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1. Formação Constitucional do Brasil (1)

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FORMAÇÃO CONSTITUCIONAL DO BRASIL
CONSTITUIÇÃO
CONSTITUCIONALISMO
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
Constituição é um termo plurívoco, ou seja, é um termo que apresenta vários sentidos. 
A doutrina do direito Constitucional costuma apontar 3 concepções (sentidos) principais para o termo “Constituição”.
SENTIDO SOCIOLÓGICO DE CONSTITUIÇÃO
(Constituição em sentido material)
FERDINAND LASSALLE. “O que é uma Constituição?”
Só haverá Constituição se o documento escrito coincidir com os fatores reais de poder.
Constituição “folha de papel”. 
Fatores reais de poder: São forças de cunho político, econômico, religioso, ativas e eficazes o bastante para informar todas as leis e instituições de uma sociedade
SENTIDO POLÍTICO DE CONSTITUIÇÃO
(Constituição em sentido substancial)
CARL SCHMITT. “Teoria da Constituição”
A Constituição é definida pelo seu conteúdo, as demais regras, ainda que presentes no corpo do documento político do Estado são apenas “Leis Constitucionais”.
A Constituição é considerada como a decisão política fundamental, decisão concreta de conjunto sobre o modo e a forma de existência do Estado.
SENTIDO JURÍDICO DE CONSTITUIÇÃO
(Constituição em sentido formal)
HANS KELSEN. “Teoria pura do direito”
Constituição é o documento básico do Estado. É o conjunto de normas que se distinguem das demais pelo processo pelo qual são produzidas.
O processo de elaboração da norma constitucional e de alteração da Constituição é diferente da elaboração das demais normas jurídicas (rigidez constitucional).
(distinção entre normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais).
POSIÇÃO DA CONSTITUIÇÃO NO QUADRO GERAL DO DIREITO
O ordenamento jurídico segue um sistema hierarquizado, no qual a Constituição está no topo. 
Supremacia da Constituição
As normas infraconstitucionais devem respeitar a Constituição sob pena de nulidade. 
Para resguardar a posição de superioridade da Constituição, nos países que adotam Constituições escritas, é fundamental a rigidez constitucional. 
CONSTITUCIONALISMO
O constitucionalismo é um movimento de limitação do poder absoluto, com a elevação de um documento superior acima do arbítrio dos governantes.
Supremacia das leis: “é o governo das leis e não dos homens”.
A Constituição (expressão da vontade geral) tem como objetivo:
Limitar o poder
Garantir direitos
Organizar o Estado e os Poderes. 
CONSTITUCIONALISMO ANTIGO
BABILÔNIA:
Código de Hamurabi (1.700 a.C)
IRÃ (PÉRSIA):
Lei dos Reis (século VI a.C)
HEBREUS:
Torah (Lei escrita) – 5 primeiros livros do velho testamento
Lei divina (Bíblia) limitando o poder dos governantes
ATENAS:
Século V a.C – supremacia das leis. Instituições como a Assembleias (campo de discussões entre os cidadãos), o Conselho (500 membros que escolhiam a administração) e as Cortes órgão julgador). 
ROMA:
República implantada em 529 a.C.
Lei das Doze Tábuas, espécie de Constituição de Roma. Diversos órgãos como a Assembleia, os Cônsules e o Senado.
CONSTITUCIONALISMO MODERNO
Idade Média: o ideal de Constitucionalismo se apaga diante do Feudalismo (as relações de poder eram muito mais entre o dono da terra e seus vassalos).
Neste período, no entanto, como meros raios de luz, importantes documentos para a ascensão do constitucionalismo moderno surgem. É o caso da Magna Carta de 1.215.
 
Constitucionalismo moderno: Surgimento das Constituições Escritas, que terminaram com período das Monarquias Absolutas.
 Constituição dos Estados Unidos da América de 1787.
 Constituição Francesa de 1791.
O povo passa a ser o titular do poder constituinte e são declarados os direitos e garantias individuais. 
