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2ª aula de Terapêutica Introdução à Farmacologia (Pt 2)

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FÍSICO-QUÍMICA DOS FÁRMACOS 
• Fármacos lipossolúveis passam pela membrana plasmática por difusão passiva; 
• Fármacos hidrossolúveis possuem um sistema de transporte transmembrana específico; 
• Fatores que interferem na físico-química farmacológica: 
 
1) Estabilidade química dos fármacos; 
2) Peso molecular; 
3) Carga elétrica (polaridade, ionização, pH do meio). 
4) Forma farmacêutica; 
5) Velocidade de dissolução; 
6) Concentração do fármaco. 
 
• Fármacos com elevado peso molecular possuem um sistema de transporte 
transmembrana específico (proteína G); 
• Grau de ionização em solução aquosa depende do pH do meio; 
• O pKa é o pH onde a substância se encontra 50% ionizada e 50% não ionizada; 
• Uma substância ácida possui um pKa baixo, e alcalinas o pKa alto. 
ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS 
• Diferenças entre fármacos ácidos e básicos (alcalinos); 
• Fármaco ácido possui uma baixa taxa de ionização, se presente em meio ácido; 
• Quanto mais lipossolúvel (fármaco com baixa polaridade) mais absorvido é o fármaco 
(passagem transmembrana lipídica); 
• Interferências na absorção: 
 
1) Estabilidade química; 
2) Solubilidade; 
3) Forma farmacêutica; 
4) Concentração do fármaco; 
5) Tamanho das moléculas, devem ser menores que 100 daltons (Unidade de Massa 
Atômica); 
6) Velocidade de dissolução: 
a. Coeficiente de partição óleo-água; 
b. Índice de não ionização. 
7) Equilíbrio de pH e concentração transmembrana; 
 
• Rins e estômago, ocorre saída dos metabólitos e fármacos da corrente sanguínea, 
necessitando de serem polares; 
• O pH ao se tornar igual em ambos os lados das membranas plasmáticas, ocasiona um 
Equilíbrio de Concentração; 
• Fatores que causam má-absorção intestinal: 
 
1) Patologias; 
2) Diferenças no pH; 
3) Polaridade da substância; 
4) Estabilidade da forma farmacêutica. 
MODALIDADES DE ABSORÇÃO 
I. Difusão passiva, ocorre a favor do gradiente de concentração; 
II. Difusão facilitada, transporte a favor do gradiente de concentração, é mediado a partir 
de proteínas de transporte transmembrana; 
III. Transporte ativo, ocorre contra o gradiente de concentração, é mediado por proteínas 
de transporte, com gasto de ATP. 
LOCAIS DE ABSORÇÃO 
• Trato gastrointestinal, vai da boa até o duodeno (intestino delgado), voltando a ser 
absorvido na mucosa retal (intestino grosso); 
• Mucosa respiratória; 
• Fatores que alteram a absorção: 
 
✓ Alta vascularização; 
✓ Velocidade que passa pelo trato gastrointestinal; 
✓ Esvaziamento gástrico varia entre 1 minuto e 4 horas; 
✓ Duodeno possui pH entre 4 e 5; 
✓ Algumas enzimas então presentes no Trato Gastrointestinal, atuando no 
metabolismo de fármacos. 
BIODISPONIBILIDADE 
• Representa a quantidade do fármaco que estará livre e a velocidade com a qual estará 
livre na corrente sanguínea; 
• Representa a porção e a quantidade do fármaco, além do tempo que ele leva para estar 
livre na corrente sanguínea; 
• SMOLEN, é a análise da distribuição e dos locais de ação dos fármacos. 
BIODISPONIBILIDADE DE SMOLEN 
1. Absoluta, apresenta a velocidade e a extensão com que a molécula penetra no corpo. É 
a análise da liberação dos locais pré-absortivos para a circulação sistêmica. 
 
a. Biofásica, análise da chegada do fármaco ao seu local de ação; 
b. Absortiva, estudos dos efeitos locais do fármaco; 
c. Sistêmica, análise da entrada na circulação sanguínea. 
 
2. Comparativa, analisa a bioequivalência comparativa, para visualizar se com a mesma 
quantidade, dois fármacos são bioequivalentes. 
3. In vitro, análise fora do organismo, buscando prever a biodisponibilidade tecidual do 
fármaco. 
USOS DA BIODISPONIBILIDADE 
• Auxílio básico na posologia do fármaco; 
• Apresentar dados sobre a velocidade e a quantidade do fármaco que é liberada, 
buscando saber se existe toxicidade na dose, ou se o fármaco não é absorvido; 
• Apresenta dados relevantes para a possibilidade de troca entre fármacos similares; 
• Escolha da forma farmacêutica (vias de administração) para a quantidade do fármaco 
liberado sistemicamente e dos seus locais de ação; 
• Farmacogenômica, análise das variações genéticas que geram metabolismos 
individuais; 
• Buscar uma melhor adesão medicamentosa, reduzindo o número de doses necessárias 
ao dia. 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
• Ocorre com preferência em tecidos ricamente vascularizados (fígado, rins, cérebro), 
sendo que eles recebem a maior parte dos fármacos administrados; 
• A distribuição em outros tecidos se dá de forma mais lenta e gradual; 
• A distribuição busca realizar um equilíbrio entre os tecidos e os vasos sanguíneos, em 
relação ao fármaco; 
• O fármaco na corrente sanguínea pode estar ligado a proteínas plasmáticas, de acordo 
com sua caraterística polar ele se liga a um grupo de proteínas (ALBUMINA – Fármacos 
Ácidos / GLICOPROTEÍNA α1 ÁCIDA – Fármacos Básicos); 
o A porcentagem do fármaco que se liga as proteínas plasmáticas, fica inutilizada 
para fins terapêuticos, pois não conseguem se soltar dela; 
o Em algumas situações patológicas ocorre alteração na quantidade de proteínas 
plasmáticas (para mais, ou menos) ocorrendo alteração na concentração livre 
do fármaco. 
 
• Existem carreadores específicos para alguns tipos específicos de substâncias; 
• Alguns tecidos podem se comportarem como reservatórios (depósitos) de fármacos: 
o O fármaco depositado neles vai sendo liberado lentamente; 
o Riscos para efeitos colaterais, principalmente em fármacos apolares que se 
depositam em adipócitos; 
o A afinidade se da em componentes celulares do tecido reservatório, sendo 
reversível a ligação do fármaco com eles; 
o O depósito pode ser tóxico para o paciente, pois geram alterações 
citoestruturais nos tecidos alvo; 
o Deve se analisar o “RISCO BENEFÍCIO” do uso desses fármacos na vida do 
paciente. 
REDISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
• Após a distribuição do fármaco realizada pelo fluxo sanguíneo sobre os tecidos alvos, o 
fluxo sanguíneo, com o tempo, retira eles do local, levando a outros locais; 
• Ocorre perda do efeito terapêutico do fármaco sobre o tecido alvo com a redistribuição; 
• A redistribuição ocorre principalmente com fármacos extremamente lipofílicos. 
 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 
• Para o fármaco conseguir atravessar a BHE ele deve, obrigatoriamente, ter um alto 
caráter lipofílico; 
• Substâncias presentes na membrana da barreira, como a Glicoproteína P, realizam a 
retirada das substâncias polares que conseguem passar pela BHE.

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