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Aula 6 (DIPu)Personalidade Jurídica em DIPu

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Personalidade Jurídica
Conceito
Explicações
2º semestre de 2018
Direito Internacional Público
Graduação em 
Direito &
Relações Internacionais
Categorias de Pessoas
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PESSOA
UNIDADE VI:
o que é
?
JURÍDICA
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Na Roma Antiga a expressão “persona” tinha sentido de personagem, máscara.
Foi também usado no sentido jurídico, definido à época como aquele ser humano capaz de direitos e obrigações.
VI. O que é Pessoa Jurídica
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Os direitos da personalidade fazem referência a um conjunto de bens jurídicos que são tão próprios ao indivíduo, que chegam a se confundir com sua própria existência material, e constituem as manifestações da personalidade do próprio sujeito; eles tem natureza jurídica de DIREITOS SUBJETIVOS, isto é, de atributos conferidos pela ordem jurídica ao indivíduo, com a possibilidade de proteção por meios judiciais.
"Pessoa" é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações. 
Ela é "sujeito de direito" porque tem um dever jurídico. Quando há uma pretensão ou titularidade jurídica ele deve agir, ou seja, ele tem o poder de fazer valer através de uma ação o seu Direito, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial.
VI. O que é Pessoa Jurídica
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Além das pessoas físicas ou naturais, passou-se a reconhecer, como sujeito de direito, entidades abstratas, criadas pelo homem, às quais se atribui personalidade. São as denominadas pessoas jurídicas, que assim como as pessoas físicas, são criações do direito.
VI. O que é Pessoa Jurídica
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Pode-se então conceituar pessoa jurídica como sendo a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.
VI. O que é Pessoa Jurídica
O sujeito de Direito Internacional consiste em uma entidade com capacidade para possuir direitos e deveres internacionais e com capacidade de defender seus direitos através de reclamações internacionais. 
Assim pode-se afirmar que a entidade reconhecida pelo DIPu como tendo tais capacidades é uma pessoa jurídica de DIPu.

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O artigo 41 do Código Civil Brasileiro de 2002 elenca quais são as pessoas jurídicas de direito público interno. Elas se dividem em entes de administração direta [União, Estados, Distrito Federal e Territórios e Município] e entes de administração indireta [autarquias (como o INSS), e demais entidades de caráter público criadas por lei (como as fundações públicas).
Sua existência legal (personalidade) decorre sempre de lei.
Conforme o artigo 42 do Código de 2002 são pessoas jurídicas de direito público externo reconhecidas em nosso Direito
os Estados estrangeiros e 
 todas as pessoas que forem regidas pelo DIPu.
VI. O que é Pessoa Jurídica
São exemplos de pessoas jurídicas de direito público externo as nações estrangeiras, Santa Sé e organismos internacionais (ONU, OEA, União Européia, Mercosul, UNESCO, FAO etc).
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De acordo com Jorge Gouveia (2005), a personalidade jurídica internacional deve ser interpretada como um dos três elementos da subjetividade internacional:
 (1) pessoa jurídica internacional:
 “A pessoa jurídica internacional significa que, numa entidade singular (ESTADO) ou coletiva (Org. Int.), se junta a susceptibilidade para ser titular de direitos e destinatário de deveres (...).”
 GOUVEIA, Jorge Bacelar. Manual de direito internacional público. Rio de Janeiro: Renovar, 2005, p. 353. 
(2) personalidade jurídica internacional: 
“A personalidade jurídica internacional é a susceptibilidade para ser destinatário de normas e princípios de Direito Internacional, dos quais diretamente decorre a oportunidade para a titularidade de direitos (situações jurídicas ativas) ou para se ficar adstrito a deveres (situações jurídicas passivas).”
 (3)  capacidade jurídica internacional: 
“A capacidade jurídica internacional afere-se pelo conjunto dos direitos e dos deveres que podem estar inscritos na esfera jurídico-internacional da entidade em causa, também se diferenciando entre uma dimensão de titularidade e uma dimensão de exercício dos mesmos.”
 