LIMITAÇÃO AO PODER
Limites materiais:
Garantia dos direitos fundamentais (direitos individuais, sociais, políticos e de solidariedade
Estrutura orgânica:
Exercício das funções estatais por órgãos distintos e independentes (Executivo, Legislativo e Judiciário)
Checks and balances 
Limites procedimentais:
Processo legislativo
Devido processo legal formal (p. ex. contraditório, ampla defesa) e material (proporcionalidade e razoabilidade). 
HISTÓRIA CONSTITUCIONAL DO BRASIL
Constituição Politica do Imperio do Brazil de 1824.
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891.
Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934
Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937
Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946
Constituição da República Federativa do Brasil de 1967
Emenda Constitucional nº. 1 de 1969
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
CONSTITUIÇÃO DE 1824
 Independência do Brasil 07/09/1822.
 Constituinte de 1823
Convocada pelo Imperador (Decreto de 03 de junho de 1822).
Dissolvida pelo Imperador 
 Constituição de 1824 outorgada em 25/03/1824 (teve vigência por mais de 65 anos – Decreto de 15/11/1889 – maior longevidade)
CONSTITUIÇÃO DE 1824
 Características principais:
- Desenhava-se com caráter liberal, mas de fato a autoridade era toda do imperador.
- Divisão dos poderes:
 PODER LEGISLATIVO: Assembleia Geral – bicameral (Câmara dos Deputados e Câmara dos Senadores).
PODER JUDICIÁRIO: Juízes e Jurados 
PODER EXECUTIVO: Imperador (chefe) e Ministros de Estado
PODER MODERADOR: Imperador – manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes.
Religião Oficial: Católica.
Sufrágio: voto censitário (renda mínima anual de 100 mil réis nas eleições primárias e 200 mil réis nas eleições para Deputados, Senadores e Conselheiros das Províncias)
Constituição semirrígida (algumas normas dependiam de procedimento mais solene para a sua aprovação, outras eram alteradas pelo mesmo procedimento das leis ordinárias).
CONSTITUIÇÃO DE 1891
 Proclamação da República e da Federação 15/11/1889
Decreto de 15 de novembro de 1889 – proclamou provisoriamente a forma de estado e de governo da nação: República Federativa.
Antigas províncias foram transformadas em Estados e o Município Neutro (Rio de Janeiro) tornou-se o DF.
 Assembleia Constituinte de 1890/1891 
 Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil promulgada em 24/02/1891 (vigência até 11/11/1930 – Decreto 19.398)
CONSTITUIÇÃO DE 1891
 Características principais:
Religião Oficial: Estado laico.
Divisão dos Poderes (Tripartição dos Poderes):
PODER LEGISLATIVO (Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado Federal)
PODER EXECUTIVO (Presidente da República e Vice-Presidente da República – eleições diretas)
PODER JUDICIÁRIO (Supremo Tribunal Federal – mais alta corte)
Constituição rígida
Primeira Constituição Brasileira a prever o habeas corpus
Forte inspiração no modelo norte-americano.
Coronelismo – política dos governadores.
CONSTITUIÇÃO DE 1934
 Revolução de 1930 – Fim da República Velha – tomada de poder por Getúlio Vargas.
 Decreto nº. 19.398 (11/11/1930)
O Governo Provisório exercia discricionariamente o Poder Executivo e o Poder Legislativo
 Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo
Constituição promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte em 16/07/1934 (vigente até 10/11/1937 – Eclosão do Estado Novo com a outorga da Constituição de 1937).
- Constituição com a menor duração: apenas 3 anos.
CONSTITUIÇÃO DE 1934
 Características principais:
Garantia dos direitos sociais e econômicos (2ª Geração/Dimensão dos Direitos Fundamentais):
Título sobre a ordem econômica e social
Título sobre a família, a educação e a cultura.
Constitucionalização do voto feminino 
Garantia do voto secreto
Garantias Constitucionais:
Mandado de Segurança
Ação Popular
CONSTITUIÇÃO DE 1937
 Golpe de 1937 – Ditadura de Getúlio Vargas.
