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3 CANCER DE MAMA 2 (1)

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FACULDADE DOS VALES ELVIRA DAYRELL
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA II
PROFESSORA: MARILLIA CUNHA C. MURER
 
 Câncer de mama
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Anatomia da Mama
A estrutura da mama é dividida em dois componentes funcionais: o componente epitelial (o sistema que produz leite) e o componente estrutural (o sistema do tecido gorduroso e ligamentos que suportam e protegem a estrutura das mamas). 
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Função
As glândulas mamárias, que têm como principal função a secreção do leite.
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ANATOMIA
Ácino - menor parte da glândula e responsável pela produção do leite durante a lactação;
Lóbulo mamário - conjunto de ácinos;
Lobo mamário - conjunto de lóbulos mamários que se liga à papila através de um ducto;
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ANATOMIA
Ductos mamários - em número de 15 a 20 canais, conduzem a secreção (leite) até a papila;
Tecido glandular - conjunto de lobos e ductos;
Papila - protuberância elástica onde desembocam os ductos mamários;
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ANATOMIA
Aréola - estrutura central da mama onde se projeta a papila;
Tecido adiposo - todo o restante da mama é preenchido por tecido adiposo ou gorduroso, cuja quantidade varia com as características físicas, estado nutricional e idade da mulher.
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ANATOMIA
Um sistema de linfonodos é responsável pela drenagem linfática da mama, principalmente os linfonodos axilares e da cadeia mamária interna
Raramente uma mama é do mesmo tamanho da outra, podendo apresentar-se de forma diferente de acordo com o período menstrual.
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Câncer de mama:Estatisitcas
No Brasil, o câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.
 
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Câncer de mama:Estatisitcas
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
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Câncer de mama:
Estatísticas
A OMS estima que por ano, ocorram mais de 1.050.000 casos novos de câncer de mama em todo mundo.
Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, se diagnosticado e tratado oportunamente, na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%
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Câncer de mama: 
Fatores de risco
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. 
A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade.
 A menarca precoce, a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade, constituem também fatores de risco para o câncer de mama. 
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Câncer de mama: 
Fatores de risco
Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes (raio X,radioatividade) em idade inferior a 35 anos. 
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Grupos populacionais 
com risco elevado 
Mulheres com a história de, pelo menos, um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama, abaixo de 50 anos;
Mulheres com história familiar de pelo menos um parente com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.
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História natural
 Desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser descoberto pelo exame físico( tumor subclínico), passa-se em média 10 anos;
O tumor duplica de tamanho a cada 3-4 meses.
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Sinais/Sintoma
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Estágio 0: É o chamado carcinoma in situ que não se infiltrou pelos dutos ou lóbulos, sendo um câncer não invasivo. O estágio zero significa que as células do câncer estão presentes ao longo da estrutura de um lóbulo ou um ducto, mas não se espalharam para o tecido gorduroso vizinho, isto é, as células cancerosas que ainda não invadiram os tecidos circundantes. 
ESTÁGIOS DO CÂNCER
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ESTÁGIOS DO CÂNCER
Nos estágios I e II, o câncer expandiu-se dos lóbulos ou ductos para o tecido próximo à mama.
 