VI. O que é Pessoa Jurídica
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Concretamente a personalidade internacional será manifestada:
na capacidade para a apresentação de reclamações sobre violações ao Direito Internacional
na capacidade para celebrar tratados e acordos válidos no plano internacional
no gozo de privilégios e imunidades concedidos por jurisdições nacionais
além da possibilidade de participar de organismos internacionais.
VI. O que é Pessoa Jurídica
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PESSOAS
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
INTERNACIONAIS
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Para doutrina não restam dúvidas de que o sujeito de direito internacional por excelência é o Estado, e os indivíduos, principalmente em função da proteção crescente que recebem no plano internacional.
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
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A doutrina firma ainda que, quando devidamente reconhecidos no plano internacional por outros sujeitos de DIPu também serão considerados sujeitos:
-beligerantes: ligados a revolução de grande envergadura, nos quais os revoltosos formam tropas regulares e controlam parte definida do território
-insurgentes: nomenclatura atribuída a revoltosos cuja luta armada não assume a proporção de uma guerra civil
-movimentos de libertação nacional: grupos organizados em busca de independência política e formação de um novo Estado
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
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É majoritária a doutrina que afirma terem capacidade plena os Estados e as Organizações Internacionais. 
Para as demais categorias a personalidade é reconhecida com ressalva de que, por vezes, o exercício de alguns atributos da personalidade são minorados, diminutos. Por isso a doutrina chama-os de sujeitos fragmentários. 
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Um exemplo direto desse aspecto é o reconhecimento dos indivíduos que ainda possuem acesso restrito à Corte Internacional.
Vale destacar que a doutrina resiste em reconhecer 
personalidade jurídica às empresas multinacionais 
e algumas OINGs, apesar de terem ampla participação 
e atuação no cenário internacional 
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O Estado é o ente composto por um território onde vive uma comunidade humana governada por um poder soberano e cujo aparecimento, cabe desde logo destacar, não dependente da anuência de outros membros da sociedade internacional.
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Estado
Parte da doutrina defende que o surgimento da sociedade internacional e do Direito das Gentes estão estreitamente vinculados à consolidação do Estado, ente que criou parte expressiva das normas internacionais, especialmente por meio dos Tratados, e formou as organizações internacionais, cujo funcionamento requer o aporte decisivo dos Estados. 
Com isso, atribui-se ao Estado personalidade jurídica internacional originária.
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Os micro-Estados possuem personalidade jurídica de DIPu. Entretanto, parcela das competências dos micro-Estados é transferida a outros Estados soberanos (via de regra um Estado vizinho), tais como a emissão de moeda e a segurança de fronteiras.
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Estado
Alguns exemplos: (1)  Mônaco, (2)  Liechtenstein, (3)  São Marinho e (4)  Andorra. 
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A percepção da existência de interesses comuns levou os Estados a estruturarem esquemas de cooperação, alguns deles exigiram a criação de entidades capazes de articular os esforços de entes estatais, dirigidos a atingir certos objetivos. Com isso, surgiram as organizações ou organismos internacionais.
As organizações internacionais são entidades criadas e compostas por Estados por meio de tratado, com arcabouço institucional permanente e personalidade jurídica própria, com vistas a alcançar propósitos comuns. Contam com ampla capacidade de ação no cenário internacional. 
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Organizações Internacionais
Como são estabelecidos pelos Estados a doutrina entende
possuem personalidade jurídica internacional derivada.
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ESPECIAL
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
UM CASO
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A Santa Sé e o Vaticano são dois entes distintos que tem em comum, fundamentalmente, o vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana.
Existe controvérsia em relação à personalidade jurídica internacional de ambos.
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Santa Sé & Cidade do Vaticano
A Santa Sé é sujeito de Direito Internacional porque seu status foi adquirido ao longo de séculos de influência na vida mundial, remontando à época em que o poder temporal do Papado era amplo e abrangia a capacidade de estabelecer regras de conduta social válidas para o mundo inteiro, de resolver conflitos internacionais e de governar os Estados Pontifícios. 
O Papa ainda goza de status e prerrogativas de Chefe de Estado e continua a ter certa ascendência na sociedade internacional.
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A Santa Sé pode celebrar tratados, participar de OIs, exercer o direito de legação, abrir missões diplomáticas (nunciaturas apostólicas).
A Santa Sé integra mais de 30 organizações e mantém relações diplomáticas com mais de 150 Estados. 
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Santa Sé & Cidade do Vaticano
A personalidade internacional da Santa Sé passou a ser contestada pela anexação dos Estados Pontifícios à Itália mas a polêmica diminuiu com o Tratado de Latrão, celebrado entre a Itália e a Santa Sé em 1929, que cedeu um espaço em Roma onde foi criado o Estado da Cidade do Vaticano sob autoridade suprema da Igreja Católica que ali se encontra instalada. 
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O Vaticano é um ente estatal com território de 0,44km2 com nacionais e com um governo soberano cuja autoridade também é o Papa.
O principal papel do Vaticano é conferir o suporte material necessário para que a Santa Sé possa exercer suas funções.
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
Santa Sé & Cidade do Vaticano
O Vaticano reúne capacidade de atuação internacional, podendo celebrar tratados e participar de organismos internacionais. Tem ainda o direito de legação, o qual, no entanto, é exercido pela Santa Sé que age em nome do Estado da Cidade do Vaticano.
Essa estreita vinculação entre ambos faz com que os compromissos internacionais assumidos pelo Vaticano influenciem os destinos da Santa Sé e vice-versa.
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GERAL
VI.1. As pessoas jurídicas internacionais 
QUADRO
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