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Normas para Tráfego de Embarcações em Águas Brasileiras

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NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA PARA TRÁFEGO E PERMANÊNCIA DE
EMBARCAÇÕES EM ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS
FOLHA DE REGISTRO DE MODIFICAÇÕES
NÚMERO
DA
MODIFICAÇÃO
EXPEDIENTE QUE A
DETERMINOU E
RESPECTIVA DATA
PÁGINAS
AFETADAS
DATA DA
ALTERAÇÃO RUBRICA
Mod 1 Portaria nº 30/DPC, de30 de março de 2005
Índice, 1-1 a 1-7,
2-1 a 2-7, 4-1, 2-
G-1, e 2-I-1
30/03/2005
Mod 2 Portaria nº 83/DPC, de14 de outubro de 2005
Índice, 1-1 a 1-3,
e 1-A-1 14/08/2005
Mod 3
Portaria nº 98/DPC, de
19 de dezembro de
2005
2-B-1 e 2-3 19/12/2005
Mod 4 Portaria nº 12/DPC, de01 de fevereiro de 2006 2-4 01/02/2006
Mod 5 Portaria nº 64/DPC, de16 de junho de 2006
Índice, 4-2, 4-A-
1, 4-B-1, 1-2, 4-
1 e 4-2
16/06/2006
Mod 6
Portaria nº 124/DPC,
de 21 de dezembro de
2006
Índice, 1-1 a 1-7,
1-B-1, 1-C-1, 1-
D-1, D-I-1, 1-4, e
1-5
21/12/2006
Mod 7 Portaria nº 14/DPC, de13 de fevereiro de 2007
Índice, 2-2, 2-3,
2-K-1 13/02/2007
Mod 8 Portaria nº 25/DPC, de06 de março de 2007 2-6 06/03/2007
Mod 9 Portaria nº 42/DPC, de22 de abril de 2008
Índice, 2-3, 3-5,
e 2-K-1 22/05/2008
Mod 10 Portaria nº 74/DPC, de10 de julho de 2009 3-1 10/07/2009
Mod 11
Portaria nº 168/DPC,
de 10 de novembro de
2009
1-3, 1-4, 1-5, 1-
6, 1-7, I-1-E-1 a
III-1-E-1
10/11/2009
Mod 12 Portaria nº 32/DPC, de02 de março de 2010 3-5 02/03/2010
Mod 13
Portaria nº 180/DPC,
de 25 de agosto de
2010
3-5 e 3-6 25/08/2010
dpc-2011
Texto digitado
- II -
NÚMERO
DA
MODIFICAÇÃO
EXPEDIENTE QUE A
DETERMINOU E
RESPECTIVA DATA
PÁGINAS
AFETADAS
DATA DA
ALTERAÇÃO RUBRICA
Mod 14
Portaria nº 223/DPC,
de 19 de outubro de
2010
1-5, 1-6, 2-4, e
1-D-2 19/10/2010
Mod 15
Portaria nº 280/DPC,
de 22 de dezembro de
2010
1-E-1 22/12/2010
dpc-2011
Texto digitado
- III -
- IV - NORMAM-08/DPC
Mod 12
ÍNDICE
Páginas
Folha de Rosto ........................................................................................................ I
Registro de Modificações ........................................................................................ II
Índice ...................................................................................................................... IV
CAPÍTULO 1 - TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES
SEÇÃO I - DEFINIÇÕES
0101 - PASSAGEM INOCENTE.................................................................... 1-1
0102 - ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS (AJB)............................... 1-1
SEÇÃO II - INFORMAÇÕES SOBRE O TRÁFEGO
0103 - PROCEDIMENTOS ......................................................................... 1-2
SEÇÃO III - CONTROLE DO TRÁFEGO MARÍTMO
0104 - TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES EM ÁREA MARÍTIMA ..................... 1-4
0105 - QUADRO RESUMO DE APLICAÇÃO DOS SISTEMA SISTRAM,
LRIT e SIMMAP ................................................................................. 1-6
0106 - TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES NAS ÁREAS DE PORTO
ORGANIZADO (APO) ........................................................................ 1-7
CAPÍTULO 2 - ENTRADA, DESPACHO E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES
0201 - INSTRUÇÕES GERAIS ..................................................................... 2-1
0202 - PARTE DE ENTRADA ....................................................................... 2-1
0203 - DESPACHO....................................................................................... 2-2
0204 - PARTE DE SAÍDA ............................................................................. 2-8
0205 - CONTROLE DE SITUAÇÃO DE EMBARCAÇÕES ........................... 2-8
0206 - CERTIFICADOS E DOCUMENTOS EXIGIDOS................................ 2-8
CAPÍTULO 3 - PERMANÊNCIA EM ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS
SEÇÃO I - PROCEDIMENTOS NOS PORTOS
0301 - SERVIÇO DE PRATICAGEM ............................................................ 3-1
0302 - SERVIÇO DE REBOCADORES ........................................................ 3-1
0303 - FAINAS NOS PORTOS ..................................................................... 3-2
0304 - REPAROS.......................................................................................... 3-3
SEÇÃO II - PROCEDIMENTOS PARA ARRIBADA E ABRIGO
0305 - PROCEDIMENTO.............................................................................. 3-3
SEÇÃO III - FISCALIZAÇÃO POR AUTORIDADES NACIONAIS
0306 - QUANDO DA ENTRADA DE EMBARCAÇÃO................................... 3-4
0307 - DESCARGA DE ÁGUA DE LASTRO................................................. 3-5
SEÇÃO IV - PROCEDIMENTOS PARA TRANSFERÊNCIA DE ÓLEO ENTRE
EMBARCAÇÕES
0308 - TRANSFERÊNCIA DE ÓLEO ENTRE EMBARCAÇÕES EM
ÁREAS PORTUÁRIAS....................................................................... 3-5
- V - NORMAM-08/DPC
Mod 12
CAPÍTULO 4 - SITUAÇÕES ESPECIAIS DE PERMANÊNCIA DE EMBARCAÇÕES
NAS AJB
0401 - EMBARCAÇÕES FORA DE SERVIÇO ............................................. 4-1
0402 - EMBARCAÇÕES AGUARDANDO REPAROS OU
PRORROGAÇÃO DE CONTRATO ................................................... 4-1
0403 - EMBARCAÇÕES ABANDONADAS................................................... 4-1
0404 - EMBARCAÇÕES SUB-JÚDICE......................................................... 4-1
0405 - CASOS OMISSOS............................................................................. 4-1
0406 - EMBARCAÇÕES EM PERÍODO DE DEFESO DA PESCA OU
FORA DE SERVIÇO A PEDIDO DO ARMADOR .............................. 4-2
ANEXOS
1-A - MAPA DO BRASIL COM AS INDICAÇÕES DAS ÁREAS
MARÍTIMAS DE JURISDIÇÃO DOS DISTRITOS NAVAIS........... 1-A-1
1-B - SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE O TRÁFEGO
MARÍTIMO SISTRAM ................................................................... 1-B-1
1-C - SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE
NAVIOS A LONGA DISTÂNCIA - LRIT......................................... 1-C-1
1-D - INSTRUÇÕES SOBRE O SIMMAP .............................................. 1-D-1
1-E - INSTRUÇÕES SOBRE O SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO E
ACOMPANHAMENTO DE NAVIOS DE BANDEIRA
BRASILEIRA A LONGA DISTÂNCIA (LRIT) ................................. 1-E-1
2-A - PARTE DE ENTRADA .................................................................. 2-A-1
2-B - DECLARAÇÃO GERAL ................................................................ 2-B-1
2-C - DECLARAÇÃO DE CARGA.......................................................... 2-C-1
2-D - DECLARAÇÃO DE BENS DA TRIPULAÇÃO............................... 2-D-1
2-E - PEDIDO DE DESPACHO ............................................................. 2-E-1
2-F - PASSE DE SAÍDA ........................................................................ 2-F-1
2-G - TARIFA DE UTILIZAÇÃO DE FARÓIS (TUF)............................... 2-G-1
2-H - PARTE DE SAÍDA ........................................................................ 2-H-1
2-I - QUADRO DE SITUAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES NOS POR-
TOS/FUNDEADOUROS/TERMINAIS........................................... 2-I-1
2-J - RELAÇÃO DOS CERTIFICADOS E DOCUMENTOS EXIGIDOS
QUE DEVEM SER MANTIDOS A BORDO................................... 2-J-1
2-K - DECLARAÇÃO DE ADESÃO AO PREPS .................................... 2-K-1
4-A - CERTIFICADO DE EMBARCAÇÃO EM PERÍODO DE DEFESO
DA PESCA.................................................................................... 4-A-1
4-B - CERTIFICADO DE EMBARCAÇÃO FORA DE SERVIÇO APEDIDO DO ARMADOR............................................................... 4-B-1
APÊNDICES
B-I - LISTA DE PESSOAL EMBARCADO ............................................ B-I-1
B-II - LISTA DE PASSAGEIROS ........................................................... B-II-1
B-III - PLANILHA DE DADOS DO GMDSS............................................. B-III-1
D-I - FORMATOS DOS DADOS DE POSIÇÃO (MENSAGEM E
ARQUIVO) .................................................................................... D-I-1
I-1-E - MANUAL DE UTILIZAÇÃO DO WEB SERVICE........................... I-1-E-1
II-1-E - RELATÓRIO DA VISTORIA LRIT ................................................. II-1-E-1
III-1-E - RELATÓRIO DE TESTE DE CONFORMIDADE REMOTO.......... III-1-E-1
- 1-1 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
CAPÍTULO 1
TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES
SEÇÃO I
DEFINIÇÕES
0101 - PASSAGEM INOCENTE
a) Direito de Passagem Inocente
É reconhecido, às embarcações de qualquer nacionalidade, o direito de
passagem inocente no mar territorial brasileiro. A passagem inocente deverá ser contínua
e rápida, não podendo ser prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil.
