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apostila weg manual de chave de partida

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Curso: 
Período: 1 
! Matéria: 1 
N° de Fls.: 
ÍProf : rfU* 1 
IData: /? 
r j 
Manual de 
Chaves de 
Partida 
Of*-
MANUAL 
DE CHAVES 
DE PARTIDA 
INTRODUÇÃO 
Este manual visa transmitir de forma 
prática e objetiva, informações básicas 
que auxiliem na escolha, construção, 
instalação e manutenção de chaves de 
partida. 
A escolha do tipo da chave e seus 
componentes merece muita atenção, pois 
dela dependem a durabilidade da 
chave e o funcionamento correto dos 
circuitos de motores elétricos. 
Ao final deste manual encontram-se folhas 
destacáveis para: 
- sugestões sobre aspectos 
relevantes, que na opinião do leitor 
deveriam ser incluídos nas próximas 
edições. 
- obtenção de informações adicionais. 
- correção de textos e/ou tabelas. 
- apontamentos pessoais do leitor. 
WEG ACIONAMENTOS LTDA. 
1 - NOÇÕES FUNDAMENTAIS 
1.1. CHAVE DE PARTIDA AUTOMÁTICA. ~ 
1.1.1. DEFINIÇÃO: 
Equipamentos de manobra e proteção, capazes de 
estabelecer, conduzir e interromper correntes de motores 
em condições normais e inclusive em sobrecargas e 
curto-circuitos. 
1.2. IMPORTÂNCIA DE UTILIZAÇÃO 
Proteção 
• Do operador contra acidentes 
• Do motóVcontra 
-falta de fase 
-sobrecarga 
-curto-circuito 
-sobretensões e subtensões (queda de 
tensão) 
-ambientes quentes 
-danos na ventilação 
-queda no fornecimento de energia 
• Das instalações contra avarias causadas por picos 
na ligação e comutação. 
• De outros equipamentos e consumidores instalados 
próximos do motor. 
Versatilidade 
• ligação rápida e segura do motor 
• comando manual ou automático a distância com 
dispositivos como: 
temporizadores, sensores de nível, pressostatos, 
termostatos, fins-de-curso, etc. 
• simplificação do sistema de operação e supervisão 
da instalação. 
Formulário 
LEI DE OHM, 
U = R x l 
U = tensão em volt (V) 
R = resistência em ohm ( í2 ) 
I = corrente em ampere (A) 
Ligações elétrlcas Trifásicas 
Figura 1.1. 
IF = CORRENTE DE FASE 
IL = CORRENTE DE LINHA 
UF = TENSÃO DE FASE 
UL = TENSÃO DE LINHA 
Queda de tensão A U (Para Circuito Trifásico) 
_V3Tl.L.cos.0 
A.X 
onde: 
I = corrente em circulação (ampere) 
L = comprimento da rede de alimentação 
(metro) 
cos.0 =fator de potência do sistema 
A = área do condutor (mm2) 
X = condutividade elétrica do condutor 
( í l .mmVm) 
Energia 
E = P . t 
t = tempo 
P = potência 
Capacitâncla Equivalente - CEQ 
1/Ceq = 1/C1 + 1/C2 + 1/C3 + ... + 1/Cn gSSSSÍéíto 
Ceq = C1 + C2 + C3 + ...+Cn 
Resistência Equivalente - REQ 
Para capacitores 
ligados em 
paralelo. 
_ . _ Para resistências 
REQ = R1 + R2 + R3 + ... +Rn ligadas em serie. 
1/REQ = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ... +1/Rn ^ m ^ " d a s 
paralelo. 
Normas 
Apresentamos a seguir as siglas de normas utilizadas 
neste manual, com seus respectivos significados e 
origens. 
Sigla Significado e Origem 
ABNT Associação Brasileira de 
Normas Técnicas. (Brasil) 
IEC International Electrotechnical 
Comission. (internacional) 
DIN Deutsche Industrie Normen. 
(Alemanha) 
NEMA National Eletrical Manufactures. (U.S.A.) 
VDE Verband Deustscher 
Elektrotechniker.(Alemanha) 
1 
Discriminação Monofásico Continua Trifásico 
Corrente 
(ampere) 
, P.(watt) 
U.cos .01 
, Pfwatt) 
^ /3 .U .cos .0n 
Tensão 
(volt) 
u P(watt) 
l .cos .01\ 
U = R.I P(watt) 
Vã.l.cos. 0 *1 
Potência ativa 
(W) 
P = U.I.COS0T1 p = u . i = - y /= i 2 .R 
R 
P = V3~.U.I.cos.0 *1 
Potência reativa 
(VAr) 
Q = U. l .sen0Ti Q = -^U. l .sen .0 T| 
Potência aparente 
(VA) S = U.l = V P 2 + Q 2 
S ^ . U . l d \ / p 2 + o> 
Cos 0 
(Fator de Potência) 
P(watt) P(watt) 
C O S 0 - U . I . T I ~P (VA) 
c 0 . n P(watt) P(watt) 
C O S 0 ? 3 . U . l . i 1 . ~ P ( V A ) 
Rendimento 
(%) 
P (watt) 
' " U.l.cos. 0 
P(watt) 
W3.U.I.COS.0 
intervalos de tempo. O acionamento por impulsos, na 
operação de motores, leva a elevada solicitação do 
dispositivo de comando. O motor não alcança a sua 
rotação nominal, de forma tal que o dispositivo de 
comando tem que ligar e desligar continuamente a 
corrente de partida do motor e, com isso, várias vezes 
o valor da sua corrente nominal. O acionamento por 
impulsos está incluído na categoria de utilização AC 4 
(ver definição na página 14). 
Botão de comando de Fim de Curso: 
Botão acionado mecanicamente, para sinalização, 
comando e limitação de curso. O miolo da botoeiraé que 
contém os contatos e os terminais do dispositivo de fim 
de curso. 
Botão Sinalizador: 
Botoeira com botão transparente de forma tal que se 
obtenha, assim como no sinalizador luminoso, indicação 
ótica dada por uma lâmpada nele embutida. 
Capacidade de Interrupção: 
Máxima corrente que um dispositivo de manobra 
(contator, disjuntor, chave seccionadora, etc) pode 
interromper sob condições definidas (VDE 0660, parte 
1/3.68). 
Capacidade de Ligação: 
A capacidade de ligação indica a grandeza da corrente 
de ligação com a qual o dispositivo de manobra (contator, 
disjuntor, chave seccionadora, etc) ainda pode operar 
com segurança. Caso a corrente de ligação ultrapasse a 
capacidade de ligação, os contatos do dispositivo de 
manobra podem fundir-se. 
Chave Principal: 
Dispositivo destinado a comandar o circuito principal de 
alimentação, ligado diretamente ao consumidor, 
passando através desse a corrente de operação. 
Chave Seccionadora: 
Chave que, na posição aberta, satisfaz as exigências de 
Tabela 1.1. 
1.3. DEFINIÇÕES DE TERMOS TÉCNICOS 
USUAIS 
As definições a seguir estão baseadas nas normas VDE 
e ABNT. 
Nota: TB (Terminologia Brasileira), Terminologia 
da ABNT 
Acionamento Manual: 
Componente mecânico de acionamento de um 
equipamento. Exemplos: botão de comando, punho, 
alavanca. 
Acionamento por botão (ou tecla): 
Comando de um circuito através de um dispositivo de 
comando por botão (ou tecla). Com esse tipo de 
acionamento são dados apenas impulsos de comando 
de curta duração. 
Acionamento por Corrente Alternanda (CA): 
Circuito de comando alimentado por corrente alternada. 
Acionamento por Corrente Contínua(CC): 
Os equipamentos de comando à distância podem, 
independentemente da natureza da corrente do circuito 
principal em que operam, ser acionados por corrente 
alternada ou corrente contínua; no caso de acionamento 
por corrente contínua(CC), o circuito de comando através 
do qual o equipamento é ligado e desligado, possui uma 
fonte de al imentação em corrente cont ínua. 
Evidentemente, a bobina magnética de um contator 
deve ser, então, apropriada para corrente contínua ou 
ser um sistema magnético em corrente alternada (ligação 
por resistência) próprio para acionamento em corrente 
contínua. 
Acionamento por impulso: 
Ligação e desligamento instantâneos através de um 
dispositivo de comando, com repetição dentro de curtos 
2 
distância de isolação especificadas para um seccionador 
(TB 19-15/20-205). 
Chave Seccionadora Sob Carga: 
Dispositivo de manobra que preenche os requisitos de 
uma chave sob carga e de uma chave principal. 
Circuito Auxil iar ou de Comando: 
Circuito através do qual são acionados os dispositivos 
de manobra. Além disso, ele é usado para fins de 
medição, comando, travamento e sinalização. 
(TB 19-15/10.060). Esse circuito engloba a fonte de 
alimentação (tensão de comando), os contatos dos 
dispositivos de comando, os acionamentos elétrícos 
(bobina) dos dispositivos de manobra, assim como os 
elementos auxiliares de manobra. 
Circuito Principal: 
Circuito formado das partes mais importantes, dos 
contatos principais e dos terminais. Tais partes são 
destinadas a conduzir a corrente de operação. 
Contato: 
Parte de um dispositivo de manobra, através da qual um 
circuito é ligado ou interrompido.Há os contatos fixos e 
móveis e, de acordo com a utilização, contatos principais 
e contatos auxiliares. (TB 26/2.2.2). 
Contato NF (normalmente fechado): 
Contato que abre, quando do estabelecimento e, que 
fecha, quando da interrupção de um dispositivo de 
manobra. (TB 19-15/10-045). 
Contato Auxil iar: 
• Contato de chave auxiliar. 
• Contato inserido em um circuito auxiliar e operado 
mecanicamente pelo contatorfTB 26/2.2.9). 
Contato de Seio: 
Contato fechador auxiliar, encontrado particularmente 
nos contatores, e que é comandado simultaneamente 
com os contatos principais fechados e através do qual 
é selada a alimentação da bobina do contator. Este 
contato é ligado em paralelo com o botão de ligação do 
contator. 
Contato NA (normalmente aberto): 
Contato que fecha quando do estabelecimento e que 
abre quando da interrupção de um dispositivo de 
manobra. Em literatura antiga, designado por 
normalmente aberto. (TB 19-15/10-040). 
Contato Principal: 
• Contato no circuito principal de um dispositivo de 
manobra. 
• Contato inserido no circuito principal de um contator, 
previsto para conduzir, na posição fechada, a 
corrente desse circuito. (TB 26/2.2.6). 
Corrente de Curto-Circuito: 
Designação genérica para a corrente passível de ocorrer 
no local de instalação de um dispositivo de manobra, 
quando os terminais estão curto-circuitados. 
Corrente de Interrupção: 
• Corrente que pode ser interrompida por um dis-
positivo de manobra (contator, disjuntor, chave 
seccionadora, etc.) em condições normais de ope-
ração. Da amplitude dessa corrente depende, 
principalmente, a vida útil dos contatos. 
Corrente de Partida: 
Corrente que um motor consome, quando ligado porém 
ainda em repouso (na partida ou na frenagem). Seu 
valor médio é cerca de seis a nove vezes a corrente 
nominal nos motores de gaiola. 
Corrente de Pico: 
Máximo valor instantâneo de corrente, por exemplo no 
ato da ligação. 
É a corrente que a bobina de contator consome, por 
exemplo, em curto espaço de tempo, durante a fase de 
ligação do contator. 
Corrente Nominal (In): 
Corrente que é função das condições de operação de 
um circuito, determinado pelas condições de emprego, 
em função da qual são escolhidos os diversos 
dispositivos. Um dispositivo de manobra pode possuir 
várias correntes nominais, dependendo do regime de 
operação. Não se deve confundir corrente nominal com 
corrente de regime permanente. 
Curto-Circuito: 
Ligação, praticamente sem resistência, de condutores 
sob tensão. Nestas condições, através de uma 
resistência transitória desprezível, a corrente assume 
um valor muitas vezes maior do que a corrente de 
operação; assim sendo, o equipamento e parte da 
instalação poderão sofrer esforços térmicos e 
eletrodinâmicos excessivos. Três são os tipos de curto-
circuitos: o trifásico, entre três condutores de fase; o 
monofásico, entre dois condutores de fase; e o para-a-
terra, entre um condutor de fase e a terra ou um condutor 
aterrado (falta para a terra). 
Curva característica Tempo Corrente: 
É a curva que indica em quanto tempo, a uma determinada 
corrente, um relê ou um fusível opera. 
Extinção de Arco: 
Interrupção da corrente após a abertura das peças de 
contato. Há diversas formas de extinção: 
- o arco de corrente alternada pode auto extinguir-
se pela passagem da corrente pelo ponto zero; 
deve ser evitado um restabelecimento do arco, 
devido à presença da tensão (uso da câmara 
de aletas extintoras). 