 Constituição de 1937 outorgada por Getúlio Vargas em 10/11/1937 (vigente até 19/09/1946 – promulgação da Constituição de 1946).
 “Constituição Polaca” – Constituição de 1937 foi inspirada na Constituição Polonesa de 1935.
 Constituição fascista e autoritária.
 A Constituição estava submetida à plebiscitopara entrar em vigor. No entanto, não houve plebiscito, fazendo com que muitos dispositivos não tivessem aplicabilidade
 Governo Ditatorial e Nacionalista
CONSTITUIÇÃO DE 1937
 Principais Características:
Divisão de Poderes:
Regime autoritário com concentração dos poderes nas mãos do Presidente (Ditador)
PODER LEGISLATIVO: 
Parlamento Nacional com a colaboração do Presidente da República e do Conselho da Economia Nacional
Parlamento Nacional: Câmara dos Deputados e Conselho Federal (nomeados pelo Presidente).
Presidente podia por em recesso o Parlamento e exercer sozinho o Poder Legislativo (o que ocorreu durante todo o período em que vigorou a Constituição de 1937.
PODER EXECUTIVO: Presidente da República
PODER JUDICIÁRIO: 
Durante o Estado de Emergência ou Estado de Guerra, os atos praticados pelo em função deles não poderiam ser conhecidos pelo Poder Judiciário 
Direitos Fundamentais (retrocessos):
Previsão de pena de morte para crimes políticos e homicídio por motivo fútil e com extrema perversidade 
Censura prévia da imprensa, do teatro, do cinematógrafo e da radiodifusão
Direito de greve foi declarado antissocial e nocivo ao trabalho e ao capital
CONSTITUIÇÃO DE 1946
Fim da 2ª Guerra Mundial (1945)
Movimento para redemocratização do Brasil
Presidente Getúlio Vargas edita a Lei Constitucional nº. 9 prevendo eleições (Getúlio já estava no cargo há 15 anos).
29/10/1945 – Getúlio Vargas é deposto 
Lei Constitucional nº 13 conferindo poderes constituintes ao parlamento.
Redemocratização do Brasil.
 A Constituição foi promulgada em 18 de setembro de 1946 (vigente até o Golpe Militar de 01/04/1964)
CONSTITUIÇÃO DE 1946
Principais características:
Restabelece a tripartição dos poderes.
LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO ganham força.
O Vice-Presidente da República era o Presidente do Senado
Previsão de eleições para Presidente da República com mandato de 5 anos. 
Prestigiou os Municípios que ganharam autonomia para tratar dos assuntos de interesse local.
Direitos e garantias fundamentais (catálogo amplo e avançado de direitos):
Vedação à pena de morte para civis, de banimento, de confisco e de caráter perpétuo.
Reconhecimento do direito de greve.
Restabelecimento do Mandado de Segurança e da Ação Popular.
Liberdade de criação de partidos políticos
CRISE NO SISTEMA CONSTITUCIONAL DE 1946
 A crise institucional do sistema democrático da Constituição de 1946 se inicia em 1961
Jânio Quadros era o Presidente do Brasil e renuncia ao poder em 26/08/1961
Na forma da Constituição, João Goulart (Jango), eleito vice-presidente, deveria assumir.
Os militares pretendiam impedir a posse de Jango. Assim, para conter os ânimos dos militares, o Congresso Nacional aprova a Emenda Constitucional nº. 4 de 1961, que institui o parlamentarismo no Brasil (o Poder Executivo seria exercido pelo Presidente da República e pelo Conselho de Ministros).
No entanto, em 1963 Jango consegue aprovar um plebiscito, que escolheu o presidencialismo como sistema de governo (mais 80% dos votos válidos a favor do presidencialismo). Emenda nº. 6 de 1963 revoga a Emenda nº. 4 e restabelece os poderes do Presidente da República. 