Compreende o parar e fundear, desde que constituam incidentes comuns da navegação
ou sejam impostos por motivos de força maior ou prestação de auxílio às pessoas ou
embarcações em perigo no mar. Não compreende o acesso às águas interiores ou
quando para elas se dirigirem.
b) Fundeio ou Parada de Máquinas no Mar Territorial Brasileiro
Quando, por qualquer motivo, a embarcação nacional ou estrangeira, tenha
que parar as máquinas ou fundear no mar territorial brasileiro, deverá comunicar o fato,
de imediato, à Capitania dos Portos (CP) da área de jurisdição e essa informará ao seu
respectivo Comando de Distrito Naval (ComDN). A comunicação deverá informar a
posição da embarcação, o motivo da parada ou fundeio, a hora estimada de partida e o
porto de destino. A partida efetiva, também, deverá ser informada à CP, tão logo ocorra.
O ComDN ou CP poderão determinar outro local de parada ou fundeio, a seu critério,
quando a posição escolhida não for conveniente aos interesses da segurança da
navegação, da salvaguarda da vida humana no mar e à prevenção da poluição ambiental
por parte de embarcações, plataformas fixas ou suas instalações de apoio ou áreas de
interesse da Marinha do Brasil.
0102 - ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS (AJB)
São águas jurisdicionais brasileiras (AJB):
a) as águas marítimas abrangidas por uma faixa de doze milhas marítimas de
largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro,
tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no
Brasil (Mar Territorial);
b) as águas marítimas abrangidas por uma faixa que se estende das doze às
duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para
medir o Mar Territorial, que constituem a Zona Econômica Exclusiva (ZEE);
c) as águas sobrejacentes à Plataforma Continental quando esta ultrapassar os
limites da Zona Econômica Exclusiva; e
d) as águas interiores, compostas das hidrovias interiores, assim consideradas
rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras e áreas marítimas consideradas abrigadas.
- 1-2 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
SEÇÃO II
INFORMAÇÕES SOBRE O TRÁFEGO
0103 - PROCEDIMENTOS
a) Embarcações e plataformas em faina de reboque
Os responsáveis pelas movimentações de embarcações e plataformas que
utilizarem dispositivos de reboque deverão cumprir as seguintes determinações:
1) Alocar áreas compatíveis com o reboque para um período máximo de três
dias, renovando sempre que necessário e cancelando a área quando a embarcação
encontrar-se no porto ou interromper o trabalho;
2) Aderir ao Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM),
devendo enviar informação periódica da mensagem de posição e intenção de
movimento nas próximas vinte e quatro horas e suas alterações, dentro da área
alocada;
3) Informar às CP as áreas a serem alocadas, incluindo os seguintes
parâmetros:
- Nome da Embarcação ou Plataforma;
- Características da embarcação (cores do casco e superestrutura);
- Comprimento do dispositivo de reboque (caso haja);
- rumos e velocidade média de deslocamento durante os serviços, data do
início e término dos serviços;
- área de trabalho (coordenadas geográficas - lat/long) que delimitam a
área; e
- período de atividade.
4) Enviar as informações citadas acima às CP, em cuja área será realizada a
operação, com antecedência mínima de 72 horas, de modo a permitir a publicação em
Aviso aos Navegantes pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).
b) Controle das movimentações e posic ionamento de plataformas, navios
sonda, FPSO, FSU e demais construçõ es que venham a alterar suas posições
nas águas jurisdicionais
Os responsáveis pelas movimentações das plataformas, navios sonda,
FPSO, FSU e de qualquer construção localizada nas águas jurisdicionais brasileiras,
quando forem alterar suas posições, deverão cumprir os procedimentos abaixo
relacionados, de modo que a Autoridade Marítima Brasileira tenha conhecimento prévio
de todos esses deslocamentos.
1) enviar, mensalmente, para o ComDN e CP da área de operação, uma
relação com a posição de todas as plataformas, navios sonda, FPSO, FSU e de
qualquer construção localizada nas águas jurisdicionais brasileiras;
2) alocar áreas compatíveis com o deslocamento das embarcações, para um
período máximo de três dias;
3) aderir ao SISTRAM, devendo ser enviada informação periódica da
mensagem de posição e intenção de movimento para as próximas vinte e quatro horas
de navegação e suas alterações, dentro da área alocada para o deslocamento;
4) informar ao(s) Comando(s) do(s) Distrito(s) Naval(is) e Capitania(s) dos
Portos localizada próxima às áreas alocadas para o deslocamento, os seguintes
parâmetros:
- nome da embarcação, plataforma, FPSO, FSU ou tipo de construção;
- características da embarcação (cores do casco e superestrutura);
- comprimento, e, se rebocado, comprimento do dispositivo de reboque;
- rumos e velocidade média de deslocamento durante os serviços, data do
início e término dos serviços;
- 1-3 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
- área de trabalho, inicial e final, em coordenadas geográficas (Lat/Long)
que delimitam a área;
- pontos de fundeio previstos e efetivos em coordenadas geográficas
(Lat/Long);
- período do deslocamento;
5) quando o deslocamento envolver área de jurisdição de mais de um Distrito
Naval, as informações deverão ser direcionadas para todos os Distritos Navais
envolvidos;
6) as informações sobre as movimentações devem ser enviadas com uma
antecedência mínima de setenta e duas horas, de modo a permitir a publicação em Aviso
aos Navegantes, pelo Centro de Hidrografia da Marinha, procedimento este que
contribuirá sobremodo para a garantia da segurança do tráfego aquaviário; e
7) em anexo a esta Portaria, publica-se o mapa do Brasil, com as indicações
das áreas marítimas de jurisdição dos Distritos Navais, de acordo com o estabelecido
no Decreto nº 2.153, de 20 de fevereiro de 1997. Este mapa passa a ser o Anexo 1-A
da NORMAM-08/DPC.
c) Escuta Permanente
Toda embarcação, nacional ou estrangeira, equipada com estação
radiotelefônica em VHF, deverá manter escuta permanente no canal 16 (156.8 Mhz),
quando navegando no mar territorial brasileiro e em águas interiores.
d) Chamada para Identificação
A solicitação de identificação, no Mar Territorial, por navios da Marinha do
Brasil ou embarcações da Inspeção Naval, bem como das demais embarcações de
fiscalização dos órgãos públicos competentes, deverá ser prontamente atendida. Caso
a embarcação não disponha de estação radiotelefônica em VHF, ou esta se encontre
inoperante, deverão ser empregados sinais visuais que permitam à embarcação
fiscalizadora a identificação solicitada.
e) Busca e SalvamentoAs CP, Delegacias (DL) e Agências (AG) funcionam como sub-centros de
Coordenação do Serviço de Busca e Salvamento (SAR) e seguirão instruções específicas
do DN de sua jurisdição, no atendimento aos acidentes SAR, em suas áreas. Os navios
e demais embarcações surtos nos portos poderão compor grupo de busca e salvamento,
a critério da Autoridade SAR.
f) Embarcações de Esporte e Recreio
As embarcações de esporte e/ou recreio deverão atender às normas
específicas para o tráfego desses tipos de embarcações estabelecidas na NORMAM-
03/DPC.
g) Embarcações Estrangeiras
As embarcações estrangeiras afretadas, contratadas ou similares deverão
atender ao que prescrevem as normas específicas para o tráfego desse tipo de
embarcações, estabelecidas na NORMAM-04/DPC.
h) Restrições à Navegação
São proibidas a pesca e a navegação, com exceção para as embarcações de
apoio às plataformas, em um círculo com 500m (quinhentos metros) de raio, em torno das
plataformas de petróleo.
i) Eventos Náuticos
Os procedimentos para realização de eventos náuticos, tais como
comemorações públicas, festejos, regatas e competições, estão estabelecidos na
NORMAM-03/DPC.
- 1-4 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
j) Legislação pertinente para o tráfego no porto
O tráfego no porto obedecerá à legislação vigente, bem como às regras
previstas em convenções internacionais ratificadas pelo país, além das normas
estabelecidas pela Autoridade Portuária.
Na eventualidade da Autoridade Portuária não proceder à divulgação das suas
Normas, o Capitão dos Portos da respectiva jurisdição alertará aquela Autoridade
formalmente sobre o fato e suas possíveis implicações.
SEÇÃO III
CONTROLE DO TRÁFEGO MARÍTIMO
0104 - TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES EM ÁREA MARÍTIMA
a) Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo - SISTRAM
1) Situação
As informações sobre o tráfego marítimo envolvem os seguintes
aspectos: a salvaguarda da vida humana no mar; o cumprimento da legislação nas
AJB e o Controle Naval do Tráfego Marítimo (CNTM), em emergências e em situações
de conflito.
Pela Convenção Internacional de Busca e Salvamento Marítimo de 1979
(SAR-79), ratificada pelo país, em 1982, uma extensa área marítima do Oceano Atlântico
ficou sob a responsabilidade SAR do Brasil. Para atender a esse compromisso, foi criado
o SISTRAM que, por meio de informações padronizadas enviadas voluntariamente
pelos navios, possibilita efetuar o acompanhamento dos mesmos em qualquer área.
Para o cumprimento da legislação nas AJB, as informações são
obrigatórias, conforme definido abaixo.
Para o CNTM, em emergências e em situações de conflito, os navios
cumprirão instruções específicas das Autoridades de CNTM, conforme a doutrina
adotada pela MB e legislação em vigor.
O SISTRAM recebe tanto as informações voluntárias para o SAR, quanto as
informações obrigatórias destinadas ao cumprimento da legislação nas AJB.
A transmissão das informações deverá ser efetuada de acordo com as
instruções contidas no Anexo 1-B desta NORMAM.
2) Comunicação de Posições dos Navios
Os navios de bandeira brasileira e os afretados por armadores brasileiros,
em navegação de Longo Curso ou de Cabotagem, navegando em qualquer área
marítima do mundo, são obrigados a enviar ao Comando do Controle Naval do Tráfego
Marítimo (COMCONTRAM) suas posições e dados de navegação, de acordo com as
instruções contidas no Anexo 1-B desta NORMAM.
Os navios de bandeira brasileira e os afretados por armadores brasileiros,
envolvidos em atividades de apoio marítimo às plataformas de exploração de petróleo
e gás natural localizadas nas AJB (atividades offshore), quando em trânsito entre
portos nacionais, são obrigados a enviar ao COMCONTRAM suas posições e dados de
navegação, de acordo com as instruções contidas no Anexo 1-B desta NORMAM.
3) Navios Estrangeiros
Os navios mercantes de bandeira estrangeira estão convidados a se
integrar voluntariamente ao SISTRAM, enviando, também, suas posições e dados de
navegação para o COMCONTRAM.