- o arco de corrente contínua pode ser extinto pro-
longando-o e resfriando-o intensivamente (uso da 
câmara em cunha e da bobina de sopro). 
Fator de Potência ( C o s . 0 ) : 
Relação entre a potência ativa e a potência aparente em 
equipamentos e redes de corrente alternada. 
Em circuitos com cargas ôhmicas puras, a tensão e a 
corrente alcançam, simultaneamente, os seus valores 
correspondentes mais elevados, pois o cos.0 = 1 
(potência ativa pura). Quando o consumidor é indutivo, 
a tensão alcança seu valor máximo antes do que a 
corrente (desvio indutivo de cos.0 < 1). Tratando-se 
de um consumidor capacitivo, a corrente se adianta em 
relação à tensão. Quanto maior for o desvio com relação 
a 1, tanto maior será a solicitação a qual o dispositivo de 
manobra é submetido, quando da operação do circuito 
(indutivo, interrupção dificultada; capacitivo, ligação 
dificultada). Defasamentos indutivos diferentes de 1 
podem novamente ser igualados a 1, com auxilio de 
uma capaci tânc ia e vice-versa (ut i l ização de 
equipamentos de regulação capacitiva). Com 
cos.0 = 1, há um melhor aproveitamento dos cabos. 
Frenagem por Contracorrente: 
• Método de frenagem de motores trifásicos, 
invertendo-se a polaridade de dois condutores, 
com o que o motor passa a ter um momento de 
torção de sentido contrário. 
Interrompendo-se a contracorrente no instante 
exato (com sensores de frenagem), evita-se que o 
motor passe ao sentido de rotação inverso. 
• Forma de frenagem regenerativa na qual é invertida 
a corrente principal de uma máquina de corrente 
contínua.( TB 19-10/5-035). 
Frequência de operações (manobras ou ligações): 
indica quantas manobras por unidade de tempo podem 
ser realizadas por um dispositivo. 
Ligação em Paralelo: 
Tipo de ligação na qual mais de um dispositivo de 
manobra, contatos ou condutores são ligados 
paralelamente no mesmo circuito. Aplicado em um 
dispositivo de manobra, onde contatos ligados em 
paralelo elevam a corrente de regime permanente do 
dispositivo, porém não a capacidade de operação e nem 
a tensão nominal. 
Ligação em Série: 
Tipo de ligação na qual mais de um dispositivo, 
componente ou contato, são ligados consecutivamente 
no mesmo circuito. Ligando-se os contatos de um 
dispositivo de manobra em série, o arco de corrente da 
interrupção pela abertura simultânea dos contatos é 
dividido em vários e reduzidos arcos. Com isso, eleva-
se a tensão nominal de um dispositivo de manobra. 
Limitação de Corrente: 
Limitação de corrente de curto-circuito, calculada em 
função das impedâncias do circuito. Isso é conseguido 
com a utilização de fusíveis e disjuntores que, perante 
correntes muito elevadas de curto-circuito operam num 
intervalo de tempo tão curto que a corrente de curto-
circuito não atinge o seu valor máximo. 
Linha Elétrica: 
Instalação elétrica, destinada ao transporte de energia 
elétrica, compreendendo um conjunto de condutores 
com seus suportes e acessórios (terminais e contatos). 
(TB 19-25/15/045). 
Nível de Isolamento: 
Conjunto de valores de tensões suportáveis nominais, 
que caracterizam o isolamento de um equipamento 
elétrico em relação a sua capacidade de suportar 
solicitações dielétricas. 
(TB 19-25/55-010). 
Painéis de Distribuição CCM: 
Painéis que contém os Centros de Controle de Motores. 
São conjuntos de armários modulados, com gavetas ou 
"racks". 
Partida Lenta: 
São partidas em que a inércia da carga é alta, provocando 
um tempo de partida acima de: 
5s - partida direta 
10s- partida estrela-triângulo 
15s- partida compensadora 
10s- partida estrela-série-paralelo. 
Potência Aparente: 
A potência aparente em corrente alternada é o produto 
da tensão pela corrente sem que seja levado em conta 
c o s . 0 ; é indicado em VA. 
-cos.0 = 1 significa potência aparente= 
potência ativa 
-cos.0 = 0 significa potência aparente= 
potência reativa. 
A potência aparente é uma grandeza comensurável. 
(TB 19-05/41-160). 
Potência Ativa: 
Potência ativa, indicada em watt (W); em componentes 
indutivos e capacitivos, parte da potência aparente que 
o componente consome e transforma em outra forma de 
energia (por exemplo, calor e potência mecânica 
fornecida). (TB 19-05/41-150). 
Potência Reativa: 
Potência alternada necessária para produzir campos 
eletromagnéticos, em motores elétricos,trans-
formadores, etc. Ela é ind ispensável para o 
funcionamento de todos os equipamentos consumidores 
indutivos, mas não pode, como a potência ativa, ser 
transformada em qualquer energia útil. Produz em cabos 
e instalações uma carga inativa, principalmente nas 
redes das concessionárias de energia elétrica. 
Equipamentos de regulação capacitiva, compensadores 
e capacitores de potência acoplados adicionalmente, 
fornecem a potência reativa necessária ao consumidor, 
compensam os campos eletromagnéticos, aliviando 
assim a carga das concessionárias. 
Potência Consumida. 
É a potência requerida pelas bobinas de conjuntos 
4 
magnéticos e por motores acionadores. Essa potência 
é indicada em watt (potência ativa) ou em voitampere 
(potência aparente). Em bobinas para acionamento por 
corrente alternada é indicada a potência aparente e o 
cos.0 e, para acionamento por corrente contínua, a 
potência ativa. 
Potência de Retenção: 
Potência permanente de alimentação da bobina de um 
sistema eletromagnético (p.ex., um contator), destinado 
a fornecer o fluxo magnético necessário para manter o 
núcleo móvel atraído pelo fixo. Distinguem-se as 
potências de retenção no fechamento e potência de 
retenção em serviço nominal. 
Proteção de Motor: 
Proteção contra os efeitos de sobrecarga e curto-
circuito sobre o motor, isto é, proteção da isolação do 
enrolamento contra aquecimentos e esforços 
eletrodinâmicos inadmissíveis, através de : 
. Relés térmicos de sobrecarga; 
. Sondas térmicas; 
.Fusíveis; 
. Disjuntores. 
1.4. SIMBOLOGIA 
A simbologia apresentada a seguir está em conformidade 
com a norma IEC. 
Tensão Nominal: 
Valor eficaz da tensão pelo qual um equipamento é 
designado e ao qual são referidos outros valores nominais 
(TB 19.15/05-020). 
Tensão Nominal de comando: 
É a tensão de valor padrão (geralmente) segundo a qual 
se especificam os equipamentos auxiliares de comando, 
proteção e sinalização. 
1.4. S IMBOLOGIA 
A simbologia apresentada a seguir está em conformi-
dade com a norma IEC. 
cc C O R R E N T E CONTÍNUA COMANDO O P E R A D O MANUALMENTE; C A S O G E R A L 
CA C O R R E N T E ALTERNADA j — COMANDO ROTATIVO 
3N~60Hz380V 
C O R R E N T E ALTERNADA. 3 F A S E S COM 
NEUTRO. 60Hz, MOV. 
(220V E N T R E CADA F A S E E 0 NEUTRO) 0 — 
CHAVE DE EMERGÊNCIA 
R E T O R N O AUTOMÁTICO. 
NOTA: O TRIANGULO APONTA A 
DIREÇÃO DO R E T O R N O I r—r — Y 
COMANDO HIDRÁULICO OU PNEUMÁTICO; 
AÇÁO S IMPLES 
INTERTRAVAMENTO MECÂNICO E N T R E DOIS 
EQUIPAMENTOS 
c > ~ K 
ELEMENTO DE 
COMANDO ELETROMAGNÉTICO 
oiaposmvo oe ENGATE, TRAVADO (PRESO) FT 
COMANDO POR E L E M E N T O TÉRMICO. 
EXEMPLO:RELÉ TÉRMICO, PROTEÇÃO 
TÉRMICA POR S O B R E C O R R E N T E 
DISPOSITIVO D E E N G A T E NA POSIÇÃO L I V R E ; I T E R R A . SlMBOLO G E R A L 
5 
1 2 
O • 
1 2 
Q 
Q 
0 ~ 
CONDUTOR, G R U P O DE C O N D U T O R E S , 
LINHA. C A B O . CIRCUITO.NOTA.-QUANOO UMA 
S I M P L E S UNHA R E P R E S E N T A UM G R U P O DE 
C O N D U T O R E S , O NÚMERO DE C O N D U T O R E S 
D E V E S E R INDICADO P O R P E Q U E N O S 
TRAÇOS 
DERIVAÇÃO 
TERMINAL, 
BORNE < - LIGAÇÃO INTERNA 
B O R N E 2 - UGAÇAO EXTERNA 
P L U G U E E S O Q U E T E 
(MACHO E FÊMEA) 
1 • CONTATO NA (ABERTO) 
2- CONTATO NF (FECHADO) 
N O T A : E S S E SlMBOLO É TAMBÉM USADO 
COMO SlMBOLO G E R A L PARA UMA C H A V E 
( INTERRUPTOR) 
CONTATO PRINCIPAL D E UM CONTATOR NA 
CHAVE FIM DE C U R S O 
DISJUNTOR 
SECCIONADOR 
C H A V E SECCIONADORA 
INTERRUPTOR F E C H A D O R COM COMANDO 
P O R T E M P E R A T U R A 
(TERMOSTATO) 
INTERRUPTOR F E C H A D O R COM COMANDO 
POR PRESSÃO 
( P R E S S O S T A T O ) 
\ 
1 1 1 . 2 3 4 
i 1 
.CV.. 
BC 
LtE 
SE 
KT 
KT 
a 
Q 
KT 
KT 
KT 
KT 
CONTATO R E V E R S O R 
(ABERTURA A N T E S DO FECHAMENTO) 
CONTATO NAF RETARDADO NA 
ENERGIZAÇAO 
CONTATO NAF RETARDADO NA 
DESENERGIZAÇAO 
C H A V E UNIPOLAR D E "n - POSIÇÕES, 
ALTERNATIVA PARA U S O QUANDO V É 
P E Q U E N O . 
