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Apostila 1 de Comércio Exterior

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IBMEC
APOSTILA 1
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO E COMÉRCIO INTERNACIONAL
DANIEL PIMENTA
2019
01
UNIDADE 1 – Introdução ao comércio exterior e ao comércio internacional
Comércio Exterior, Comércio Internacional e Negócios Internacionais
Comércio exterior: normas e regras que regem a política de comércio exterior de cada país.
Comércio internacional: é a efetiva troca de mercadorias, serviços e transferências monetárias entre países.
Negócios internacionais: conceito mais abrangente, engloba a produção de empresas internacionais em outros países.
Estrutura normativa e auxiliares do Comércio Exterior Brasileiro
Existem órgãos do governo especializados em coordenar e normatizar a política e a sistemática de Comércio Exterior no Brasil, assumindo assim, um papel de órgãos intervenientes nessa contextualização.
Secretaria de Comércio Exterior e Decex
Banco Central do Brasil
Secretaria da Receita Federal
Porém, existem outros órgãos auxiliares do Comércio Exterior que auxiliam os órgãos normativos e fiscalizadores que foram listados acima. Alguns deles são:
Itamaraty
Câmaras de Comércio
Federações de Comércio e Indústria dos Estados
Radar
A empresa que deseja importar ou exportar deve ter seu contrato social alterado e deve incluir a atividade importadora e exportadora. Após essa etapa, ela deve ser credenciada no RADAR (SRF). Vale ressaltar que há 2 tipos de habilitação, considerando o levantamento financeiro da empresa:
Primeira monta: operações de pequenos valores. Trata-se de um radar simplificado.
Segundo monta: operações de valores consideráveis.
Os documentos necessários para o cadastramento são:
- 01 CD com formulários financeiros preenchidos;
- 01 Original do Requerimento para habilitação simplificada no siscomex , (assinado com firma reconhecida);
02
- 01 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referente 2006 (autenticado);
- 01 Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (DACON) referente 2006 (autenticado);
- 01 Original autenticada dos documentos pessoais do responsável IDENTIDADE / CPF (autenticado);
- 01 Original do comprovante de endereço do responsável (do mês anterior) (autenticado);
- 01 Original do comprovante de endereço do imóvel locado (do mês anterior) (autenticado);
- 01 Cópia dos atos constitutivos da pessoa jurídica, ou de sua última consolidação, e alterações realizadas nos últimos dois anos; (autenticado);
- 01 Certidão simplificada da Junta Comercial expedida há, no máximo, noventa dias; (autenticado);
- 01 Certidão simplificada da Junta Comercial expedida há, no máximo, noventa dias; (autenticado);
Vale lembrar que todos os documentos devem ser autenticados. 
A Receita Federal leva, em média 15 dias de análise e 20 dias para liberar a senha para o diretor da empresa. Após essa etapa, a empresa deve adquirir o cartão magnético, para que a empresa seja interligada ao Siscomex.
Siscomex
Siscomex é a abreviação de Sistema Integrado de Comércio Exterior. Ele é uma sistemática administrativa que integra, on line, as atividades da SCE, BACEN e SRF.
Nesse sistema, a empresa importadora / exportadora ou seu representante legal, irão lançar os todos os dados da operação, fazendo assim, no caso das importações, a LI (caso seja necessária)e a DI. No caso das exportações, serão confeccionadas a DDE e a RE.
No caso da importação, temos um sistema chamado Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento de Cargas de Importação – MANTRA. Esse sistema agiliza o processo de liberação de cargas importadas, informa quais cargas aéreas chegaram em zona primária ou que foram removidas para a zona secundária, bem como as avarias que, por algum acaso, tenham ocorrido à carga.
Siscarga
No transporte marítimo temos o Siscarga. É um sistema onde o agente de cargas, co-loader (caso ele esteja na negociação)e o armador devem lançar, antes da chegada no navio, os dados pertinentes à cada um, como nr. de MBL, HBL, informações da carga e NCM (4 primeiros dígitos), nome do navio, datas, entre outras. 
Quando a carga chega no terminal, aguarda-se a vistoria de avaria e a partir daí, no caso de embarque LCL, a carga é desovada no próprio terminal. Considerando embarque FCL, a
03
mesma pode ser desovada no terminal ou removida em trânsito para uma outra zona alfandegada. 
O CE da Marinha Mercante é gerado quando todas as partes envolvidas lançam seus dados no Siscarga e após a presença de carga , ser lançada pelo Terminal.
A partir daí paga-se a Marinha Mercante para que a carga seja liberada após o processo de liberação da carga ou para que a mesma sofra início de trânsito.
Momentos de fechamento de câmbio na exportação
Para entendermos bem esse item a ser estudado, vamos entender o que significa câmbio.
Câmbio é a troca de moedas, ou seja, quando o exportador irá receber o valor da venda de seus produtos, o banco converte em moeda nacional as divisas enviadas pelo importador.
