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Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara 1 Relações Hídricas 1. A água na vida das plantas 2 CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE • Surgimento da vida: 3,5 bilhões de anos • Plantas terrestres: 450 milhões de anos Adaptações ao ambiente terrestre. - Raiz - Sistema vascular - Epiderme e cutícula - Estômatos Avasculares Vasculares 1. A água na vida das plantas 3 70% da água gasta pelo população mundial é utilizada na agricultura 97,3% salgada 2,7% doce 2% gelo 0,7% líquido 0,6% subterrânea 0,1% disponível 4 Constituinte do protoplasma. Turgescência, crescimento e forma da célula. Reações metabólicas. · síntese · degradação Protons e eletrons na fotossíntese. Via de transporte. · xilema · floema Abertura e fechamento estomático. Regulador térmico das plantas. Transpiração => efeito refrigerante 1. A água na vida das plantas 2. Estrutura e propriedades da água 5 POLARIDADE – H2O => 2H + 1O. Um lado apresenta uma carga positiva e o outro apresentando carga negativa criando dipolo. • PONTES DE HIDROGÊNIO - A atração eletrostática entre moléculas de água que ordena sua estrutura. Pontes de H 6 PONTO DE EBULIÇÃO – Alto (100 ˚C). CALOR ESPECÍFICO Calor necessário para aumentar a temperatura. - Quantidade de calor necessária pra elevar em 1 ˚C a temperatura de 1g de substância, sem que haja mudança de estado físico. Significado: o aquecimento ou resfriamento da água é relativamente lento. Por isso, os tecidos vegetais, com elevado conteúdo de água, não sofrem alterações bruscas de temperaturas em respostas às variações ambientais. 2. Estrutura e propriedades da água 7 CALOR LATENTE Energia necessária para separar as moléculas da fase líquida para gasosa => Vaporização. 2. Estrutura e propriedades da água Estado Físico A→ sólido B→ sólido + líquido C→ líquido D→ líquido + gás E → gás 8 COESÃO – Atração mútua entre as moléculas de água. ADESÃO – Atração da água a uma superficie sólida Ex: água na parede celular interna de vasos do xilema. 2. Estrutura e propriedades da água 9 CAPILARIDADE - Capacidade de ascensão ou depressão de líquidos em tubos capilares, dependendo das forças de coesão e adesão. 2. Estrutura e propriedades da água 10 TENSÃO SUPERFICIAL – Resistência à deformação de uma superfície limítrofe de separação de uma interface líquido/gás. As moléculas que estão na superfície da água são atraídas por moléculas ao lado delas (coesão), criando uma película elástica na superfície. Formação de gotículas sobre superfície da folha e inseto caminhando sobre a água. 2. Estrutura e propriedades da água 11 EMBEBIÇÃO - É o movimento de moléculas de água dentro de substâncias, que aumenta de volume como resultado da adesão entre ela e as moléculas de água. GERMINAÇÃO E EMBEBIÇÃO - nas plantas vivas, a embebição é observada particularmente nas sementes, que podem aumentar muitas vezes seu tamanho original. 2. Estrutura e propriedades da água AntesAntes DepoisDepois 3. Processos de transporte de água 12 ÁGUA: Solo→ Planta→Atmosfera Transpõe vários meios: • Espaços intercelulares • Parede celular • Membrana plasmática • Citoplasma Existem três processos de transporte de água: → Difusão → Fluxo de massa → Osmose 13 DIFUSÃO - Translocação de uma substância de um local onde ela está mais concentrada para um local onde ela está menos concentrada. • O movimento de água ocorre a favor de um gradiente de concentração: alta [+]→ baixa [-] 3. Processos de transporte de água 14 DIFUSÃO - onde: T = L²/Ds Difusão da glicose a 1 m Ds = 10-9 m2 s-1 L = 1 m T ≈ 32 anos 3. Processos de transporte de água É rápida para curtas distâncias, mas extremamente lenta para longas distâncias. Difusão da glicose célula-célula Ds = 10-9 m2 s-1 L = 50 µm (50 x 10-6 m) T = 2,5 s T = tempo de difusão ou transporte L = distância Ds = coeficiente de difusão 15 FLUXO DE MASSA - É o movimento em conjunto de grupos de moléculas de água em resposta a um gradiente de pressão. O fluxo de massa é responsável pelo transporte da água a longa distância. Ocorre no interior do xilema e no solo. Descobridor dessa relação foi o Francês Poiseuille: 3. Processos de transporte de água Taxa de fluxo depende: R = raio da tubulação η = viscosidade do líquido ΔΨP = gradiente de pressão Δx = distância a ser percorrida Fluxo de massa: π.r4 8η) ΔΨP Δx 16 OSMOSE – Movimento da água através de uma membrana por um processo energético espontâneo, em resposta a duas forças: gradiente de concentração de água e gradiente de pressão. 