E X E M P L O : n « 4 
CONTATO D E DUAS DIREÇOES, C O M 
POSIÇÃO C E N T R A L NEUTRA 
S E C C I O N A D O R D E DUAS DIREÇOES, C O M 
POSIÇÃO C E N T R A L NEUTRA 
S E C C I O N A D O R , COMANDO MANUAL, C O M 
DISPOSITIVO D E BLOQUEIO (CADEADO) 
E L E M E N T O D E 
COMANDO ELETROMAGNÉnCO 
E L E M E N T O D E COMANDO R E T A R D A D O 
NA ENERGIZAÇAO 
E L E M E N T O D E COMANDO R E T A R D A D O NA 
DESENERGIZAÇAO 
E L E M E N T O D E COMANDO D E IMPULSO 
E L E M E N T O D E COMANDO C l C U C O 
í FT 
U < 
| m<;3 | 
{ } -
KFF 
KSF 
3 D -
VÁLVULA SOLENÓIDE 
DISPOSITIVO D E ATUAÇÃO D E UM RELÊ 
TÉRMICO 
RELÊ D E FALTA D E TENSÃO 
RELÊ D E MÍNIMA TENSÃO 
(SUBTENSÃO) 
RELÊ D E T E T O R D E FALTA D E F A S E EM UM 
SISTEMA TRIFÁSICO 
RELÊ D E SEQUÊNCIA D E F A S E 
FUSÍVEL, SÍMBOLO G E R A L 
FUSÍVEL COM CIRCUrrO DE ALARME 
SEPARADO 
C H A V E F U S l V E L 
FUSÍVEL S E C C I O N A D O R 
(ISOLADOR) 
CHAVE FUSÍVEL 
SECCIONADOR SOB CARGA 
BORNE FUSÍVEL 
O L 
ò 4" 
u n 
u 
n n 
- C Z D — 
- t = l -
M 
TC 
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO. COM 
ROTOR EM CURTO-CIRCUITO 
TRANSFORMADOR D E C O R R E N T E 
AUTOTRANSFORMADOR MONOFÁSICO 
AUTOTRANSFORMADOR TRIFÁSICO, 
CONEXÃO E S T R E L A 
TRANSFORMADOR D E POTENCIAL 
TRANSFORMADOR COM TRÊS 
ENROLAMENTOS 
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO 
CONEXÃO ESTRELA-TRIÃNGULO (DELTA) 
R E S I S T O R , SÍMBOLO G E R A L 
SHUNT 
R E S I S T O R C O M TERMINAIS DE C O R R E N T E S 
E TENSÃO S E P A R A D O S 
(SHUNT) 
R E S I S T O R VARIÁVEL 
POTENCIÔMETRO COM CONTATO MÓVEL 
R E S I S T O R D E AQUECIMENTO 
7 
T 
SA 
SV 
C A P A C T O R 
NotaiOUANDO F O R POLARIZADO, C O L O C A R O 
S I N A L posrnvo A D I R E I T A , 
NA P A R T E S U P E R I O R 
WATTIMETRO REGISTRADOR 
T E R M O E L E M E N T O 
Nota.O POLO NEGATIVO É D IFERENCIADO 
P E L O TRAÇO REFORÇADO 
SA-COMUTADO RA AMPERIMÉTRICA 
(representação untfíar) 
SV-COMUTADORA VOLUMÉTRICA 
(representação unlfilar) 
INDICADOR E L E T R O M E C A N I C O 
(ELEMENTO ANUNCIADOR) 
REGIÃO EXTERNA AO PAINEL 
REGIÃO P E R T E N C E N T E A PORTA DO PAINEL 
MAQUINAS 
Notas: o astenslico (*) «teve ser substituído por 
um* das seguintes letras: 
C - C O N V E R S O R SÍNCRONO 
M - MOTOR 
M S - M O T O R SÍNCRONO 
G - G E R A D O R 
MG • MOTOR CAPAZ D l KR USADO COMO 
GERADOR 
OS-GERADOR SÍNCRONO 
INSTRUMENTO R E G I S T R A D O R 
Nota: o asterfsllco (*) deve ser substituído por uma 
das seguintes letras: 
A - A M P E R Í M E T R O 
VAr - VARlMETRO 
<p - F A S l M E T R O 
n - T A C Ó M E T R O 
V - V O L T Í M E T R O 
Hz • FREQÚENClMETRO 
Cos j tp . MEDIDOR DE FATOR D E POTÊNCIA 
LÂMPADA 
Nota: 1) S e lor desejado, Indicar a cor, a notação 
deve estar de acordo com os seguintes códigos: 
R D . V E R M E L H O 
Y E - A M A R E L O 
G N - V E R D E 
B U - A Z U L 
WH • BRANCO O U INCOLOR 
2) S a for desejado, buscar o tipo de lâmpada, a 
notação deve estar da acordo com os seguintes 
códigos: 
E L - E L E T R O U J M I N E S C E N T E 
IR « INFRA-VERMELHO 
U V - U L T R A - V I O L E T A 
L E D • DÍODO E M I S S O R D E LUZ 
N E = NEON 
F L - F L U O R E S C E N T E 
IN - I N C A N D E S C E N T E 
INTRUMENTO INTEGRADOR ( MEDIDOR D E 
ENERGIA) 
Nota: o asterfsllco (') deve ser substituído por 
uma das seguintes letras: 
Ah - MEDIDOR D E AMPÊRE-HORA 
h - MEDIDOR D E HORA 
Wh - MEDIDOR D E WATT-HORA 
Wh - MEDIDOR D E WATT-HORA, COM 
INDICADOR D E DEMANDA MÁXIMA (P.MÁX.) 
VARh - MEDIDOR D E VAR-HORA 
8 
2 - MOTORES ELETRICOS 
Apresentar chaves de partida sem considerar a carga 
que estas acionam e protegem, é contra-senso. Por 
este motivo, neste capítulo, sãoapresentadas noções 
fundamentais sobre motores elétricos. 
2.1. DEFINIÇÃO. 
Motor elétrico é a máquina destinada a transformar 
energia elétrica em energia mecânica. É o mais usado 
de todos os tipos de motor, pois combina as vantagens 
de utilização de energia elétrica (baixo custo, facilidade 
de transporte, limpeza e simplicidade de comando) com 
sua construção simples, custo reduzido e grande 
versatilidade-de adaptação às cargas dos mais diversos 
tipos. 
2.2. PRINCIPAIS TIPOS. 
Quanto à alimentação encontram-se motores em corrente 
contínua e em corrente alternada. 
2.2.1. MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA: 
São motores de custo mais elevado e, além disso, 
precisam de uma fonte de corrente contínua,.ou de um 
dispositivo que converta a corrente alternada comum 
em contínua. Podem funcionar com velocidade ajustável 
entre amplos limites e se prestam a controles de grande 
flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a 
casos especiais em que estas exigências compensam 
o custo mais alto da instalação. 
2.2.2. MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA: 
São os mais utilizados, porque toda a distribuição de 
energia elétrica é feita em corrente alternada. 
Os principais tipos são: 
a) Motor Síncrono: funciona com velocidade 
fixa; utilizado somente para grandes potências 
(devido a seu alto custo em tamanhos menores) 
ou quando se necessita de velocidade invariável. 
b) Motor de lndução:Funciona normalmente 
com uma velocidade constante, que varia 
ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao 
eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez 
e baixo custo, é o motor mais utilizado de to -
dos, sendo adequado para quase todos tipos 
de máquinas encontradas na prática. Divide-se 
basicamente em dois tipos, motor de rotor bo-
binado e motor de rotor gaiola, sendo este 
último muito mais empregado. 
2.3. CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DO MOTOR 
DE ROTOR GAIOLA. 
Para vencer a inércia e iniciar o movimento acelerando 
até a velocidade nominal, o motor de indução solicita 
uma corrente de seis a nove vezes a nominal. 
À medida em que o motor vai acelerando a corrente vai 
diminuindo e estabiliza no valor nominal (In), quando o 
conjugado motor se igualar ao conjugado da carga, 
conforme figura 2.1. 
n (ROTAÇÃO) 
100% (ROTAÇÃO SÍNCRONA) 
FIGURA 2.1. 
Curva de conjugado X rotação. 
Curvada corrente X rotação. 
Curva do conjugado da carga X rotação. 
Ip - Corrente de partida 
In - Corrente nominal 
Cn - Conjugado nominal 
Ca - Conjugado mínimo 
Cp - Conjugado de partida 
Cm - Conjugado máximo 
I - Corrente 
Para diferentes cargas (venti ladores, bombas, 
trituradores, etc) a forma das curvas características do 
motor permanecem constantes, isto é, a carga não 
influencia no comportamento do motor, exceto pelo 
aumento do tempo de aceleração. 
2.3.1. CONJUGADO: 
O Conjugado (também chamado torque, momento ou 
binário) é a medida do esforço necessário para girar um 
eixo. E sabido, pela experiência prática, que para 
levantar um peso por um processo semelhante ao 
usado em poços de água - verfigura 2.2. - a força F que 
é preciso aplicar à manivela depende do comprimento 
da manivela Quanto maior for a manivela, menor será a 
força necessária. 
Se dobrarmos o tamanho da manivela, a força F 
necessária será diminuída a metade. No exemplo da 
figura 2.2., se o balde pesa 20 kgf e o diâmetro do tambor 
é 20 cm, a corda transmitirá uma força de 20 kgf na 
superfície do tambor, isto é, a 10 cm do centro do eixo. 
Para contrabalançar esta força, precisamos de 10 kgf na 
manivela, se o comprimento a for 20 cm. Se a for o 
dobro, isto é, 40 cm, a força F será a metade, ou seja, 
5kgf. 
9 
Como se vê, para medir o "esforço" necessário para 
fazer girar o eixo não basta definir a força empregada: 
é preciso também dizer a que distância do eixo a força 
é aplicada. O "esforço" é medido pelo conjugado, que é 
o produto F x a, da " força" pela "distância". 
No exemplo citado, o conjugado vale: 
C = 20 kgf x 10 cm = 10 kgf x 20 cm = 5 kgf x 40 cm • 
= 200 cm kgf 
Se medirmos as distâncias em metros, teremos o 
conjugado em mkgf (metro-quilograma-força), que é a 
unidade de medida mais usual. 
C =-20 kgf x 0,1m = 10kgf x 0,2 m= 5kgf x 0,4 m= 2m kgf 
,1 
20 k«( 
FIGURA 2.2. 
2.3.2. CATEGORIA DE CONJUGADO: 
Classificação conforme as características de conjugado 
em relação à velocidade e à corrente de partida. Em 
motores normais usa-se a categoria N (conjugado de 
partida normal, corrente de partida normal, baixo 
escorregamento), para cargas com inércia alta, consultar 
o fabricante. 
2.3.3. TEMPO COM ROTOR BLOQUEADO(S): 
Define-se como o tempo máximo admissível pelo motor 
sob corrente de rotor bloqueado (corrente de partida). 
Na prática, adota-se esse tempo como o tempo de 
partida máximo do motor. 
2.3.4. CLASSE DE ISOLAMENTO: 
Define o limite máximo de temperatura que o enrolamento 
do motor pode suportar continuamente, sem que haja 
redução na sua vida útil. 
As primeiras classes de isolamento e suas respectivas 
temperaturas-limites (conf. ABNT) são: 
A (105 °C); 
E (120°C) ; 
B (130°C) ; 
F (155°C) ; 
H ( 1 8 0 °C). 
2.3.5. ROTAÇÃO NOMINAL: 
Rotação do eixo do motor, quando sob carga nomi 
nal. 
2.3.6. ROTAÇÃO SÍNCRONA (n): 
Rotação do campo girante do motor 
120 x frequência da rede 
número de pólos do motor 
Número de Pólos 
ROTAÇÃO SÍNCRONA (RPM) , 
Número de Pólos 
60 Hz 50 Hz 
II 3600 3000 
IV 1800 1300 
VI 1200 1000 
VIII 900 750 
TABELA 2.1. 
2.3.7. REGIME DE SERVIÇO: 
Grau de regularidade da carga a que o motor ó submetido. 
- Os motores normais são projetados para regime contínuo 
(S1); para outros regimes consultar o fabricante. 
2.3.8. FATOR DE SERVIÇO - (F.S.): 
• Chama-se fator de serviço (FS) o fator que, aplicado à 
potência nominal, indica a sobrecarga permissível que 
pode ser aplicada continuamente ao motor, sob 
condições especificadas. 
Ex: F.S.= 1,15 - neste caso o motor suporta 
continuamente 15% de sobrecarga acima de sua potência 
nominal. 
Note que se trata de uma capacidade de sobrecarga 
contínua, ou seja, uma reserva de potência que dá ao 
motor uma capacidade de suportar melhor o 
funcionamento em condições desfavoráveis. 
O fator de serviço não deve ser confundido com a 
capacidade de sobrecarga momentânea, durante alguns 
minutos. 
Os motores WEG podem suportar sobrecargas até 60% 
da carga nominal, durante 15 segundos. 
O fator de serviço F.S. = 1,0 significa que o motor não 
foi projetado para funcionar continuamente acima de 
sua potência nominal. Isto, entretanto, não muda a 
capacidade para sobrecargas momentâneas. 
2.3.9. TENSÃO NOMINAL MÚLTIPLA: 
A grande maioria dos motores é fornecida com terminais 
do enrolamento religáveis, de modo a poderem funcionar 
em redes de pelo menos duas tensões diferentes 
(ex.:220V/380V). 
Os principais tipos de religação de terminais de motores. 
10 
para funcionamento em mais de uma tensão são: 
a) Ligação Série- paralelo: 
0 enrolamento de cada fase é dividido em duas 
partes (lembrar que o número de pólos é sempre 
par, de modo que este tipo de ligação é sempre* 
possível). Ligando as duas metades em série, 
cada metade ficará com a metade da tensão de 
fase nominal do motor. Ligando as duas metades 
em paralelo, o motor poderá ser alimentado com 
uma tensão igual à metade da tensão anterior, sem 
que se altere a tensão aplicada a cada bobina. 
Veja os exemplos numérios da figura 2.3. 
Este tipo de ligação exige nove terminais no motor 
e a tensão nominal (dupla) mais comum ó 220V/ 
440V,.QU seja, o motor é religado na ligação 
paralelo quando alimentado com 220V e na ligação 
série quando alimentado em 440V. 
A figura mostra a numeração normal dos terminais e 
o esquema da ligação para estes tipos de motores, 
tanto para motores ligadosem estrela como em 
triângulo. O mesmo esquema serve para outras duas 
tensões quaisquer, desde que seja o dobro da outra, 
por exemplo 230/460V.. 
T 
a 
L, 44QY. ^ 
b 
FIGURA 2.3. 
b) Ligação Estrela-Triângulo: 
O enrolamento de cada fase tem as duas 
pontas trazidas para fora do motor. Se ligarmos as 
três fases em triângulo cada fase receberá a 
tensão total da linha, por exemplo (figura 2.4.), 
220 volts. Se ligarmos as três fases em estrela, o 
motor pode ser ligado a uma linha com tensão igual 
a 220 xj3 = 380 volts sem alterar a tensão no 
enrolamento que contínua igual a 220 volts por 
fase.Este tipo de ligação exige seis terminais no 
motor e serve para quaisquer tensões nominais 
duplas, desde que a segunda seja igual à primeira 
multiplicada por -{3. 
