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1 Aula 02 DIREITO E HARMONIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS 2 INTEGRAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS Recurso a certos critérios suplementares, para a solução de eventuais dúvidas ou omissões da lei. O juiz não pode eximir-se de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou obscuridade da lei (art. 126 do CPC). INTEGRAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS São geralmente considerados como meios de integração a: analogia; o costume; a equidade, e: os princípios gerais de Direito. 3 ANALOGIA É a aplicação, a um caso não previsto, de regra que rege hipótese semelhante. Aplica-se também o Art. 4º LICC- Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 4 ANALOGIA Os requisitos para a aplicação judicial da analogia conforme prevista na LICC são a existência de anomia, a semelhança do caso em tela com a norma, mediante o estudo científico na legislação vigente e ratio legis, ou seja, análise do bem jurídico tutelado. 5 COSTUME Designam-se como costumes as regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura específica. 6 COSTUME O costume jurídico caracteriza-se por dois elementos que o geram e justificam: o corpus ou consuetudo, que consiste na prática social reiterada do comportamento (uso objetivo, de acordo com a expressão longi temporis praescriptio) e o animus, que consiste na convicção subjectiva ou psicológica de obrigatoriedade desses comportamentos enquanto representativos de valores essenciais, de acordo com a expressão opinio juris vel necessitatis 7 COSTUME Vem a ser a regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica. 8 EQÜIDADE Consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça e igualdade. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. 9 EQÜIDADE Ela é uma forma de se aplicar o Direito, mas sendo o mais próximo possível do justo para as duas partes. É a adaptação razoável da lei ao caso concreto (bom senso). 10 PRINCÍPOS GERAIS DE DIREITO São os alicerces do ordenamento jurídico, informando o sistema independentemente de estarem positivados em norma legal. O direito esta ligado com a parte cientifica de um acontecimento, ele transforma crime em execução de leis. 11 CLÁUSULAS GERAIS Denominam-se "cláusulas gerais" certos textos de lei que atribuem ao juiz um campo mais amplo para a integração da norma jurídica. 12 CLÁUSULAS GERAIS Tais textos apresentam conceitos vagos ou indeterminados, que devem ser complementados pelo prudente arbítrio do juiz. 13 CLÁSULAS GERAIS São normas com diretrizes indeterminadas e que não trazem expressamente uma solução jurídica (conseqüência). A norma é inteiramente aberta! 14 CLÁUSULAS GERAIS Noutras palavras, é um texto normativo que não estabelece “a priori” o significado do termo (pressuposto), tampouco as conseqüências jurídicas da norma (conseqüente). 15 PROCESSO LEGISLATIVO É o conjunto de regras que informam a elaboração da lei. Nos termos do art. 59 da Constituição Federal, o processo legislativo compreende: a elaboração de Emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções. 16 PROCESSO LEGISLATIVO A não obediência às disposições sobre o processo legislativo constitucionalmente previstas acarretará inconstitucionalidade. O processo legislativo é a sucessão de atos realizados para a produção das leis em geral, cujo conteúdo, forma e seqüência obedecem a uma série de regras próprias. 17 PROCESSO LEGISLATIVO Em substituição ao decreto-lei, que foi abolido, temos as medidas provisórias, com força de lei, no art. 62 da Constituição Federal. 18 PROCESSO LEGISLATIVO Emendas à Constituição são leis constitucionais que modificam parcialmente a Constituição. Leis complementares são leis cuja elaboração já vem indicada ou sugerida no próprio texto da Constituição, para complementação ou regulamentação de certos assuntos. 19 PROCESSO LEGISLATIVO Leis ordinárias são as leis comuns. São formuladas pelo Congresso Nacional (na área federal), ou pela Assembléia Legislativa (na área estadual), ou pela Câmara de Vereadores (na área municipal). 