Há 3 momentos nas operações de câmbio:
Contratação do câmbio: quando o exportador fecha o câmbio com o seu banco, assinando o contrato juntamente a esse, antes ou após o embarque da carga. Dessa forma, uma vez contratado o câmbio, o exportador deverá assumir o compromisso de negociar com o banco as divisas originadas da operação de exportação.
Negociação: o exportador, no momento certo, deverá providenciar o conjunto de documentos originais exigidos pelo importador e negociar com o banco. Nesse caso, o banco irá protocolar a carta de entrega feita pelo exportador, comprovando assim o cumprimento das obrigações do exportador de entregar ao banco a documentação original.
Liquidação: após o importador remeter as divisas ao banco do exportador, esse deverá liquidar a operação junto ao seu banco.
Cabe o exportador escolher o melhor banco para trabalhar levando em consideração aquele que lhe oferece as melhores taxas. Além disso, o exportador é quem decide sobre qual forma de pagamento é mais conveniente. Tudo isso faz com que a operação cambial seja considerada como uma operação financeira, onde a palavra “prejuízo” não deve fazer parte do contexto.
Documentos internacionais
Quando estamos negociando com outros países precisamos dos originais de certos documentos, indispensáveis para o pagamento da mercadoria negociada. Tais documentos serão entregues a bancos ou diretamente ao importador, dependendo da modalidade de pagamento, e estão listados abaixo:
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Fatura comercial: é emitida pelo exportador e deve conter todas as informações da negociação, como modalidade de pagamento, modalidade de venda, preço unitário da mercadoria, valor total, meio de transporte, quantidade de volumes, dimensões dos mesmos, embalagem e dados completos do exportador e importador. Sem esse documento o importador não poderá fazer o desembaraço aduaneiro.
Conhecimento de embarque: é o documento que comprova o embarque da mercadoria para o país importador. Para cada meio de transporte temos um conhecimento específico como, por exemplo, no transporte internacional aéreo temos o AWB – Air Way Bill, no marítimo temos o B/L – Bill of Lading, no transporte internacional ferroviário ou rodoviário, que são chamados de Conhecimento Internacional de Transporte Ferroviário ou Rodoviário. Esse documento representa as mercadorias que nele constam e é um contrato de transporte.
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Packing list: também conhecido como Romaneio esse documento auxilia as pessoas que trabalham com a movimentação de cargas, além de facilitar a identificação das mercadorias nas alfândegas. Nesse documento deve constar a discriminação da carga e listar os volumes que serão embarcados, a quantidade dos mesmos, pesos líquidos e bruto, dimensões e marcação dos volumes.
Certificado de origem: é emitido quando o importador exige pois, dependendo do que está sendo comercializado e com qual país, podem haver acordos internacionais que garantambenefícios ao produto em questão. Dessa forma, sem o certificado de Origem comprovando a origem da mercadoria que está sendo exportada, o importador não tem os benefícios que tem direito no momento da liberação aduaneira. Entre os certificados mais usados, temos:
- Certificado de origem comum: como qualquer outro certificado, comprova a origem da mercadoria para os países que exigem tal documento, mesmo sem haver algum benefício fiscal para o importador. No Brasil, é emitido pelas Federações da Indústria e Comércio dos estados.
- Certificado de origem ALADI: é um documento também emitido pelas Federações da Indústria e Comércio dos estados com o objetivo de comprovar a origem de um produto comercializado dentro do acordo internacional ALADI. Dessa forma, os produtos que forem negociados no âmbito da ALADI precisam desses certificados 
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para garantir os benefícios fiscais ao importador pertencente a um país membro do acordo.
- Certificado de origem MERCOSUL: tem as mesmas características e objetivos do Certificado de Origem ALADI, porém, ele é usado para os países pertencentes ao MERCOSUL.
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- Certificado de Origem SGP: o Sistema Geral de Preferências é um outro acordo internacional, que foi firmado entre países industrializados com os em desenvolvimento. Dessa forma, as importações feitas pelos países industrializados, provenientes dos países em desenvolvimento e que fazem parte desse acordo sofrem
 reduções tarifárias totais ou parciais, desde que acompanhadas desse Certificado, emitido pela Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, uma vez que no Brasil é essa secretaria responsável pela administração do SGP, através do DEINT – Departamento de Negociações Internacionais. Os países outorgantes são: Austrália (que não concede benefício ao Brasil), Bielorússia, Bulgária, Canadá, USA, Porto Rico, Federação Russa, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Suíça, Turquia e os integrantes da União Européia: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Reino Unido, Irlanda, Suécia, Alemanha, Eslovênia, Eslováquia, Hungria, Polônia, República Tcheca, Letônia, Estônia, Lituânia, Malta, Chipre e também, aqueles que constituem o território aduaneiro comunitário: Mônaco, Ilhas Canárias, Ilhas Aland, Madeira, Açores, Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa e Ilha da Reunião.