Exemplos: 220/380V 
380/660V 
440/760V 
Note-se que uma tensão acima de 600 volts não é 
usual; nos exemplos 380/660 e 440/760, a tensão 
maior declarada serve apenas para indicar que o 
motor pode ser ligado em estrela triângulo, pois 
não existem linhas dessas tensões. 
FIGURA 2.4. 
c) Tripla Tensão Nominal (motor de quatro ten-
sões): 
Podemos combinar os dois casos anteriores: 
o enrolamento de cada fase é dividido em duas 
metades para ligação série- paralela. Além disso, 
todos os terminais são acessíveis, para podermos 
ligar as três fases em estrela ou triângulo. Deste 
modo temos quatro combinações possíveis; a 
primeira tensão nominal corresponde à ligação 
triângulo paralela; a segunda, à estrela-paraieta, 
sendo igual a V3vezes a primeira; a terceira 
corresponde à ligação triângulo série, valendo o 
dobro da primeira; a quarta sériecorrespondente 
à ligação estrela série valendo V 3 vezes a terceira, 
mas como esta tensão seria maior que 600 volts, 
é indicada apenas como referência de ligação 
estrela-triângulo. 
Exemplo: 220/380/440/760V 
Este tipo de ligação exige doze terminais e a figu-
ra 2.5. mostra a numeração normal dos terminais 
e o esquema de ligação para as três tensões no-
minais. 
2 / i i « ' ' ^X > / r!"!i \ 
.3.1 4J0V 
2 
.3.1 4J0V 
MOV 23IV •HOV 
FIGURA 2.5. 
11 
2.3.10. T A B E L A S DE CARACTERÍSTICAS 
TÍPICAS: 
POTÊNCIA CORRENTE NOMINAL(A) Ip/ln 
1* 
FATOR DE SERVIÇO 
\. 
TEMPO COM ROTOR BLOQUEADO (() 
= A QUENTE 
CV kW 220 380 440 
Ip/ln 
1* 
FATOR DE SERVIÇO 
\. 
TEMPO COM ROTOR BLOQUEADO (() 
= A QUENTE 
0.18 0.12 0.90 0.52 0.45 4.8 1.35 11 
0.25 0.18 1.30 0.75 0.65 4.5 0.35 11 
0.33 0.25 1.60 0.92 0.80 52. 0.35 8.0 
0.5 0.37 2.10 121 1.05 4.6 0.25 12 
0.75 0.55 3.00 1.73 1.50 6.0 0.25 6.0 
1 0.75 3.80 2.20 1.90 6.4 1.15 6.0 
1.5 1.10 5.00 2.90 2.50 5.1 1.15 6.0 
2 1.50 6.50 3.75 3.25 6.3 1.15 6.0 
3 2.20 9.00 5.20 4.50 6.8 1.15 6.0 
4 3.00 12.0 6.95 6.00 7.4 1.15 6.0 
5 3.70 15.0 8.65 7.50 7.1 1.15 6.0 
6 4.40 17.0 9.80 8.50 7.9 1.15 6.0 
7.5 5.50 22.0 12.7 11.0 7.7 1.15 6.0 
10 7.50 28.0 16.2 14.0 8.0 1.15 5.0 
12.5 9.20 34.0 19.6 17.0 8.8 1.15 5.0 
15 11.0 40.0 23.0 20.0 8.2 1.15 5.0 
20 15.0 52.0 30.0 26.0 8.3 1.15 6.0 
25 185 62.0 36.0 31.0 8.6 1.15 6.0 
30 22.0 76.0 44.0 38.0 8.0 1.15 6.0 
40 30.0 98.0 56.5 49.0 8.7 1.15 8.0 
50 37.0 120 69.0 60.0 8.7 1.15 8.0 
60 45.0 148 86.0 74.0 7.3 1.00 8.0 
75 55.0 180 104 90.0 7.4 1.00 8.0 
100 75.0 250 144 - 125 8.5 1.00 6.0 
125 90.0 310 179 155 7.3 1.00 12 
150 110 380 220 190 8.0 1.00 11 
175 130 440 254 220 8.0 1.00 11 
200 150 500 269 250 7.2 1.00 15 
250 185 610 352 305 8.0 1.00 13 
300 220 740 427 370 7.0 1.00 20 
350 260 860 496 430 7.0 1.00 18 
400 300 980 566 490 7.0 1.00 21 
450 330 1050 606 525 7.0 1.00 20 
500 370 1220 704 610 7.2 1.00 20 
1* Ip/ln - FATOR MULTIPLICADOR PARA OBTER A CORRENTE 
DE PARTIDA OU CORRENTE COM ROTOR BLOQUEADO. 
T A B E L A 2.2. C A R A C T E R Í S T I C A S D E M O T O R E S 
T R I F Á S I C O S ( V A L O R E S M É D I O S D E 
M O T O R E S W E G , I V P Ó L O S ) . 
12 
"MOTOR BLINDADO"- CARCAÇA ABNT 
POTÊNCIA CORRENTE NOMINAL (A) 
Ip/ln 
FATOR DE 
SERVIÇO 
F.S. 
TEMPO COM ROTOR 
BLOQUEADO(s) 
A QUENTE 
CW kW 110V 220V 440V 
Ip/ln 
FATOR DE 
SERVIÇO 
F.S. 
TEMPO COM ROTOR 
BLOQUEADO(s) 
A QUENTE 
1.0 0.75 11.6 5.8 2.9 8.2 1.15 6 
1.5 1.1 15 7.5 3.75 8.7 1.15 6 
2.0 1.5 19 9.5 4.75 8.7 1.15 6 
3.0 2.2 30 15 7.5 7.2 1.15 6 
4.0 3.0 38 19 9.5 7.1 1.15 6 
5.0 3.7 50 25 12.5 7.5 1.15 6 
7.5 5.5 68 34 17 7.4 1.15 6 
10 7.5 92 46 23 7.6 1.15 6 
12.5 9.2 112 56 28 7.0 1.00 6 
"MOTOR ABERTO"- CARCAÇA NEMA 
1/8 0.09 3.8 1.9 - 5.5 1.4 6 
1/6 0.12 4.0 2.0 - 4.8 1.35 6 
1/4 0.18 5.4 2.7 - 5.0 1.35 6 
1/3 0.25 6.6 3.3 - 5.5 1.35 6 
1/2 0.37 8.8 4.4 - 5.7 1.25 6 
3/4 0.55 12 6.0 - 5.9 1.25 6 
1.0 0.75 16 8.0 - 7.0 1.15 6 
1.5 1.10 20 10 - 6.6 1.15 6 
2.0 1.50 22 11 - 8.0 1.0 6 
Dados da Placa de Identificação: 
MOD: NÚMERO DO MODELO 
EX.: 90S 11.89 
I i— Mês.ano de fabricação 
' Carcaça 
• Hz, CV.RPM: Valores nominais de 
frequência, potênciae rotação. 
• V,A: Valores nominais de tensão e 
corrente. 
• F.S.: Fator de Serviço (item 2.3.8.). 
• ISOL: Classe de isolamento (item 2.3.4.). 
• Ip/ln: Fator multiplicador para obter a 
corrente de partida ou de rotor bloqueado. 
• REG.S.: Regime de serviço (item 2.3.7.). 
• CAT.: Categoria de conjugado (item 2.3.1.) 
• IP.: Grau de proteção (item 7.6.). 
• Y A : Ligações (item 2.3.9.). 
Notas: 1) OS VALORES NOMINAIS SÃO OBTI-
DOS QUANDO O MOTOR ESTÁ SOB 
CARGA NOMINAL. 
2) PARA MAIORES INFORMAÇÕES, 
CONSULTAR O MANUAL DE MOTORES 
WEG 
TABELA 2.3. - CARACTERÍSTICAS DE MOTORES 
MONOFÁSICOS (VALORES MÉDIOS DE 
MOTORES WEG). 
2.3.11. Placa de identificação: contém 
as características nominais 
dos motores 
WEG MOTORES SA. 
CP-D20 - B9 2i>0 - JURflCiUA DO SUL - SC • CGCMF • 7Df)57 B3O/OOO103 IN0U5THIA BRASllEinA 
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO 
MOD. ' -1 ' ' Hz 
cvl rpm 
* r v * / ' A 
FS ||S0L I IP/In 
REC.S. CAT |IP 
T T T 
• r f f 
R S T 
T 5 t f • 
R S T 
13 
3 - CARACTERÍSTICAS DOS COMPONEN-
T E S DA CHAVE DE PARTIDA 
ESTE CAPÍTULO APRESENTA AS PRINCIPAIS 
CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA O 
"DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DA 
CHAVE- CAPÍTULO 5". 
3.1. CONTATORES DE FORÇA (PRINCIPAIS). 
São equipamentos de operação eletromagnética, que 
têm uma única posição de repouso e são capazes de 
estabelecer, conduzir e interromper correntes em 
condições normais e de sobrecargas no funcionamento 
(ex.: correntes de rotor bloqueado). Basicamente os 
contatores são usados para comandar motores. 
3.1.1. DIMENSIONAMENTO: 
Os contatores devem ser dimensionados para a corrente 
(I) que circula no trecho do circuito onde estiverem 
inseridos, respeitando-se a categoria de emprego e 
outros aspectos básicos importantes a seguir: 
a) Categoria de emprego: determina as condições 
para a ligação e interrupção da corrente e da tensão 
nominal de serviço correspondente, para a utilização 
normal do contator, nos mais diversos tipos de aplicação 
para CA e CC. 
EXEMPLOS DE 
APLICAÇÕES CATEGORIA APLICAÇÕES 
SERVIÇO NORMAL SERVIÇO OCASIONAL 
EXEMPLOS DE 
APLICAÇÕES CATEGORIA APLICAÇÕES 
LIGAR DESLIGAR LIGAR DESLIGAR 
-Aquecedores 
-Lâmpadas 
incandescentes 
-Lâmpadas 
fluorescentes 
compensadas 
AC1 
manobras leves; 
carga ôhmica ou 
jouco indutiva 
1 x l n 1 x l n 1,5 x In 1,5 x fn 
-Guinchos 
-Bombas 
-Compressores 
AC2 
comando de motores 
com rotor bobinado. 
Desligamento em 
regime 
2,5 x In 1 x l n 4 x In 4 x In 
-Bombas 
-Ventiladores 
-Compressores 
AC3 
serviço normal de 
manoboras de 
motores c/rotor de 
gaiola. Desligamento 
em regime 
6 x In 1 x l n 10 x l n 8 x l n 
-Pontes rolantes 
-Tornos 
AC4 
manobras pesadas; 
acionar motores com 
carga plena; 
comando intermitente 
pulsatório); reversão a 
Dlena marcha e 
saradas por contra 
corrente6 x In 6 x In 1 2 x l n • „ 10 x In 
TABELA 3.1. - CATEGORIAS DE EMPREGO. DE CONTATORES 
WEG CONFORME VDE/1EC 
14 
CATEGORIA DE EMPREGO AC3 (DESLIGAMENTO EM REGIME DE MOTORES C/ROTOR GAIOLA) 
CORRENTE NOMINAL DE SERVIÇO 
(le) - atá 440V (CW 07 até380 V) [A] 
CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CORRENTE NOMINAL DE SERVIÇO 
(le) - atá 440V (CW 07 até380 V) [A] 07 4 7 17 27 37 47 57 77 107 177 247 297 330 334 
FREQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA 
SERVIÇO NOMINAL [MAN/H] 
5,5 9 12 16 25 32 45 63 75 112 180 250 300 400 490 FREQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA 
SERVIÇO NOMINAL [MAN/H] 300 1000 1000 750 750 750 500 500 500 500 500 500 500 500 500 
FREQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA 
CONTATOR INSTALADO COM RELE [MAN/H] 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 
CATEGORIA DE EMPREGO ACM (SERVIÇO INTERMITENTE; Rf 
, cl ROTOR DE GAIOLA 
•VERSÃO A PLENA MARCHA DE MOTOR 
> 
CORRENTE NOMINAL DE SERVIÇO (le) 
CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW 
CORRENTE NOMINAL DE SERVIÇO (le) 
07 4 7 17 27 37 47 57 77 107 177 247 297 330 334 
Para 220 V [A] - 3.5 4.8 6.4 9.2 16 21 29 39 62 74 130 155 180 180 
Para 380V • [A] - 3.5 5.3 7.3 9.3 16 23 32 37 63 73 110 145 175 210 
Para 440 V [A] - 3.5 5.3 7.3 9.3 16 23 32 37 63 73 110 145 175 210 
FREQUÊNCIA DE MANOBRAS PARA 
SERVIÇO NOMINAL [MAN/H] - 250 250 250 250 250 250 250 250 250 250 250 250 250. 250 
CATEGORIA DE EMPREGO ACI (CARGAS RESISTIVAS OU POUCO INDUTIVAS) 
CORRENTE NOMINAL 
DE SERVIÇO (le) 
PARA FREQÊNCIA DE MANOBRAS 
MÁXIMA DE 50 MAN/H 
('.= U (D 
CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CW CORRENTE NOMINAL 
DE SERVIÇO (le) 
PARA FREQÊNCIA DE MANOBRAS 
MÁXIMA DE 50 MAN/H 
('.= U (D 
07 4 7 17 27 37 47 57 77 107 177 247 297 330 334 
CORRENTE NOMINAL 
DE SERVIÇO (le) 
PARA FREQÊNCIA DE MANOBRAS 
MÁXIMA DE 50 MAN/H 
('.= U (D [A] 16 20 25 32 40 50 90 100 110 180 225 350 410 630 630 
(1) = Corrente nominal térmica convencional é a 
máxima corrente, indicada pelo fabricante, que o contator 
pode conduzir numa operação de 8h sem que as sobre-
temperaturas de seus componentes ultrapassem os 
valores limites determinados pelo fabricante. 
b) Vida Elétrica: 
É a durabilidade dos contatos de forças e depende 
essencialmente da corrente de desligamento. No 
gráfico a seguir, verifica-se o desempenho de cada 
contator em função da corrente de desligamento. 
