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Aula 9 (DIPu) DIPu e o Direito Interno

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Relação entre DIPu e o Direito Interno
A Teoria Monista
2º semestre de 2018
Direito Internacional Público
Graduação em 
Direito &
Relações Internacionais
A Teoria Dualista
*
UNIDADE IX:
O Direito Internacional Público e 
o Direito Interno de cada Estado 
SÃO ORDENS JURÍDICAS DISTINTAS 
SÃO FONTES DO MESMO DIREITO
ou
?
*
É bem verdade que essa pergunta causa um desgaste conceitual e chega a fadigar o debate doutrinário. Cabe dizer que a questão só começou a ser estudada, sistematicamente, no final do século XIX mesmo tendo a a literatura européia tratado do tema há pelo menos quatrocentos anos:
O estudo desta relação enveredou-se em torno de duas vertentes que apesar de desgastadas e criticadas como reducionistas, são ainda citadas e referidas em qualquer obra sobre o tema. 
Estas correntes são o monismo e o dualismo. 
IX. DIPu e o Direito Interno de cada Estado
*
Antes de seguir vamos recordar que o Direito Internacional Público regula as relações internacionais, a cooperação internacional e temas de interesse da sociedade internacional, disciplinando os relacionamentos que envolvem Estados, OIs, com ênfase na proteção a valores considerados basilares como a paz e 
os Direitos Humanos (em sua maioria as regras de jus cogens).

IX. DIPu e o Direito Interno de cada Estado
*
O Direito Internacional e o Direito Interno muito diferem quando analisamos as esferas de poder e a estrutura organizacional. 
IX. DIPu e o Direito Interno de cada Estado
Esferas de Poder: 
Pode-se dizer que no 
Direito Internacional o poder é descentralizado e a vontade estatal não é coercitiva, enquanto no Direito Interno, 
o poder é indivisível e todas as normas são provenientes 
de um único ente. 
Estrutura:
Convém dizer que o Direito Internacional é horizontal, com igualdade entre os Estados e todos possuem o mesmo patamar hierárquico. Já o Direito Interno ocorre de maneira vertical, haja vista a organização do Estado ser hierarquizada, sendo perceptível uma imposição funcional.
*
Observadas ainda as normas entre os dois ordenamentos percebemos mais uma diferença.
IX. DIPu e o Direito Interno de cada Estado
Características das Normas: 
No Direito Internacional as normas são coordenadas e manifestam a participação dos Estados de forma voluntária e consensual, e sua elaboração é feita pelos próprios destinatários. 
No Direito Interno as normas são consideradas pelo seu caráter impositivo e subordinado, não cabendo ao cidadão escolher a lei pela qual serão regidas as suas relações, bem observada à pirâmide Kelseniana quando aponta uma estrutura escalonada e a previsão constitucional com o intuito de assegurar que uma lei maior fundamenta todas as posteriores.
*
TEORIAS
sobre as
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
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Defende a teoria dualista que o Direito Internacional e o Direito Interno são dois sistemas jurídicos distintos e independentes, regulando o primeiro as relações entre os Estados e, por conseguinte, não originando obrigações para os indivíduos.
Já a teoria monista determina que o Direito é único tanto nas relações do Estado para com a sociedade, quanto nas relações entre Estados. 
Esta teoria ainda divide-se em duas correntes. 
Monismo internacionalista que prevê no caso de existir dúvida entre a aplicação de normas do Direito Internacional face o Direito Interno a norma internacional prevalecerá sobre a interna. 
Monismo nacionalista defende que nesta mesma situação, a primazia será do Direito Interno sobre o Direito Internacional.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
*
A Constituição da República é silente quanto à teoria adotada pelo Brasil.
 