Quando estiverem navegando no mar territorial ou em águas interiores
brasileiras são obrigados a se integrarem ao SISTRAM. Tal exigência é embasada no
preconizado no §3o do artigo 3o da Lei no 8617/93.
- 1-5 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
As embarcações autorizadas a realizar aquisição de dados relacionados à
atividade do petróleo e do gás natural, ou quaisquer outras que utilizam reboques de
petrechos em suas atividades em AJB, estão obrigadas a se integrarem ao SISTRAM.
b) Sistema de Identificação e Acompa nhamento de Navios de Bandeira
Brasileira a Longa Distância (LRIT)
A Resolução MSC.202(81) da Organização Marítima Internacional adotou a
emenda à Convenção SOLAS (Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida
Humana no Mar), alterando seu Capítulo V e estabelecendo o Sistema de Identificação
e Acompanhamento de Navios a Longa Distância - “LONG-RANGE IDENTIFICATION
AND TRACKING OF SHIPS - LRIT”.
Com o propósito de atender às exigências que o sistema requer, deverão ser
observadas as instruções previstas no Anexo 1-E desta Norma.
O Anexo 1-E e seus apêndices conteem as informações e procedimentos
necessários para que o armador, ou seu representante legal, adeque sua(s)
embarcação(ões) aos requisitos LRIT, bem como às empresas provedoras de serviços
interessadas em participar do referido sistema.
O sistema foi, em sua 1ª fase, implementado, desde 31JUL2008,
caracterizando-se pela transmissão de dados de posição em intervalos de 6 em 6
horas e tendo o e-mail, via internet, como mecanismo de transmissão da informação,
obedecendo aos requisitos técnicos que se encontram no Anexo 1-C. Todavia, as
novas funcionalidades sistêmicas, decorrentes das alterações introduzidas no Capítulo
V da Convenção SOLAS, exigem que o Centro de Dados Nacional LRIT (CDNL) possa
efetuar requisição de informação de posição a qualquer momento e alterar,
remotamente, via provedores de serviço, o intervalo de tempo da transmissão de dados
configurado no equipamento de bordo.
Para tal, o Anexo 1-E contém as alterações que se fazem necessárias para
alcançar a plena operação requerida pelo sistema LRIT, bem como incorpora a
modificação do mecanismo tradicional do e-mail, substituindo-o pela tecnologia do
WEB-Service, visando obter maior controle e segurança das comunicações.
A integração de cada embarcação ao sistema será realizada mediante um
teste de conformidade dos requisitos técnicos e funcionais, previstos na documentação
da IMO, conduzido por empresa provedora de serviço reconhecida pela Marinha do
Brasil. Desse modo, a embarcação que já atende os requisitos do Anexo 1-C deverá
cumprir os do Anexo 1-E, sem interromper a transmissão dos dados de posição via e-
mail, até a conclusão e aprovação do teste de conformidade da embarcação e sua
consequente inclusão no banco de dados do CDNL.
O LRIT, assim como o SIMMAP (Sistema de Monitormanento Marítimo de
Apoio às Atividades do Petróleo), funciona independentemente do SISTRAM. Assim, as
embarcações não estão dispensadas do cumprimento das obrigações previstas para o
Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo - SISTRAM.
c) Sistema de acompanhamento de embarcações operando nas AJB em
proveito da indústria do petróleo
1) Situação
A ocorrência de bacias sedimentares nas AJB vem propiciando um
crescente desenvolvimento nas atividades de prospecção, exploração e produção de
petróleo e gás natural no litoral brasileiro.
Essas atividades têm gerado um considerável incremento do tráfego
marítimo, com conseqüente reflexo nas ações a serem desenvolvidas para a
segurança desse tráfego e, também, nas medidas preventivas relacionadas ao risco
potencial de acidentes ambientais nessas áreas.
- 1-6 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
Por outro lado, a importância estratégica da exploração e produção de
hidrocarbonetos nas bacias marítimas aumenta a necessidade da proteção dos meios
empenhados nessasatividades.
Desta forma, um sistema de monitoramento do tráfego marítimo nessas
áreas reveste-se de significativa importância e merece cuidados especiais por parte da
Autoridade Marítima.
2) Sistema de Monitoramento Marí timo de Apoio às Atividades do
Petróleo (SIMMAP)
O Sistema de Monitoramento Marítimo de Apoio ao Petróleo (SIMMAP)
identifica e acompanha o tráfego marítimo relacionado à indústria do petróleo e gás por
meio do rastreamento das embarcações empregadas nessa atividade com as
seguintes finalidades:
- incrementar a segurança e a proteção do tráfego aquaviário, a
salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção da poluição hídrica com foco
especial às embarcações atuantes na indústria petrolífera;
- contribuir para a fiscalização das atividades da indústria do petróleo e
gás natural pelas autoridades competentes; e
- servir como instrumento auxiliar nas investigações quando da ocorrência
de acidentes que envolvam alguma das embarcações acompanhadas.
O SIMMAP, assim como o LRIT, funciona independentemente do
SISTRAM. Assim, as embarcações não estão dispensadas do cumprimento das
obrigações previstas para o Sistema de Informações Sobre o Tráfego Marítimo -
SISTRAM.
3) Transmissão das informações
Todas as embarcações operando nas AJB, empregadas no transporte de
petróleo, de gás natural e derivados, na aquisição de dados relacionados com a
atividade do petróleo e gás natural, na prospecção e lavra de petróleo e gás natural,
navios-sonda, plataformas de perfuração e embarcações de apoio marítimo, enviarão
suas informações conforme as instruções contidas no Anexo 1-D a esta NORMAM, a
partir de 31 de julho de 2007.
As embarcações de bandeira brasileira enquadradas no Sistema de
Identificação e Acompanhamento a Longa Distância (LRIT) estão dispensadas.
0105 - QUADRO RESUMO DE APLICAÇÃO DO S SISTEMAS SISTRAM, LRIT e
SIMMAP
SISTEMAS (adesão
obrigatória)
EMPREGO SISTRAM LRIT SIMMA
P
Embarcações de bandeira brasileira ou afretados
por armadores brasileiros, em navegação de Longo
Curso ou de Cabotagem, navegando em qualquer área
marítima do mundo.
X
Embarcações de bandeira brasileira e os afretados
por armadores brasileiros, envolvidos em atividades de
apoio marítimo às plataformas de exploração de
petróleo e gás natural localizadas nas AJB (atividades
offshore), quando em trânsito entre portos nacionais.
X X
Embarcações estrangeiras, quando navegando no
mar territorial ou em águas interiores brasileiras. X
- 1-7 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
SISTEMAS (adesão
obrigatória)
EMPREGO SISTRAM LRIT SIMMA
P
Embarcações autorizadas a realizar aquisição de
dados relacionados à atividade do petróleo e do gás
natural, ou quaisquer outras que utilizam reboques de
petrechos em suas atividades nas AJB.
X X
Embarcações de passageiros, inclusive
embarcações de passageiros de alta velocidade, de
bandeira brasileira, engajadas ou não em viagens
internacionais.
X
Embarcações de carga, inclusive embarcações de
alta velocidade, com AB igual ou maior a 300, de
bandeira brasileira, engajadas ou não em viagens
internacionais.
X
Unidades móveis de perfuração off-shore, de
bandeira brasileira (MODU, conforme Regra XI-2/1.1.5
da SOLAS).
X
Embarcações de bandeira estrangeira e as
nacionais não enquadradas no Sistema LRIT ,
operando nas AJB, empregadas no transporte de
petróleo, gás natural e derivados, na aquisição de
dados relacionados com a atividade do petróleo e gás
natural, na prospecção e lavra de petróleo e gás
natural, navios-sonda, plataformas de perfuração e
embarcações de apoio marítimo.
X
Observações:
1) As embarcações que possuírem os sistemas LRIT ou SIMMAP, não estão
dispensadas de aderirem ao SISTRAM; e
2) As embarcações de bandeira brasileira enquadradas no sistema LRIT, estão
dispensadas de aderirem ao SIMMAP.
0106 - TRÁFEGO DE EMBARCAÇÕES NAS ÁREAS DE PORTO ORGANIZADO
(APO)
O Artigo 33, § 5º, inciso I, itens b), c) e d) da Lei 8630/1993, dispõe que a
Autoridade Marítima coordenará o estabelecimento e a divulgação, a ser realizada pela
Administração do Porto (Autoridade Portuária), do calado máximo de operação dos
navios, do porte bruto máximo e das dimensões máximas dos navios que trafegam nos
portos brasileiros, bem como a delimitação, nas Áreas de Porto Organizado, das áreas
de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspeção sanitária e de polícia
marítima, bem assim as destinadas a plataformas, demais embarcações especiais,
navios de guerra e submarinos, navios em reparo ou aguardando atracação e navios
com cargas inflamáveis e explosivos.
O Capitão dos Portos deverá fazer constar das Normas e Procedimentos da
Capitania dos Portos (NPCP/NPCF) o documento da Administração do Porto que
estabelece tais parâmetros, exigindo que o mesmo seja promulgado, caso ainda não o
tenha sido por aquela autoridade.
Em casos de divergências entre os segmentos envolvidos nas operações
portuárias que possam repercutir na segurança da navegação, na salvaguarda da vida
humana ou na prevenção da poluição do ambiente hídrico, o CP/DL/AG deverá promover
- 1-8 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
reuniões com representantes das Administrações dos Portos, partes interessadas, firmas
de consultoria especializadas, outras organizações da Marinha do Brasil, dentre outros, e,
quando necessário, devidamente assessorado por Práticos convocados nos termos da
NORMAM-12/DPC, no sentido de obtenção de consenso na definição de parâmetros. Na
ausência de consenso, a decisão final caberá ao CP.
Para estabelecer parâmetros aceitáveis de segurança da navegação em águas
restritas, o Capitão dos Portos poderá recorrer à literatura sobre o assunto, como o PTC
II-30 “APROACH CHANNELS A GUIDE FOR DESIGN” do PERMANENT
INTERNATIONAL ASSOCIATION OF NAVIGATION CONGRESSES (PIANC) ou à NBR-
13246 - Planejamento Portuário - Aspectos Técnicos, respeitando a legislação nacional
sobre a competência devida a cada órgão.