TABELA 3.2. - CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DE 
CONTATORES WEG (PARA MAIORES DADOS, VER 
MANUAL DE CONTATORES E RELÉS DE 
SOBRECARGA WEG) 
No dimensionamento de contatores para motores, 
normalmente, considera-se a vida elétrica somente 
em AC4. 
Exemplo 3.1. 
Escolha de um contator para comandar motor WEG de 
15 CV, 380 V/60Hz, IV pólos, regime contínuo e 
desligamento com corrente nominal (In) 
Solução 
In = 23A (Tabela 2.2.) 
CATEGORIA DE EMPREGO: AC3 (Tabela 3.1.) 
le > l = In 23A 
le > 23A 
Na tabela 3.2. (AC3) CW 27 
Nota: Exemplos mais completos vide capítulo.5. 
15 
0.04 
0.03 
C O R R E N T E O E D E S L I G A M E N T O (Q I A I -
; 5 - s ; n 8 s s s s s e s 8 8 S 
POTÊNCIA DO MOTOR » * N < A C Í 3 8 0 V I Ikwt 
FIGURA 3.1. CURVAS CARACTERÍSTICAS DAVI DA ELÉTRICA 
DE CONTATORES WEG 
Exemplo 3.2. 
Motor WEG de 15 CV, 380V/60Hz, IV pólos, regime 
intermitente (conforme figura 3.2.), 120 partidas/hora. 
1) Dimensionamento do Contator: 
CATEGORIA DE EMPREGO: AC4 (Tabela 3.1.) 
In = 23A (Tabela 2.2.) 
le •> I = In 
le > 23A tabela 3.2. (AC4) CW 47 
TRABALHO TRABALHO 
L 
m 
y y \O r (v 
30 
TEMPO (s) 
FIGURA 3.2. - CURVA DE CARGA DO MOTOR 
2) Vida elétrica do Contator do item anterior: 
EM AC4 a corrente de desligamento ID = IP = In.lp/ln 
ID = 23 X 8,2 « 190A (tabela 2.2.) 
Para ID ~ 190A, o CW 47 tem uma vida útil elétrica de 
aproximadamente 100.000 manobras (vide figura 3.1.). 
3) Dimensionamento do Contator para 1.000.000 
manobras 
Com ID=190A, nas mesmas condições da carga, figura 
3.1., obtém-se o contator CW 177. 
IMPORTANTE: EM AC3 a ID = In, sendo 
assim.observa- se na figura 3.1. que 
em AC3 a vida elétrica é superior a 
1.000.000 de manobras, ou seja, para 
um motor que opera trinta vezes por 
dia, o contator dura mais de cem anos. 
c) Contatos auxiliares. 
A quantidade e o tipo de contatos auxiliares 
necessários numa instalação depende da necessidade 
de comando, intertravamento e sinalização. 
Nota: Para maiores informações sobre Blocos 
Auxiliares consultar o catálogo de Contatores e Relés 
de Sobrecarga WEG. 
Exemplo 3.3. 
CW 07.10 
CW 07.01 
CW 17.11 
CW 17.22 
1 NA + 0 NF 
0 NA + 1 NF 
1 NA + 1 NF 
2 N A + 2 N F 
- N s de contatos auxiliares Normalmente 
Fechado (NF) 
• N Bde contatos auxiliares Normalmente 
Aberto (NA) 
• Tipo 
- Contator de Força WEG. 
d) Tensão de Comando. 
Definida em função da disponibilidade de tensão e 
das necessidades dos componentes a serem 
acionados. 
220V é a tensão de comando mais utilizada, pois 
apresenta establidade de contatação e 
proporcionalmente menor queda de tensão. Não é 
recomendado o uso de tensões de comando acima 
de 220 V, porque podem comprometer a isolação 
dos componentes de comando. 
Caso não se tenha a tensão de comando desejada, 
pode-se obtê-la através de transformador de 
comando, por exemplo: rede 440V e se necessário 
no comando tensão de 220 V. O dimensionamento 
do transformador de comando é apresentado no 
item 3.6. 
Em corrente alternada as tensões de comando 
padronizadas para contatores WEG são: 
- CW 07 -12,24,110,127.220.380V 
- CW 4 ao CW 37 -12,24,110,127,220,254,380,440V 
- CW 47 ao CW 247 -110,127,220,254,380,440V 
- CW 297 ao CW 334 -110,220,380,440V 
- CAW 04 - 12,24,110,'127,220,380V 
- CAW 4, CAW 8 -12,24,110,127,220,254,380,440V 
Outras tensões são disponíveis mediante consulta. 
16 
1L1 3L2 SL3 13 (BL4) 1L1 3L2 5L3 21 
2T1 4T2 6T3 14 BT4 
CW 07.10 
CW4.10 
CW7.10 
CW 17.10 
PODEM SEP. T E T R A P O L A R E S 
1L1 3 L 2 S L 3 
2T1 4T2 6T3 22 
CW 07.01 
CW4.01 
CW7.01 
CW 17.01 
2T1 4T2 BT3 
CW 27.00 
CW 37.00 
ADMITEM BLOCOS DE CONTATOS 
AUXILIARES FRONTAIS. PERMITINDO 
MÚLTIPLAS COMBINAÇÕES. 
(EXCETO CW 07) 
111 3L2 5L3 13 21 
CW4.11 
CW7.11 
CW 17.11 
2T1 4T2 6T3 14 22 
CW 27.11 
CW 37.11 
1L1 3L2 5 U 13 21 31 43 
2T1 4T2 6T3 14 22 32 44 
CW 4.22 
CW 7.22 
CW 17.22 
CW 27.22 
CW 37.22 
21 13 1L1 3L2 5L3 31 43 
22 14 2T14T2 6T3 32 44 
CW 47.22 
CW 57.22 
CW 77.22 
CW 107.22 
CW 177.22 
CW 247.22 
CW 297.22 
CW 330.22 
CW 334-22 
ADMITE BLOCOS DE 
CONTATOS AUXILIARES 
LATERAIS, TRANSFORMAN-
DO-SE EM CW 47.44 à 
CW 334.44 
FIGURA 3.3. - DIAGRAMAS DE CONTATOS PARA 
CONTATORES DE FORÇA 
Em corrente contínua as tensões de comando 
padronizadas para contatores WEG são: 
- CW 07 ao CW 37 - 12,24,48,110,125,220V 
- CW 47 ao CW 77 - 48,110.125.220V 
- CW 107 ao CW 177 -110.125.220V 
- CAW 04 ao CAW 08 -12,24,48,110,125.220V 
Outras tensões são disponíveis mediante consulta. 
Exemplo 3.4. 
Especificação completa do Contator de Força 
CW 2 7 . 0 0 2 2 0 V / 6 0 H Z 
Tensão de Comando 
0 N A + 0 N F 
Tipo 27 
Contator de Força 
TIPO 
CONTATOR AO LIGAR (PICO) CONTATOR UG (EM REGIME) 
TIPO FATOR 
POTÊNCIA 
(COS 0 ) 
, POTÊNCIA 
ATIVA (W) 
POTÊNCIA 
APARENTE (VA) 
POTÊNCIA 
APARENTE (VA) 
FATOR POTÊNCIA 
(COS 0) 
POTÊNCIA v 
ATIVA (W) 
POTÊNCIA 
REATIVA(VAr) 
POTÊNCIA 
APARENTE 
(VA) 
CW07 0.85 16.57 10.27 19.5 0.45 2.47 4.91 5.5 
CW 7 0.66 56.10 34:77 66 0.27 3.10 11.07 11.5 
CW17 0.66 56.10 34.77 66 0.27 3.10 11.07 11.5 
CW27 0.66 53.46 60.85 81 0.27 3.24 11.55 12 
CW37 0.66 53.46 60.85 81 0.27 3.24 11.55 12 
CW47 0.48 148.80 271.95 310 0.27 7.36 31.15 32 
CW57 0.48 148.80 271.95 310 0.23 7.36 31.15 32 
CW77 0.48 148.80 271.95 310 0.23 7.36 31.15 32 
CW107 0.48 240.00438.63 500 0.23 9.89 42.85 43 
CW177 0.37 314.40 789.68 850 0.26 15.60 57.94 60 
CW247 0.24 264.00 1067.85 1100 0.38 31.92 77.70 84 
CW297 0.32 704.00 2084.32 2200 0.40 48.00 110.00 120 
CW330 0.22 990.00 4389.75 4500 0.46 82.80 159.82 180 
CW334 022 1122.00 4975.05 5100 0.46 92.00 177.58 200 
TABELA3.3.- CONSUMO DE CONTATORES DE FORÇA 
WEG (COMANDO EM CA.) 
17 
3.2. CONTATORES AUXIUARES. 
Usado para fins de comando, intertravamento e 
sinalização. 
3.2.1. DIMENSIONAMENTO: 
Os contatores auxiliares são dimensionados em função 
da necessidade de contatos e da corrente de comando, 
respeitando-se a categoria de emprego. 
a) Categoria de Emprego 
CATEGORIA; 
m %SERVIÇO OCASIONAL 
CATEGORIA; 
AC 11 Circuitos de comando em corrente alternada 10 x l n 1 x In 
11 x In 11 x l n 
DC 11 Circuitos de comando em 
corrente contínua 
1 x l n 1 x In 1,1 x l n 1,1 x l n 
TABELA 3.4. -CATEGORIAS DE EMPREGO. 
CONFORME VDE/IEC 
CATEGORIA DE EMPREGO AC11 
• C O R R E N T E 
NOMINAL DE , 
SERVIÇO(le) 
CAW CAW ' 
4 
l l ç A W B 
PARA 
22Ó V (A) 6 10 
PARA 
380 V (A) A 6 6 
PARA 
440 V (A) - 4 4 
CATEGORÍ/ VDE EMPREGO DC 11 . 
CORRENTE 
NOMINAL DE ,» 
SERVIÇO (le) 
PARA 3 CONTATOS 
EM SÉRIE 
CAW 
04 
Í | Ç A W | I CAW 
8 
PARA 
24 V (A) 2.5 16 16 
PARA 
110 V (A) 0.7 1.5 1.5 
PARA 
220 V (A) 0.36 0.5 0.5 
TABELA 3.5. - CARACTERÍSTICAS TÍPICAS 
18 
b) Combinação de Contatos 
CAW 04 
13 23 33 43 
14 24 34 44 
4 NA (.40) 
13 21 31 41 
•«fr+f 
AA 22 32 42 
1NA + 3NF (.13) 
13 21 31 43 
14 22 32 44 
2NA + 2NF (.22) 
13 21 33 43 
A2 
14 22 34 44 
3NA + 1NF (.31) 
CAW 4 
13 23 33 43 
14 24 34 44 
4NA (.40) 
13 21 31 43 
14 22 32 44 
2NA + 2NF (.22) 
13 21 33 43 
14 22 34 44 
3NA + 1NF (.31) 
. Admite blocos de 
contatos auxiliares 
aditivos permitindo 
múltiplas 
combinações. 
Máx. 3 blocos 
CAW 8 
13 23 33 43 51 61 
14 24 34 44 52 62 
4NA + 2NF (.42) 
13 23 33 43 53 61 71 81 
14 24 34 44 54 62 72 82 
5NA + 3NF Í.531C) 
13 23 33 43 53 61 73 83 
14 24 34 44 54 62 74 84 
7NA + 1NF (.71) 
13 23 33 43 51 61 71 81 
14 24 34 44 52 62 72 82 
4NA + 4NF (.44) (*) 
13 23 33 43 53 61 71 83 
«mttft 
14 24 34 44 54 62 72 84 
6NA + 2NF (.62) (•) 
13 23 33 43 53 63 73 83 
14 24 34 44 54 64 74 84 
8NA (.80) 
(*) Disponível com bobina C.C. 