Os produtos beneficiados pelas regras de origem se encontram nas listas positivas concedidas e estabelecidas por cada país outorgante e, uma vez que os países tem total autonomia para alterar os produtos que concedem ou não (listas negativas) benefícios (totais ou parciais), conclui-se que nem todos os produtos tem direito ao tratamento preferencial no âmbito do SGP. Vale dizer que no site do DEINT, pode-se obter o acesso a tais listas.
Uma observação importante é que o certificado de origem SGP ou Form A pode ser dispensado das operações de exportação para alguns países membros do SGP. Nesse caso, o exportador precisa firmar declaração na própria Fatura Comercial. Os termos da declaração podem ser encontrados no texto dos acordos referentes a cada país outorgante. Exemplo: Caso um exportador brasileiro envie um produto que conste na lista positiva da União Européia e que seja até EUR 6000,00, não há necessidade do FORM A.
- Certificado de Origem SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais: outro acordo internacional firmado entre países que tem, como objetivo, a concessão de vantagens a todos os países membros desse acordo, levando em consideração o contexto político, o grau de desenvolvimento econômico e industrial, o comércio exterior e os sistemas comerciais de cada país. Nesse contexto, o acordo foi firmado entre países em desenvolvimento com países em desenvolvimento, membros do grupo dos 77, aprovado pelo DEC. LEG. 98, de 25/03/1991 e, promulgado pelo DEC. 194, de 21/08/1991, tendo entrado em vigor em 25/05/1991. Os participantes são: Angola, Argélia, Argentina, Bangladesh, Benin, Bolívia, Brasil, Camarões, 
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Catar, Chile, Cingapura, Colômbia, Cuba, Egito, Equador, Filipinas, Gana, Guiana, Guiné, Haiti, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Líbia, Malásia, Marrocos, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Peru, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Tanzânia, Romênia, Sri Lanka, Sudão, Tailândia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Uruguai, Venezuela, Vietnã, Zaire e Zimbábue. A Iugoslávia saiu do SGPC. 
- Fatura e/ou visto consular: há países que exigem a fatura consular, ou faturas com vistos consulares, ou até mesmo, fatura consular com visto consultar. O exportador deve checar, no momento da negociação internacional, se tais documentos e procedimentos serão ou não exigidos.
MODALIDADES DE PAGAMENTO
- Pagamento antecipado: o exportador é o maior favorecido.
- Cobrança: devemos considerar se esta será a prazo ou à vista, e se ela será do tipo limpa (financeira) ou do tipo documentária. O importador é o mais beneficiado nessa modalidade. Seja na cobrança a prazo ou na cobrança a vista, as etapas abaixo evidenciadas são praticamente iguais. O diferencial está no momento do aceite no Saque e no pagamento da operação que, no caso da cobrança a prazo, o importador irá pagar no momento do vencimento negociado com o exportador. Em outras palavras, o aceite e o pagamento não ocorrem simultaneamente como ocorre na cobrança a vista.
Uma observação importante é que na cobrança à prazo existem dois prazos para o pagamento da operação. Vamos considerar que o aceite foi dado em 17 dias. Considerando que a cobrança é de 60 dias de data, o prazo começa a correr após o embarque da mercadoria, ou seja, 60 dias após o embarque o importador terá que pagar o valor devido. No caso da cobrança ser 60 dias de vista, o prazo começa a contar somente depois do aceite, ou seja, se o importador levar 17 dias para ir ao banco para dar o aceite e a cobrança for de 60 dias, na verdade, o pagamento ocorrerá em 77 dias.
Na cobrança Limpa, também chamada de Financeira, os documentos financeiros (Saque) são usados para obter o pagamento do importador. Na cobrança documentária, a cobrança é de documentos comerciais (faturas, conhecimentos de embarque, entre outros) ou de documentos comerciais acompanhados de documentos financeiros.
Por fim, temos a Carta de Crédito, que favorece tanto exportadores, quanto importadores. Pode ser a vista ou prazo, revogável ou irrevogável (não aceita modificações ou cancelamentos).
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Incoterms
Os Incoterms são termos do comércio internacional e que foram padronizados pela Câmara de Comércio Internacional. A última revisão foi feita no ano 2010. 
Tais termos definem a responsabilidade de cada parte envolvida em uma comercialização. 
EXW – Ex works: o vendedor cumpre sua obrigação de entrega da mercadoria ao comprador, quando coloca disponível em sua propriedade. Particularmente, ele não é responsável pelo carregamento da mercadoria à bordo do veículo fornecido pelo comprador.
FCA – Free Carrier: o vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria pronta para exportação, aos cuidados do transportador.
FAS – Free alongside ship: o vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao longo do navio, no cais ou em embarcações utilizadas para o carregamento da mercadoria no porto. Válido somente para embarques marítimos.
FOB – Free on board: o vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria está efetivamente a bordo do navio.
CRF – Cost and freight: o vendedor assume todos os custos, inclusive o frete internacional, para transportar a mercadoria até o porto de destino. O risco por perdas e danos na mercadoria é transferido do vendedor ao comprador no momento em que a mercadoria está a bordo do navio. Válido somente para embarques marítimos.