Estágio I: O tumor invasivo é pequeno (menos de 2cm de diâmetro) e não se espalhou pelos linfonodos, isto é, o tumor que permaneceu no local no qual se originou sem disseminação para os linfonodos ou locais distantes. 
No estágio II, algumas vezes, os linfonodos podem estar envolvidos. 
Estágio IIa: Qualquer das condições abaixo: 
O tumor tem menos que 2 centímetros e infiltrou linfonodos axilares. 
O tumor tem entre 2 e 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares. 
Não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares.
Estágio IIb: Qualquer das condições abaixo: 
O tumor tem de 2 a 5 centímetros e atinge linfonodos axilares. 
O tumor é maior que 5 centímetros, mas não atinge linfonodos axilares. 
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O estágio III é o câncer de mama localmente avançado, em que o tumor pode ser maior que 5cm de diâmetro e pode ou não ter se espalhado para os linfonodos ou outros tecidos próximos à mama. 
Estágio IIIa: Qualquer das condições abaixo: 
O tumor é menor que 5 centímetros e se espalhou pelos linfonodos axilares que estão aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas. 
O tumor é maior que 5 centímetros, atinge linfonodos axilares os quais podem ou não estar aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas. 
ESTÁGIOS DO CÂNCER
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Estágio IIIb: O tumor infiltra a parede torácica ou causa inchaço ou ulceração da mama ou é diagnosticado como câncer de mama inflamatório. Pode ou não ter se espalhado para os linfonodos axilares, mas não atinge outros órgãos do corpo. 
Estágio IIIc: Tumor que qualquer tamanho que não se espalhou para partes distantes, mas que atinge linfonodos acima e abaixo da clavícula ou para linfonodos dentro da mama ou abaixo do braço. 
Estágio IV: é o câncer metastático. O tumor de qualquer tamanho espalhou-se para outros locais do corpo como ossos, pulmões, fígado ou cérebro. 
ESTÁGIOS DO CÂNCER
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Tipos mais comuns
Carcinoma inflamatório
Carcinoma ductal in situ
Carcinoma lobular in situ
Sarcomas
Carcinoma de Paget
	
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Carcinoma ductal in situ
uma proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal , não invadindo o estroma, associada a uma hipercromasia e pleomorfismo nuclear, com alteração da orientação celular do revestimento epitelial.
 Essas células podem proliferar e obstruir completamente a luz dos ductos, causando sua dilatação e sua solidificação. À medida que a lesão progride, estendendo-se através da membrana basal e invadindo o estroma, transforma-se em um carcinoma invasor. 	
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Carcinoma ductal in situ
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Carcinoma lobular in situ
Sua incidência é baixa. A lesão caracteriza-se pela proliferação de células pequenas e uniformes no interior de ductos terminais e lóbulos, podendo, algumas vezes, estender-se a ductos extralobulares. Suas células apresentam baixas taxas proliferativas e são semelhantes às encontradas na hiperplasia lobular atípica, porém, nessa, com acometimento menor. 
Não costuma ser palpável em exame clínico
e não possui alteração específica em mamografia. 
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Carcinoma lobular in situ
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Carcinoma lobular in situ
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Carcinoma inflamatório 
	Apresenta como características clínicas fundamentais o eritema local, aumento da temperatura e induração da mama (lembrando a casca da laranja). 
 Inicialmente, o diagnóstico pode apresentar uma certa dificuldade, podendo ser interpretado como um processo infeccioso, que não responde ao tratamento convencional. 
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Carcinoma inflamatório
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Carcinoma inflamatório
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Carcinoma inflamatório
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Carcinoma de Paget
	
Caracteriza-se por alteração unilateral do mamilo e/ou da aréola, que pode incluir vesículas areolares recorrentes, eczema eritematoso crônico, lesão psoriática e até uma lesão erosiva. Prurido e aumento da sensibilidade são freqüentes. 
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Carcinoma de Paget
	
Geralmente, a lesão aparece na papila, estendendo-se à aréola e, raramente, à pele adjacente. 
Aproximadamente 60% das pacientes com doença de Paget apresentam massa palpável, e as demais, geralmente, apresentam mamografias alteradas 
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Carcinoma de Paget
	
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Sarcoma
	
Originam-se do tecido conjuntivo que existe nos septos do tecido glandular. São raros e se disseminam pela corrente sanguínea. Podem crescer rapidamente e atingir grandes volumes locais sem ulcerações. Seu tratamento é cirúrgico, com retirada total da mama.
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Linfonodos axilares
	