Manifestado interesse na implantação de Sistemas de Tráfego de
Embarcações (STE ou, em inglês, VTS - Vessel Traffic Service) em suas APO,
recomenda-se às Autoridades Portuárias observarem as Normas da Autoridade
Marítima para Serviço de Tráfego de Embarcações (VTS) - NORMAM-26/DHN
.
- 2-1 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
CAPÍTULO 2
ENTRADA, DESPACHO E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES
0201 - INSTRUÇÕES GERAIS
As embarcações mercantes, ao entrarem em qualquer porto brasileiro, deverão
comunicar sua chegada à CP, DL ou AG, doravante denominadas Órgão de Despacho
(OD), por meio da Parte de Entrada.
Em tempo hábil, as embarcações solicitarão ao OD permissão para saída por meio
de um Pedido de Despacho. Para obter tal autorização, deverão cumprir as prescrições
regulamentares, cujo procedimento é denominado Despacho. Caso não haja tempo hábil,
em virtude do período de estadia da embarcação no porto e do local da atracação na área
do OD, a embarcação poderá ser liberada por meio do Despacho Como Esperado.
Após a embarcação ser despachada, terá o prazo para saída de até 2 (dois) dias
úteis. Não se concretizando essa saída, o Despacho deverá ser atualizado por meio da
Revalidação do Despacho.
As embarcações, após cumprirem as exigências do Despacho, serão liberadas pelo
OD e receberão o Passe de Saída.
A efetiva saída das embarcações será participada ao OD por meio da Parte de
Saída.
A tramitação dos documentos acima mencionados, entre o OD e o Comandante da
embarcação, Armador ou seu Preposto, deverá realizar-se, preferencialmente, por meio de
fac-símile.
Qualquer omissão de fato ou informação inverídica, que concorra para que o
Despacho da embarcação seja feito com vício ou erro, será considerada falta grave a ser
apurada, sendo o Comandante o principal indiciado; podendo, conforme o caso, ser
retida a embarcação por período de tempo julgado conveniente pelo OD, para os
esclarecimentos necessários.0202 - PARTE DE ENTRADA
a) Obrigatoriedade
1) embarcações estrangeiras, exceto: as de esporte e/ou recreio e navios de
guerra e de Estado não exercendo atividade comercial; e
2) embarcações nacionais com mais de 20 (vinte) AB, exceto: as de esporte e/ou
recreio, de pesca, quando saindo e retornando a um mesmo porto sem escalas
intermediárias, e os navios de guerra e de Estado não exercendo atividade comercial.
b) Emissão
A parte de entrada, cujo modelo consta do Anexo 2-A e seus apêndices, deve
ser encaminhada ao OD pelo Comandante, Armador ou seu Preposto, preferencialmente,
por meio de fac-símile, contendo, obrigatoriamente, a Declaração Geral (modelo Anexo 2-
B), cuja apresentação é obrigatória em todos os portos. Os demais apêndices, a seguir
discriminados, deverão ser apresentados somente no primeiro e último porto, desde que
não haja alteração de pessoal e passageiros embarcados:
1) Lista de Pessoal Embarcado (APÊNDICE B-I);
2) Lista de Passageiros (APÊNDICE B-II); e
3) Planilha de Dados do GMDSS (APÊNDICE B-III).
Os originais deverão ser arquivados a bordo da embarcação, para futura
comparação quando solicitado.
A planilha de dados do GMDSS (Apêndice B-lll) deverá ser encaminhada ao
COMCONTRAM para atualização do banco de dados daquele Comando.
- 2-2 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
Os documentos abaixo listados deverão estar disponíveis a bordo para
apresentação, quando exigido, à Autoridade competente:
1) Declaração de Carga (Anexo 2-C);
2) Declaração de Bens da Tripulação (Anexo 2-D);
3) Declaração Marítima de Saúde; e
4) Declaração de Provisões de Bordo.
As embarcações empregadas no transporte de passageiros poderão ser
dispensadas da apresentação da LISTA DE PASSAGEIROS, a critério da CP, DL ou AG da
área de jurisdição.
c) Prazos
A chegada (Data-Hora) de uma embarcação, em fundeadouro ou área portuária,
deverá ser comunicada ou remetida, por meio da Parte de Entrada, ao OD o mais rápido
possível, por qualquer dos meios disponíveis (de preferência por fac-símile), prazo máximo:
06 (seis) horas após a atracação ou fundeio da embarcação.
Se no decurso da viagem, imediatamente anterior à escala, ocorrer qualquer das
hipóteses abaixo discriminadas, o Comandante de navio brasileiro encaminhará ao OD,
preferencialmente por fac-símile, um extrato devidamente autenticado do lançamento da
ocorrência no Diário de Navegação. O Comandante de navio estrangeiro deverá cumprir tal
procedimento, na ocorrência das hipóteses 3 e 4, em águas jurisdicionais brasileiras:
- avaria de vulto na embarcação ou na carga;
- insubordinação de tripulante ou passageiro;
- observação da existência de qualquer elemento de interesse da navegação, não
registrado na carta náutica;
- alteração no balizamento ou no funcionamento dos faróis;
- acidente pessoal grave ocorrido; e
- fato importante ocorrido durante a viagem, a critério do Comandante.
d) Arquivamento
As Partes de Entrada deverão ser arquivadas no OD por 06 (seis) meses.
0203 - DESPACHO
a) OBRIGADOS A EFETUAR O DESPACHO
1) Embarcações de Arqueação Bruta igual ou superior a 20 (vinte), inclusive as
embarcações pesqueiras não enquadradas no item 2) abaixo;
2) Embarcações Pesqueiras obrigadas a participar do Programa Nacional de
Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS), com AB maior ou igual
a 50 (cinqüenta) ou com comprimento total igual ou superior a 15 (quinze) metros; e
3) São dispensadas de efetuar o despacho as embarcações de esporte e/ou
recreio, navios de guerra e de Estado não exercendo atividade comercial. A movimentação
de embarcação entre portos da mesma área portuária será efetivada por meio da Parte de
Saída e da Parte de Entrada, não sendo necessário o Despacho. Para efeito dessa norma,
considera-se área portuária aquela geograficamente situada em uma mesma baía, enseada,
angra, canal, rio ou lagoa, operando a embarcação nas atividades de um único porto.
b) PEDIDO DE DESPACHO
1) Procedimentos do Interessado
O Pedido de Despacho (ANEXO 2-E) deverá ser encaminhado ao OD pelo
Comandante, Armador ou seu Preposto, preferencialmente, por meio de fac-símile,
juntamente com a Declaração Geral (ANEXO 2-B) e, caso ocorram alterações, a Lista de
Pessoal Embarcado (APÊNDICE B-I) e Lista de Passageiros (APÊNDICE B-II).
O despacho por fac-símile não se aplica às embarcações de transporte de
passageiros, empregadas na navegação interior.
- 2-3 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
As embarcações pesqueiras obrigadas a participarem do PREPS,
apresentarão em adição aos documentos citados no parágrafo acima, a DECLARAÇÃO
DE ADESÃO AO PREPS (Anexo 2-K). As referidas embarcações quando efetuarem a
comunicação de desativação temporária do equipamento de rastreamento, somente serão
despachadas após a reativação/término da manutenção do equipamento de rastreamento
e/ou reparo da embarcação.
O Pedido de Despacho e seus anexos deverão ser encaminhados ao OD no
período compreendido entre a chegada e a saída da embarcação, de maneira a possibilitar
que as providências regulamentares e as eventualmente exigidas para a liberação da
mesma sejam satisfeitas em tempo hábil, considerando que o OD poderá exigir,
aleatoriamente a apresentação de qualquer documentação, complementar ou não, que
julgar necessária, antes da emissão do Passe de Saída (Anexo 2-F).
No caso de embarcações que necessitem de vistoria, o Pedido de Despacho
deve ser encaminhado, somente, após sua realização, devendo ser anexada a
documentação resultante dessa formalidade.
Para os navios estrangeiros, sujeitos ao pagamento da Tarifa de Utilização de
Faróis (TUF), deverá ser encaminhado o comprovante de recolhimento, cujos valores são
calculados em função da Tonelagem de Porte Bruto (TPB), conforme indicado na tabela do
Anexo 2-G.
Neste mesmo anexo estão relacionados os tipos de navios obrigados ao
pagamento da TUF, bem como os isentos desse pagamento.
Os embarques e/ou desembarques de tripulantes deverão constar
respectivamente do Rol de Equipagem/Portuário da embarcação. O original do Rol deverá
permanecer a bordo para futura comparação, quando solicitado.
Qualquer movimentação de pessoal, ocorrida após a realização do Despacho,
deverá ser informada ao OD pelo Comandante, Armador ou seu Preposto, encaminhando,
via fac-símile, ou por outro meio, uma nova Lista de Pessoal Embarcado ou, conforme o
caso, nova Lista de Passageiros. Na ocorrência de embarque de pessoal fora do horário
normal do expediente ou após o suspender, ou ainda na condição de Despacho Como
Esperado, o Comandante deverá comunicar ao OD, lançar o fato no Diário de Navegação e
no Rol específico da embarcação, e formalizar o embarque do tripulante no próximo OD.
Quando se tratar de desembarque, a substituição do tripulante deverá ocorrer antes da
partida da embarcação, a fim de assegurar o fiel cumprimento do Cartão de Tripulação de
Segurança da embarcação, devendo adotar-se todos os procedimentos acima descritos,
analogamente, para o caso de embarque.
As embarcações pesqueiras obrigadas a participar do PREPS, deverão
cumprir integralmente o contido na Instrução Normativa Interministerial n° 2, de 4 setembro
de 2006, dos Secretário Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da Republica,
Ministra de Estado do Meio Ambiente e Comandante da Marinha.
Por ocasião de fiscalização realizada na embarcação, ao ser constatado que
o Armador deixou de cumprir os procedimentos acima estabelecidos, ou não apresentar
os contratos de trabalho atualizados firmados entre o Armador e os tripulantes constantes
da lista de pessoal embarcado (CREW LIST), juntamente com a cópia da Carteira de
Trabalho e Previdência Social - CTPS, conforme o estabelecido na alínea e) do Anexo 2-
B, as CP/DL/AG deverão comunicar a ocorrência oficialmente aos órgãos locais do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para as providências cabíveis.
2) Procedimentos a serem seguidos pelo OD
(a)Pelo Encarregado do Despacho.