CIF – Cost, Insurance and Freight: o vendedor assume todos os custos, inclusive o frete e o seguro internacional, para transportar a mercadoria até o porto de destino. O risco por perdase danos na mercadoria é transferido do vendedor ao comprador no momento em que a mercadoria está a bordo navio. Válido somente para embarques marítmos.
CPT – Carriage Paid to: o vendedor paga o frete pelo transporte da mercadoria até o local designado. O risco por perdas e danos na mercadoria, bem como quaisquer custos adicionais devidos a eventos ocorridos após a entrega das mercadorias ao transportador, são transferidos pelo vendedor ao comprador quando a mercadoria é entregue à custódia do transportador.
CIP – Carriage and Insurance Paid to: o vendedor paga o frete e o seguro internacional da mercadoria até o local designado. O risco por perdas e danos na mercadoria, bem como quaisquer custos adicionais devidos a eventos ocorridos 
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após a entrega das mercadorias ao transportador, são transferidos pelo vendedor ao comprador quando a mercadoria é entregue à custódia do transportador.
DAT – Delivered at terminal: o vendedor deve entregar a mercadoria no terminal designado, descarregar a mercadoria do veículo transportador. O desembaraço no destino é por conta do comprador. 
DAP – Delivered at place: o exportador entrega a carga no local de destino designado, sem descarregar a mercadoria do veículo transportador. O Desembaraço da mercadoria na alfândega de destino e o pagamento das taxas portuárias e impostos, são por conta do importador.
DDP – Delievered Duty Paid: o vendedor completa suas obrigações quando a mercadoria é entregue em local designado no país importador. O vendedor assume todos os riscos e custos, incluindo impostos, taxas e demais encargos incidentes na importação, bem como custos e riscos do desembaraço alfandegário.
 Fases da integração econômica
Para entendermos os objetivos dos casos de integrações econômicas que conhecemos pelo mundo, precisamos diferenciar as cinco fases que existem:
Zona de Livre Comércio: estabelece um acordo de eliminação recíproca de impostos e outras barreiras sobre os produtos que estão sendo negociados entre os países integrantes dessa Zona de Livre Comércio. Porém, cada país tem uma política própria, seja essa interna ou para com países não integrantes desse acordo. Ex: NAFTA; ALADI.
A União Aduaneira diferencia-se da Zona de Livre Comércio no que se refere à política comercial para com países não pertencentes à união. Nessa fase de integração, os países integrantes adotam uma política comercial comum em relação aos demais países que não fazem parte de tal acordo. Ex. Mercosul.
O Mercado Comum além de eliminar as barreiras sobre os produtos negociados entre os países membros e adotar uma política comercial comum em relação aos demais países que não fazem parte desse mercado, elimina também as barreiras que atingem os fatores de produção: trabalho e capital. Ex.: CARICOM
A quarta fase de integração é a União Econômica. Segundo Bruno Ratti, “ esta fase associa a supressão das restrições sobre movimentos de mercadorias e fatores com certo grau de harmonização das políticas econômicas nacionais, de forma a abolir as discriminações resultantes de disparidades existentes entre essas políticas, tornando-as o mais semelhante possível.” Ex. União Européia
O quinto nível é a Integração Econômica Total onde os países pertencentes a essa integração adotam a mesma política monetária, fiscal e social. Há um responsável que elabora e aplica essas políticas, sendo elas aceitas pelos países integrantes do acordo. 
Unidade 2 – Classificação Aduaneira
Merceologia e tarifação
Merceologia: parte da ciência do comércio que trata em especial da compra e venda e estuda a classificação e a especificação das mercadorias.
Objetivos: 
Necessidade de uma linguagem comum para a designação e codificação de mercadorias;
Favorecer o bom entendimento entre os países no comércio internacional;
Histórico:
Objetivando eliminar os obstáculos, principalmente causados pelas divergências que ocorriam na designação das mercadorias, países como Inglaterra, França e Estados Unidos, especialmente após a 1ª Revolução Industrial, começaram a identificar as mercadorias, separando-as em grupos e subgrupos, que eram tidos como suficientemente homogêneos e detentores de características comuns e específicas.
Diversas tentativas em buscar uma nomenclatura de mercadorias surgiram pelo mundo. A primeira ocorreu na Bélgica entre 1831 e 1854, que fez uso de uma nomenclatura estatística contendo 3 posições (matéria-prima, produto e artigo manufaturado). Em 1913, na 2a Convenção Internacional de Estatística do Comércio, ocorrida em Bruxelas (mais conhecida como Convenção de Bruxelas), envolveu 29 países e apresentou uma nomenclatura contendo 186 itens, dispostos em 5 grupos (animais vivos; alimentos e bebidas; matérias-primas ou materiais semimanufaturados; produtos manufaturados; ouro e prata). 
Em 1931, no âmbito da Liga das Nações surgiu uma nomenclatura de mercadorias, que foi revisada em 1937, mais conhecida como Nomenclatura de Genebra. Ela tinha 991 posições, numeradas e distribuídas em 86 capítulos, sendo os mesmos divididos em seções.
