell de Moura, desenvolvia projetos em conjunto com o Governo Federal, como o Mobral, tinha abrangência nacional, utilizando o rádio como auxílio. Em 1960, tivemos as primeiras experiências em EAD utilizando a televisão e em 1981, foi criado o Fundo de Financiamento da Televisão Educativa (Funtevê) que passou a transmitir programas educativos em parceria com várias emissoras de rádio e tv. Foi nesta época que a iniciativa privada iniciou seus próprios projetos paralelos aos do Governo Federal. O Movimento de Educação de Base-MEB, de 1956, está entre um dos principais, mas foi abandonado em virtude da repressão política do pós-golpe de 1964.No final dos anos de 1990, as emissoras passaram a não serem mais obrigadas a transmitiresm programas educativos, o que gerou um retrocesso na EAD. Os computadores chegaram ao Brasil em 1970, e de uns tempos para cá, vem ficando cada vez mais acessível, tanto no quesito econômico, quanto no quesito praticidade, o que nos ofecere grandes possibilidades de pesquisas, colaborando muito com a EAD. Embora evolução da EAD tenha acompanhado a evolução das tecnologias de informação que lhe dão suporte, é ncessário entender que evolução da tecnologia não significa evolução pedagógica. Demo (2007, p. 90) afirma que "sempre é possível usar a tecnologia mais avançada para continuar fazendo as mesmas velharias, em particular no velho instrucionismo". No que diz respeito à Legislação da EAD no Brasil, o Artigo da LDB que trata deste assunto foi regulamentado pelo Decreto nº 5.6522, publicado no D.O.U. De 20/12/2005. Essa normatização deixa claro que a EAD é uma modalidade de ensino tão séria e de qualidade quanto a modalidade tradicional, apesar do preconceito e falta de conhecimento em torno desta modalidade. REFERÊNCIAS FARIA, Adriano Antonio; SALVADORI, Angela. A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SEU MOVIMENTO HISTÓRICO NO BRASIL. Revista das Faculdades Santa Cruz. Vol. 08 – Número 1, Janeiro/Junho/2010.
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