Deverá examinar o preenchimento do Pedido de Despacho, bem como
a documentação anexa, após o que, estando tudo correto, preencherá o Passe de Saída e o
- 2-4 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
encaminhará preferencialmente por fac-símile ao interessado, liberando a embarcação. Nos
casos de prorrogação do Despacho (revalidação), deverá ser emitido um novo Passe de
Saída. Deverá verificar, também, antes da emissão do Passe de Saída, se não há restrições
impostas pelo PSC, no caso de embarcação estrangeira, e nos casos de embarcações
inscritas no OD, verificar se não há restrições relativas ao setor de Vistorias.
(b) Serviço de Despacho
Os OD deverão estar guarnecidos, permanentemente, com pessoal
habilitado para o despacho das embarcações, de maneira que os procedimentos do
Despacho não fiquem indisponíveis por falta de atendimento.
(c) Inspeção nas Embarcações
As inspeções, verificações e diligências que tiverem que ser feitas numa
embarcação deverão ser realizadas de forma a não retardar as suas operações normais,
salvo motivo de força maior e devidamente justificado.
(d) Arquivamento
Os Pedidos de Despacho e os seus anexos serão arquivados no OD por
período de 6 (seis) meses.
c) EXIGÊNCIAS EVENTUAIS
No interesse da segurança da navegação, da salvaguarda da vida humana no
mar, da prevenção da poluição ambiental e/ou em cumprimento a disposições legais, poderá
o OD determinar a apresentação de outros documentos que entender necessários, bem
como realizar as verificações materiais que julgar conveniente, podendo, inclusive, impedir a
entrada, a permanência ou a saída de embarcações nos portos de sua jurisdição, disto
dando ciência, por mensagem, ao DN a que estiver subordinado, mantendo a DPC
informada.
Quando se tratar de embarcação estrangeira, este fato deverá ser comunicado
ao Cônsul do País de bandeira da embarcação.
d) VALIDADE DO DESPACHO
1) até o próximo porto
- para as embarcações classificadas quanto à navegação como de Longo
Curso e Cabotagem.
2) até 60 (sessenta) dias
- para embarcações de transporte de passageiros, empregadas na navegação
interior, desde que, no período considerado, não esteja vencendo qualquer certificado ou
documento temporário da embarcação.
3) até 180 (cento e oitenta) dias
- para as embarcações classificadas para a navegação de Apoio Marítimo,
Interior e atividades de Pesca e as embarcações despachadas para navegação em
“Viagem Redonda”.
- Considera-se “Viagem Redonda”, exclusivamente para efeito de despacho,
a viagem contada desde que a embarcação zarpe do porto inicial até regressar a ele, ou
seja, a viagem realizada por uma embarcação que recebe o seu Passe de Saída em um
determinado Porto de Origem e tendo como Porto de Destino o próprio Porto de Origem,
sem que venha a demandar ao longo da viagem qualquer outro Porto.
- caso surjam pendências impeditivas, tipo código 17 (a serem sanadas
antes de suspender) decorrentes de Inspeção Naval (Port State e Flag State Control),
durante o período de validade do despacho, este ficará automaticamente cancelado. Caso
as pendências sejam apenas restritivas, com prazo para cumprimento, a validade do
despacho será automaticamente cancelada se tais pendências não forem sanadas dentro
do prazo estabelecido.
- 2-5 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
e) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
1) Despacho como Esperado - Definição
Procedimento antecipado do despacho da embarcação esperada no porto.
A embarcação para ter o Despacho Como Esperado deverá preencher os
seguintes requisitos:
(a) não possuir exigências a serem cumpridas no porto onde está sendo dado
o Despacho Como Esperado;
(b) não necessitar de ações administrativas do OD, tais como qualquer tipo de
vistoria e/ou emissão de certificado;
(c) não ser classificada quanto ao serviço como de transporte de passageiros
bem como de transporte de cargas e passageiros; e
(d) não ter recebido o Despacho Como Esperado no porto anterior.
2) Alteração de Destino/Desvio de Rota
(a) quando uma embarcação for despachada num OD e, já no decurso da
viagem, ocorrer alteração no destino, tal fato deverá ser comunicado pelo Comandante,
Armador ou seu Preposto: ao OD onde se processou o Despacho inicial; ao OD do porto de
destino alterado e ao OD do porto de destino efetivo. Deverá, obrigatoriamente, ser emitida
a mensagem ao COMCONTRAM, conforme previsto no Sistema de Informações sobre o
Tráfego Marítimo (SISTRAM);
(b) no caso de desvio de rota por interesse do Armador, ou por força de
arribada, o OD do porto de chegada deverá alterar, no Passe de Saída, o porto de destino
do Despacho Anterior e transcrever a data-hora da mensagem que comunicou o desvio da
rota, além de lançar no quadro - “observações” - o motivo da ocorrência; e
(c) as CP, DL e AG que despacharem navios nacionais para portos nacionais
e tiverem informação do desvio de rota desses navios para portos estrangeiros, deverão
comunicar esse fato aos representantes locais da Receita e da Polícia Federal para as
providências que se fizerem necessárias.
3) Despacho de Embarcações Avariadas, Desativadas, Fora de Classe, Cascos e
Sucata Flutuante com mais de 500 AB
Os despachos de saída dos portos nacionais dessas embarcações, sem
condições de operar por seus próprios meios, deverão ser consideradas liberações
especiais, semelhantes aos cuidados de operação de assistência e salvamento, a todo risco
(NORMAM-16/DPC e Lei no 7.203/84), devendo ser apresentados, tempestivamente, para
análise e aprovação da AM o seguinte:
a) Plano de execução da faina (plano de singradura, reboque, contingência da
operação etc), elaborado por um “SALVAGE MASTER”, identificado, contendo o seguinte:
I) Cronograma dos eventos que apresente todas as etapas da faina, de
modo a garantir a segurança necessária durante a operação;
II) Obrigatoriedade de emprego de um rebocador acompanhante
(“ESCORT TUG”);
III) Plano de evacuação de emergência do rebocado/rebocador; e
IV) Derrotas que evitem águas adjacentes à costa brasileira, reduzindo ao
máximo o potencial risco ambiental.
b) Ratificação do plano de execução da faina por Sociedade Classificadora ou
Entidade Especializada atestando a estanqueidade e flutuabilidade do dispositivo a ser
rebocado; e
c) Garantia oferecida por Clube P&I, atestando cobertura para remoção de
destroços - Wreck Removal e cobertura de responsabilidade civil - CIVIL LIABILITY. As
coberturas do Clube P&I exigidas pela Autoridade Marítima Brasileira são obrigatórias nas
- 2-6 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
fainas realizadas dentro do mar territorial brasileiro, sendo recomendado manter essas
garantias nas demais áreas fora do mar territorial.
Os casos omissos neste subitem serão tratados, individualmente, pela Autoridade
Marítima.
4) Impedimento de Despacho
O Pedido de Despacho será negado nas seguintes situações:
(a) Por decisão da CP/DL/AG, em conformidade com as Normas em vigor;
(b) Por Ordem Judicial, ficando o despacho condicionado à expressa
liberação judicial, observando ainda o contido no item 0404 desta norma;
(c) Por fundamentada solicitação oficial da Receita Federal, Delegacia
Regional de Trabalho, Departamento de Marinha Mercante, Agência Nacional de Transporte
Aquaviário (ANTAQ), Delegacia de Vigilância Sanitária - Serviço de Saúde dos Portos,
Polícia Federal - Delegacia de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras e Controle de Navios
pelo Estado do Porto (PSC). Havendo dúvidas quanto à legalidade da solicitação, deverá ser
consultada a DPC.
A embarcação deverá ser impedida de sair do porto, bem como poderá ser
retida para diligências, de acordo com a legislação vigente.
5) Proibição de Entrada e/ou Permanência no Porto
(a) Por decisão do CP/DL/AG, em conformidade com as Normas em vigor; ou
(b) Por solicitação oficial das autoridades mencionadas na alínea c) do item
4).
As ações tomadas referentesaos itens 4) e 5) deverão ser participadas
pelas CP,DL e AG, por mensagem, ao DN a que estiverem subordinadas com informação
para a DPC. No caso de Embarcação Estrangeira, comunicar, também, ao representante
diplomático do país de bandeira da embarcação.
6) Embarcações em Comboio
Nos Despachos de embarcações operando em comboio, na Declaração Geral
apontar, em seu quadro 17 - “observações” -, o nome de todas as embarcações integrantes
do comboio.
7) Agente de Navio
Quando a operação de carga se fizer por meio de agente de navio, o nome
deste deverá ser lançado no quadro 17 - “observações” - da Declaração Geral.
f) CASOS ESPECIAIS
1) Embarcações Estrangeiras Autorizadas a Operar em AJB
A embarcação estrangeira autorizada a operar em AJB, de acordo com a
NORMAM-04/DPC, deverá enviar, juntamente ao pedido de despacho, cópia do AIT, do
Relatório de Vistoria emitido pelo GEVI e do Cartão de Tripulação de Segurança(CTS).
Será analisada a coerência entre a Lista de Pessoal Embarcado (acordo
Apêndice B-I da NORMAM 08) e o CTS emitido pela Capitania dos Portos de Inscrição da
embarcação.
As embarcações estrangeiras afretadas para operarem na navegação de
cabotagem, pelo regime de uma única viagem (VOYAGE CHARTER) só deverão ser
despachadas, após a verificação do cumprimento do preconizado no item 0113 da
NORMAM-04/DPC.
As embarcações de pesca estrangeiras arrendadas, para emprego na pesca
ou com autorização para pescar nas zonas brasileiras de pesca, poderão ter a bordo
técnico brasileiro ou observador de bordo designado pela SEAP/PR ou Ministério do Meio
Ambiente, devendo ser juntada à documentação do despacho a declaração dos órgãos
retrocitados quanto à designação ou não desses técnicos.
- 2-7 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
2) Embarcações Brasileiras de Pesca
As embarcações brasileiras de pesca, para operar nas zonas brasileiras de
pesca, ficam obrigadas a manter a bordo da embarcação acomodação e alimentação para
técnico brasileiro ou observador de bordo, porventura designado pela SEAP/PR ou
Ministério do Meio Ambiente. Para tanto, deverá juntar à documentação para despacho
uma declaração do Proprietário ou Armador de que a embarcação dispõe de acomodação
para o técnico brasileiro ou observador.