Com o fim da Liga das Nações, devido ao contexto político que envolveu o mundo, resultando na 2ª Grande Guerra Mundial, tal nomenclatura não foi adotada enfaticamente, mas nem por isso, foi esquecida também pois, em 1948, a Europa começou a preparar um projeto para a adoção de uma tarifa comum, tendo como base, a Nomenclatura de Genebra.
Em 15/12/1950, na chamada Convenção de Bruxelas de 1950, surgiu o Conselho de Cooperação Aduaneira (CCA) e objetivava harmonizar e uniformizar os sistemas aduaneiros. Tinha a NCCA como nomenclatura base. 
O Brasil adotava suas tarifas e nomenclaturas próprias. Em 1844, surgiu a primeira Tarifa Aduaneira do Brasil, editada através de Decreto nr. 376, de 12 de agosto de 1844, de autoria do Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco. Depois vieram outras como a Tarifa 
Ruy Barbosa em 1896, a Tarifa Rodrigues Alves também de 1896, a Tarifa Bernardino Campos, de 1897, a Tarifa Joaquim Murtinho de 1900 e a Tarifa Oswaldo Aranha de 1931, entre outras que surgiram depois.
A convenção do Sistema Harmonizado é um marco decisivo pois estabeleceu o grande acordo entre as nações para a criação de uma nomenclatura de mercadorias de cunho universal e harmônica, objetivando facilitar o comércio internacional, reduzindo ou eliminando seus entraves.
Acordos Econômicos
Não é novidade que tivemos várias tentativas para a formação de um mercado comum entre os países da América Latina. 
Em 1960 tivemos a criação da Associação Latino Americana de Livre Comércio – ALALC, que objetivava uma zona de livre comércio entre os países integrantes: Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai, Peru, Uruguai, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. Houve, entretanto, oposição por parte do setor privado, acostumado à política de substituição às importações e à proteção ao mercado interno.
Em 1969, devido ao resultado não muito positivo da ALALC, criou-se o Pacto Andino composto por Bolívia, Equador, Colômbia, Chile e Peru. Visava uma união aduaneira entre tais países. Em 1973 houve a retirada do Chile (abriu sua economia ao mercado externo).
Entramos então na década de 70 onde existiam rivalidades políticas, militares, econômicas e comerciais entre os países latinos, resultado de uma falta de integração. Nesse contexto, acontece a primeira crise do petróleo e um grande endividamento externo por parte dos países latinos, o que faz surgir a dependência do mercado internacional, bem como a expansão das exportações para outros mercados.
Em 1980, criou-se a Associação Latino Americana de Desenvolvimento para Integração – ALADI, com a finalidade de promover o comércio recíproco e regular, complementação econômica, troca de tecnologia e adoção de um sistema de preferência tarifária.
Porém, vem a 2ª crise do petróleo na década de 80, acompanhada de mudanças governamentais em grande parte da América Latina. A ALADI prossegue, mas sem muitoêxito.
Uma nova convicção surge então: o processo negociador regional somente avançaria a partir de esforços por parte de grupos de países. Sendo assim, em 1985, Brasil e Argentina iniciam um processo real de integração econômica. 
Três anos mais tarde, acontece a assinatura do Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento (previa a formação de um espaço econômico comum em 10 anos, eliminando os obstáculos alfandegários e não tarifários).
Em 26/03/1991, ocorre a assinatura do Tratado de Assunção, criando o Mercosul. Porém, somente em 01/01/1995 é que o Mercosul entra em vigor entre os 4 países: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Mercosul
União aduaneira incompleta
Margem de preferência dos produtos comercializados entre os 4 países membros seja 100%
Listas de adequação (finalizaram em 1999)
Listas de exceção (definidas em 2006)
Produtos na lista de exceção (cada país possui sua própria lista) possuem uma alíquota externa diferenciada.
Cria-se a NCM/TEC- Nomenclatura Comum do Mercosul / Tarifa Externa Comum
A TEC não estipulou o IPI, muito menos o ICMS no âmbito Mercosul.
Produtos intercambiados no Mercosul com imposto de importação (I.I.) igual a zero, terão índices de nacionalização comprovados em 60% para bens comuns e 80% para bens de capital. Caso contrário sofrerão a tributação estipulada na NCM/TEC.
Venezuela: foi o último país a se integrar (04/07/2006)
Estão associados: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Está em estado observador: México
NCM/TEC
Características:
21 Seções
99 capítulos
Utilização na importação: definição do código aduaneiro, do tratamento administrativo e da alíquota do I.I.
Utilização na exportação: definição do código aduaneiro e do tratamento administrativo.
Base: SH
8434.10.00
Temos: 
- O primeiro par de dígitos (84) representa o capítulo.
