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CIVIL_COISAS

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EXERCÍCIOS DIREITO DAS COISAS 
TEMAS: Direito de vizinhança, Condomínio, Direitos reais de fruição sobre coisas alheias 
e alienação fiduciária em garantia. 
 
DIREITO DE VIZINHANÇA: 
1ª) Quanto ao direito de vizinhança, assinale a alternativa correta. 
a) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto, pode, 
independentemente de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo 
rumo será judicialmente fixado, se necessário. 
b) O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as 
necessidades de seu consumo, pode impedir, ou desviar o curso natural das águas 
remanescentes pelos prédios inferiores. 
c) O proprietário tem direito de cercar ou tapar de qualquer modo o seu prédio e 
pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois 
prédios, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas 
despesas. 
d) O proprietário ou ocupante do imóvel deve tolerar que o vizinho entre no prédio, 
independentemente prévio aviso, para dele temporariamente usar, quando indispensável 
à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório. 
 
2ª) Considerando essa afirmativa, marque a opção CORRETA. 
a) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho a lhe 
dar passagem, independentemente de pagar indenização, se o rumo for fixado 
judicialmente. 
b) A alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso à via 
pública, não obriga o proprietário da outra a tolerar a passagem. 
c) Se antes da alienação existia passagem através do imóvel vizinho, está o proprietário 
deste constrangido, depois, a dar outra passagem. 
d) Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se 
prestar à passagem. 
 
3ª) Julgue os seguintes itens, se V (Verdadeiro) ou F (Falso), indicando o respectivo erro 
se Falso. 
 
I - Se os ramos de uma árvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas 
propriedades, ultrapassarem a extrema de um dos prédios, o dono do prédio invadido 
deverá dar ciência ao seu confinante para que tome as providências necessárias para 
sanar o problema e, em caso de recusa ou omissão do vizinho, ele poderá cortar os 
ramos invasores, às expensas daquele. 
 
São três os artigos do Código Civil que disciplinam a matéria, que assim se pronunciam: 
 “A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos 
donos dos prédios confinantes”. (artigo 1.282 CC) 
“As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão 
ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido”. 
(artigo 1.283 CC) 
“Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, 
se este for de propriedade particular”. (artigo 1.284 CC) 
Se o vegetal, seu tronco, frutos ou raízes, causar justificado dano ao imóvel vizinho, o 
proprietário deste, comprovando o uso nocivo da propriedade (mau uso) que lhe 
ocasiona o dano, pode obter autorização para a remoção da referida árvore, isso 
independente de perdas e danos. 
II - Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de comum 
acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalação de uma 
singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu 
vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que 
impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix negou-se a 
atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e 
inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Neste caso, a razão assiste a 
Félix. 
 
Felix está equivocado, conforme 
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer 
modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder 
com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a 
renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os 
interessados as respectivas despesas. 
§ 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de 
pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a 
necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as 
despesas. 
Ou seja, Joaquim, à luz do Art. 1.297, §3o do CC, pode constranger Félix a construir 
o tapume totalmente às suas custas, mas poderá, se assim desejar, dividir às custas 
da construção. 
 