3. Processos de transporte de água Hipertônica: [soluto] > [solvente] Hipotônica: [soluto] < [solvente] Isotônica: Hipertônica: [soluto] = [solvente] PRESSÃO DE TURGOR - É essencial para muitos processos fisiológicos, incluindo expansão celular, trocas gasosas nas folhas, transporte no floema e vários processos de transporte pelas membranas. 17 Expansão celular Expansão celular 3. Processos de transporte de água 4. Potencial hídrico 18 POTENCIAL HÍDRICO – Medida de energia livre por unidade de volume. É utilizado para indicar o déficit hídrico das plantas. Definido pela concentração, pressão e gravidade. Depende de três fatores: Ψs = Potencial osmótico Ψp = Potencial pressão Ψg = Potencial gravidade Ψw = Ψs + Ψp + Ψg Potencial osmótico: Ψs = - R.T.Cs Onde: R = constante dos gases (8,32 J mol-1) T = temperatura em °K (T °K = T °C + 273) Cs = concentração do soluto (mol L-1) Ψg = D.h.g D.h.g= 0,01 Mpa.m-1 h = 10 Ψg= 0,01 x 10 Ψg= 0,1 MPa Insignificante a nível celular Distância vertical pequena Ψw = Ψs + Ψp Célula vegetal 19 Parte II: Água no Solo-Planta-Atmosfera 20 • Em solo temos o componentes argila, areia, silte e matéria orgânica. • Solução do solo: água e sais minerais Retenção da água no solo Forças de coesão: água - água. Forças de adesão: água - sólido. Capilaridade: devido às forças de coesão + adesão + tensão superficial. 6. Água no solo 21 6. Água no solo Preenche os espaços entre as partículas do solo. Água disponível para as plantas. Localizada nos macroporos, permanência efêmera no solo, removida facilmente pela drenagem. Localizada próxima da superfície das partículas, permanente no solo, perdida somente como vapor. Capacidade de Campo: Capacidade de retenção de água dos solos. 22 Potencial hídrico do solo. É a tensão com que a água é retida pelas partículas do solo. 6. Água no solo Ψs = Potencial osmótico (desprezível): concentrações de soluto muito baixas (exceção solos salinos) Ψg = Potencial gravidade (desprezível) Ψp = Potencial pressão (Solos úmidos: p ~0 Quando começa a secar...se gera uma pressão negativa (coesão/adesão) W = m (Potencial mátrico = do solo e sementes) Medida com tensiômetro w = s + g + p (m) m = - 2T/r T: tensão superficialr: raio e curvatura da Interfase ar-água 23 A água e os minerais são absorvidos pela raiz. 7. Absorção de água pelas raízes 24 ABSORÇÃO RADICULAR: Captação de água e solutos do meio. 7. Absorção de água pelas raízes • Fluxo em massa (gradiente de pressão) • Difusão (gradiente de concentração). 25 ABSORÇÃO: Movimento da água desde os pelos radiculares até aos vasos xilemáticos no cilindro central da raiz. 7. Absorção de água pelas raízes 7. Absorção de água pelas raízes 26 Via transmembranar: atravessa as membranas de célula em célula - proteínas aquaporinas. ROTAS Via simplasto: água flui por plasmodesmos, sem atravessar a membrana plasmática. Via apoplasto:segue a parede celular e espaços intercelulares (na endoderme movimento obstruído pelas estrias de Caspary (suberina) – passa para simplasto. Qual a rota mais utilizada pelas plantas? Qual o papel da endoderme? 27 7. Absorção de água pelas raízes ROTAS Apoplástica, devido a rapidez registada no movimento de água no interior da raiz, cerca de 60 vezes superior à prevista para movimentos via plasmodesmos. Camada de células que obriga todas as rotas seguirem via simplasto, devido as estrias de caspary, o que permite uma seleção dos íons que atingem o xilema. A endoderme evita igualmente o retrocesso da água, do xilema, para o córtex. 