3) Embarcações de pesca estrangeiras não autorizadas a operar em AJB
As arribadas, dessas embarcações, a portos nacionais, são consideradas
não justificadas, tornando obrigatória a instauração de IAFN, conforme previsto no artigo
0107 b) 1) da NORMAM-09/DPC, devendo os Agentes da Autoridade Marítima adotar as
seguintes medidas complementares:
I) promover maior coordenação com os demais órgãos de fiscalização da
área migratória, trabalhista, sanitária e de recursos naturais, a fim de que tais
embarcações sejam rigorosa e amplamente avaliadas em todos seus aspectos;
II) intensificar a Inspeção Naval sobre estas embarcações, com a
verificação de suas provisões e das razões que as conduziram à solicitação da arribada; e
III) manter um controle apurado das entradas e saídas dos portos nacionais
destas embarcações.
4) Navio Graneleiro com mais de 18 Anos (contados a partir da data de
entrega)
Os navios graneleiros ou navios combinados (Ore-Oil ou Ore-Bulk-Oil), com
idade igual ou superior a 18 anos, que carreguem graneis sólidos de peso específico
maior ou igual a 1,78 tonelada por metro cúbico, deverão enviar, juntamente com a parte
de entrada, ou no máximo antes de iniciar as operações do carregamento, cópia da
Declaração da Vistoria de Condição (acordo Anexo 2-A da NORMAM-04/DPC).
5) Embarcação estrangeira sujeita à vistoria de PSC
Essas embarcações deverão enviar, juntamente com o pedido de despacho,
cópia do FORM ALFA e, caso exista, cópia do FORM BRAVO. De todos os documentos a
serem encaminhados, caso existam exigências, enviar cópia da baixa desses itens.
6) Embarcação obrigada a portar CSN
Deverá enviar, juntamente com o pedido de despacho, cópia do CSN.
g) SISTEMA DE CONTROLE DE DESPACHOS DE EMBARCAÇÕES (SISDESP
ON LINE)
O SISDESP ON LINE foi criado para que os Órgãos de Despacho (OD) e a
DPC tenham o controle efetivo das movimentações das embarcações mercantes.
Torna-se necessário, portanto, que os lançamentos dos dados relativos à Parte
de Entrada, Despacho e Parte de Saída, das embarcações que demandam os portos da
respectiva jurisdição, sejam efetuados em tempo hábil, no sentido de não haver
comprometimento do controle dessas movimentações pelos demais Órgãos de Despacho
(OD) e pela DPC.
Deverão ser adotadas as medidas cabíveis, no âmbito das CP/DL/AG, para
que os lançamentos dos dados relativos à Parte de Entrada, Despacho e Parte de Saída
sejam feitos em tempo hábil no servidor ALFHA da DPC, através do SISDESP ON LINE.
Caso haja na OM sistema ou método paralelo substituindo o SISDESP LOCAL
para controle de dados e emissão de documentos, cumprindo os procedimentos previstos
no item 0205 da presente norma, seus dados, também, deverão ser lançados no
SISDESP ON LINE.
Recomenda-se o cumprimento criterioso das normas e procedimentos para
utilização do SISDESP ON LINE, constantes de seu Manual, promulgado pela DPC.
- 2-8 - NORMAM-08/DPC
Mod 14
0204 - PARTE DE SAÍDA
a) Obrigatoriedade
1) embarcações estrangeiras, exceto: as de esporte e/ou recreio e navios de
guerra e de Estado não exercendo atividade comercial; e
2) embarcações nacionais com mais de 20 (vinte) AB, exceto: as de esporte e/ou
recreio; de pesca, quando saindo e retornando a um mesmo porto sem escalas
intermediárias; e navios de guerra e de Estado não exercendo atividade comercial.
b) Emissão
A Parte de Saída deve ser emitida pelo Comandante, Armador ou seu Preposto,
utilizando o modelo constante do Anexo 2-H e encaminhada, preferencialmente, por fac-
símile, ao OD.
As alterações de pessoal ocorridas após o Despacho da embarcação deverão ser
informadas juntamente com a Parte de Saída, por meio do encaminhamento de nova Lista
de pessoal Embarcado ou, quando for o caso, de nova Lista de Passageiros.
c) Prazo
A Parte de Saída deverá ser encaminhada ao OD até 06 (seis) horas após a
saída, pelo Comandante, Armador ou seu Preposto.
d) Arquivamento
As Partes de Saída serão arquivadas no OD por 06 (seis) meses.
0205 - CONTROLE DE SITUAÇÃO DE EMBARCAÇÕES
Com base na Parte de Entrada e na Parte de Saída das embarcações, as CP, DL e
AG deverão manter atualizado um controle de situação das embarcações, que deverá ser
feito por meio do Quadro de Situação das Embarcações nos
Portos/Fundeadouros/Terminais (Anexo 2-I), contendo os dados significativos sobre os
navios na área de jurisdição.
0206 - CERTIFICADOS E DOCUMENTOS EXIGIDOS
Consta do Anexo 2-J a relação dos certificados e documentos exigidos, cujos
originais devem ser mantidos a bordo.
- 3-1 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
CAPÍTULO 3
PERMANÊNCIA EM ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS
SEÇÃO I
PROCEDIMENTO NOS PORTOS
0301 - SERVIÇO DE PRATICAGEM
As condições da Praticagem local, se é obrigatória ou facultativa, a respectiva zona
de praticagem com seus limites, as empresas, associações de Práticos ou Práticos
autônomos, com respectivos endereços, telefones e as freqüências de chamada, constarão
das NPCP/NPCF da área de jurisdição.
0302 - SERVIÇO DE REBOCADORES
O serviço a ser prestado por rebocadores deverá seguir os seguintes parâmetros:
a) o estabelecimento do dispositivo e da quantidade de rebocadores para as
manobras de atracação e desatracação é da responsabilidade exclusiva do Comandante da
embarcação;
b) nenhum Comandante deverá autorizar a realização de manobra com o navio sob
seu comando, se não estiver convicto de que estão resguardadas as condições satisfatórias
de segurança da navegação;
c) por ocasião da manobra, o Comandante da embarcação decidirá o dispositivo
para o reboque, isto é, o número de rebocadores e seus posicionamentos, sendo
recomendável ouvir a sugestãodo Prático, se o serviço de praticagem estiver sendo usado;
d) as solicitações de apoio portuário deverão partir dos Comandantes e as
contratações de serviços, onde se inclui o apoio de rebocadores, feitas através dos
Armadores ou de seus prepostos;
e) a consideração de que o emprego de rebocadores poderá vir a onerar
inaceitavelmente a manobra, devendo este serviço apenas ser imposto se observada
extrema dificuldade ou impossibilidade na manobra sem eles. Lembrar que na ausência de
rebocadores, por motivo de greve ou avaria, as manobras poderão vir a ser realizadas;
f) a consideração de que o emprego inadequado de rebocadores pode gerar
acidentes graves, envolvendo inclusive os próprios rebocadores, com perda de vidas
humanas;
g) as embarcações classificadas quanto ao serviço e/ou atividade como
rebocadores, com potência propulsora instalada superior a 300HP deverão portar um
Certificado de Tração Estática, (BOLLARD PULL), de acordo com instruções específicas da
DPC;
h) os rebocadores com potência propulsora instalada igual ou inferior a 300HP não
são obrigados a portar um Certificado de Tração Estática. Seu “BOLLARD PULL” será
estimado utilizando a regra prática de correspondência de uma tonelada métrica de força de
tração para cada 100HP de potência do motor;
i) para efeito de segurança da navegação, os rebocadores citados no subitem h)
somente poderão, mesmo que temporariamente, realizar serviços de reboque na navegação
de mar aberto caso possuam um Certificado de Tração Estática;
j) a mudança dos rebocadores para prestação de serviços em outros portos,
deverá ser comunicada por seu Armador/preposto à CP/DL/AG que estiver cadastrado, bem
como para àquela onde irá operar, solicitando seu cadastramento;
l) as manobras em águas interiores com plataforma são consideradas especiais e
deverão ser planejadas com antecedência entre os Armadores e/ou Agentes Marítimos e
seus prestadores de serviço e submetidas a apreciação do CP/DL/AG. Como medida
- 3-2 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
preventiva de segurança, o CP/DL/AG poderá avaliar a necessidade de que um rebocador
de alto-mar acompanhe todas as manobras realizadas pelos demais rebocadores;
m)os cabos de reboque(s) e demais equipamentos a serem utilizados nas manobras
com os rebocadores deverão estar de acordo com os requisitos de segurança para a
manobra pretendida;
n) ao Comandante do Navio caberá a decisão final quanto a utilização dos
equipamentos adequados à manobra e dispositivos;
o) nas manobras de rebocadores junto à proa dos navios é proibida a passagem do
cabo de reboque arriando-o pela proa, para ser apanhado com croque pela guarnição do
rebocador. A passagem do cabo deverá ser feita por meio de retinida, de modo a evitar a
excessiva aproximação rebocador/navio, reduzindo os efeitos da interação hidrodinâmica
entre as embarcações; e
p) as condições de uso de rebocadores, se de uso obrigatório ou facultativo,
deverão ser estabelecidas pela Administração do Porto (Autoridade Portuária), sob
coordenação da Autoridade Marítima.
0303 - FAINAS NOS PORTOS
a) Sinais Sonoros e Visuais
As embarcações deverão utilizar-se de sinais sonoros e visuais, inclusive a
comunicação em VHF, para definir antecipadamente movimentações, especialmente, no
caso de manobras próximas.
b) Uso da Bandeira Nacional
1) é obrigatório o uso da Bandeira Nacional na popa, para embarcações com
mais de 5 AB, nas seguintes situações:
(a) na entrada e saída dos portos; quando trafegando a vista de outra
embarcação ou de farol de guarnição;
(b) no porto: das 08:00 horas ao pôr do sol.
2) as embarcações estrangeiras, no porto, içarão a bandeira nacional no topo do
mastro de vante.
c) Transporte de Material e Pessoal
Somente embarcações de pequeno porte, autorizadas pela Capitania, poderão
trafegar entre os navios e pontos de terra, para transporte de material e pessoal. O
embarque e o desembarque em terra somente poderá ser efetuado em um dos pontos
fiscais, em obediência à regulamentação da Saúde dos Portos e Receita Federal.
d) Escadas de Portaló
É proibido aos navios atracados manterem escadas arriadas no bordo do mar. A
escada de quebra-peito deverá permanecer rebatida em seu berço, durante toda a estadia
do navio no porto. A escada de portaló, arriada para o cais, deverá ser provida de rede de
proteção, ficando a critério do Comandante mantê-la arriada ou içada no período noturno.