4ª) Indique critérios para que seja estabelecida uma relação de vizinhança. 
Os direitos de vizinhança são obrigações propter rem, ou seja, vinculam os 
proprietários de prédios vizinhos, os chamados confinantes, acompanhando a 
coisa. A obrigação que decorre dessa relação de vizinhança é transmitida ao 
sucessor a título particular. Por se transferir a eventuais novos ocupantes do 
imóvel, é também denominada obrigação ambulatória. Existem regras que 
determinam que o vizinho deve permitir a pratica de certos atos, dessa forma 
haverá uma invasão na sua área de domínio. Como por exemplo, a sujeição que 
recai sobre o dono do prédio inferior, obrigado a receber as águas que fluem 
naturalmente do superior. (Art. 1288, CC) Assim como há normas que obrigam o 
proprietário à abstenção de determinada prática. Exemplo dessa abstenção é a 
proibição imposta ao proprietário de fazer mau uso de seu prédio, suscetível de 
prejudicar a saúde, o sossego ou a segurança do vizinho (Art. 1277, CC). 
Os direitos de vizinhança representam limitações ao direito de propriedade. Com 
efeito, para que uma pessoa se utilize de seu direito de propriedade 
adequadamente, deve levar em conta que a utilização desse direito pressupõe o 
respeito ao exercício de propriedade de outrem. Por outras palavras, “o 
aproveitamento da propriedade por alguém encontra limites no mesmo 
aproveitamento de seu vizinho”. Os direitos de vizinhança, pois, é disciplinada por 
meio de dispositivos legais cujo objetivo precípuo é a regulamentação da relação 
social e jurídica existente entre os titulares de direitos reais sobre imóveis, 
sobretudo diante da proximidade existente entre eles. Segundo Clóvis Beviláqua, 
os direitos de vizinhança têm por fundamento “a necessidade de conciliar 
interesses dos proprietários vizinhos, limitando poderes inerentes ao domínio, de 
modo que possam subsistir ao lado de outros pertencentes a proprietários 
diferentes de prédios contíguos. Há aí um complexo de direitos e obrigações 
determinados pela situação que Joseph Kohler denominou interesses da 
convivência social, regulados pelo princípio de que o elemento social coexiste com 
o individual. Diante dessas idéias, exsurge a necessidade de traçar um conceito de 
vizinhança. Isso porque o seu conceito é mais amplo que aquele utilizado pela 
linguagem comum, no sentido de que prédios vizinhos são somente aqueles que 
possuem relação de contigüidade entre si. O conceito jurídico de vizinhança não 
comporta somente os prédios contíguos entre si, mas também todos aqueles que 
possuem vínculos jurídicos. Havendo real possibilidade de interferência em um 
imóvel através do uso ou da fruição exercida em outro, haverá configuração de 
uma relação de vizinhança, sendo que, havendo conflitos, surgirá a possibilidade 
de sua composição. A proteção dos direitos de vizinhança, como se vê, é mais 
ampla do que o estabelecido no art. 1277. Os direitos à inviolabilidade da vida 
privada e intimidade (art. 5.º X da Constituição Federal e art. 21 do Código Civil) 
também estão albergados pelos direitos de vizinhança. O mesmo se diga em 
relação à proteção ao meio ambiente (art. 225 da Constituição) Uma vez violado 
qualquer dos interessesresguardados pelo art. 1277 (ou outros interesses que se 
coadunam com os direitos de vizinhança como a violação à intimidade, por 
exemplo), o vizinho que sofrer prejuízos poderá adotar inúmeras medidas aptas a 
fazer cessar as interferências prejudiciais. 
CONDOMÍNIO 
 
1ª) )VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) 
Assinale a alternativa correta. 
a) Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, 
indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em 
condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos o de 
quinhão maior, mesmo que outro tenha realizado benfeitorias mais valiosas. 
b) Não é admitida a renúncia da parte ideal pelo condômino, ainda que para se eximir do 
pagamento das despesas e dívidas. 
c) Por ser fonte de litígio, será lícito ao condômino exigir, a qualquer tempo, a divisão da 
coisa comum, desde que não haja acordo estipulando a indivisibilidade por prazo não 
maior de dez anos, vedada a prorrogação ulterior e ressalvada a possibilidade da divisão 
judicial antes do prazo acordado, a requerimento de qualquer interessado e se graves as 
razões apresentadas. 
d) Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que 
se retifique ou anule e, uma vez cancelado, poderá o proprietário reivindicar o 
imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente, salvo se 
decorrido o prazo de usucapião tabular. 
 
2ª) Assinale a alternativa correta a respeito do condomínio edilício. 
a) A instituição é ato solene, somente pode ser realizada por escritura pública. 
b) É possível determinar na escritura de constituição do condomínio que o terraço 
de cobertura não seja parte comum do prédio. 
c) A Convenção que constitui o condomínio deve ser subscrita pelos titulares de, no 
mínimo, metade das frações ideais. 
d) Num edifício de apartamentos é vedada a alienação de garagem de um condômino a 
outro. 
 
3ª) Em relação ao condomínio edilício, o atual Código Civil prevê: 
a) A unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público. 
b) A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no 
solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou 
ordinária no instrumento de instituição do condomínio. 
c) O terraço de cobertura é parte comum, ainda que disposição em contrário se faça na 
escritura de constituição do condomínio. 
d) Não pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que 
são propriedade comum dos condôminos. 
 
