Buscar

Artigo Repartição das receitas tributárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI
NOME DO CURSO
REPARTICÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS ENTRE A UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS
Nome do aluno: Fabrício Bernardes de Jesus
Rio de Janeiro
14/05/2018
11
Revisão bibliográfica
Sabbag (2018), diz que a forma de Estado adotada pela Constituição Federal é a Federação, e esta só estará legitimada se cada ente da Federação gozar de autonomia administrativa e fiscal. Em consonância com este entendimento a Constituição Federal de 1988 institui a competência tributária de cada um dos Entes da Federação, porém há uma concentração mais elevada de tributos na esfera federal. Atento a este fato, o legislador constituinte originário determinou que algumas das receitas tributárias deveriam ser repartidas com outros Entes da Federação.
Segundo Alexandre (2017), o sistema brasileiro de discriminação das receitas tributárias classifica-se como misto. Isso porque o legislador constituinte brasileiro utilizou-se de duas técnicas, buscando atingir a autonomia financeira necessária para efetivar o poder de auto-organização, normatização, autogoverno e autoadministração dos entes federados. As técnicas utilizadas foram: discriminação por fonte e discriminação por produto
Alexandre (2017) explica que a discriminação por fonte foca na atribuição de competência tributária própria a cada ente federado. Por exemplo, conforme constatado no Código Tributário Nacional, dos treze impostos previstos na Constituição Federal, sete foram colocados na competência privativa da União (II, IE, IR, IPI, ITR, IOF, IGF), três na competência privativa dos Estados (ITCMD, ICMS, IPVA) e três na competência privativa dos Municípios (IPTU, ITBI, ISS). O Distrito Federal acumulou as competências tributárias municipais e estaduais, podendo criar os impostos respectivos.
Já na discriminação por produtos, segundo o mesmo autor, há uma tentativa de realizar o equilíbrio na repartição de tributos entre os entes, levando a uma maior participação dos entes menores na receita arrecada pelos entes maiores. Nela há o reconhecimento do desequilíbrio na repartição de competência feita pelo legislador contribuinte, haja vista que, pela discriminação por fonte, existe uma concentração maior de renda no âmbito federal. Sendo assim, decidiu-se por determinar que os entes maiores entregassem parte da receita arrecadada aos menores.
Introdução
A necessidade de um sistema de repartição de receitas tributárias decorre diretamente da forma federativa de Estado, caracterizada pela autonomia dos entes. É de conhecimento de todos que não existe autonomia de um ente se este não possuir recursos materiais para desempenhar as competências que a Constituição lhe atribuiu, ou seja, não há autonomia política sem a devida autonomia financeira. 
Assim, as intenções que motivaram a elaboração deste artigo foram entender as regras de repartição de receita tributária que visam assegurar a autonomia financeira indispensável para a autonomia política dos entes que compõem a federação brasileira.
É importante entender que a repartição sempre consiste na participação dos entes menores na arrecadação dos maiores, nunca ocorrendo o inverso. Daí, a União entrega parte de sua arrecadação aos Estados, DF e Municípios, não recebendo nada deles. Ou seja, Estados, DF e Municípios não repartem suas receitas com a União.
Por sua vez, os Estados repartem parcela de suas receitas com os Municípios do seu território, também não recebendo nada deles. Em outras palavras, da mesma forma como vimos acima para a União, os Municípios não entregam nada de sua receita aos Estados.
Portanto, os Municípios não fazem qualquer repasse constitucional, já que são os menores dentre os entes federativos. O mesmo ocorre com o Distrito Federal que, segundo o artigo 32, caput, da CF/1988, apesar de não poder ser dividido em Municípios, não possui um ente que lhe seja menor, de maneira a não efetuar repasses constitucionais. 
Há duas formas de ocorrer a distribuição tributária, a direta e a indireta. Na forma direta, o Ente beneficiado receberá diretamente os recursos, enquanto que na forma indireta a parcela distribuída integrará um fundo, que posteriormente será repartido.
                  Além disso, é importante frisar que os tributos vinculados a uma atuação estatal não estão sujeitos à repartição de suas receitas, isto ocorre como uma decorrência lógica do próprio sistema tributário. Se a receita proveniente destes tributos deve custear a atividade do Estado, não faz sentido que a mesma seja repartida. Neste mesmo sentido, as receitas provenientes dos empréstimos compulsórios, por exemplo, não podem ser objeto de repartição tributária.
O mesmo não pode ser dito dos impostos, já que os recursos provenientes deste podem sim ter suas receitas repartidas com outros Entes da Federação, visto que a sua cobrança independe de qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte, ou seja, são não vinculados a uma atuação estatal.
METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo apresenta metodologia da pesquisa que forneceu subsídios para a compreensão da temática apresentada. O objetivo é dar ao leitor ferramentas para um bom entendimento deste artigo, através da explicação detalhada dos recursos utilizados para a elaboração e desenvolvimento do tema.
Segundo Bastos et al. (2012), a metodologia da pesquisa são os procedimentos e técnicas utilizados para se coletar e analisar os dados abordados sobre um determinado tema. Os métodos usados fornecem os meios para atingir os objetivos propostos da pesquisa. Em outras palavras, os métodos são as técnicas usadas para se desenvolver o entendimento do tópicos abordados neste artigo.
Para a classificação da pesquisa, adotou-se como referencial teórico a definição dada por Vergara (2010), onde a pesquisa pode ser classificada: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, a pesquisa foi classificada como descritiva, porque descreve as características de determinado fenômeno, envolvendo técnicas de coleta de informações, criando relações entre os dados coletados. 
Quanto aos meios a pesquisa foi classificada como bibliográfica porque utiliza material já publicado em livros e artigos para embasamento teórico sobre o tema abordado neste artigo.

Outros materiais