Um contato NF é originalmente utilizado no circuito da bobina 
FIGURA 3.4. - DIAGRAMA DE CONTATOS PARA CONTATORES 
AUXILIARES 
EXEMPLO 3.5. - ESPECIFICAÇÃO COMPLETA DO 
CONTATOR AUXILIAR 
CAW 04. 40 220V/60HZ 
I Tensão de Comando 
4 NA + 0 NF 
Tipo 04 
Contator auxiliar WEG 
TABELA 3.6. - CONSUMO DE CONTATORES AUXILIARES WEG 
(COMANDO EM C.AJ 
TIPO 
CONTATOR NO LIGAR (PICO) CONTATOR LIGADO (EM REGIME) 
TIPO FATOR 
POTÊNCIA 
(COS 0 ) 
POTÊNCIA 
ATIVA 
(W) 
POTENCIA 
REATIVA 
(VAr) 
POTENCIAI 
APARENTE 
(VA) 
FATOR 
POTÊNCIA 
(COS 0 ) 
POTÊNCIA 
ATIVA 
(W) 
POTÊNCIA 
REATIVA 
(VAr) 
POTÊNCIA 
APARENTE 
(VA) 
CAW 04 0.85 16.57 10.27 19.5 0.45 2.47 4.91 5.5 
CAW 4 0^66 56.10 34.77 66 0.27 3.10 11.07 11.5 
CAW 8 0.66 56.10 34.77 66 0.27 3.10 11.07 11.5 
3.3. RELÉS DE SOBRECARGA. 
Protegem o motor contra sobrecargas, inclusive falta de 
fase e rotor bloqueado. 
3.3.1. DIMENSIONAMENTO: 
Os relés devem ser dimensionados de forma que 
contenham em sua faixa de ajuste a corrente (I) que 
circula no trecho onde estão ligados. 
TIPO RW27.1 RW 27.2 RW67 RW 207 RW407 
0.28-0.4 1.2-1.8 22-32 42-62 160-240 
0.4-0.6 1.8-2.8 30-46 56-80 204-300 
FAIXA 
DE 
AJUSTE 
(A) 
0.56-0.8 8.8-4 42-62 80-120 240-360 
FAIXA 
DE 
AJUSTE 
(A) 
0.8-1.2 4-6 - 120-180 306-450 FAIXA 
DE 
AJUSTE 
(A) 
1.2-1.8 5.6-8 - 360-540 
FAIXA 
DE 
AJUSTE 
(A) 1.8-2.8 8-12 - - 476-700 
FAIXA 
DE 
AJUSTE 
(A) 
2.8-4 11-17 - - 560-840 
4-6 15-23 - -
- 22-32 - - -
TABELA 3.7. - CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DE RELÉS DE 
SOBRECARGA WEG 
EXEMPLO 3.6. - ESCOLHA DE RELE DE SOBRE-
CARGA PARA PROTEGER MO-
TOR DE 15 CV 380V/60HZ IV 
PÓLOS, REGIME CONTÍNUO. 
In = 23A (tabela 2.2.) 
I = l n 
I = 23A—TABELA 3.7.—RW 27.2 (22-32A) 
NOTA : EXEMPLOS MAIS COMPLETOS 
VIDE CAPÍTULO 5 
3.3.3. CURVAS CARACTERÍSTICAS DE DESAR-
ME DOS RELÉS TÉRMICOS DE S O B R E C A R G A 
WEG: 
td 
mm. 
' IB0 
120 
90 
« 0 
4 0 
20 
IO 
6 
4 
2 
60 
40 
20 
10 
6 
5 4 
Z 
I 
1 
\ \ , \ y \ 
CA 
^ T R 
1AC 
POL 
'EF IS" IC A 
M i l 
BIPOLAR 
1 
S 
0,6 0,8 I |,5 4 5 6 a 10 
FIGURA 3.5. - RW 27 
3.3.2. - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: 
Sempre que possível, o relê não deve ser dimensionado 
com a corrente nominal do circuito situada no extremo 
superior de sua faixa de ajuste, pois se houver 
necessidade do motor ser usado, com fator de serviço 
acima de 1, o relê não permitirá tal corrente, mesmo que 
o motor suporte esta situação. 
Análise semelhante é valida para o extremo inferior, 
onde o relê teria dificuldades para detectarfalta de fase, 
quando o motor estivesse trabalhando abaixo de 60% 
da corrente nominal. 
Em casos especiais, onde o tempo de partida é longo ou 
o volume de manobras é elevado (acima de 15 manobras/ 
hora), deve-se utilizar sondas térmicas (item 3.8.). 
Para obter-se a eficácia na proteção contra falta de 
fase, é necessário regular o relê para a corrente de 
trabalho (corrente medida) no motor. 
Em caso de dúvidas ou em situações específicas, pode-
se verificar a proteção do relê, comparando-se a curva 
de capacidade térmica (corrente x tempo) do motor com 
a curva do, relé. 
td 
o 
E 
I-
tio 
1 2 0 
9 0 
eo 
4 0 
2 0 
1 0 
« 
4 
Cur va 1 
acter "Car 
va 1 
acter fitica Tripol ar 
rva í 
CAF 
BIP 
1ACTE 
DLAR 
RÍST IC/ 
rva í 
CAF 
BIP 
1ACTE 
DLAR 
RÍST IC/ 
0.1 03 1 1.5 2 
iln 
3 « » 10 
FIGURA 3.6. - RW 67 
20 
0,6 0,8 I 1,5 2 3 4 5 6 8 10 
Xlfl -
F1G.3.7.-RW207 
Valores de desligamento a partir da temperatura ambiente (sem 
aquecimento prévio). Para relá operando em temperatura normal de 
trabalho e com corrente nominal (pré-aquecido), considerar os tempos 
em tomo de 25 a 30% dos valores das curvas. 
3.4. FUSÍVEIS DE FORÇA. 
Os fusíveis são dispositivos de proteção, contra 
sobrecorrente que quando usados em circuitos 
alimentadores de motores, protegem os mesmos, 
principalmente contra correntes de curto-circuito e 
seletivamente (em combinação com relés de sobrecarga) 
contra sobrecargas de longa duração. 
3.4.1. CLASSIFICAÇÃO: 
Os fusíveis podem ser classificados de acordo com 
diversos critérios. Destes critérios os mais usados são: 
a) tensão de alimentação:alta tensão ou baixa-tensão; 
b) características de interrupção: ultra-rápido ou 
retardado. 
Os fusíveis usados na proteção de circuitos de motores 
são da classe funcional (antigo GL), indicando que são 
fusíveis com função de "proteção geral". A característica 
de interrupção destes fusíveiséde efeito retardado, pois 
os motores (cargas indutivas) no instante de partida, 
solicitam uma corrente diversas vezes superior à nomi-
nal (ver tabelas 2.2. e 2.3., referentes a correntes de 
partida Ip/ln). 
Caso fossem utilizados fusíveis com características de 
interrupção "ultra-rápida"se verificaria que estes fundiriam 
(queimariam) frequentemente, em função da corrente 
de partida do motor, o que não estaria de acordo com a 
função do fusível, pois a corrente de partida não 
representa nenhuma condição anormal. 
Há que se salientar, porém, que sob condições de curtc-
- L . , I 1 1 1 1 1 1 1 I I I I I 
Cv« OS 1 1.9 l 3 4 5 6 8 10 
x in 
FIGURA 3.8. - RW 407 
OBS.: O RW 407 não protege 
contra falta de fase 
circuito, a corrente de interrupção instantâneado fusível 
retardado é bem semelhante a dos fusíveis ultra-ráptdos, 
porque neste caso a intensidade térmica é tal que o 
fusível funde-se instantaneamente. 
c) Forma construtiva: 
Quanto a sua forma construtiva classificam-se 
basicamente em fusíveis do tipo "D" e do tipo "NH". 
Os fusíveis do tipo "D" (DIAMETRAL, ver figura 
3.9.), são recomendados para uso tanto residencial 
quanto industrial, pois possuem proteção contra 
contatos (toques) acidentais e podem ser ma-
nuseados por pessoal não qualificado. São 
construídos em correntes normalizadas de 2 a 
100A, capacidade de ruptura de 70 kA, tensão 
máxima 500V. 
Os fusíveis do tipo "NH" (alta capacidade - baixa 
tensão, ver figura 3.10), são recomendados para 
uso industrial e devem ser manuseados apenas 
por pessoal qualificado. São fabricados em 
correntes de 6 a 1000A, capacidade de ruptura de 
100 kA e tensão máxima 500V. 
Na prática e por razões económicas costuma-se 
utilizar fusíveis do tipo "D" até 63A e acima deste 
valor fusíveis do tipo "NH". 
I 
FIGURA 3.9. FUSÍVEL DO TIPO 'D' 
FIGURA 3.10. FUSÍVEL DO TIPO "NH" 
CimVA CARACTERÍSTICA "D" Tenipo x Corrente 
< 
E o> o i* <n 
3 
CD 
n 
o 
Q . 
E 
W a n d a 4 S % d . corr .n l . 
C u r v u tompc-corr.nl. média, par . l u ^ H . o p.rtodo d . 
•rtado nâo preaquaddo Por carga. 
Oorr .n l . em A (valor .IJcaz) 
FIGURA 3.11. FUSÍVEIS TIPO "D" 
3.4.2. CURVAS CARACTERÍSTICAS DE FUSÍVEIS: 
10 20 50 100 200 500 1000 2000 
Tolerância ± 5 % da corrente 
* Curvas tempo-corrente para tusfvels NH, partindo de um estado nSo preaquecldo por carga. 
5000 10000 20000 50000 100000 
Corrente em A (valor eficaz) 
FIGURA 3.12 . - FUSÍVEIS TIPO "NH" 
3.4.3. DIMENSIONAMENTO: 
No dimensionamento de fusíveis, recomenda-se que 
sejam observados, no mínimo, os seguintes pontos : 
a) Os fusíveis devem suportar, sem fundir, o pico de 
corrente (Ip), dos motores, durante o tempo de partida 
(TP) com Ip e TP entra-se nas figuras 3.11. ou 3.12. 
b) Os fusíveis devem ser dimensionados para uma 
corrente (IF), no mínimo 20% superiora nominal (In) do 
circuito de alimentação do motor que irá proteger. Este 
critério permite preservar o fusível do "envelhecimento" 
prematuro, fazendo com que sua vida útil, em condições 
normais, seja mantida. 
IF £ 1,2 In 
c) Os fusíveis de um circuito de alimentação de 
motores também devem proteger os contatores e relés 
de sobrecarga. 
IF £ I F , ^ (tabelas 3.8. e 3.9.) 
CONTATOR; 
• í vS 
CW07 CW4 CW7 CW17 CW27 CW37 CW47 CW57 CW77 CW107 CW177 CW247 CW297 CW330 CW334 
FUS.RET. 
16 25 25 35 50 63 125 125 160 224 250 315 400 500 630 
TABELA 3.8. FUSÍVEIS MÁXIMOS ADMISSfVElS PARA CONTA-
TORES TRIPOLARES WEG 
23 
TABELA 3.9. FUSÍVEIS MÁXIMOS ADMISSÍVEIS 
PARA RELÉS DE SOBRECARGA 
WEG 
RELÊ F A I X A DE 
A J U S T E 
F U S Í V E L 
D E ' 
R E T A R D O 
( I F : « ) 1 
27.1 
0.28-0.4 2A* 
27.1 
0.4-0.8 2A 
27.1 
0.56 - 0.8 2A 
27.1 0.8-1.2 4A 27.1 1.2-1.8 6A 27.1 
1.8-2.8 6A 
27.1 
2.8 - 4.0 10A 
27.1 
4 -6 16A 
27.2 
0.28 - 0.4 2A* 
27.2 
0.4 - 0.6 2A 
27.2 
0.56 - 0.8 2A 
27.2 
0.8-1.2 4A 
27.2 
1.2-1.8 6A 
27.2 
1.8-2.8 6A 
27.2 2.8 - 4.0 10A 27.2 
4 -6 16A 
27.2 
5.6-8 20A 
27.2 
8-12 25A 
27.2 
11-17 35A -
27.2 
15-23 50A" 
27.2 
22-32 63A 
67 
22-32 63A 
67 30-46 100A 67 
42-62 125A 
207 
42-62 125A 
207 56-80 160A 207 80-120 200A 
207 
120-180 300A 
407 
160-240 355A 
407 
204 - 300 500A 
407 
240 - 360 500A 
407 306 - 450 800A 407 
360 - 540 800A 
407 
476 - 700 1200A 
407 
560 - 840 1200A 
(*) = ultra-rápido. 