4ª) (VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Assinale a 
alternativa correta: 
a) Por não se tratar de obrigação propter rem, o adquirente de unidade autônoma do 
condomínio edilício não responde pelos débitos do alienante, devidos ao condomínio, 
inclusive multas e juros moratórios. 
b) No condomínio edilício, as partes suscetíveis de utilização independente, tais como 
apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no 
solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se à propriedade exclusiva, podendo ser 
alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, inclusive os abrigos para 
veículos, que sempre poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao 
condomínio, tendo em vista o caráter absoluto do direito de propriedade. 
c) É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, 
total ou parcial, bem como sobre os prejuízos causados pelo furto de veículos ou de 
objetos no interior do condomínio, pois a res- ponsabilidade civil se aproxima das regras 
previstas no Código de Defesa do Consumidor e o condômino, ao alocar o veículo, 
transfere a sua guarda à administração, aplicando-se as regras do contrato de depósito. 
d) Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no 
Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto 
em lei especial, a discriminação e individualização das unidades de propriedade 
exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns, a determinação da 
fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns e o 
fim a que as unidades se destinam. 
 
5ª) Leia atentamente o enunciado abaixo, indique se Verdadeiro (V) ou Falso (F), e, se 
Falso, aponte o(s) erro(s) e justifique. 
 
I - É possível ao condomínio estipular, em sua respectiva convenção, juros moratórios 
acima de 1% ao mês na hipótese de inadimplência das taxas condominiais. 
 
 
 
 
Resposta 
CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONFLITO DE LEIS NO 
TEMPO. TAXAS CONDOMINIAIS. JUROS MORATÓRIOS ACIMA DE 1% AO MÊS. 
PREVISÃO NA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO. POSSIBILIDADE. 
 
Em face do conflito de leis no tempo e, conforme prevê o art. 2º, § 1º, da LICC, os 
encargos de inadimplência referentes às despesas condominiais devem ser 
reguladas pela Lei 4.591/64 até 10 de janeiro de 2003 e, a partir dessa data, pelo 
Código Civil/02. 2. Após o advento do Código Civil de 2002, é possível fixar na 
convenção do condomínio juros moratórios acima de 1% (um por cento) ao mês 
em caso de inadimplemento das taxas condominiais. 3. Recurso especial provido. 
(RESP 200702576465, NANCY ANDRIGHI, STJ - TERCEIRA TURMA, 22/09/2010). 
 
CC/2002 
 
Art.1.336 
 
§ 1º O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros 
moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao 
mês e multa de até dois por cento sobre o débito. - A alteração que seria 
introduzida no § 1º, pela Lei nº 10.931, de 2-8-2004, foi vetada, razão pela qual 
mantém-se a sua redação. - Arts. 406 e 407 do Código Civil - Art. 12, § 3º, da Lei 
nº 4.591, de 16-12-1964 (Lei do Condomínio e Incorporações). 
 
6ª) Cite, explique e exemplifique em que hipóteses o condômino do condomínio edilício 
pode ser penalizado, e indique as modalidades de sanções aplicáveis, segundo o código 
civil. 
Condômino que não pagar a sua contribuição perante o condomínio edilício ficará 
sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de 1% 
(um por cento) ao mês; bem como à multa moratória de até 2% (dois por cento) 
sobre o débito (art. 1.336, §1º, do CC). 
Prevê também o Código Civil (art. 1.337, “caput”), que o condômino, que não 
cumprir qualquer dos deveres estabelecidos, poderá, por deliberação de ¾ dos 
condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa de até o quíntuplo do valor 
atribuído à cota condominial. De acordo com o parágrafo único desse dispositivo, 
por ato unilateral do síndico, dependente de posterior aprovação de ¾ dos 
condôminos, ao condômino com comportamento anti-social poderá ser instituída 
multa de até 10 (dez) vezes o valor da contribuição mensal. Além das penalidades 
acima, previstas no artigo 1.337 do Código Civil, o § 2º do artigo 1.336 prevê ainda 
que 2/3 dos condôminos restantes podem deliberar a imposição de multa no 
montante de até cinco vezes o valor da cota condominial para o condômino que: 
a) realizar obras que comprometam a segurança da edificação; 
b) alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas; 
c) der destinação diferente à sua parte àquela prevista para a edificação; 
d) utilizar a sua parte de forma a prejudicar o sossego, a salubridade e a 
segurança dos demais possuidores. 
No caso de dívidas de condomínio (inclusive as multas aqui descritas) não 
cabe alegação de impenhorabilidade do imóvel por ser o mesmo bem de 
família (legal ou convencional), sendo a obrigação “propter rem” justamente 
uma das exceções à tal proteção. Por fim, pertinente deixar claro que quem 
adquire área individual responde por dívidas do alienante, prevê o artigo 
1.345 do CódigoCivil, evidenciando esse comando legal a natureza “propter 
rem” da obrigação de pagar a cota condominial. 
 