- O segundo par de dígitos (34) representa a posição dentro do capítulo
- O 5º dígito representa a sub-posição simples
- O 6º dígito representa a sub-posição composta (juntamente com o 5º dígito)
- O 7º dígito representa o item
- O 8º dígito representa o sub-item.
Ex-tarifário 
Segundo Cesar Olivier Dalston (2005), ex-tarifário é “uma alteração, para mais ou menos, na alíquota ad valorem de um tributo, em especial na sua espécie mais destacada, qual seja, o imposto, objetivando, por exemplo, estimular, ampliar ou reestruturar um ou mais setores da economia ou, de forma indireta, atuar nas citadas direções equalizando as condições para a saudável competição entre as empresas num determinado mercado, inferindo-se daí que exceção tarifária não é, por isso, um benefício fiscal”.
Nesse contexto, temos o Ex-tarifário do Brasil e o Ex-tarifário do Mercosul. No caso do Ex-tarifário do Brasil, temos aquele ligado ao IPI e o outro relacionado ao I.I.
5.1) Ex-tarifário do Brasil
O Ex- tarifário do IPI pode ocorrer de forma gravosa o (Ex-tarifário gravoso de IPI). Ex.: Vinho do Porto (2204.21.00 – IPI de 10% para 40%). E também na forma de redução. Ex.: Bebidas alimentares a base de soja (2202.90.00 – IPI de 27% para 0%).
Já o Ex-tarifário do I.I. nasce por meio de Resolução da Camex e, na maioria das vezes implica em reduções na alíquota ad valorem das mercadorias. Ex.: Ex-tarifáriodo II de 14% para 2% para o código 8414.80.19 (Compressores de ar centrífugos, isentos de óleo, com motor elétrico).
5.2) Ex-tarifário doMercosul
No âmbito do Mercosul,o Ex-tarifário abrange somente o I.I. (imposto negociado pelo acordo), previsto na TEC. Sendo assim, as mercadorias inseridas no ex-tarifário, terão suas alíquotas de I.I. reduzidas a patamares estabelecidos pelos Estados-Partes do Mercosul e terão suas alíquotas aprovadas pelo Conselho do Mercado Comum (CMC). Ex: 9021.50.00 – Marca-passos cardíacos, exceto as partes e acessórios = 0%. No caso de bens de capital, há também concessão de Ex para o II no Mercosul. Ex.: Turbinas para propulsão de embarcações – 8406.10.00 – redução para 14%. Há uma lista de medicamentos e fármacos que contam com o ex do II no Mercosul, bem como uma lista do setor automotivo.Por fim, há também uma lista de convergência de bens de informática e telecomunicações. Ex.: Injeção eletrônica – 8409.91.30 – redução para 16% a partir de 2006.
5.3) Elaboração do Ex-tarifário do IPI (Brasil)
Não há uma regulamentação específica que oriente o contribuinte sobre como proceder para apresentar um pleito de Ex-tarifário do IPI e as etapas que devem ser vencidas para sua consecução. Nesse contexto, o contribuinte fica sob o critério discricionário da Administração Pública que, em regra, reluta em conceder tais exceções, já que dentre outros motivos, o Estado para cumprir suas obrigações impostas pela Constituição Federal, deve arrecadar, e o IPI tem uma importante participação no total dos fundos governamentais.
Para a elaboração do Ex-tarifário do IPI, o contribuinte deve passar por 3 etapas:
Elaborar o pleito (contendo uma análise detalhada da mercadoria, abordando aspectos econômicos da questão, mostrando a influência da diminuição ou do aumento da alíquota do IPI, aspectos da competitividade, entre outros, e enviar o pleito ao Ministério da Fazenda ou à Secretaria da Receita Federal.
Análise critica: técnica, legal e tributária feita pelos setores de tributação, de arrecadação e de política tributária da SRF.
Termo ao pleito: após a decisão tomada pela SRF no sentido de promover uma exceção na alíquota do IPI, seja para mais ou para menos, produz-se uma minuta de Decreto e encaminha-se a mesma ao Gabinete do Ministro da Fazenda, para então enviá-la (ou não) a Casa Civil da Presidência, a quem cabe determinar o momento oportuno para a edição do Decreto Presidencial.
5.4) Elaboração do Ex-tarifário do I.I. (Brasil)
Elaborar o pleito em 2 vias originais, em papel timbrado da empresa ou associação de classe;
Cada pleito deverá envolver somente uma única mercadoria.
Traduções juramentadas, se necessário.
Cada pleito deverá conter informações que identificam a Interessada; as informações que qualificam a mercadoria; as informações que envolvem a importação e as informações relativas aos investimentos no projeto onde se insere o pleito.
Informações, mínimas e necessárias, que identificam a Interessada no pleito: razão social, CNPJ, nome de pessoa de contato, telefone, fax, e-mail, endereço e contrato social.
Informações que qualificam a mercadoria: especificações técnicas, descrição do funcionamento, quando necessário a planta ou esboço da mercadoria, catálogos técnicos e explicitar a função principal e as demais funções da mercadoria.