20 PROCESSO LEGISLATIVO Na sua elaboração, a lei ordinária passa pelas seguintes fases: iniciativa, aprovação, sanção, promulgação e publicação. 21 PROCESSO LEGISLATIVO Sanção é o ato pelo qual o chefe do Executivo manifesta sua concordância com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo. Veto é o ato pelo qual o chefe do Executivo manifesta sua discordância para com o projeto. 22 PROCESSO LEGISLATIVO Promulgação decorre da sanção e tem o significado de proclamação. Sanção e promulgação se dão ao mesmo tempo, com a assinatura do Presidente da República. 23 PROCESSO LEGISLATIVO Publicação no "Diário Oficial" é a última fase. Com a publicação a lei se presume conhecida de todos, tornando-se obrigatória na data indicada para a sua vigência. 24 PROCESSO LEGISLATIVO Se for omitida a data da vigência, a lei se torna obrigatória em 45 dias após a publicação, dentro do território nacional, ou em 3 meses, fora dele (art. 1°, § 1º, da LICC). 25 PROCESSO LEGISLATIVO Leis equiparadas às leis ordinárias. Diferem destas apenas na forma de elaboração. O Congresso Nacional, em certos casos, pode encarregar o Presidente da República, a pedido deste, de elaborar uma lei, que receberá então a designação de lei delegada (CF, arts. 59, IV, e 68). 26 PROCESSO LEGISLATIVO Decretos legislativos são normas promulgadas pelo Poder Legislativo sobre assuntos de sua competência, como a autorização de referendo ou a convocação de plebiscito (art. 49, XV, da CF). 27 PROCESSO LEGISLATIVO Resoluções são normas expedidas pelo Poder Legislativo, destinadas a regular matéria de sua competência, de caráter administrativo ou político. (art. 68, § 2°, da CF). 28 PROCESSO LEGISLATIVO Medidas provisórias são normas com força de lei baixadas pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência (art. 62 da CF, na redação da EC 32, de 11.9.2001). Devem ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional, Valem por 60 dias, e se nesse período não tiverem sua votação encerrada no Congresso são prorrogadas por mais 60 dias, uma única vez (total de 120 dias). 29 HIERARQUIA DAS LEIS Pela ordem de importância, classificam- se as normas da seguinte forma: 1. Constituição 2. Emendas à Constituição 3. Leis complementares 4. Leis ordinárias 5. Decretos regulamentares 6. Outras normas de hierarquia inferior 30 VIGÊNCIA DA LEI A lei é levada ao conhecimento de todos por meio de sua publicação no Diário Oficial. Publicada a lei, ninguém se escusa de cumpri- la, alegando que não a conhece (art. 3° da LICC). 31 VIGÊNCIA DA LEI Sua força obrigatória, todavia, está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começa a vigorar. 32 VIGÊNCIA DA LEI As próprias leis costumam indicar a data em que entrarão emvigor. Mas se uma lei nada dispuser a respeito, entrará ela em vigor, no território nacional, 45 dias após a publicação. Fora do País, o prazo é de 3 meses (Art. 1º da LICC). 33 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS Tratado é o termo genérico, que abrange expressões variantes, como ajuste, convenção, declaração, pacto, etc. Celso D. de Albuquerque Mello ensina que a palavra tratado é utilizada para acordos solenes, ao passo que convenção seria o tratado que cria normas gerais (Curso de Direito Internacional Público, vol. I, p. 133). 34 DIVISÕES DO DIREITO CIVIL O Direito Civil regula as relações jurídicas das pessoas. O Código Civil de 2002, na Parte Geral, trata, entre outras matérias, das pessoas naturais e jurídicas, do domicílio, dos bens, dos fatos e negócios jurídicos. 35 DIVISÕES DO DIREITO CIVIL Na Parte Especial, versa sobre obrigações e contratos, títulos de crédito, direito de empresa, sociedades simples e empresariais, direito das coisas, direito de família, tutela e curatela, direito das sucessões. 36 DIVISÕES DO DIREITO CIVIL 37 Fontes do Direito Diretas Indiretas Lei Costume Doutrina Jurisprudência • Nesta aula estudamos o Direito e harmonia nas relações sociais e econômicas. • Na próxima aula estudaremos o Direito Empresarial e Empresa Contemporânea Até lá! E excelente semana!!! 38
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