 
 
DIREITOS REAIS DE FRUIÇÃO SOBRE COISAS ALHEIAS 
1ª) A prisão civil do inadimplente em se tratando de alienação fiduciária em garantia 
a) nunca foi admitida pelo Supremo Tribunal Federal, porquanto sempre se reconheceu a 
inconstitucionalidade superveniente do Decreto-Lei nº 911/69. 
b) é possível, haja vista que a Constituição Federal de forma expressa equipara o 
alienante fiduciário à figura do depositário infiel, conforme sedimentado pela Súmula 
Vinculante nº 25. 
c) não é mais admissível em razão de entendimento sumulado de forma vinculante 
pelo Supremo Tribunal Federal. 
d) é possível, haja vista a recepção do disposto no Decreto-Lei nº 911/69, o qual 
equipara o devedor à figura do depositário infiel, conforme entendimento sumulado pelo 
Supremo Tribunal Federal. 
 
2ª) Noêmia, proprietária de uma casa litorânea, regularmente constituiu usufruto sobre o 
aludido imóvel em favor de Luísa, mantendo, contudo, a sua propriedade. 
Inesperadamente, sobreveio uma severa ressaca marítima, que destruiu por completo o 
imóvel. Ciente do ocorrido, Noêmia decidiu reconstruir integralmente a casa às suas 
expensas, tendo em vista que o imóvel não se encontrava segurado. A respeito da 
situação narrada, assinale a alternativa correta.
a) O usufruto será mantido em favor de Luísa, tendo em vista que o imóvel não fora 
destruído por culpa sua. 
b) O usufruto será extinto, consolidando-se a propriedade em favor de Noêmia, 
independentemente do pagamento de indenização a Luísa, tendo em vista que 
Noêmia arcou com as despesas de reconstrução do imóvel. 
c) O usufruto será extinto, consolidando-se a propriedade em favor de Noêmia, desde 
que esta indenize Luísa em valor equivalente a um ano de aluguel do imóvel. 
d) O usufruto será mantido em favor de Luísa, independentemente do pagamento de 
qualquer quantia por ela, tendo em vista que Noêmia somente poderia ter reconstruído o 
imóvel mediante autorização expressa de Luísa, por escritura pública ou instrumento 
particular. 
 
3ª) É direito do usufrutuário 
a) alienar o usufruto, a título gratuito ou oneroso. 
b) a disposição causa mortis do usufruto, por testamento. 
c) requerer, do nu-proprietário, a consolidação da propriedade em suas mãos a qualquer 
tempo. 
d) a percepção de alugueres incidentes durante o usufruto. 
 
4ª) De acordo com o que dispõe o Código Civil a respeito do usufruto, do uso e da 
habitação, assinale a opção correta.
a) O uso é o direito real temporário de ocupação gratuita de casa alheia, para moradia do 
titular e de sua família. 
b) A habitação é direito real limitado, personalíssimo, temporário, indivisível, 
intransmissível e gratuito. 
c) O usufruto é direito real que, a título gratuito ou oneroso, autoriza uma pessoa a retirar, 
temporariamente, de coisa alheia todas as utilidades para atender às próprias 
necessidades e às de sua família. 
d) Pode-se transferir o usufruto por alienação. 
 