Informações envolvendo a futura importação: quantidade a ser importado por intervalo de tempo, bem como a estimativa de valor unitário em dólares e na modalidade FOB. Também se torna necessário uma estimativa da data de embarque, data e local previsto para desembarque no Brasil.
Dar entrada do pleito no Protocolo Geral do MDIC.
Após protocolizado, o pleito de ex-tarifário do I.I. irá sofrer análise na Secretaria do Desenvolvimento da Produção. Tais pareceres da SDP são analisados pelo Comitê de Análise de Ex-Tarifários (CAEx) que levará em conta para elaboração da sua recomendação final ao GECEX, alguns aspectos, entre eles, a inexistência de produção nacional da mercadoria e os impactos sobre a exportação e substituição competitiva de importações.
Finalizada a análise por parte da SDP,o processo é enviado para a SRF que irá examinar as sugestões de classificação fiscal e texto do Ex-tarifário.
Ao passar pela SRF, o processo segue para o CAEx que irá encaminhar a minuta de Resolução Camex, contendo o Ex-tarifário do I.I. ao Comitê Executivo de Gestão (GECEX) para sua consideração e aprovação. 
Destaque NCM
O destaque NCM é quando mais de uma mercadoria possui um tratamento administrativo específico dentro de um mesmo código aduaneiro.
Sistemática na liberação das mercadorias
Tanto na exportação, como na importação, a Secretaria da Receita Federal poderá fiscalizar as cargasque estão saindo ou chegando em nosso território.
Na exportação, a SRF poderá fiscalizar as cargas que serão exportadas no estabelecimento do exportador (desde que ele possua um terminal do Siscomex e também deve acionar a Receita Federal para solicitar um fiscal), em armazéns alfandegados (também interligados ao Siscomex) e em portos, aeroportos e pontos de fronteira.
Na importação, a SRF poderá fiscalizar as cargas provenientes do exterior e processar o despacho aduaneiro em portos, aeroportos e pontos de fronteira (zona primária), onde funcionam os serviços aduaneiros e, também, em armazéns alfandegados (zona secundária). 
Quando uma carga é transportada entre dois locais do território aduaneiro, com suspensão do pagamento dos impostos devidos, dizemos que ela está em regime de trânsito aduaneiro. Dessa forma, se uma carga que veio da Itália chegar no Rio de Janeiro e, o importador desejar que o desembaraço aconteça em Belo Horizonte, em uma zona secundária, a carga virá em regime de trânsito aduaneiro até o armazém alfandegado e, somente no momento do desembaraço é que haverá o pagamento dos impostos devidos. Quando o fiscal autoriza esse regime, a carga é transportada lacrada e deve cumprir rigorosamente o itinerário e o prazo para a realização da operação concedido por esse fiscal.
A partir do momento que a carga chega na zona secundária, há uma fiscalização do veículo que transportou a mesma, do lacre e da documentação referente ao trânsito (declaração de trânsito aduaneiro). Estando tudo dentro da conformidade, a repartição fiscal de destino atesta a chegada da mercadoria, concluindo o trânsito. 
Uma observação importante é que o transportador assume a condição de fiel depositário até a conclusão do trânsito.
O regime de trânsito aduaneiro é aplicado também quando há exportação de um produto. Nesse caso, a carga é desembaraçada em zona secundária, lacrada e transportada para uma zona primária, onde será concluído o trânsito, transferindo a mesma para o embarque internacional. 
Ex Tarifario 
Para pedir ex tarifário deve se comprovar ao governo que não existe produto similar nacional (Em tempo, quantidade, qualidade)
Alteração da alíquota de II (Imposto de Importação) MERCOSUL
Alteração IPI (Imposto sobre produto Industrializado) BRASIL
Alteração 
Gravoso – enquanto produtor nacional
Redução – enquanto importador
Solicitação do Ex
Importador – Redução
Fabricante
Tributação
Tributação Zero (Tem alíquota Zero)
Isento – Possui beneficio do governo
Não tributável – pois não se adequa.
UNIDADE 3 – INTERVENÇÃO ESTATAL 
Caso: Índia
Trata-se de uma das principais economias emergentes do mundo para TI e comércio eletrônico, porém, está inundada em barreiras e regulamentações comerciais.
Não somente o governo federal impõe inúmeras regras, padrões e restrições administrativas, mas também, cada um dos 28 estados indianos aplica sua própria burocracia local.
As tarifas de importações e os controles sobre investimentos estrangeiros são consideráveis, sendo que as tarifas de importação têm incidência média de 12% sobre produtos agrícola, em comparação com menos cerca de 4% na Europa, no Japão e nos USA.
Centenas de commodities, de cimento, a eletrodomésticos, podem ser importadas somente mediante aprovação governamental. As taxas de licenciamento, os procedimentos de testes e outros obstáculos podem custar muitos dólares a um importador.
No passado, as empresas estrangeiras registram milhares de propostas de investimento valendo centenas de bilhões de dólares junto ao governo americano.
Entretanto, as barreiras burocráticas permitiram que somente uma fração delas fosse aprovada.
