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o fantasma das falhas

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O Fantasma das Falhas 
No documento ISO/CD 10303-226 da ISO, uma falha (em inglês,fault) é definida como um
defeito ou uma condição anormal em um componente, equipamento, sub-sistema ou 
sistema, que pode impedir o seu funcionamento como planejado, uma situação chamada 
de fracasso(em inglês, failure).
Pode-se incluir ao conjunto de definições acima, os processos, sejam eles no sistema ou 
na condução de determinada tarefa.
O impacto financeiro da falha
Nenhum projeto, sistema ou processo esta livre de falhas, embora a busca minimizar sua 
ocorrência, e diminuir a margem de falhas à zero seja uma constante.
Podemos também incluir os impactos decorrentes de falhas, e destacar o impacto 
financeiro, ou simplesmente chamá-lo de prejuízo.
Em seu livro How to Cheat at IT Project Management (Syngress; 1 edition, 2005) Susan 
Snedaker, fala do projeto “Enterprise 128”:
Onde uma empresa britânica no inicio dos anos 1980, foi escolhida para criar um 
computador pessoal, o que na época começava a aparecer no mercado. O 
computador era baseado num processador Zilog Z80 e tinha 128K de memória 
RAM, o que para a época era uma quantidade grande de memória, também tinha 
portas em abundância dentre outras, o que o deixava anos à frente de seu tempo. 
As boas noticias acabam por aqui, pois o inicio da produção dos computadores fora 
anunciada em 1983, e nenhum computador foi entregue até 1985, quando já havia 
muito mais concorrentes no mercado.Alguns anos depois do lançamento do 
Enterprise 128, a empresa encolheu e se perdeu para sempre. Para obter mais 
informações sobre o Enterprise, visite 
http://em.wikipedia.org/wiki/Enterprise_128.http://en.wikipedia.org/wiki/Enterprise_12
8.
O fracasso do Enterprise 128, mostra claramente que projetos que saem tarde, 
acima do orçamento e com recursos pelos quais ninguém se interessa (ou não 
compreende) são mais propícios a falhar.
Em muitos casos, a falha custa a extinção da empresa.
Todo projeto deve ser analisado do ponto de vista financeiro, pois há aqueles, que não 
geram custos elevados, mas que contribuem na automação de processos que acabam 
por gerar redução de custos, ou até lucro.
A analise de um projeto deve ser eficaz em verificar qual a eficiência no processo de 
entrada e saída de informações, segurança, e posicionamento no fluxo da operação. 
Deve ser levada em conta o risco em caso de falhas afim de evitá-las, e quão critica é a 
operação em que o projeto esta. Pois quanto mais critica a operação envolvida, maior o 
prejuízo decorrente de falhas.
Estudos indicam que 50% a 75% do custo total de qualquer projeto é devido a erros, 
omissões e retrabalho. E erros encontrados no inicio são menos caros e mais fáceis de 
consertar.
Há uma relação entre o escopo do projeto, seu custo e qualidade, que devem ser levados 
em conta, pois se qualquer elemento muda, a equação é modificada.
Em continuidade ao tema vamos abordar os impactos comportamentais, uma questão que
é pouco documentada na literatura de gestão de projetos, talvez por se tratar de uma área
mais próxima da gestão de pessoas, mas que tem um impacto fundamental no sucesso 
ou fracasso de qualquer projeto.
Impactos comportamentais das falhas
Uma equipe desmotivada esta mais propensa a cometer falhas
O ambiente organizacional exige decisões importantes, cálculos precisos, relatórios 
exatos e uma série de outros trabalhos que não admitem falhas. Entretanto, todos 
cometem erros e até as pessoas mais competentes podem colocar o projeto e a equipe 
em risco quando passam a cometer falhas graves ou constantes. O trabalho em equipe 
facilita a análise dos desafios e a exposição de diferentes pontos de vista proporciona 
uma observação mais ampla da circunstância e o estabelecimento de estratégias 
eficazes.
O papel do lider
O lider (ou “gestor”, como é empregado na maioria das empresas) tem papel fundamental 
no sucesso ou fracasso de um projeto.
Para criar um ambiente eficiente o líder deve gerar confiança entre sua equipe. E esta por
sua vez, confiar em seu líder sabendo que ele é o seu representante, entende e interage 
com o ambiente, dentro dos seus valores e conceitos, podendo avaliar se estão todos no 
caminho certo, estando assim motivado para tomar as decisões necessárias para a boa 
condução dos projetos e proporcionando o foco da equipe. Dessa forma, estarão agindo 
com motivação para que a empresa atinja os resultados propostos.
