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PSICOLOGIA PARA PESSOAS COM DEFICIENCIA
BREVE HISTÓRIA DA DEFICIENCIA INTELECTUAL
Durante os anos, a deficiência foi vista com diversas perspectivas, seja ela um abandono divino, um extermínio ou devido à superproteção dada à criança. Nos últimos anos, a deficiência foi sinônimo de segregação, de integração e, atualmente, sofre um processo de inclusão.
O conceito de deficiência intelectual varia de acordo com as concepções sociais de cada cultura, assim como a politica e economia de cada civilização. As ideias de cada período histórico são um grande fator na definição de deficiência intelectual. Nos dias atuais ainda prevalecem atitudes de proteção e filantropia (luta por mudanças no reconhecimento da igualdade de direitos e acessos), gerando uma mudança na percepção de PCD (pessoas com deficiência).
A definição de PCD é aquela que possui impedimentos de natureza física/mental/intelectual e/ou sensorial que agem como barreiras, obstruindo a participação plena e efetiva do individuo na sociedade. A definição dada pela AAIDD (Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento) é de uma condição caracterizada por limitações funcionais intelectuais e no comportamento adaptativo, manifestadas antes dos 18 anos. Independente das definições, a deficiência intelectual não é um transtorno médico ou mental, tampouco uma condição fixa ou permanente – porém ainda ocorre resistências no processo de inclusão das PCD.
DA GRÉCIA ANTIGA AO PERÍODO MEDIEVAL
Na Grécia, as PCD intelectuais não tinham importância enquanto seres humanos e eram deixados para morrer. Já no período medieval, as PCD intelectuais eram tratadas ou como objetos de caridade ou como pessoas que sofreram possessões demoníacas – sendo caçadas, punidas e/ou mortas.
DURANTE OS SÉCULOS XVI, XVII E XVIII
No início do século XVI em que o enfoque era o capitalismo mercantil, as PCD intelectuais eram consideradas improdutivas, sendo internadas em hospitais psiquiátricos como forma de segregação. Tal ação de confinamento asilar continuou durante o século XVII sendo, até o século XVIII, tratada e estudada como doença.
SÉCULOS XIX E XX – INSTITUCIONALIZAÇÃO X DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
No Séc. XIX, a institucionalização visava, além do isolamento, a proteção, tratamento e/ou processo educacional dos PCD intelectuais. Entretanto surgem questionamentos contrários à pratica de institucionalização dos indivíduos com PCD intelectuais – sendo de cunhos financeiros e científicos.
Durante os anos de 1960, houve questões sobre a responsabilidade pública frente as necessidades das PCD e, devido ao fracasso da restauração funcional do individuo institucionalizado, ocorre o movimento pela desinstitucionalização e o paradigma de serviços (afastando-os das instituições e provendo serviços para a normalização), integrando as PCD na sociedade – atendendo as necessidades do sujeito para que se adapte à sociedade.
Em 1988, o paradigma de suporte perde a força, abrindo o questionamento sobre os PCD terem os mesmo direitos como cidadãos, bem como as mesmas oportunidades – independente do grau de deficiência. Os direitos iriam desde o direito à convivência não segregada; o acesso aos recursos disponíveis aos demais cidadãos; além de suportes de diferentes tipos (como sociais, econômicos, físicos e/ou instrumentais) favorecendo sua inclusão. A inclusão busca, além do investimento no desenvolvimento, a criação imediata de condições que garantam o acesso e participação do individuo com PCD na sociedade.
PRECONCEITO E INCLUSÃO
O preconceito tem como ação a discriminação, marginalizando e segregando o alvo. Ela não possui relação direta e imediata com a sua vítima, mas a quem o exerce, pois o indivíduo não consegue deter o ódio a si mesmo. O indivíduo preconceituoso necessita se justificas do porquê detém esse preconceito (seja devido a uma situação ruim pela qual passaram ou para serem aceitos em determinados grupos). O preconceito pode assumir formas sutis que, ao invés de depreciar um alvo, elogiam menos os que desprezam. Quando o preconceito atinge tal nuance, ele passa a ser nomeado de preconceito compensatório (próximo ao que a psicanalise nomeia de Formação Reativa) e é tido como o antônimo de inclusão: O indivíduo exagera em defesa do que é hostilizado, forçando a sua inclusão – gerando uma ambiguidade de sentimentos, pois em seu íntimo nutre preconceitos. 
A idealização negativa faz com que um individuo adquira a percepção do preconceituoso pois, ao se idealizar a ele, suas as diferenças parecem iguais. Essa idealização ocorre devido a um narcisismo das pequenas diferenças, unindo e estabelecendo as identificações de um grupo contra um inimigo em comum (Freud).
INCLUSÃO E EXCLUSÃO
A inclusão possui diversas definições, que variam de autor para autor. Para Sawaia, a inclusão é tida como antônimo de exclusão; para Martins, ela expõe uma falsa questão, pois só há uma inclusão marginal (em que tudo inclui, quando a inclusão é precária); já para Adorno, o que é incluído não é o indivíduo, mas sua negação (adaptação). Independente do autor, a inclusão deve ter como foco a efetividade da igualdade de oportunidades e condições a todos os cidadãos, para que o obstáculo existente possa ser superado. 
Entretanto, quando a inclusão não visa essa efetividade, ela segue a definição de Martins que, ao incluir, exclui, como por exemplo a saúde para todos, sendo diferente para pobres e para ricos e até mesmo em sutilezas, como a não existência de rampas – uma forma de negligencia e preconceito expressado pela frieza das relações existentes – essa frieza (negação de identificação) nega a identificação do indivíduo (sua busca universal no particular) com deficiência, não reconhecendo-o em sua humanidade – ocorrendo em esfera pessoal, não social. O individuo que exerce essa frieza necessita de esforços para manter a negação de sua experiencia, prevendo identificações anteriores que foram negadas. 
FORMAS DE PRECONCEITO E EXCLUSÃO
Ambas podem se manifestar através de uma compensação (do desejo de exclusão) exagerada do que o individuo sente em relação a alguém – atacando enquanto protege (inclusão sombreada pela exclusão), de hostilidades devidas a identificações negadas e pela frieza resultante da negação.
HIPÓTESE DE CONTATO
A hipótese do contato (relacionada às estratégias de categorização) acredita que, em condições adequadas, o contrato entre o preconceituoso e seu alvo poderia diminuir ou eliminar o preconceito. Entretanto, para maior eficácia, a hipótese deve seguir algumas condições que favoreçam o contato entre os membros de grupos sociais diferentes: ela deve fornecer apoio total (social e institucional) no momento da promoção do contato; o contato deve ocorrer por tempo suficiente para que as relações entre os membros sejam significativas; os status entre os contatos devem ser similares e os grupos envolvidos devem possuir objetivos em comuns, de forma que os interesses em comum gerem relações de cooperação e empatia.
TIPOS DE PERSONALIDADE AUTORITARIA
As personalidades autoritárias são comumente preconceituosas com outras pessoas pois não são suscetíveis a argumentos e a experiencias – ou seja, negam a identificação. Sua consciência moral é rígida e não plenamente incorporada, agindo como se ditasse mandamentos que não são refletivos. Essa consciência representa o pai amado e odiado (medo de perda do amor x ódio em reprimir desejos).
Já a personalidade manipuladora visa transformar a todos – inclusive a si mesmo, em objeto a ser manipulado. Por ser propicio a frieza, ele pode negar qualquer forma de identificação. E por ultimo há o preconceituoso que inverte seus sentimentos, oferecendo amor a todos enquanto, em seu íntimo, possui alvos de preconceito.

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