 
5ª) Assinale a opção correta. 
a) O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio 
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades. 
b) São direitos reais de fruição sobre coisas alheias o uso, o usufruto, a habitação, o penhor, a 
hipoteca e a anticrese. 
c) Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular desse direito 
poderá ocupá-la com sua família ou emprestá-la. 
d) Extingue-se a servidão predial pelo óbito do dono do prédio dominante, pois a obrigação, no 
caso de morte do dono do prédio serviente, transmite-se aos herdeiros. 
 
6ª) Direito de Superfície. 
a) O direito de superfície importa uma concessão temporária, mas isso não implica uma 
propriedade resolúvel. 
b) Não poderá ser convencionada a demolição do que está construído no terreno para que o 
superficiário nele erga as construções que lhe aprouver. 
c) O superficiário não poderá ajustar com o proprietário a erradicação de plantações para no 
terreno fazer outras do seu interesse. 
d) Durante o período do contrato o proprietário confere ao superficiário a propriedade útil 
do seu imóvel, como titular de um direito real oponível erga omnes. 
 
 
 
7ª) O direito ao uso de coisa alheia constitui 
a) direito real que, a título gratuito ou oneroso, instituído por ato inter vivos ou causa 
mortis, permite ao usuário, temporariamente, fruir todas as utilidades de coisa móvel ou 
imóvel, para atender às suas necessidades e às de sua família. 
b) direito real temporário de ocupar gratuitamente bem imóvel alheio para a moradia do titular e 
de sua família, não podendo estes alugá-lo nem emprestá-lo. 
c) direito real de gozo sobre bens imóveis que, em virtude de lei ou vontade das partes, se impõe 
sobre prédio serviente em benefício do dominante. 
d) direito real pelo qual o proprietário, temporariamente, de modo gratuito ou oneroso, concede a 
outrem o direito de construir ou plantar em seu terreno. 
 
8ª) Diferencie os direitos reais de usufruto, uso e habitação sob quatro aspectos. 
Usufruto: O usufruto é um direito de gozar da coisa alheia enquanto temporariamente 
destacado da propriedade, ou seja, é o direito que o sujeito tem de desfrutar 
temporariamente de um bem alheio, sem que ele tenha que ser o seu proprietário e sem 
que altere a sua substancia. 
 
Uso: O uso, por sua vez, é o direito que um sujeito tem de usar de uma coisa e dela retirar 
o que for de acordo com as suas necessidades e de sua família, sem dela retirar as 
vantagens. Difere do usufruto, uma vez que o usufrutuário retira das coisas todas as 
utilidades da coisa, ou seja, o sujeito goza da coisa alheia como se fosse o seu 
proprietário. Ele temporário e resultante do desmembramento da propriedade. 
Por outro lado, ele tem também suas características próprias, como a 
indivisibilidade, o uso não pode ser constituído por partes em uma mesma 
coisa. E é também incessível, ou seja, não é cedido nem pelo seu exercício. 
 
Habitação: Já a habitação é um uso limitado, consistente no uso de um imóvel para a sua 
habitação e de sua família. É a faculdade que o sujeito tem de residir em um determinado 
local. O titular deste direito não pode fazer nada com a casa ou prédio alheio a não ser 
habita-lo com sua família. É um direito real e personalíssimo, Seu objeto é o bem imóvel 
como exclusividade e o sujeito titular do direito deverá residir neste bem, ele ou com a 
sua família. Por ser personalíssimo, não pode entrega-lo a outra pessoa e nem emprestá-
 
lo. Se o direito for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas poderá residir na casa, 
sem a obrigação de pagar aluguel aos demais titulares. Como rege o Art. 1415 
A única diferença seria, no uso e na habitação, do qual o inciso VIII do artigo supracitado 
não se aplica, sendo aceito apenas pelo usufruto. 
 
 
9ª) Explique em que consistem as servidões positivas/negativas, contínuas/descontínuas, 
aparentes/não aparentes, exemplificando. 
 
As servidões positivas, quando conferem ao dono do prédio dominante o poder de 
praticar algum ato no prédio serviente, e negativas quando é imposto o dever de 
se abster da pratica de determinado ato de utilização. 
 
Uma servidão é continua quando é exercida ininterruptamente, independente de 
uma ação humana 
Servidão descontínua é a que tem seu exercício condicionado a algum ato humano 
atual. 
 
A servidão aparente é aquela que se manifesta por obras exteriores, são aquelas 
que são visíveis e permanentes, como a servidão de passagem, por exemplo. Não 
aparente é a servidão que não se revela por obras exteriores. 
 
