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Normas de biossegurança em coleta de sangue

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INTRODUÇÃO
Normas de biossegurança.
Boas práticas de laboratório e serviço de saúde
As boas práticas de laboratório, estendidas também ao serviço de saúde dizem respeito as técnicas, normas e procedimentos de trabalho que visam minimizar e controlar a exposição dos trabalhadores aos riscos inerentes as suas atividades.
O uso das boas práticas em laboratório deve ser de caráter coletivo e não somente individual. Todos os trabalhadores ser constantemente atualizados quanto as técnicas seguras de trabalho, caso contrário o não cumprimento dessas técnicas certamente irá gerar riscos não só ao indivíduo, mas também a todos que atuam naquele ambiente.
Acidentes em laboratório e serviço de saúde
O acidente pode ser definido como um acontecimento infeliz, casual ou que resultam a danos, ferimentos, estragos, prejuízos, avarias, ruinas e etc. todos os acidentes podem ser prevenidos.
Entre as causas possíveis de gerar acidente, podemos destacar.
Fatores sociais;
Instruções inadequadas;
Mau planejamento;
Supervisão incorreta ou inapta;
Não observância de normas;
Práticas de trabalho inadequado;
Mau uso dos equipamentos de proteção;
Uso de material origem desconhecida;
Layout inadequado;
Higiene pessoal;
Jornada excessiva de trabalho.
Níveis de biossegurança
Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
    Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.
    O nível de Biossegurança 1 é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.
    O nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
    O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.
    O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.
Mapa de risco
Cor verde
São considerados riscos físicos:
- ruídos;
- calor;
- vibrações;
- pressões anormais;
- radiações;
Umidade;
Cor vermelha
Os riscos químicos presente nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, liquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos químicos em geral.
Cor marrom
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das industrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
Cor amarela
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monitoria e repetitividade, imposição de rotina intensa.
Cor azul
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranho físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.
1.2 Experimento de coleta de sangue
Os exames laboratoriais são realizados por solicitação médica, com o objetivo de diagnosticar, monitorar ou acompanhar o tratamento de uma doença. O resultado de todo exame laboratorial deve ter qualidade e isso só será possível se houver padronização dos processos e controle de qualidade, desde a aquisição dos insumos e reagentes até a emissão do resultado. O diagnóstico laboratorial envolve três etapas: a pré-analítica, a analítica e a pós-analítica. Qualquer falha nessas etapas afetará o resultado dos testes. 
Mobiliários e acessórios para a coleta de amostras de sangue Além do espaço físico para a coleta de amostras são extremamente importantes, dentre esses mobiliários e acessórios estão: Bancada com cantos arredondados e materiais de baixa ou nenhuma porosidade; cadeira com braçadeira regulável ou suporte para braço. Recomenda-se que a cadeira tenha apoio lateral para os braços. Pois se o usuário desmaiar, sua queda será evitada; maca, em local acessível e próximo a sala de coleta; lixeira para lixo comum; lixeira para material potencialmente infectante. 
Tubos para coleta a vácuo: Os tubos para coleta de sangue a vácuo podem ser de plástico ou de vidro e possuem tampas com cores diferentes, que são padronizadas internacionalmente pela Norma ISO 6710:1995. No rótulo de cada tubo também há uma indicação do volume de amostra que deve ser coletada. A Norma ISO 6710:1995 determina que os tubos devem:
Ser fabricados com material que apresente transparência suficiente para permitir a clara visão de seu conteúdo e as características da superfície interna;
Ser estéreis, para segurança da amostra e do usuário;
Ter espaço suficiente para homogeneização da mecânica ou manual da amostra;
Ter tampas seguras para que não se desprendam durante a homogeneização ou centrifugação da amostra;
Permitam a vedação e possam ser removidas manualmente ou por métodos mecânicos.
Os tubos de coleta a vácuo possuem tampas de cores diferentes padronizadas que indicam o anticoagulante presente no seu interior destinado para diferentes aplicações.
	CORES
	ADITIVO
	AMOSTRA OBTIDA
	PRINCIPAIS APLICAÇÕES
	
