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Cistotomia em Medicina Veterinária

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
 
 
11) CISTOTOMIA 
 
 
# CONCEITO: 
 
 
É a abertura e o fechamento cirúrgico da bexiga. 
 
 
# INDICAÇÕES: 
 
 
• remoção de cálculos vesicais (indicação mais comum); 
• neoplasias vesicais; 
• verificação da posição do orifício ureteral (para diagnóstico e tratamento de ureter 
ectópico em animais com incontinência urinária). 
 
 
# DIAGNÓSTICO: 
 
• urolitíases: disúria, polaquiúria, anúria, hematúria persistente, exames radiológicos 
e palpação retal; 
• neoplasias: exame do sedimento urinário, exame radiológico contrastado (Fig. 11); 
• ureter ectópico: cistotomia, urografia excretora. 
 
CDI – HV/PUCRS 
 
 
A B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 11 – Exame radiológico contrastado da bexiga de um canino 
apresentando neoplasia. (A) Pneumocistografia, note a imagem com pouca 
radiopacidade do tumor, e (B) RX com duplo contraste, observe a fácil 
identificação do tumor com a imagem radiolucente. 
 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
 
• combater a acidose metabólica e a uremia pós-renal; 
• antibioticoterapia específica; 
 
 
26 
Prof. Danie l Roulim Stainki 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
Após a anestesia geral e a administração intravenosa de fluidos, uma sonda deve ser 
passada através da uretra. Se for encontrada obstrução, deve-se tentar uma lavagem através 
da sonda, com a intenção de fazer o cálculo recuar até a bexiga. Se não for possível a 
desobstrução, uma uretrostomia deve ser realizada para o esvaziamento da bexiga. 
Uma incisão retro-umbilical longitudinal é feita. Nos machos, a incisão deve ser 
estendida lateralmente a borda cranial do prepúcio, evitando-se a bainha do pênis. Os vasos 
epigástricos caudais superficiais são ligados e cortados transversalmente, o ligamento do 
prepúcio e a fáscia abdominal superficial são seccionados. O prepúcio e o pênis devem ser 
rebatidos lateralmente. 
A bexiga é então exteriorizada, recoberta por compressas e suspensa com um ponto 
de reparo no seu ápice. A partir daí, a bexiga é refletida posteriormente de maneira que a 
incisão possa ser feita na sua superfície dorsal, entre os vasos sangüíneos maiores. Prefere- 
se uma incisão nesta posição para evitar sua aderência com a incisão abdominal, evitar o 
extravasamento de urina e para reduzir a formação de cálculos pelo acúmulo dos 
sedimentos urinários nas possíveis suturas expostas na luz da víscera. Os cálculos devem 
ser removidos manualmente e por meio da lavagem da bexiga (remoção dos pequenos 
cálculos remanescentes) com solução salina morna. 
A bexiga é fechada por duas suturas invaginantes seromusculares (Cushing ou 
Lembert), com fio absorvível 3-0 ou 4-0 (categute, vicryl), de forma contínua (Fig. 12). A 
impermeabilidade da sutura é testada pela injeção de solução salina pela sonda uretral, 
promovendo a distensão da bexiga. O ponto de reparo é removido e a bexiga deve ser 
devolvida a sua posição anatômica. Procede-se uma lavagem da cavidade abdominal e a 
laparotomia é fechada de maneira usual. 
 
 
 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
 
• análise dos cálculos; 
• mudança da dieta; 
 
 
 
 
 
 
Fig. 12 – Cistorrafia. Sutura de 
Cushing, para o fechamento da 
primeira camada da parede da 
bexiga, que deverá ser sepultada 
por uma segunda camada de 
sutura sero-muscular não 
contaminante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Prof. Danie l Roulim Stainki 
 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
• antibioticoterapia (3 a 5 dias); 
• manter a sonda uretral por 48 horas. 
 
 
# PROGNÓSTICO: 
 
Reservado, pode ocorrer a recorrência de novos cálculos, se não for descoberto o 
agente causador da formação das urolitíases. 
 
 
# SUGESTÃO DE LEITURA: 
 
GAHRING, D.R. Conduta cirúrgica nos cálculos vesicais e uretrais em cães. In: 
BOJRAB,M.J. Cirurgia dos pequenos animais. 2º ed. São Paulo: Roca, 1986. cap. 23 . p. 
335-354. 
 
KERSJES, A.W. , NÉMETH, F. , RUTGERS, L. J. E. Atlas de cirurgia dos grandes 
animais. São Paulo: Manole, 1986. 143 p. 
 
 
VAN SLUIJS, F. J. Atlas de cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Manole, 1992. 
141 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Danie l Roulim Stainki

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