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Continuação Fases AIJ

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Continuação fases AIJ
Instrução
Fixação dos pontos controvertidos
 Após a fase de conciliação, o juiz ouve as partes e fixa os pontos controvertidos, conforme o CPC, art. 451. São controvertidos os fatos contestados pelo réu. Os não contestados são incontroversos. Essa etapa caiu um pouco em desuso, comumente a fixação dos pontos controvertidos são feitos na audiência preliminar, e assim não há necessidade de passar por esse procedimento novamente. 
Porém caso este não tenha sido realizado na audiência preliminar, este será o momento para o mesmo. O juiz ainda poderá reduzir os pontos controvertidos, desde que, entre a audiência preliminar e a de instrução, novas provas, como a pericial, tenham sido produzidas, limitando as questões a serem objeto de comprovação.
O juiz ao fixar os pontos controvertidos, não deve permitir a produção de provas que se refiram a fatos incontroversos e que não se incluam ao rol do art. 302, CPC.
Caso o juiz não faça a fixação dos pontos controvertidos, não haverá nisso nenhuma nulidade, é útil no processo que o faça para manter as partes focadas em seus interesses, para fixa~los o juiz poderá questionar as partes a respeito do que elas pretendem comprovar na prova oral.
A fixação dos pontos controvertidos constitui despacho de mero expediente, que não comporta recurso. Mas o indeferimento de perguntas das partes poderá ensejar a interposição de agravo.
Produção de provas na audiência
Após a fixação dos pontos controvertidos, o juiz da inicio a colheita de prova oral, que obedece uma ordem especifica. Primeiro o juiz ouve o perito, a respeito das solicitações por escrito feito pelas partes. Faz perguntas, não formuladas previamente, referentes a declaração do perito, dada anteriormente, perguntas que só serão aceitas se tiverem relação com o que o perito disse no momento. Primeiro perguntará o advogado que solicitou os esclarecimentos e depois o outro e após todos perguntarem, é a vez do promotor de justiça. Em síntese, o perito só está obrigado a responder o que lhe foi perguntado por escrito, com antecedência, e outras questões que estejam relacionadas com essas respostas.
Após o perito são ouvidos os assistentes técnicos, primeiro o do autor e depois o do réu, respeitando os requisitos do artigo 435, parágrafo único, CPC.
Após ouvidos o perito e os assistentes técnicos, dá inicio ao depoimento pessoal das partes. Se ambas partes tiverem solicitado o depoimento pessoal, primeiro ouve-se o autor e depois o réu, sendo que o réu deve sair da sala, para que o autor dê o seu depoimento. Não há necessidade do autor sair da sala para o réu depor, pois este já fez o seu depoimento. As perguntas são sempre feitas pelo juiz, podendo ser formuladas pelo mesmo ou pelo advogado da parte contrária. 
Após o depoimento pessoal são ouvidas as testemunhas, primeiro as do autor e depois as do réu, cada parte ouvirá suas testemunha na ordem que preferir, o juiz providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras, nem tomem conhecimento do seu teor. A testemunha antes de depor é advertida pelo juiz de que poderá responder a um processo criminal se fizer afirmação falsa, calar ou ocultar a verdade. Caso o depoimento de alguma testemunha, causa grave dano a mesma ou a seus familiares em linha reta ou colateral atyé o 2º grau, a mesma não será obrigada a depor. Finda a instrução, o juiz dá a palavra ao advogado do autor e ao do réu, bem como ao MP, sucessivamente por 20(vinte) minutos para que façam suas alegações finais. Cumpre ressaltar que este prazo pode ser prorrogável por mais 10(dez) minutos, a critério do juiz.
Contradita
A contradita é quando uma parte pede a impugnação do depoimento da testemunha, essa impugnação pode ocorrer pelos seguintes motivos: incapacidade (art. 405, § 1º CPC), impedimento (art. 405, § 2º, CPC), ou suspeição (art. 405, § 3º, CPC) da testemunha.
Após a parte contrária, através do seu advogado, apresentar a contradita, o juiz ouvirá a outra parte e a própria testemunha, e em seguida decidirá se acata ou não a contradita. Se acatar, deverá dispensar a testemunha ou ouvi-la como informante, isto é, o depoimento do informante terá ínfima validade como prova.
A possibilidade de contradição de testemunha está prevista no artigo 414, § 1º do Código de Processo Civil, que dispõe: “Art. 414. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando o nome por inteiro, a profissão, a residência e o estado civil, bem como se tem relações de parentesco com a parte, ou interesse no objeto do processo.”
Memoriais
Os memoriais tratam-se da substituição das alegações finais orais por memoriais escritos e serão designados dia e hora para a apresentação dos mesmos. Isto está previsto no Artigo 454, parágrafo 3º, CPC. Essa troca é muito debatida pelos doutrinadores, alguns afirmam que ferem o principio do devido processo legal e do contraditório.

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