EXEMPLO 3.7. DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS 
PARA PROTEGER MOTOR WEG 
DE 15CV, 380V/60Hz,IV PÓLOS, 
SUPONDO TEMPO DE PARTIDA 
(TP) 10s. 
a) 1 9 Critério 
DA TABELA 2.2. 
In = 23A 
Ip/ln = 8,2 
Ip = In. Ip/ln 
Ip = 23 . 8,2 
l p= 188A 
TP = 10s. 
Em função de TP e Ip, obtém-se na figura 3.11 um 
fusível de 63A (IF = 63A) Ver figura 3.13 
b) 2 B Critério 
FIGURA 3.13. 
IF > 1,2xln 
63A >27,6A 
c) 3 9 Critério 
IF < I F M A X (Tabelas 3.8. e3.9.) 
Nota: Exemplos mais completos vide capítulo 5. 
3.5. FUSÍVEIS DE COMANDO. 
Para a proteção dos circuitos de comando normalmente 
se utilizam fusíveis com características de interrupção 
retardada e forma construtiva do tipo D (vide figura 3.9.). 
Outras informações no item 3.4. 
3.5.1. DIMENSIONAMENTO: 
As potências de regime e de pico dos circuitos de 
comando variam conforme a sequência de operação 
dos componentes, sendo assim, devemos dimensionar 
os fusíveis para o instante de maior potência de consumo. 
Basicamente existem duas s i tuações para o 
dimensionamento dos fusíveis de comando: 
a) Circuito de comando sem transformador de 
comando 
Neste caso para o dimensionamentp de fusíveis é 
necessário que se observem no mínimo duas 
condições: 
a.1 Deve-se escolher um fusível com corrente nomi-
nal (IF) superior a corrente em regime (IR) do 
circuito de comando. 
IF> IR 
sendo: IR = SR/Uc 
onde: 
SR, somatória das potências aparentes 
dos contatores ligados (em regime) no 
instante em referência. (Tabelas 3.3. e 3.4.). 
Uc, tensão de comando do circuito. 
a.2 - O fusível escolhido para a condição anterior deve 
suportar as correntes de pico (Ip) do circuito de comando 
24 
durante o tempo de ligação (T) dos contatores. Para se 
verificar esta condição entra-se no gráfico de fusíveis 
(gráfico 3.11.) com a corrente (Ip) e com o tempo (T.). 
CORRENTE DE PICO (Ip) 
Ip = Sp/Uc 
onde: Sp, somatória das potências aparentes de 
pico em regime dos contatores no instante em 
referência (Tabelas 3.3. e 3.6.). 
Exemplo 3.8. - CÁLCULO DOS FUSÍVEIS PARA O 
CIRCUITO DE COMANDO (FIG.3.14.) 
CONSIDERANDO-SE UMA CHAVE 
Y A DE 300CV, FN C/COMANDO 
220V. 
a.1 - Deve-se analisar o instante de maior potência 
em regime. Neste caso o instante T4. 
I R = SR Uc 
[] 
F 
F21 
95 
98 
SHI 
SH1 
FT1 
96 
KT1 y\ 
18 
15 
J 2 6 l J 2 8 
K3\1 ^ -
25 
K2\ 
K3 t 
K2 
SH1, 
FIGURA 3.14 
TABELA 3.10 CONSUMO DOS CONTATORES DO EXEMPLO 
(VIDE TABELAS 3.3. e 3.4.) 
INSTANTE 
í é Í A I ^ Í S P í 
s, CQNTATORES;^; ; 
ciRçurrò:;# 
CÒMANDO.;ij 
eotíDEÇICO íiíâ 
COMANDO' " •' 
INSTANTE 
LIGAR";.' ' LIGADO \
ciRçurrò:;# 
CÒMANDO.;ij 
eotíDEÇICO íiíâ 
COMANDO' " •' 
Tl KÍ(CW 334) K3(CW 247) •-• 
SP = 5100+1100 
SP = 6200 VA 
T2 K1(CW334) K3(CW247) 
SR = 200 + 84 
SR = 284VA 
T3 K2(CW 334) K1(CW334) SP = 5100 + 200 SP = 5300 VA 
T4 K1(CW334) K2(CW 334) 
SR = 200+200 
SR = 400VA 
TEMPO MÍNIMO DEATUAÇÃO DO FUSÍVEL (T) 
Em termos práticos e já considerando a redução 
no tempo de atuação dos fusíveis quando pré-
aquecidos (temperaturas de trabalho), foram 
generalizados os seguintes tempos: 
0,1 s-até o CW 77 
0,2s-atéoCW334 
R " 2 2 0 
IR=1,82A 
If > IR 
If >1,82A 
If =2A 
O fusível de 2A permite a maior corrente 
em regime (instante T4). 
a.2 - Instante T1 , maior potência de pico. 
• corrente de pico 
Ip = Sp/Uc 
Ip = 6200/220 
Ip = 28.2A 
• Tempo mínimo de atuação do fusível 
T = 0,2s 
(S) 
to y I <J> } 
•y \ V T ) 
0,2 
28,2 A 
FIGURA 3.15. 
Em função de TP e "T", obtém-se na figura 3.11. o 
fusível em 6A. Ver figura 3.15 
CONCLUSÃO : O fusível de 6A atende as duas 
condições: 
b) Circuito de comando com transformador de 
comando 
Existem duas situações: 
• Fusíveis no primário: 
É necessário que se verifique as duas coridições: 
b.1. a corrente (IF) do fusível deve ser superior 
à corrente em regime (IR) do circuito. 
IR= -
St 
Uprimário 
onde: ST = Potência nominal do transformador 
IF > IR 
b.2. o fusível deve suportar a corrente de pico (Ip)máxima admissível pelo transformador, 
durante o tempo de ligação dos contatores. 
• Fusível no secundário: 
Devem ser considerados os mesmos critérios 
de dimensionamento sem transformador. 
A potência máxima admissível pelo transformador 
(Smax) é obtida na figura 3.20 em função do fator 
de potência do circuito (na condição de pico) e da 
potência nominal do transformador. 
_ Smax 
^ ~ Uprimário 
EXEMPLO 3.9. 
a) 
b) 
CÁLCULO DOS FUSÍVEIS 
PARA O PRIMÁRIO DE U M 
TRANSFORMADOR DE -
1500VA (EXEMPLO 3.10.). 
IR = St 
Uprimário 
I R = -
1500 
380 
IR= 3.95A 
Escolhe-se o fusível de capacidade de 
corrente nominal (IF) imediatamente supe-
rior. 
IF > IR 
IF = 4A 
O fusível de 4A permite a maior corrente de 
regime. 
corrente de pico 
sendo : fp = 2 5 % 
Em função de fp e S T , obtém-se na figura 
3.20. 
q _ 
MAX 
l P = • 
9000VA, Ver figura 3.16. 
Smax 
Uprimário 
lp = 
9000 
380 
Tempo mínimo de atuação do fusível (T) 
T = 0,2s 
EM FUNÇÃO DE Ip e T* OBTÉM-SE NA FIGURA 3.11., O 
FUSÍVEL DE 6A (Ver figura 3.17) 
=9CO0VA j K ^ - K 
N J ^ V 1 5 0 0 V A 
'^* .1200VA 
25 FP(%) 
FIGURA 3.16. 
FIGURA 3.17. CONCLUSÃO: O FUSÍVEL 
DE 6A ATENDE ÀS DUAS CONDIÇÕES. 
3.6. - T R A N S F O R M A D O R D E COMANDO. 
O transformador de comando tem como objetivo 
principal compatibilizar a tensão da rede com a 
tensão de comando. A norma, assim como a 
experiência de campo, recomendam 220V. 
O uso deste componente possibilita que o circuito 
de comando seja ligado entre fase e ier ra , evitando 
o desequilíbrio do ponto neutro da ligação estrela 
da rede. Este desequilíbrio causa a variação de 
tensão de comando. 
O transformador isola (separa) eletricamente o 
circuito de comando do principal. Com esta prática 
o circuito de comando estará isento de qualquer 
anomalia (curto-circuito, sobrecargas) do circuito 
força. 
IP 23.7 A 
26 
3.6.1 .FORMAS DE INSTALAÇÃO: 
R £§3 
F22 
F21 
X 
CIRCUITO 
DE 
COMANDO 
FIGURA 3.18. EM REDES TRIFÁSICAS SEM NEUTRO 
b) 
A potência nominal do transformador (ST), 
deverá ser superiora potência de regime do circuito 
(SR) no instante em que a lógica de comando tiver 
o maior consumo em regime (contatores ligados) 
ST > SR. 
Onde: SR = somatória das potências aparentes 
dos contatores ligados (tabelas 3.3. e 3.6.), no 
instante em referência. 
A potência instantânea máxima do transformador 
deverá ser superior à potência de pico máxima que 
possa ser solicitada pelo circuito. A escolha do 
transformador para esta condição é obtida na 
figura 3.20., sempre em função da potência de 
pico (SP) e do fator de potência (FP), do circuito. 
R 
N 
CIRCUITO 
DE 
COMANDO 
FIGURA 3.19. EM REDES TRIFÁSICAS COM NEUTRO 
3.6.2. DIMENSIONAMENTO: 
A potência de pico do circuito de comando no instante de 
ligar, assume diversas vezes o valor da potência em 
regime do circuito ligado. Por esse motivo, como 
também paraevitar sobreaquecimento do transformador 
e queda de tensão excessiva no instante de picos, 
devem ser atendidas as seguintes condições: 
• Potência de pico (SP) 
É a somatória das potências aparentes de pico 
e em regime (tabelas 3.3. e 3.6.) dos contatores 
no instante em referência. 
• Fator de potência (FP) 
Fator de potência (FP) deve ser calculado 
apenas para o instante onde se tem a maior 
potência de pico. 
FP = Pp/SPx100, 
onde Pp, é a somatória das potências ativas, de pico 
e em regime (tabelas 3.3. e 3.6.) de todos os 
contatores no instante de maior pico. 
IMPORTANTE: EM CIRCUITOS DE COMANDO DE 
CHAVES DE PARTIDA 
INDIVIDUAIS.DESPREZA-SE A 
POTÊNCIA CONSUMIDAPOR RELÉS 
ELETRÔNICOS E SINALIZAÇÕES. 
27 
10 20 30 40 50 60 /O BO 90 100 
FATOR DE POTÊNCIA - FP Cd 
FIGURA 3.20. EXEMPLO DE CURVA CARACTERÍSTICA DE 
TRANSFORMADORES DE COMANDO COM 
QUEDA DE TENSÃO MÁXIMA DE 5% E NO 
MÁXIMO 300 MANOBRAS/HORA 
EXEMPLO 3.10. CÁLCULO DO TRANSFORMADOR PARA O 
CIRCUITO DE COMANDO A SEGUIR, 
CONSIDERANDO-SE UMA CHAVE Yâ, 300 CV, 
380V, a TRANSFORMADOR DE COMANDO. 
R-
SH1 
KT1g~) 
K1 ' 
KT1M 
18 
15 
26I 28 
K3' 'tf 
KT1 3 K2\ 
K1 
25 
K3 7 
K i r n K 2 ( ~ D SH1I 
28 
SOLUÇÃO: 
INSTANTE 
' | l^ ; fÀTUA^ÒlS©' 
;||igCOr|TATO^ PÓT.EMV;-.';'Í 
RÉQÍM&#-Ã: 
CIRCUITO'':*. 
COMANDO* 
POtÒEPICO°-
CIRCUITO ' 
COMANDO r; -
INSTANTE 
LIGAR UGADÒ | 
PÓT.EMV;-.';'Í 
RÉQÍM&#-Ã: 
CIRCUITO'':*. 
COMANDO* 
POtÒEPICO°-
CIRCUITO ' 
COMANDO r; -
T1 K1(CW334) K3(CW 247) 
SP = 5100 + 1100 
SP = 6200 VA 
T2 - K1(CW334) K3(CW247) 
SR-200+ 84 
SR = 284VA 
T3 K2(CW 334) K1(CW334) SP = 5100 + 200 SP " 5300 VA 
T4 - K1(CW334) K2(CW334) 
SR • 200+200 
SR = 400VA 
TABELA 3.11.CONSUMO DOS CONTATORES DO EXEMPLO 
Deve-se verificar as duas condições citadas: 
a) St > SR (instante de maior potência em regime). 
St > 400VA 
Apanha-se o transformador com potência nominal 
igual ou imediata superior. Conforme relação de 
potências na figura 3.20. resulta, St = 400VA. 
b) * POTÊNCIA DE PICO (instante de maior potência 
de pico). 
Sp = 6200 VA 
* FATOR DE POTÊNCIA (instante de maior 
potência de pico). Ver tabela 3.3. 