O GOLPE MILITAR
Entre os dias de 31 de março e 1º de abril de 1964, ocorreu o Golpe Militar, que derrubou o governo de Jango, culminando com o sistema constitucional instaurado em 1946.
Em 09 de abril de 1964, foi editado o Primeiro Ato Institucional, que mantinha em vigor a Constituição de 1946, mas, conforme expressava o próprio ato institucional, os que tomaram o poder poderiam impor limites à Constituição.
Após o Golpe Militar, a Constituição de 1946, ainda que formalmente em vigor passa a ser substituída por Atos Institucionais.
Os poderes conferidos ao Poder Executivo, chefiado pelos militares eram amplos:
A ditadura poderia decretar estado de sítio (limitação das garantias individuais)
Os servidores públicos civis ou militares poderiam por ato do Comando Supremo da Revolução (ditadura) serem demitidos, dispensados, postos em disponibilidade, aposentados, transferidos para a reserva ou reformados. 
Os Comandantes-em-chefe (ditadura) poderiam cassar mandatos e suspender direitos políticos (logo após o ato foi divulgada a 1ª lista com 102 nomes de pessoas com direitos políticos cassados) 
CONSTITUIÇÃO DE 1967
 Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966, convoca o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar o projeto de Constituição elaborado pelo Presidente.
 Congresso Nacional sem suas principais lideranças (com os direitos políticos cassados)
 Na forma do ato institucional, o Congresso teria de 12/12/1966 a 24/01/1967 para aprovar a o texto constitucional.
 A Constituição foi promulgada ou outorgada?
 Constituição é outorgada/semi-outorgada em 24 de janeiro de 1967, entrando em vigor em 15 de março de 1967.
CONSTITUIÇÃO DE 1967
 Principais características:
Centralização no Poder Executivo Federal (Presidente da República fortalecido).
Regime autoritário.
Federalismo nominal (suposto federalismo cooperativo)
Redução da autonomia individual (possibilidade de suspensão de direitos e garantias individuais).
Preocupação com a Segurança Nacional (Seção Da Segurança Nacional).
Possibilidade de edição de Decretos-Leis pelo Presidente da República:
Em caso de urgência ou interesse público relevante, o Presidente poderia editar decreto com força de lei sobre as matérias de segurança pública e finanças públicas com vigência de imediato.
O ATO INSTITUCIONAL Nº 5
 A Constituição de 1967 não previa a edição de Atos Institucionais.
 No entanto, em sobreposição à Constituição foi editado novo Ato Institucional em 13/12/1968, extremamente autoritário e violento aos princípios republicanos e democráticos, que mantinha a Constituição com as modificações trazidas.
Conferia poderes praticamente absolutos ao Presidente (ditador)
 “Esse ato marcado por um autoritarismo ímpar do ponto de vista jurídico, conferindo ao Presidente da República uma quantidade de poderes de que muito provavelmente poucos déspotas na história desfrutaram, tornando-se marco de um novo surto revolucionário, dando tônica do período vivido na década subsequente” (CELSO RIBEIRO BASTOS).
O ATO INSTITUCIONAL Nº 5
 O ato mantinha a Constituição de 1967 em vigor, mas a alterava profundamente. 
 Principais alterações:
Presidente poderia decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente.
Possibilidade de decretação de intervenção federal nos Estados e Municípios sem as limitações previstas na Constituição. 
 Possibilidade de suspensão dos direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassação mandatos eletivos.
Suspensão das garantias dos juízes (vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade).
O Presidente poderia decretar o confisco de bens.
Suspensão da garantia constitucional do habeas corpus.
Os atos praticados de acordo com o AI-5 e os atos complementares ficavam excluídos da apreciação do judiciário (ignorava completamente a separação dos poderes). 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 1 DE 1969
 Após a edição do AI-5, a Constituição de 1967 foi formalmente mantida, mas era limitada pelos atos institucionais sem previsão constitucional, criando grande confusão jurídica.
 O Presidente Costa e Silva pretendia revogar o AI-5 e promover uma reforma jurídica, por meio de uma Emenda Constitucional. 