	Citrato
	Sangue total ou plasma
	Exames de coagulação
	
	Não apresenta anticoagulante
	Soro
	Exames sorológicos, bioquímicos e hormonais
	
	Com ativador de coagulo e com gel separador
	Soro
	Exames sorológicos, bioquímicos e hormonais
	
	Heparina
	Sangue total ou plasma
	Exames bioquímicos
	
	EDTA
	Sangue total ou plasma
	Exames de hematologia, CD4+/CD8+, carga viral e de genotipagem
	
	Fluoreto/EDTA
	Plasma
	Exames de glicose e lactato
Pré-coleta: é de extrema importância que o usuário receba instruções escritas e verbais, em linguagem acessível, sobre os cuidados necessários que antecedem a coleta da amostra. Deve-se informar ao usuário: necessidade e tempo de jejum requeridos para os exames; cuidados com a alimentação caso não seja exigido jejum; obrigatoriedade de apresentar um documento de identificação com foto; 
Preparação do profissional: Além de atender bem ao usuário, é fundamental que o profissional também tome os cuidados para se proteger. O profissional de saúde deverá utilizar equipamentosde proteção individual (EPI), pois em todos os locais onde se faz a coleta de sangue ou há manipulação de materiais biológicos existe o risco de contaminação com agentes infecciosos. Essa transmissão de agentes infecciosos durante a coleta de amostras de sangue pode ocorrer: Por contato direto com material contaminado. Esse contato pode ser resultante: de transmissão direta: em acidentes com objetos perfurocortantes; pelo respingo de sangue diretamente na pele ou mucosas; inalação de aerossóis.de transmissão indireta, pelo contato da pele ferida ou mucosas com superfícies, mãos e/ou luvas contaminadas.
Assim sendo, é imprescindível a utilização de: Avental ou jaleco de comprimento abaixo dos joelhos, com mangas longas, sistema de fechamento nos punhos por elástico ou sanfona e fechamento até a altura do pescoço; Luvas descartáveis; Óculos ou protetor facial. Além disso, é obrigatório o uso de roupas e calçados que cubram completamente pernas e pés.
Antissepsia do local da punção
Para fazer a antissepsia do local que será puncionado, deve-se utilizar gaze ou algodão embebidos em uma solução de álcool etílico a 70% peso/peso (p/p) ou outro antisséptico.
A antissepsia é utilizada para reduzir o risco de contaminação da amostra e para evitar infecção do local da punção. 
Após escolher o local para puncionar, a antissepsia pode ser feita de duas formas:
1. Com um único movimento circular a partir do local escolhido em direção à periferia.
2. Com um único movimento do algodão ou gaze no sentido do punho para o cotovelo.
Coleta por tubo a vácuo
Esse tipo de coleta é mais prático e mais seguro, deve-se mostrar o material lacrado ao paciente e informar como ocorrerá o processo de coleta, verificar se não há nada interrompendo a circulação e em seguida com todos os EPIs necessários e feita a correta antissepsia do local da punção posicionar o braço do paciente, garrotear e pedir para que feche a mão, inserir a agulha e o tubo no adaptador no local da punção até a coleta completa. Após a punção deve-se retirar o tubo, remover a agulha da veia e solicitar que o usuário faça pressão sobre o local da punção com o auxílio de uma gaze ou algodão seco. Então é necessário acionar imediatamente o dispositivo de segurança da agulha. É importante também orientar o usuário para que mantenha o braço esticado e o local da punção pressionado, sem esfregar, por no mínimo três minutos. Logo após a coleta deve-se descartar imediatamente a agulha em recipiente apropriado para materiais perfurocortantes, adotando todos os cuidados de biossegurança. 
Coleta com seringa e agulha
Todos os processos adotados na coleta a vácuo também são necessários nesse tipo de coleta, porém deve haver uma maior agilidade afim de que o sangue não coagule dentro da seringa, o processo é simples, basta encaixar a agulha na seringa e com o bisel voltado para a parte de cima imediatamente puncionar o locar da punção, lembrando de estar com a antissepsia feita, além de todos os outros processos de segurança anteriores a coleta.