O comprometimento metastático dos linfonodos axilares é o fator prognóstico mais poderoso para as pacientes com câncer de mama. 
    Vários estudos têm demonstrado uma relação direta entre o número de linfonodos acometidos e o prognóstico clínico, com menor sobrevida livre da doença. 
Pacientes com 4 ou mais linfonodos positivos têm um pior prognóstico.
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Diagnóstico
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.
5% dos cânceres da mama são detectados por ECM em pacientes com mamografia negativa.
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Detecção precoce
Recomenda-se:
 Mamografia, a cada dois em dois anos, no máximo, para mulheres com a idade de 50-69 anos;A partir de 35 anos para as pertencentes ao grupo de risco;
ECM, há cada 03 anos com menos de 35 anos,há cada 02 anos entre 35 e 39 anos, anualmente entre 40 e 49 anos, anual ou semestralmente acima de 50 anos. 
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Exame Clínico
 das Mamas
O exame clínico é feito por um profissional da saúde treinado, que faz uma avaliação sistemática das mamas. • A eficiência do exame é proporcional ao grau de habilidade e experiência do profissional para detectar qualquer anormalidade nas mamas examinadas. 
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Exame Clínico
 das Mamas
Etapas: 
 Inspeção visual 
Palpação;
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Exame Clínico
 das Mamas
Um nódulo apresenta, geralmente, o tamanho de uma ervilha, antes que alguém o consiga sentir ou palpar. Podem ser verificados os gânglios linfáticos perto da mama, para ver se estão inchados.
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Mamografia
A mamografia é um tipo de radiografia, podendo ser realizada em homens e mulheres.
A mamografia de rotina é a melhor oportunidade de detectar precocemente qualquer alteração nas mamas antes até que o paciente ou médico possam notá-las ou apalpá-las. 
De acordo com o FDA, órgão americano de vigilância sanitária, a mamografia pode detectar um câncer de mama até dois anos antes de ele ser palpável. 
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Mamografia
A mamografia é, ainda, o mais eficaz método de diagnóstico para a detecção de câncer de mama, quanto mais
precoce a remoção do tumor na fase inicial, maior será a redução da taxa de mortalidade das pacientes e melhor qualidade de vida. 
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Mamografia
Mamografia é uma imagem radiográfica da mama, produzida através de um aparelho de raio-X conhecido como mamógrafo. O raio-X pode detectar alterações na mama, como nódulos, cistos e microcalcificação. 
A mama é posicionada vertical e horizontalmente no aparelho. Posicionar-se corretamente durante a mamografia pode aumentar a probabilidade de identificar tumores de mama invasivos.
 Normalmente, o médico faz duas ou mais radiografias de cada mama, que é comprimida no aparelho para que fique com uma espessura mais uniforme.
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Mamografia
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Padronização dos laudos mamográficos: BI- RADS
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Tratamento
	