 Ocorre que, o Presidente sofreu um derrame e ficou impedido de governar, morrendo logo depois. Com isso, ao invés de se dar posse ao Vice-Presidente, que era um civil (Pedro Aleixo), foi editado mais um ato institucional (Ato Institucional nº. 12), conferindo temporariamente o Poder Executivo aos Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar.
 A Junta militar terminou a reforma jurídica pretendida pelo Presidente, mas manteve em vigor o AI-5, editando a Emenda Constitucional nº . 1 de 1969. 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 1 DE1969
 Constituição de 1969?
José Afonso da Silva: “não se tratava de uma Emenda mas de uma nova Constituição”.
 A emenda institucionalizou e constitucionalizou o AI-5 e demais atos institucionais.
 Novidades:
Possibilidade de criação de Tribunais de Contas nos Municípios com mais de 2 milhões de habitantes e renda tributária acima de 500.000 cruzeiros 
Ampliou o mandato do Presidente da República para 5 anos, sendo vedada a reeleição.
GOVERNOS DITATORIAIS E ABERTURA POLÍTICA
 GOVERNO MÉDICI (1969 – 1974):
“milagre econômico”: criou um certo ufanismo na população. É desta época a frase “Brasil, ame-o ou deixe-o”. O Brasil teve expansivo crescimento econômico, mas altamente concentrador da renda nacional (crescimento da desigualdade social).
“anos de chumbo”: fase mais dura da ditadura militar. Os desaparecimentos, mortes, notícias de tortura, censura dos meios de comunicação mancharam a imagem do Brasil no plano internacional.
 GOVERNO GEISEL (1974 – 1979):
“abertura política”: processo lento, gradual e seguro. “Pacote de Junho” de 1978: revogou o AI-5 e restabeleceu os direitos políticos dos que haviam sido cassados.
“Pacote de Abril” (1977): O ditador decretou o recesso do Congresso Nacional e outorgou as Emendas da Reforma do Judiciário, criação do “Senador Biônico” e ampliação do mandato do Presidente de 5 para 6 anos. 
 GOVERNO FIGUEIREDO (1979 – 1985):
Deu continuidade à “abertura política”. Prometeu a democratização do Brasil.
“Diretas Já!”: no governo Figueiredo promoveu-se a liberdade política, com o fim do bipartidarismo, dando início ao movimento pelo voto direto, que saiu derrotado. 
A NOVA REPÚBLICA E A CONSTITUIÇÃO
 Em 1985 é eleito Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral (eleição indireta), que era opositor do regime militar.
 Tancredo havia prometido convocar uma Comissão de Estudos Constitucionais para elaborar um anteprojeto de Constituição e convocar eleições para um futuro Poder Constituinte da Constituição da Nova República.
 Em 21/04/1985, antes da sua posse, Tancredo morre e quem assume é José Sarney, o vice, que ao longo de sua trajetória política sempre apoiou o regime militar. 
 Porém, Sarney cumpre a promessa de Tancredo e propõe a EC nº 26 à Constituição de 1967, convocando a Assembleia Constituinte. 
ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
 Foi instaurada em 1/02/1987 pelo Presidente do STF, o Ministro Moreira Alves.
 A Constituinte, composta por 559 parlamentares (deputados e senadores eleitos em 1986 e senadores no curso do mandato eleitos em 1982). Não prevaleceu a tese da constituinte exclusiva. 
 Dividida em 8 Comissões Temáticas, cada uma dividida em 3 subcomissões, e uma Comissão de Sistematização. 
 A junção dos projetos formou um texto com mais de 500 artigos, que ficou conhecido como “Frankstein”.
 Em 5 de outubro de 1988 é promulgada a Constituição Federal de 1988, apelidada pelo Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, como a “Constituição Cidadã”.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
9 TÍTULOS:
TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
TÍTULO V – DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS.
TÍTULO VI – DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
TÍTULO VII – DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA.
TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL
TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS.
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (ADCT).

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