Contudo, o Supremo Tribunal Federal se posicionou no sentido da aplicação da Teoria Dualista moderada, recebendo o Tratado Internacional status de Lei Ordinária, por disposição constitucional, salvo os casos de Tratados sobre Direitos Humanos, cujo §2º do artigo 5º da Constituição da República atribui eficácia de norma supralegal.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
*
A teoria monista admite a existência de apenas uma ordem jurídica coordenada no contexto de uma unidade normativa, logo, o Direito Internacional aplica-se diretamente na ordem jurídica dos Estados, independentemente de qualquer transformação.
De acordo com essa teoria, as normas internacionais podem ter eficácia condicionada a harmonia de seu teor com o direito interno. Da mesma forma, a aplicação das normas nacionais não podem contrariar os preceitos do Direito Internacional aos quais o Estado encontra-se vinculado.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA MONISTA
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Segundo Hidelbrando Accioly, a doutrina monista não parte do principio da vontade dos Estados, mas sim da norma superior, pois o direito é um só, quer se apresente nas relações de um estado, quer nas relações internacionais. (Accioly, 2010, p. 231)
No caso de conflito entre normas de direito interno e internacional, duas subespécies dentro do monismo foram desenvolvidas, para decidir qual norma será aplicada, quais sejam: monismo nacionalista e monismo internacionalista.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA MONISTA
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Mazuolli acredita existir outra espécie de Monismo, qual seja, o monismo internacionalista dialógico, que será utilizado quando a regra tratar de direitos humanos, onde prevalecerá a melhor norma a ser aplicada no caso concreto. 
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA MONISTA
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A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 consagrou a teoria do monismo internacionalista em seu Artigo 27, que dispõe: 
“Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado.”
Dessa forma, pode-se concluir que 
monismo internacionalista é a 
teoria adotada pelo direito internacional.

IX. DIPu e o Direito Interno de cada Estado
*
A denominação de dualista foi dada por Alfred Verdross, em 1914, e aceita por Triepel, em 1923. 
O primeiro estudo sistematizado acerca da existência de um conflito entre normas foi realizado por Heinrich Triepel, em 1899, na obra Volkerrecht und Landesrecht, Triepel defendia que o direito interno e o direito internacional são duas ordens jurídicas separadas, autônomas e independentes.
 
Em decorrência dessa completa independência, não existe possibilidade de um conflito entre elas.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA DUALISTA
*
De acordo com essa teoria, para que uma norma internacional seja aplicada na ordem interna de um Estado, este deve primeiramente transformá-la em norma de direito interno, incorporando-a ao seu ordenamento jurídico. Essa concepção traduz a chamada “Teoria da Incorporação”.
É nesse sentido o trecho de Paulo Henrique Gonçalves Portela
 
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA DUALISTA
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A Cláusula de Incorporação varia conforme as exigências técnico-constitucionais para a relevância do Direito Internacional na ordem jurídica interna.
cláusula de recepção plena, quando o DIPu adquire relevância no espaço interno, independentemente do seu conteúdo, por meio de uma norma que habitualmente não exige uma outra formalidade que não seja a publicação.
cláusula de recepção semi-plena, quando a Constituição permite que as normas com dado conteúdo revelem no espaço interno sem outra formalidade que não seja a publicação, exigindo para a relevância das restantes técnicas: a transformação.
transformação, se a Constituição exige que o legislador ordinário reproduza, um ato da sua competência, a norma surgida no espaço internacional.
cláusula de incorporação automática nas vezes que as normas de DIPu são diretamente aplicáveis na ordem jurídica interna dos Estados, ou seja, impõem-se sem que tenham sequer que proceder à sua publicação.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA DUALISTA
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Devido a Teoria da Incorporação,surgiram duas subdivisões ao dualismo
-o dualismo radical defende que para uma norma internacional ter aplicabilidade e eficácia no âmbito interno, é necessário que seja transformada por uma lei interna, que a incorpore ao ordenamento jurídico nacional do Estado.
-o dualismo moderado defende que não é necessário que conteúdo das normas internacionais seja inserido em um projeto de lei interna, bastaria um ato formal de internalização, no caso do Brasil, um decreto de promulgação do Presidente da República, que inclui o ato internacional na ordem jurídica nacional.
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA DUALISTA
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A respeito, o Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que
 
IX.1. As teorias sobre o vínculo entre eles
A TEORIA DUALISTA
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