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IEQ- 633 Química Orgânica Experimental I Prof. Dr. Joel Passo IEQ-633 Química Orgânica Experimental I Síntese do Acetato de amila por meio da esterificação Ted Wilson de Oliveira (G) * tedwilson1907@hotmail.com. Avenida Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, Cep: 69080-900, Manaus-AM Palavras Chave: esterificação de Fischer, flavorizante, reagente limitante. Introdução Durante a mastigação, a língua sente o sabor do alimento e, na cavidade nasal, sensores apropriados sentem o aroma. Portanto, flavor é uma palavra inglesa que designa a sensação de sabor mais aroma. Originou-se, dessa palavra, o que conhecemos como substâncias flavorizantes, ou seja, que dão o flavor característico aos alimentos. Existem vários compostos orgânicos empregados como flavorizantes naturais e artificiais, destacando- se os pertencentes ao grupo dos ésteres. Entre os naturais, os ésteres que dão aroma a flores e frutas normalmente são constituídos por cadeias de carbono pequenas e médias. Artificialmente, vários aromas de frutas podem ser imitados com baixos custos e grandes rendimentos, utilizando-se na produção de perfumes e cosméticos, produção de sabão e indústria farmacêutica, por exemplo. Os ésteres são derivados dos ácidos carboxílicos por meio da reação de esterificação, isto é, reação entre um ácido carboxílico e um álcool, também formando água. Tal reação é catalisada por ácido e alcança o equilíbrio em poucas horas quando é refluxada. Usou-se em excesso o ácido acético, nesta prática, a fim de que o rendimento fosse maior baseado no reagente limitante. Material e Métodos Ácido acético, ácido fosfórico concentrado, álcool amílico, solução de bicarbonato de sódio a 5%, sulfato de sódio anidro, béquer, manta elétrica, funil de separação, provetas, balão de fundo redondo de 250 mL, condensador e pipetas. Misturou-se no balão de fundo redondo 12,5 mL de álcool amílico, 15,5 mL de ácido acético e 0,25 mL de ácido fosfórico. Após aquecer a mistura em sistema de refluxo por 60 minutos, transferiu-se para o funil de separação, lavando-a com água (2x15mL) e solução aquosa a 5% de NaHCO3 (10mL). Separou-se, por fim, a fase orgânica da aquosa e se adicionou àquela sulfato de sódio anidro tornando-a límpida. Resultados e Discussão Misturou-se no balão de fundo redondo ácido acético, álcool amílico e ácido fosfórico que atuou como catalisador da reação e refluxou-se o sistema a fim de aumentar a velocidade reacional sem a perda de solvente. Esse método para obtenção do acetato de amila é conhecido como esterificação de Fischer, proposto por Fischer e Speier em 1895. O ácido acético aceitou um próton do catalisador ácido, favorecendo o ataque nucleofílico do álcool ao grupo carbonila. E a perda de água seguida de desprotonação do éster formou o acetato de amila. Passados 60 minutos de refluxo e 10 minutos de resfriamento, transferiu-se a mistura para o funil de separação onde ocorreu a formação de duas fases: orgânica (éster) e a aquosa. Lavou-se com 30 mL de água a fim de retirar por meio da solubilidade o ácido acético que não reagiu. Para maior rendimento e pureza, lavou-se ainda com bicarbonato de sódio a 5% que, por sua vez, reagiu, por meio das interações intermoleculares com o reagente limitante que ainda ficara na solução, formando gás carbônico e água. Coletou-se o acetato de amila e pesou-se num béquer resultando em 9,975g do produto. A comprovação da formação do produto se deu através do olfato com a identificação do aroma de banana. Conclusões O método de esterificação de Fischer constatou a possibilidade de obtenção do éster Acetato de amila através do aquecimento de ácido acético e álcool amílico na presença de catalisador ácido. O produto demonstrou a facilidade com baixo custo da formação de flavorizantes artificial com aroma de banana comprovado olfativamente. Agradecimentos Laboratório e materiais disponibilizados pelo departamento de química da Universidade Federal do Amazonas e ao professor Dr. Joel Passo pela orientação do experimento e afins. ____________________ 1SOLOMONS, T.W. Graham; FRYHLE, B. Craig. Química Orgânica Vol. 2. 7ed. LTC. RJ, 2002 2COSTA, T.S.; ORNELAS, D.L.; Confirmando a esterificação de Fischer por meio dos aromas. Química Nova na Escola, v. 19, p. 36-38, 2004
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