10ª) Diferencie os direitos reais de enfiteuse e superfície. 
 
A enfiteuse é perpetua sendo feita por ato de ultima vontade ou inter vivos, no caso da 
superfície deve obrigatoriamente ser temporário(não existe norma limitando o tempo que 
irá perdurar a obrigação, mas deve obrigatoriamente ser estipulado no contrato o termino 
do contrato) podendo também ser feito pelo ato inter vivos ou ato de ultima vontade. 
A enfiteuse em regra é indivisível, contudo pode ocorrer sua divisão em glebas no caso 
de herança, nesse caso, haveria o chamado cabecel, ele é o administrador, escolhido 
pelos demais foreiros ou pelo senhorio do solo, fica responsável pela cobrança do foro, 
na superfície o próprio superficiário é o administrador do solo. 
 
O direito de superfície pode ser oneroso ou gratuito, ou seja, pode o dono do solo 
transferir temporariamente a posse da propriedade para terceiro sem que esse tenha 
obrigação de pagar ocânon para o proprietário, na enfiteuse o pagamento do foro anual é 
obrigatório. 
A extinção da enfiteuse ocorre como visto a cima pelo o resgate do foreiro, o abandono 
voluntário, deterioração da coisa, comisso, ou pelo falecimento do enfiteuta que não 
possui herdeiros, no caso do superficiário pode ocorrer por qualquer irregularidade no 
contrato, retornando assim a superfície ao fundeiro sem que seja obrigado a indenizar o 
superficiário. 
 
11ª) Quais os requisitos para que a promessa de compra e venda apresente direito real de 
aquisição? 
Decorrendo da promessa direito real de aquisição, assegurado estará o contrahere futuro 
em sendo adimplente o comprador, o que deixa claro que não se trata de obrigação 
meramente pessoal, posto que há ingresso no campo do direito real, exercitável erga 
omnes. O contrato preliminar de compra e venda, considerando o direito real que visa a 
constituir, e a execução coativa através da adjudicação, apresenta caracteres diversos 
dos demais contratos preliminares, pois traz em seu bojo a possibilidade de sua 
execução com alcance do exato fim do contrato definitivo, que é a transferência da 
propriedade plena. Não se resolve simplesmente em perdas e danos. Em razão da 
peculiar situação, o legislador editou normas especiais exigindo para a sua celebração o 
instrumento público (art. 108), e dispondo sobre sua execução (arts. 1.417 e 1.418), 
não se aplicando a regra geral do art. 462. 
 
 
12ª) Cite e explique quatro deveres do devedor fiduciante. 
 
1) Respeitar a alienação fiduciária em garantia, solvendo sua dívida com todos os seus acessórios 
(juros, comissões permitidas, correção monetária de conformidade com os índices estipulados); 
pagando, pontualmente, todas as prestações a que se obrigou a pagar, se a solutio consistir em 
parcelas periódicas, sujeitando-se à execução da garantia, se for inadimplente. O pagamento de uma 
ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta 
compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação. Responde o fiduciante 
pelo pagamento dos impostos, taxas, contribuições condominiais e quaisquer outros encargos que 
recaiam ou venham a recair sobre o imóvel, cuja posse tenha sido transferida para o fiduciário, nos 
termos deste artigo, até a data em que o fiduciário vier a ser imitido na posse. 
O fiduciante pagará ao fiduciário, ou a quem vier a sucedê-lo, a título de taxa de ocupação do imóvel, 
por mês ou fração, valor correspondente a um por cento do valor indicado no contrato, para efeito de 
venda em público leilão, do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão, computado e 
exigível desde a data da alienação em leilão até a data em que o fiduciário, ou seus sucessores, vier 
a ser imitido na posse do imóvel. 
2) Manter a conservar o bem alienado, defendendo-o com todos os interditos possessórios contra os 
que turbarem ou esbulharem sua posse. 
3) Permitir que o credor ou fiduciário fiscalize, em qualquer tempo, o estado da coisa gravada. 
4) Não dispor da coisa alienada fiduciariamente, onerosa ou gratuitamente, porque o bem não mais 
lhe pertence, é da propriedade do seu credor.

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