Pp = 264+ 1122 
Pp = 1386W 
Fp = - g - x 1 o o 
F d - 1 3 8 6 X 100 
H " 6200 
Fp = 22,4% 
Em função de Sp e Fp, obtém-se na figura 3.20. 
um transformador (St) de 1500VA. 
25 Fp {%) 
CONCLUSÃO: PARA ATENDER AS DUAS 
CONDIÇÕES É ESCOLHIDO UM 
TRANSFORMADOR DE 1500VA. 
ESPECIFICA-SE TAMBÉM: 
- Tensão primária: 380V (tensão da 
rede) 
- Tensão secundária: 220V (tensão de 
comando). 
3.7. AUTO TRANSFORMADORES DE PARTIDA. 
Os autotransformadores dist inguem-se dos 
transformadores pelo fato de possuírem apenas um 
enrolamento, que é ao mesmo tempo primário e 
secundário. 
São aplicados em chaves de partida compensadora 
(itens 4.3. e 5.3.) para permitir a redução da tensão de 
alimentação na partida de motores. 
3.7.1. DIMENSIONAMENTO: 
Os autotransformadores possuem, opcionalmente, 
instalado na bobina central, um termostato (item 3.8.1.). 
O termostato tem a função de proteção do equipamento 
contra aquecimento excessivo ocasionado por 
sobrecarga ou número de partidas acima do especificado. 
O termostato é especificado em função da classe de 
isolamento do autotransformador. 
Para se definir a potência do autotransformador deve-se 
considerar: 
- potência do motor 
- frequência de partida (número de partidas por hora) 
Existem limitações quanto ao número de partidas, sob 
pena de danificação dos enrolamentos. Assim sendo, 
fica estabelecido: 
• 5 P/H pc<Jendo ser duas consecutrvas cem intervalo 
mínimo de 0,5 minutos entre elas ou cinco com 
intervalos de aproximadamente doze minutos: 
. 10 P/H, podendo ser três consecutivas com 
intervalo mínimo de 0,5 minutos entre elas ou dez 
com intervalos de aproximadamente seis minutos. 
• 20 P/H, podendo ser seis consecutivas com 
intervalo mínimo de 0,5 minutos entre elas ou vinte 
com intervalos de aproximadamente três minutos. 
Tempo de partida do motor. 
Normalmente os autotransformadores são 
projetados para suportarem a corrente de partida 
durante 20s. 
Após a definição da potência, para completar a 
especificação do autotransformador deve ser 
citado: 
• tensão nominal da rede; 
• classe de isolamento (item 2.2.4.) em sua maioria 
classe "B" (130°C) 
a derivadores (TAP'S) de tensão necessários, 
normalmente se utiliza TAP'S 65 e 80%. 
FIGURA 3.22. 
3.8. PROTETORES TÉRMICOS (sondas térmicas) 
PARA MOTORES ELÉTRICOS. 
Protegem os motores diretamente contra elevações de 
temperaturas acima das especificações, (usados 
principalmente em motores): 
. a prova de explosão (sem ventilador); 
. com frequência de manobras elevadas; 
• com tempo de partida muito elevado (partida 
lenta);. em ambientes quentes. 
São determinados em função da classe de isolamento 
dos motores. 
Para temperaturas acima da classe de isolamento do 
motor, os termostatos desligam a bobina do contator 
que alimenta o motor. O religamento será possível tão 
logo o motor retome à temperatura nominal. 
Em motores trifásicos utiliza-se um termostato por fase, 
podendo ser utilizado dois termostatos por fase para 
operar em alarme e desligamento. Neste caso os 
termostatos de alarme deverão ser apropriados para a 
atuação de temperatura prevista do motor e os 
termostatos de deslizamento,deverão atuar na 
temperatura da classe de isolamento do motor. 
OS TIPOS DE TERMOSTATOS MAIS USADOS EM 
MOTORES SÃO APRESENTADOS NAS TABELAS 
3.12. E 3.13. 
3.8.1. TERMOSTATOS: 
Seu princípio de funcionamento baseia-se na deformação 
de lâminas bimetálicas com o calor. Possuem contatos 
auxiliares NF que se abrem quando o elemento atinge 
determinada temperatura (por exemplo classe de 
isolamento de motores). 
Os termostatos são colocados entre as espiras, nas 
cabeças de bobina do motor, sempre do lado oposto ao 
ventilador. São ligados em série com a bobina do 
contator principal. 
CONTATO AUXILIAR 
DO TERMOSTATO 
BOBINA DO 
CONTATORj CAIXA DE LIGAÇÃO 
FIGURA 3.23. ESQUEMA GENÉRICO DE LIGAÇÃO DE 
TERMOSTATOS EM MOTORES MONO-
FÁSICOS. 
COMANDO 
o — • 
R S T 
TERMOSTATOS 
MOTOR 
FIGURA 3.24. ESQUEMA GENÉRICO DE LIGAÇÃO DE 
TERMOSTATOS EM MOTORES TRIFÁSICOS. 
TABELA 3.12. TERMOSTATOS PARA 
SISTEMAS DE DESLIGAMENTO 
ISOLAMENTO DO 
MOTOR 
TEMPERATURA DE 
OPERAÇÃO( °C ) 
' B 130±5°C 140 ±8% 
F 150±5°C 
TABELA 3.13. TERMOSTATOS PARA 
SISTEMAS DE ALARME 
ISOLAMENTO DO 
MOTOR 
TEMPERATURA DE 
OPERAÇÃO ( °C) 
B 105±5"C 
F- 130±5°C 140±8% 
Para a especificação do termostato é necessário comparar 
sua capacidade nominal de corrente com a corrente de 
comando. 
3.8.2. TERMISTORES - PTC: 
São dispositivos feitos de material semicondutor que, 
para um determinado valor de temperatura sofrem uma 
variação brusca no valor da sua resistência. 
0 40 60 120 160 200 
20 60 100 140 180 0 0 
FIGURA 3.25. CARACTERÍSTICAS DE 
TERMISTORES - PTC 
30 
O PTC (positive temperature coeficient) é um termistor 
cuja a resistência aumenta bruscamente para um valor 
bem definido de temperatura. 
A instalação dos PTCS é feita entre as espiras, nas 
cabeças de bobinas do motor, sempre do lado oposto à 
ventilação. Normalmente utiliza-se um PTC por fase, 
quando estes estão ligados em série. 
CAIXA DE 
LIGAÇÃO 
CONTATOR 
RELÊ 
FIGURA 3.26. DESENHO ESQUEMÁTICO DE LIGAÇÃO 
DE TERMISTORES EM MOTORES TRIFÁSICOS 
Para temperaturas acima da classe de isolamento do 
motor, o PTC através de sua variação brusca de resistência, 
sensibiliza o relê (vide item 3.11.) que desliga" a bobina 
do contator, protegendo assim o motor. 
O religamento do motor será possível tão logo o 
enrolamento volte à temperatura normal. Esta 
temperatura está 5 °C abaixo da temperatura nominal 
de atuação. 
Os fios das sondas até o relê não devem ser inseridos 
em dutos juntamente com os cabos de alimentação do 
motor, para evitar interferências indutivas e capacitivas. 
A seção destes fios é condicionada a distância, conforme 
tabela a seguir. 
TABELA 3.14. 
DISTÂNCIA DO PTC 
AO RELÊ (m) 150 300 400 500 1000 
SEÇÃO DO FIO (rrim2) 0,50 0,75 1,00 1,50 2,50 
Podem ser ligados vários PTC em série, de modo que a 
soma de suas resistências a frio não ultrapasse550ohms 
(as normas europeias especificam, no entanto, um máximo 
de 6 PTCS em série). 
Caso seja desejável um comando de alarme antes que 
o motor atinja a temperatura-limite, deve-se utilizar dois 
protetores por fase. O primeiro deles dimensionado 
para a temperatura de alarme, que deve ser abaixo da 
classe de isolação do motor. O segundo deverá ser 
dimensionado para atuar quando a temperatura alcançar 
o valor máximo permitido pela classe de isolamento do 
motor. 
Exemplo: O motor tem isolamento F e a sobrelevação 
de temperatura da classe B. 
Neste caso deveremos ter um termistor para 
classe B (alarme) e um para classe F 
(desligamento) para cada fase do motor. 
OS TIPOS DE TERMISTORES MAIS USADOS EM 
MOTORES SÃO APRESENTADOS NA TABELA A 
SEGUIR 
TABELA 3.15. TERMISTORES PARA O 
DESLIGAMENTO 
' CLASSE TÉRMICA ' TEMPERATURA DE 
OPERAÇÃO ("C) 
B 130±5°C 
140±5°C 
F 160±5°C 
3.8.3. TERMORESISTÊNCIA: 
São elementos que têm sua operação baseada na 
característica de variação de resistência com a 
temperatura, intrínseca a alguns materiais. Os elementos 
mais utilizados nesta área são a platina e o níquel, que 
possuem uma resistência de i 00Q a 0 °C e o cobre 
com 10Q aO°C. 
Esses elementos possuem resistência calibrada, que 
varia linearmente com a temperatura, possibilitando um 
acompanhamento contínuo do processo de aquecimento 
do motor, pelo "display" do controlador. Esse sistema de 
proteção permite ainda a sinalização de advertência 
com sinais luminosos ou sonoros, antes da temperatura 
alcançar limites proibitivos. É, por isso, o sistema de 
custo mais elevado. 
CAIXA DE 
LIGAÇÃO 
CONTATOR 
RELE 
FIGURA 3.27. ESQUEMAGENÉRICODEUGAÇÃODE 
TERMORESISTÉNCIAS EM MOTORES 
TRIFÁSICOS 
TABELA 3.16. VALORES DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA EM 
CLASSE, 
TÉRMICA 
TEMPERATURA DE 
OPERAÇÃO (°C) 
VARIAÇÃO DA 
RESISTÊNCIA 
ELÉTRICA (Í2) 
A 105* 5 °C 138,50 a 142,28 . 
B 130±5°C 147,91 a 151,65 
F 150±5 4 C 155,38 a 159,10 
3.8.4. PROTETORES BIMETÁLICOS DE DISCO: 
• Usualmente aplicados em motores monofásicos; 
• Normalmente se utiliza protetores bimetálicos de 
disco com dois contatos "NF", ligados em série 
com a alimentação do motor. 
" 3 T 
• Instalados na tampa do motor, do lado oposto da 
ventilação, 
• A corrente solicitada pelo motor circula pelo disco 
bimetálico aquecendo-o e quando a temperatura 
limite é atingida os contatos se abrem desligando o 
motor. Após resfriado o bimetal, os contatos se 
fecham automaticamente ou ainda manualmente, 
dependendo do sistema de rearme escolhido. 
• Especificado em função da classe de isolamento e 
da corrente nominal onde estiver inserido. 
3.9. RELÉS DE TEMPO. 
São temporizadores para controle de tempos de curta 
duração. Utilizados na automação de máquinas e 
processos industr iais, especialmente em 
sequenciamento, interrurpções de comandos e em chave 
de partida. 
Possuem monitorização através de LED. 
3.9 .1 . RELÉS DE TEMPO COM RETARDO NA 
ENERGIZAÇAO (RTW...E): 
Aplicados em sequenciamento de comandos e 
interrupções, painéis de comando, chaves 
compensadoras (item 4.3.). 
• Funcionamento 
O relê comuta seus contatos de saída, após 
transcorrido o tempo selecionado na escala, sendo 
o início de temporização dado quando da 
energização dos terminais de alimentação A1-A2. 
ALIMENTAÇÃO . 
SAÍDA (CONTATOS), 
FIGURA 3.28. DIAGRAMA DE FUNCIONAMENTO 
a - instante da comutação 
b - retomo ao repouso 
T - temporização selecionada 
Faixa de ajuste 
0,1 a 05 seg. 
0,3 a 15 seg. 
0,4 a 30 seg. 
0,9 a 60 seg. 
Especificação 
AJUSTES 
Escala de Tempo 
05 seg. 
15 seg. 
30 seg. 
60 seg. 
Tensão de comando 
24Vcc 
110Vca 
220Vca 
Contatos 
• 1 contato do tipo reversor; 
• 2 contatos do tipo reversor. 
EXEMPLO 3.11. ESPECIFICAÇÃO DO RELÊ DE 
TEMPO PARA UMA CHAVE 
COMPENSADORA. TENSÃO DE 
COMANDO 220Vca. 
RTW. 30. 220. 
X 
1E 
: Número' décohtatos reversores 
- Tensão de comando 
- Escala de tempo 
3.9.2. R E L E DE TEMPO COM R E T A R D O NA 
DESENERGIZAÇAO (RTW ...D): 
Diferencia-se do tipo "E" (retardo na energização) pela 
existência dos terminais de acesso ao comando de 
pulso (1-2), comando este executado por contatos 
externos ao relê (contatos auxiliares de contatores, 
botões pulsadores, e t c ) , que cumprem apenas

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