Aos navios fundeados é permitido arriar uma escada de portaló entre o nascer e
o por do sol. No período noturno, a escada somente poderá ser arriada em caso de
necessidade, devendo ser recolhida logo após o embarque/desembarque realizado.
e) Pintura e Tratamento do Navio
É autorizado o tratamento e pintura nos conveses e costados, devendo o navio
cercar-se das medidas necessárias para evitar a queda de pessoas e material no mar.
Poderão ser arriadas pranchas e chalanas, sem licença prévia da Capitania, as quais,
entretanto deverão ser recolhidas ao final da faina ou ao pôr do sol.
f) Exercícios com Embarcações de Salvatagem
As embarcações de salvatagem poderão ser arriadas para treinamento da
tripulação, independente de licença da CP. Os exercícios deverão ser registrados no
- 3-3 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
Diário de Navegação, nas datas em que foram realizados, constando os pormenores mais
interessantes da faina realizada.
O seu uso, para transporte de material e pessoal, só poderá ser feito mediante
autorização específica da CP.
g) Iluminação do Costado
O costado do navio deverá ser iluminado no bordo do mar, para permitir melhor
fiscalização das autoridades competentes.
As chatas ou barcaças atracadas a contrabordo dos navios para fornecimento de
combustíveis, limpeza de tanque ou qualquer outra finalidade, deverão estar devidamente
iluminadas no período noturno.
h) Movimentação de Material do Navio exceto Carga
O recolhimento de lixos e detritos, o fornecimento de lubrificantes e combustíveis,
o abastecimento de gêneros, deverão ser, em princípio, realizados no período diurno.
0304 - REPAROS
É proibido ao navio atracado a realização de reparos que o impossibilite de
manobrar, salvo em situação especial e desde que obtida a concordância da Administração
do Porto ou Terminal.
A movimentação de navios impossibilitados de manobrar com seus próprios
recursos, de ou para a área de fundeio, deverá ser executada utilizando dispositivo especial
de rebocadores, adequado à situação de rebocado sem propulsão.
SEÇÃO II
PROCEDIMENTOS PARA ARRIBADA E ABRIGO
0305 - PROCEDIMENTO
a) A alteração do porto de destino, arribada ou abrigo será autorizada, desde que
previamente solicitada à CP/DL/AG de despacho, quando ocorrer uma das seguintes
situações:
1) acrescentar porto de escala para abastecimento;
2) prestar serviços médico-hospitalares a passageiro ou tripulante, cujo
tratamento não poderia ser administrado com os recursos de bordo, desde que para tal
ocorrência não tenham contribuído as pessoas, serviços ou aparelhos de bordo;
3) substituir o porto de destino, sem prejuízo de terceiros, quando ocorrer o
aparecimento de carga em porto diferente, e sem prejuízos dos controles estabelecidos
pelos diversos órgãos federais na fiscalização marítima;
4) desembarcar corpo de tripulante ou passageiro, que tenha falecido por causa
natural, devidamente comprovada por laudo necrológico;
5) solicitação de abrigo em caso de mau tempo; e
6) arribada de embarcações avariadas.
b) Qualquer embarcação que venha arribar em portos nacionais em decorrência de
avaria ou sinistro, mesmo que esteja em atividade de assistência SAR, deverá ter sua
entrada condicionada até que o Comandante declare formalmente que as suas condições
de flutuabilidade são estáveis e que não há risco para o meio ambiente. O titular da OM, a
seu exclusivo critério, poderá subsidiar sua decisão de autorizar a entrada da embarcação,
ouvindo aSociedade Classificadora correspondente, de forma que ela se pronuncie
objetivamente sobre se o navio oferece condições satisfatórias de segurança para demandar
águas interiores. É necessário que:
1) a entidade securitária P & I avalize toda a operação com relação a possíveis
danos a terceiros e ao meio ambiente;
2) seja exigido um depósito em caução para cobrir a indenização dos reparos
- 3-4 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
recomendados pela sociedade classificadora e dos eventuais danos a terceiros e ao meio
ambiente;, na condição de carga em que se encontra; e
3) seja exigido um contrato homologado em juízo para serem efetuados os
reparos recomendados pela Sociedade Classificadora , na condição de carga em que se
encontra; e
4) outras exigências cabíveis, a serem estabelecidas após realização de Vistoria
Especial Determinada (VED).
Todas essas ações não devem prejudicar as investigações do Inquérito
Administrativo correspondente.
SEÇÃO III
FISCALIZAÇÃO POR AUTORIDADES NACIONAIS
0306 - QUANDO DA ENTRADA DE EMBARCAÇÃO
A visita das autoridades do porto, constituída por fiscais da saúde dos portos, de
aduana e imigração, é a primeira exigência a ser atendida pelas embarcações que
demandam o porto. Compete ao representante do Armador as providências necessárias
para sua realização, antes de ser a embarcação liberada para as operações de carga e
descarga, de embarque e desembarque de passageiros.
É proibido às lanchas, que estiverem a serviço do Armador ou Agente de
Navegação, atracar em embarcação mercante fundeada, que seja procedente de porto
estrangeiro, sem prévia liberação da Receita Federal, Polícia Federal e Saúde dos Portos.
a) Livre Prática
A Livre Prática (“free pratique”) - Autorização a ser emitida pelo Órgão de
Vigilância Sanitária Federal competente, para que uma embarcação procedente ou não
do exterior, atraque ou inicie as operações de embarque ou desembarque de cargas e
viajantes, podendo ser:
1) Livre Prática a Bordo: aquela a ser emitida a bordo, após inspeção sanitária;
2) Livre Prática via Rádio: aquela a ser emitida a partir da avaliação satisfatória
das informações apresentadas na Solicitação do Certificado, sem inspeção sanitária, a
bordo, no momento da sua emissão.
b) Quarentena
1) As embarcações, cujas condições sanitárias não forem consideradas
satisfatórias ou que sejam provenientes de regiões onde esteja ocorrendo surto de doença
transmissível, deverão permanecer nos fundeadouros de quarentena até liberação pela
Saúde dos Portos. O fundeio na zona de quarentena dependerá, ainda, de que as
embarcações possuam “tanques de retenção”.
2) Os Comandantes deverão apresentar à CP, DL ou AG com jurisdição sobre o
porto, uma declaração de que os tanques de dejetos estão perfeitamente vedados e tratados
quimicamente, de forma adequada a combater a doença em questão.
3) É proibida, nesta situação, a descarga de águas servidas.
4) O descumprimento destas normas ou de qualquer outra estabelecida pela
Saúde dos Portos sujeitará a retirada da embarcação para área costeira afastada, sem
prejuízo de outras penalidades previstas.
5) Os Agentes Marítimos, Armadores e Comandantes deverão disseminar, de
forma mais ampla e rápida possível, as informações e diretivas das autoridades do porto, de
modo a garantir a eficácia das medidas de prevenção adotadas, a fim de evitar a
propagação da doença.
c) Controle do Navio pelo Estado do Porto (Port State Control)
Os navios estrangeiros estarão sujeitos ao Controle do Navio pelo Estado do
Porto, de acordo com as Convenções Internacionais ratificadas pelo País e com as
- 3-5 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
Normas da Autoridade Marítima para Operação de Embarcações Estrangeiras em AJB -
NORMAM 04.
0307 - DESCARGA DE ÁGUA DE LASTRO
Os navios que descarregarem suas águas de lastro nas águas jurisdicionais
brasileiras, deverão observar o contido nas Normas da Autoridade Marítima para o
Gerenciamento de Água de Lastro de Navios - NORMAM-20/DPC.
SEÇÃO IV
PROCEDIMENTOS PARA TRANSFERÊNCIA DE ÓLEO ENTRE EMBARCAÇÕES
0308 - TRANSFERÊNCIA DE ÓLEO ENTRE EMBARCAÇÕES EM ÁREAS
PORTUÁRIAS
Em decorrência da atribuição legal da Autoridade Marítima correlata à prevenção
da poluição hídrica por embarcações, os procedimentos abaixo elencados deverão ser
atendidos a partir de 1° de janeiro de 2011.
Todas operações de transferência de óleo entre embarcações, em áreas
portuárias, deverão atender aos procedimentos abaixo especificados, cuja adoção será de
responsabilidade da empresa prestadora do serviço:
a) manter uma embarcação dedicada junto ao local da transferência, durante todo
o transcorrer da operação, dotada com seções de BARREIRAS DE CONTENÇÃO DE
ÓLEO (oil boom) em quantidade adequada e com pessoal qualificado para seu
lançamento na água.
Essa embarcação dedicada deverá ter capacidade para pronto lançamento
dessas barreiras na água, em caso de incidente de derramamento de óleo na água, como
primeira ação de resposta para contenção da mancha de óleo, e ser dotada com sistema
de comunicações adequado para proceder a comunicação imediata do incidente à
Administração Portuária para efeito de acionamento do PLANO DE EMERGÊNCIA
INDIVIDUAL (PEI) do porto.
b) manter kit constituído por BARREIRAS E MANTAS ABSORVENTES DE
ÓLEO, posicionado próximo à tomada de conexão do mangote de transferência de óleo,
tanto na embarcação fornecedora como na embarcação recebedora, durante todo o
transcorrer da operação, de modo a conter no convés dessas embarcações pequenos
vazamentos de óleo.
c) nos casos de operações de transferência durante o período noturno, além de
observar os procedimentos previstos nas alíneas a) e b), manter iluminada a área nas
proximidades da tomada de conexão do mangote de transferência de óleo, tanto na
embarcação fornecedora como na embarcação recebedora, durante todo o transcorrer da
operação.
d) nos casos de operações de transferência durante o período noturno entre
embarcações fundeadas, atracadas a contrabordo, além de observar os procedimentos
previstos nas alíneas a), b) e c), lançar BARREIRA DE CONTENÇÃO DE ÓLEO (oil
boom) na água, antes do início da operação, em quantidade suficiente que possibilite o
seu posicionamento entre as embarcações, no setor da proa - ou no setor da popa - da
embarcação prestadora do serviço, conforme a corrente reinante, de tal forma que a
seção de barreira lançada seja mantida em formato de “U”, tencionada pela corrente,
durante todo o transcorrer da operação. Se ocorrer inversão da corrente durante a
operação, esse dispositivo deverá ser reposicionado.