28 • TRANSLOCAÇÃO NO XILEMA: Chegado ao xilema, água e sais minerais terão de efetuar um movimento ascendente (contra a força da gravidade). Como explicar estes movimentos no xilema em plantas que têm dezenas de metros de altura …? 7. Absorção de água pelas raízes Traqueídes – células mortas, mais estreitas e alongadas, também com espessamentos de lignina. Diâmetro inferior. 8.Transporte de água das raízes - folhas Elementos de vaso – células mortas, dispostas topo a topo e sem paredes transversais de lignina – formam colunas contínuas. VASOS CONDUTORES (XILEMA) Fluxo de massa EFEITO DE CAPILARIDADE Quanto mais reduzido for o diâmetro dos vasos, mais alta é a coluna de água que sobe naturalmente. 30 TEORIA DA PRESSÃO RADICULAR TEORIA DA COESÃO-TENSÃO 8.Transporte de água das raízes - folhas 31 TEORIA DA PRESSÃO RADICULAR Teoria: A ascensão da água no xilema deve-se à existência de uma pressão na raiz causada pelo acúmulo de íons e entrada de água. 8.Transporte de água das raízes - folhas água Solo: Hipotônica < [sais] Célula Epiderme: Hipertônica: >[sais] Força a entrada de água na raiz - OSMOSE - provoca pressão radicular (positiva). Pressão força a água a entrar para o xilema 32 TEORIA DA PRESSÃO RADICULAR Baseia-se na observação de dois fatos: EXSUDAÇÃO CAULINAR GUTAÇÃO Ao cortar a extremidade de uma planta, observa-se a saída de um líquido (seiva bruta). Formação de pequenas gotas (hidatódios) nas margens das folhas – a água ascendeu até lá devido a forças geradas nas raízes. 8.Transporte de água das raízes - folhas 33 TEORIA DA COESÃO -TENSÃO (H. Dixon, 1914) Água evaporada no topo das árvores (Transpiração) gera tensão (pressão hidrostática negativa), que puxa a água pelo xilema. 8.Transporte de água das raízes - folhas TRANSPIRAÇÃO Perda de água por evaporação Deficiência de água nas folhas - diminuição do potencial hídrico. As células das folhas ficam hipertônicas [-] e, por isso, a água sai do xilema para o mesofilo foliar. 1 34 TEORIA DA COESÃO -TENSÃO (H. Dixon, 1914) 8.Transporte de água das raízes - folhas TRANSPIRAÇÃO As células do parênquima das folhas ficam hipertônicas [-] e, por isso, a água sai do xilema para o mesofilo foliar. 1 hipertônicas [-] Pressão negativa 35 Déficit de água nas folhas As forças estabelecem uma coluna contínua de água que puxa água no xilema. Corrente de transpiração. TEORIA DA COESÃO - TENSÃO 8.Transporte de água das raízes - folhas Capilaridade Coesão Adesão Tensão Negativa XILEMA2 36 TEORIA DA COESÃO - TENSÃO 8.Transporte de água das raízes - folhas Corrente de transpiração (Contínuo). Tensão negativa RAIZ Absorção de água na raiz 3 37 • CAVITAÇÃO ou EMBOLIA 8.Transporte de água das raízes - folhas 38 CAVITAÇÃO - é um fenômeno no qual entram bolhas de ar no xilema criando assim uma zona de descontinuidade que impede o transporte de água. Como as plantas diminuem o efeito da cavitação no xilema? 8.Transporte de água das raízes - folhas • Desvio da água para traqueídes ou vasos adjacentes. • Interconexão das células do xilema. • Eliminação durante à noite pela pressão radicular. 39 TRANSPIRAÇÃO 9. Movimento da água da folha - atmosfera Água > superfície da parede celular do mesofilo > evapora espaços intercelulares > difusão para atmosfera. 95% da água absorvida pela planta é perdida pela transpiração. O restante é usado no metabolismo e crescimento. 90% liberação de água 5% liberação de água Transpiração :Lenticelas, Cuticular e Estomáticas 10. Controle estomático da transpiração 40 CONTROLE DA TRANSPIRAÇÃO • Os estômatos absorvem CO2. • Estômatos abertos - células-guarda túrgidas. ABA malato malato ABA 41 Bibliografia recomendada KERBAUY, Gilberto Barbante - 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. TAIZ & ZEIGER. Fisiologia Vegetal. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. APPEZZATO-DA-GLÓRIA. Anatomia Vegetal. Viçosa: UFV, 2003. Transporte nas Plantas (explicações com animação). http://biotic.no.sapo.pt/u1s1guiao.html
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