Cirúrgico 
· Tumorectomia: 
Visa retirada do tumor com margem de segurança livre de doença (1cm), porém sem comprometer o parênquima mamário. É associada ao esvaziamento axilar, ou seja retirada de lifonodos axilares.
 Quadrantectomia ou Segmentectomia: Consiste na remoção de um quadrante ou segmento da glândula mamária onde se localiza o tumor maligno. É associada com o esvaziamento axilar. Apesar de comprometer um setor da mama é considerada um tratamento conservador e juntamente com técnicas de mastoplastia oncológica pode ter prejuízos estéticos bastante reduzidos.
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Tratamento
	Mastectomia Total 
Consiste na retirada da glândula mamária e da aponeurose anterior e posterior do músculo grande peitoral. Não é feito o esvaziamento axilar. Indicada para casos iniciais não invasivos ou para cirurgias higiênicas.
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Tratamento
Radioterapia É um tratamento que usa irradiação para destruir células cancerígenas. Utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Assim como a cirurgia a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser interna ou externa. A radioterapia também pode atingir os tecidos normais causando efeitos colaterais como: fadiga e mal-estar, edemas, vermelhidão da pele, dificuldade para engolir, descamação de pele, coceiras, náuseas e vômitos, falta de apetite, perda de cabelo e aumento da suscetibilidade às infecções. 	
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Tratamento
Quimioterapia Tratamento através de medicamentos especiais que visam destruir ou impedir o desenvolvimento de células cancerígenas. Possuem efeitos colaterais de acordo com cada medicação. Podem causar queda de cabelo, mal-estar, náuseas, vômitos, fraqueza, lesões do tubo digestivos ocasionando aftas e diarréia, além da queda da imunidade. Devem ter doses adequadas para cada paciente e medicamento. 
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Linfedema de Membro Superior (Edema Linfático do Braço)
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É o edema (inchaço) do membro superior do lado em que foi feita a retirada total ou parcial dos gânglios linfáticos da axila na cirurgia ou a irradiação dos mesmos, devido a dificuldade da drenagem de linfa ( excesso de líquidos e substâncias), sendo que até 1/3 das pacientes operadas e/ou irradiadas na axila podem desenvolver linfedema de membro superior. 
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Linfedema de Membro Superior (Edema Linfático do Braço)
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Prevenção
A melhor forma de se lidar com linfedema é evitá-lo. Agressões a deixar o(s) membro(s) com pouca capacidade de drenagem pode(m) acarretar o edema ou o aumento dele, portanto, deve-se evitar a exposição do(s) mesmo(s) a estas agressões, como por exemplo: 
· Retirar cutícula das unhas; · Ferir-se com faca na cozinha; · Manipular substâncias tóxicas, como desinfetantes, sem luvas; · Usar cremes de depilação que possam causar alergia; · Comprimir o(s) membro(s), como ao medir pressão e usar relógios ou anéis apertados; · Queimaduras diversas; · Mordidas de insetos; · Calor excessivo (como fornos e panelas quentes); · Fazer jardinagem sem luvas; 
OBS: Esses cuidados são necessários apenas com o(s) membro(s) acometido(s). 
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Linfedema de Membro Superior (Edema Linfático do Braço)
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Tratamento
A forma correta de se tratar um linfedema é aumentando a oferta de vasos disponíveis (estimular circulação colateral) e a função dos gânglios e vasos linfáticos existentes. Nos casos de cirurgias oncológicas, os linfonodos da axila, virilha ou pelve podem ter sido total ou parcialmente retirados. Este tratamento consiste de medicação adequada, fisioterapia especializada e atividade física regular (preferência natação ou hidroginástica) e deve ser feito
o mais precocemente possível, uma vez que o linfedema tende a aumentar com o tempo, tornando-se mais duro (fibrose) e mais propenso a episódios de infecções (erisipelas).  
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Auto Exame das Mamas
A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo. O exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado  para essa atividade. 
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Auto Exame das Mamas
Auto-exame das mamas deve ser realizado uma vez por mês, entre sétimo e o décimo dia após o início do período menstrual. Nesse período as mamas estão menos sensíveis. 
 • Para as mulheres que não menstruam mais, o auto-exame deve ser feito em um mesmo dia de cada mês ,à sua livre escolha. 
• Mulheres que estão amamentando devem fazer o auto-exame após a amamentação ,quando as mamas forem esvaziadas. Como não menstruam , elas devem escolher um dia do mês para realizar o auto- exame . 
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Auto Exame das Mamas
AS MULHERES DEVEM ESTAR ALERTAS ÀS SEGUINTES OBSERVAÇÕES: • As mamas nem sempre são rigorosamente iguais; • O auto-exame não substitui o exame clínico de rotina ; • Se notar qualquer anomalia através do auto-exame das mamas , procure um médico . Só ele poderá fazer exames mais detalhados e orientá-la adequadamente ; • A presença de um nódulo mamário não é obrigatoriamente indicador de neoplasia maligna. 
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Política de saúde contra o câncer da mama

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