Em situações especiais em que haja dificuldade no atendimento dos
procedimentos supracitados, devido às peculiaridades da região, o interessado deverá
- 3-6 - NORMAM-08/DPC
Mod 13
apresentar na Capitania, Delegacia ou Agência (CP/DL/AG) da área de jurisdição,
alternativa tecnicamente fundamentada.
As CP/DL/AG poderão estabelecer exigências adicionais para cada situação em
particular. O armador ou o proprietário da embarcação, por sua iniciativa, poderá acordar
com a empresa prestadora do serviço a adoção de medidas adicionais de prevenção da
poluição hídrica.
Esta norma não se aplica às transferências de óleos lubrificantes, óleos
hidráulicos e óleos similares, quanto embalados e acondicionados individualmente.
Esta norma não se aplica às instalações flutuantes (pontões) que abastecem as
embarcações que trafegam ao longo das hidrovias e em águas interiores. Cabe às CP
das respectivas áreas de jurisdição estabelecer procedimentos específicos de prevenção,
por meio das suas “Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos” (NPCP/NPCF).
As normas e procedimentos para prevenção da poluição hídrica para as
operações de transferência de óleo entre embarcações e instalações terrestres - portos
organizados, instalações portuárias, terminais, estaleiros, marinas, clubes náuticos einstalações similares - são estabelecidas pelos ÓRGÃOS COMPETENTES. Da mesma
forma, para as operações de transferência de óleo para embarcações, provenientes de
caminhões tanque, ou postos de abastecimento, situados nessas instalações.
- 4-1 - NORMAM-08/DPC
Mod 5
CAPÍTULO 4
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE PERMANÊNCIA DE EMBARCAÇÕES NAS AJB
0401 - EMBARCAÇÕES FORA DE SERVIÇO
As embarcações nacionais e/ou estrangeiras consideradas fora de serviço,
caracterizadas como aguardando reparos, prorrogação de contrato, abandonadas, sub-
júdice, em período de defeso da pesca ou fora de serviço a pedido do Armador, deverão
estar posicionadas em áreas de fundeio/atracação específicas para essas situações,
estabelecidas em comum acordo entre a Autoridade Portuária e o CP/DL/AG ou em área
particular desde que previamente acordado com a CP/DL/AG.
0402 - EMBARCAÇÕES AGUARDANDO REPAROS OU PRORROGAÇÃO DE
CONTRATO
As CP, DL ou AG, ao autorizarem a retirada de tráfego de embarcações para
reparos ou para aguardar prorrogação de contrato, deverão certificar-se da existência de
cronograma de trabalho ou documentos que comprovem a renovação contratual. Deverão
ser estabelecidas as condições mínimas de operacionalidade da embarcação, visando à
segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana nas águas e à prevenção da
poluição do meio ambiente marinho pela embarcação. Havendo motivos que justifiquem, as
CP, DL ou AG, poderão efetuar uma Vistoria Especial Determinada (VED) e/ou solicitar à
Sociedade Classificadora, correspondente, que ateste sobre as condições satisfatórias de
segurança da embarcação.
0403 - EMBARCAÇÕES ABANDONADAS
Deverá ser feito, inicialmente, um levantamento para apuração da propriedade da
embarcação. Conhecido o proprietário, o mesmo deverá ser compelido a efetuar sua
remoção e/ou demolição. Caso o proprietário declare expressamente sua renúncia à
propriedade ou não manifestar interesse em efetuar sua remoção e/ou demolição, o bem
será considerado perdido e incorporado ao domínio da União.
Na hipótese da embarcação vir a ser considerada um perigo à navegação, ameaça
de danos a terceiros ou ao meio ambiente, sem que o proprietário atenda às determinações
do CP/DL/AG, este solicitará ao Distrito Naval instruções para a solução do problema.
0404 - EMBARCAÇÕES SUB-JÚDICE
As CP, DL ou AG deverão manter um rigoroso controle das embarcações que
porventura estejam sub-júdice, proveniente de ações de arresto, seqüestro etc, adotando as
medidas determinadas pela autoridade judiciária e comunicando o seu cumprimento ao juiz
que prolatou a medida cautelar.
Caso a determinação judicial seja emanada de juiz federal ou estadual, de outra
comarca, o caso deverá ser comunicado pelas CP/DL/AG, diretamente, ao juiz de origem
com cópia para DPC, para que este possa ser informado, e que as medidas derivadas
possam ser adotadas tais como, emissão de carta precatória e/ou requisição ao juízo
(federal ou estadual) local da jurisdição onde se encontra a embarcação.
0405 - CASOS OMISSOS
Os casos omissos ou não previstos nestas normas serão resolvidos pelo
Representante da Autoridade Marítima para a Segurança do Tráfego Aquaviário (DPC).
- 4-2 - NORMAM-08/DPC
Mod 5
0406 - EMBARCAÇÕES EM PERÍODO DE DEFESO DA PESCA OU FORA DE
SERVIÇO A PEDIDO DO ARMADOR
As CP/DL/AG, ao autorizarem a retirada de tráfego as embarcações em período
de defeso de pesca fora de serviço a pedido do Armador, deverão emitir declaração
específica (Anexo 4-A ou Anexo 4-B) informando o período de inatividade.
Ao término da imobilização as embarcações deverão ser vistoriadas para que seja
verificado se elas estão em condições satisfatórias de segurança para retorno ao serviço,
nos aspectos da segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e prevenção da
poluição ambiental.
ANEXO 1-A
- 1-A-1 - NORMAM-08/DPC
Mod 2
ÁREA DE JURISDIÇÃO DOS DISTRITOS NAVAIS E DE RESPONSABILIDADE
DE BUSCA E SALVAMENTO (SAR)
ANEXO 1-B
NORMAM-08/DPC
Mod 6
-1-B-1-
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE O TRÁFEGO MARÍTIMO - SISTRAM
1. PROPÓSITO DO SISTRAM
Manter o acompanhamento da movimentação de navios mercantes na área marítima
SAR de responsabilidade do Brasil, através de informações padronizadas de navegação
fornecidas pelos próprios participantes, quando navegando naquela área, de modo a se
utilizar o grande potencial de recursos para o salvamento no mar, representado por esses
navios, que podem acorrer rapidamente ao local de um incidente SAR, antes mesmo que
qualquer outro meio enviado de terra o faça..
O SISTRAM, portanto, em caso de necessidade, permite a rápida verificação das
embarcações que poderão prestar auxílio, além da provisão ou orientação de assistência
médica urgente.
2 BENEFÍCIOS DA ADESÃO AO SISTRAM
a) Presteza no início das operações SAR.
b) Designação de NM que estejam próximos da posição de um navio sinistrado, para
que prestem auxílio.
c) Assistência médica emergencial ou orientação médica, para os NM que não
possuem médico.
3. PARTICIPAÇÃO
A participação no sistema se inicia quando o navio enviar o seu Plano de Viagem
(mensagem Tipo 1) para cada singradura e termina quando enviar a sua Mensagem Final
(Tipo 4).
Qualquer navio que se encontre dentro da área de acompanhamento, sem ainda ter
aderido ao SISTRAM, poderá fazê-lo a qualquer momento, bastando para isto enviar o seu
Plano de Viagem (mensagem Tipo 1), a partir da posição em que a decisão for tomada.
4. ENVIO DAS MENSAGENS DO SISTRAM
As mensagens para o SISTRAM deverão ser endereçadas ao Comando do Controle
Naval do Tráfego Marítimo - COMCONTRAM, Órgão do Marinha do Brasil sediado no Rio de
Janeiro por e-mail, telex ou fac-símile.
O meio preferencial de enviar as mensagens do SISTRAM é o e-mail, devido à maior
facilidade de processamento dessas mensagens no sistema.
Na página Internet do COMCONTRAM, www.comcontram.mar.mil.br, encontra-se
disponível para download, nos idiomas português e inglês:
- Um software formatador de mensagens do SISTRAM para ser instalado em um
computador de bordo. O formatador de mensagens do SISTRAM auxilia a confecção das
mensagens do SISTRAM, gerando um arquivo texto no formato “.txt”, que deve ser enviado
por e-mail para o endereço controle@cotram.mar.mil.br; e
- Folheto de instruções completas sobre o SISTRAM, com exemplos das mensagens e
legislações pertinentes.
Para maiores informações e/ou sanar quaisquer dúvidas sobre o SISTRAM, segue
abaixo o endereço do COMCONTRAM:
ANEXO 1-B
NORMAM-08/DPC
Mod 6
-1-B-2-
Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo
Edifício Almirante Tamandaré - 6° andar
Praça Barão de Ladário, s/n, Centro
Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP: 20091-000
Tel. (55-21) 2104-6353 Telex: (21) 36931 / (21) 30933
FAX (55-21) 2104-6341
e-mail - controle@cotram.mar.mil.br
Home Page - http://www.comcontram.mar.mil.br
5. TIPOS DE MENSAGENS
5.1 TIPO 1 - Plano de Viagem
É a informação básica para se estimar a posição do navio, podendo ser enviada no
momento em que o navio aderir ao SISTRAM, quando o navio suspender de um porto
brasileiro ou, quando procedendo de portos estrangeiros, penetrar na área SAR brasileira.
Exemplo:
O Plano de Viagem deverá ser enviado o mais cedo possível, de preferência antes de
suspender ou antes da entrada na área SAR brasileira.
Plano de Viagem - (Mensagem Tipo 1)
Plano de Viagem
NOTAS
Dados Obrigatórios
Nome do Sistema Tipo de Mensagem Data-Hora de Transmissão ( 1 )
SISTRAM / 1
/
Z//
Indicativo
Internacional
Nome do Navio Bandeira Tipo ( 2 )
A /
/
/ / //
Data-Hora de Partida ( 1 )
B /
Z //
Porto de Partida Latitude ( ) Longitude (  ) ( 3 )
G /
/ / //
Porto de Destino Latitude ( ) Longitude (  ) ETA
I /
/
 / / Z//
Informações de

Outros materiais