Após todos os procedimentos é entregue ao paciente o comprovante de coleta identificando a data, horário e responsável pela coleta. Por fim encaminhar as amostras o mais rápido possível para o setor de processamento de amostras.
OBJETIVO
Conhecer e aplicar as normas de biossegurança no laboratório de análises clínicas.
Experimentar a coleta de sangue aplicando orientações relativas à abordagem do paciente, identificação do material necessário, antissepsia e punção.
MATERIAL E MÉTODOS
Álcool a 70%
Algodão
Gaze
Seringas de 3mL
Lixeira para descarte de material perfurocortantes
Garrote
Luvas descartáveis 
Caneta esferográfica
Estante para tubos
Tubos a vácuo com etiquetas
Adaptador de tubo
Agulha de coleta a vácuo
Primeiramente o professor orientou a turma a fazer todo processo corretamente para que não houvesse imprevistos. Após as orientações foi dado início a atividade de coleta de sangue. Nesse processo foi utilizado a coleta com seringa e agulha. Primeiramente foi garroteado o braço do componente, verificado a melhor veia para a punção e feita a antissepsia do local a ser puncionado. 
Fig. 2 – antissepsia do local da punção.
Fig. 1 - Garroteamento feito.
Após esse procedimento foi enroscado a agulha na seringa e em seguida feito a punção. Foi coletado aproximadamente 3mL de sangue e em seguida adicionado no tubo de coleta a vácuo e homogeneizado por inversão cerca de 8 vezes pelo homogeneizador de soluções. Foi colocado na centrifuga por cerca de cinco minutos. Após esse tempo o tubo foi retirado e pôde ser observado o material obtido, nesse caso o soro. Fig. 4 – final punção e material coletado
Fig. 3 – início da punção.
Fig. 6 – material sendo homogeneizado pelo homogeneizador de soluções.
Fig. 5 – material coletado inserido no tubo de coleta a vácuo.
Fig. 8 – material obtido após todo processo (soro).
Fig. 7 – material colhido sendo centrifugado
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os princípios utilizados na prática de coleta de sangue feita pelos alunos foram, garroteamento que é utilizado durante o procedimento para facilitar a localização das veias, antissepsia usando algodão e álcool a 70%, fazer a punção, após a remoção da agulha, dispensar o material no tubo de coleta a jato, por fim levar as amostras de sangue que está contida nos tubos de coleta a jato com anticoagulante para o homogeneizador de soluções.
Foi obtido o resultado esperado que era a coleta de sangue dentro das normas de biossegurança e separar o soro do material coletado. O resultado foi totalmente aceitável tendo em vista o objetivo do trabalho gerando o material que foi previsto, comprovando assim o total cumprimento das normas de biossegurança que são extremamente necessárias para qualquer atividade em laboratório. Dando ênfase também que foi detectado dificuldade quanto ao garroteamento e visualização da veia.
Fig. 9 – material coletado de acordo com o previsto.
CONCLUSÃO
Com os argumentos expostos no presente relatório, pôde ficar claro que é de suma importância conhecer as normas de biossegurança para aplicá-las em qualquer prática de laboratório. Com esses conhecimentos adquiridos foi possível realizar os procedimentos da prática previamente solicitados dentro das normas de biossegurança obtendo um resultado satisfatório, dessa forma acrescentando no conhecimento para o sucesso da carreira profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANAE SUMIKAWA Elaine. HERMES Elizabeth. MARTINELLO Flávia. RAPONE Leonardo. AMARAL Lilian. PEREGRINO L. BAZZO Maria. FRANCHINI Miriam. Coleta de sangue: Diagnóstico e monitoramento das DST, Aids e Hepatites Virais: Brasília, Ministério da Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 2010, 98 p. (Série TELELAB).
MASTROENI, Marco Fábio. Biossegurança aplicada a laboratórios de saúde. 2 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.

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