No dia a dia, essa confiança entre líder e colaborador aparece dentro do processo de 
comunicação entre ambos. Tal comunicação se dá de diversas formas: desde a instrução 
para a execução de uma tarefa até uma conversa informal, passando por avaliações de 
trabalhos, reuniões para discutir problemas, solicitação de alguma ajuda pessoal e análise
de alguma sugestão de melhoria, dentre outras.
Em resumo, o líder e sua equipe devem se comunicar o tempo todo, todo dia.
Vejamos perfis de liderança que corroboram com as falhas, e vamos nos aprofundar não 
somente na questão de falhas sistemistas, processuais ou de projeto, mas a falha 
humana que decorre de desmotivação, impactando diretamente no desempenho da 
equipe.
O lider inexperiente
Um dos principais problemas de líderes jovens é o baixo foco em pessoas e a dificuldade 
de gerenciar pessoas, segundo especialistas. "É um erro acreditar que ser gestor é ser o 
técnico dos técnicos".
Em muitos casos eles se esquecem da equipe e lideram pela pressão, colocando em 
risco não somente o projeto em que estão envolvidos mas a questão da qualidade de vida
deles e da equipe.
Marcelo Cuellar, diz: "Líder você não pega na prateleira. Se as empresas estão colocando
inexperientes em postos de comando, têm de estar dispostas a pagar um preço e a 
conviver com falhas."
Tudo o que um líder não deve fazer é falar o que as pessoas querem ouvir para ser legal 
com elas. A grande confusão que muitos líderes fazem é imaginar que, dando um conforto
de curto prazo para o seu colaborador, o problema está resolvido, parcialmente resolvido 
ou adiado. Parece que o importante é terminar rapidamente o diálogo com o funcionário e,
se possível, com sorrisos e apertos de mãos ao final. O hoje fica resolvido e, no amanhã, 
se pensa amanhã.Falar o que o funcionário quer ouvir normalmente se transforma em 
elogios inverídicos, promessas que serão impossíveis de serem cumpridas, aceitação de 
reclamações improcedentes, posicionamentos controversos, tudo para que o final daquela
conversa seja tranquilo (no curto prazo). Essa é a receita do que não fazer, porque o líder 
não conseguirá enrolar todo mundo o tempo inteiro. Quando a verdade vem à tona, os 
efeitos negativos, que desmotivam, serão infinitamente maiores do que os pseudo efeitos 
positivos (que acham que motivam) gerados naquela conversa rápida.Reuniões de 
alinhamento [veja atigo - Dicas Para Uma Reunião Dar Certo], são um ótimo ponto de 
partida.
O líder desmotivado
A desmotivação mina a equipe, e um lider desmotivado, transpassa seus medos e suas 
falhas a toda a equipe, e isso gera um efeito em cascata.Rotina não é o que desmotiva, 
na verdade, o lider não está gostando do que está fazendo e não sente prazer no que faz.
Um dos indícios de desmotivação é a falta de feedback.
O feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que 
o profissional vai achar que a sua ausência significa que não há nada de errado com seu 
trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”.Sem uma avaliação do seu trabalho o 
profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma 
diferença. Os colaboradores também devem sentir-se à vontade para pedir ao seu lider 
um feedback do seu trabalho, isso alimenta as perspectivas pessoais dentro da empresa.
O lider negligente
Eis o maior vilão e a causa de falhas graves. Negligenciar a equipe e focar apenas em 
resultados.
Um líder que fica de olho apenas no fimdo processo, que na maioria dos casos são 
metas financeiras, tende a criar atalhos para alcançá- lo mais rápido.O líder é responsável
por explicar a seus subordinados se o trabalho deles está de acordo com o que a 
empresa espera, se eles estão indo na direção certa. Ao cumprir mal essa tarefa, ele 
prejudica o desempenho de sua equipe e o seu próprio.
Fábio Saad, consultor da Robert Half, diz: "Sem retorno, o funcionário não sabe o valor de
seu trabalho".
Outro fator grave é generalizar a gestão. Tratar a equipe de forma homogênea é uma 
maneira de facilitar a gestão — para o líder. Para quem está embaixo, isso pode gerar 
frustração. Deve-se levar as diferenças em conta para garantir a igualdade. É um erro dar 
condições iguais para profissionais que têm experiências e realidades diferentes. Não dá 
para uniformizar a gestão.
Novamente temos o feedback em pauta.Feedback mal dado é tão prejudicial quanto sua 
ausência. Alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional 
queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns 
pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, 
novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, 
enquanto outros desanimam totalmente. A sugestão é fazer um feedback bem 
estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a 
maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

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