As empresas estrangeiras encontravam obstáculos por toda a parte, em questões como a ligação de energia elétrica, água, uso da terra e licenças ambientais, além da documentação exigida para comprovar o cumprimento às regulamentações.
Além disso, a maioria das regiões do país sofre com uma infraestrutura – estradas, pontes, aeroportos e sistemas de telecomunicações inadequados.
Em 1991, para corrigir essa situação, a Índia começou a liberalizar suas regulamentações comerciais e a estrutura de sua economia. O governo implementou inúmeras reformas para livrar a economia do controle estatal, vendendo negócios ao setor privado e a investidores estrangeiros.
O afrouxamento da burocracia e a abertura comercial podem estar dando resultados.
O crescimento do PIB tem médias de 7%
Entretanto, essas transformações não ocorrem sem problemas.
Em 2001, grevistas contrários à venda, pelo governo, de uma empresa de alumínio, ameaçaram a fazer uma greve de fome.
A revolução econômica da Índia contribui para desatrelar o potencial empreendedor do país.
O governo está instituindo Zonas Econômicas Especiais (ZEE’s), com isenção de impostos, condições especiais e mão de obra barata. Territórios estrangeiros virtuais que oferecem a empresar estrangeiras benefícios fiscais.
Enquanto isso, na Europa e nos USA, a terceirização de serviços para a Índia tem gerado clamor por protecionismos – ou seja, barreiras comerciais e medidas defensivas que visem minimizar a exportação de empregos para o exterior.
UNIDADE 4 –
Três tipos de participantes nos negócios internacionais
Empresa focal: é aquela que inicia uma transação comercial internacional, concebendo, desenvolvendo e produzindo ofertas destinadas ao consumo em escala mundial.
Intermediários no canal de distribuição: é especializado em oferecer uma gama de serviços logísticos e de marketing a empresas focais, como parte
Facilitador: é uma empresa ou um indivíduo com experiência em consultoria jurídica, bancaria.
Estratégias de entrada
Licenciador: empresa que faz um acordo contratual com um parceiro estrangeiro, concedendo-lhe o direito de uso de determinada propriedade intelectual por um período especifico de tempo e mediante o pagamento de royalties.
Franqueador: é uma empresa que concede a outra o direito de uso de um sistema completo de negócios mediante o pagamento de taxas ou royalties.
Contrato turnkey: é uma empresa focal que planeja, financia, organiza, administra e implementa as fases de um projeto, organizado via concorrência aberta, para depois entrega-lo a um cliente estrangeiro, a treinar o pessoal local. Ex: Eurotunel, Barragem de Três Gargantas e o aeroporto de Hong Kong.
Joint Venture: é uma empresa focal que cria e compartilha a propriedade de uma entidade jurídica por meio de investimento acionário ou fundo de ativos. Os parceiros formam tais joints para compartilhar custos e riscos , obter acesso a recursos necessários, conquistar economias de escala e perseguir metas estratégias a longo prazo. Hitachi, que formou uma joint venture com a MasterCard para promover um sistema de smartcard para bancos e outras aplicações. A gigante de eletrônicos investiu USA 2,4 milhões por uma participação de 18% da joint estabelecida em San Francisco.
Fusões – 
Pesquisar sobre a venda da General Eletric (GE)
Instrumentos de intervenções governamental
Tarifas – aumentar ou reduzir para regular o mercado.
Cotas – Importação e exportação, quantidade máxima para impedir que toda a produção seja exportada e que falte mercadorias para o mercado interno, tendo que se importar para suprir a demanda (não fazendo sentido) Ex: Cota de exportação do açúcar (40% no máximo).
Exigência de conteúdo local.
Regulamentações e padrões técnicos. – Burocracia 
Procedimentos administrativos e burocráticos 
Restrições ao IDE, controles cambiais e ao direito de propriedade. 
Subsidio 
Direito compulsório – aumento de taxas incidentes sobre produtos importados por um país, como forma de contrabalancear os subsídios concedidos aos produtores ou exportadores de origem
Tarifa antidumping – imposto cobrado sobre produtos importados que sejam precificados abaixo dos preços normais de mercado ou abaixo dos custos.
UNIDADE 5 – INTRODUÇÃO À LOGISTICA
Transporte Aéreo Internacional
Rapidez 
Tipo/Natureza da Carga
Valor da Carga
UrgênciaAWB – Airway Bill – Conhecimento de transporte aéreo, um contrato de transporte 
Agente de carga – intermedia a negociação entre o exportador e/ou importador e a companhia aérea.
Vantagens
Os aeroportos estão próximos aos centros urbanos, o que reduz o frete interno.
Segurança IATA – International Air Transport Association – Regulamentação internacional das regras da aviação.
Manuseio mais cuidadoso
CUSTO X BENEFICIO X URGÊNCIA
Transporte Marítimo
Cargas de Pequeno/Médio porte – Viável LCL (Less Container Load)
Hub’s – Reduz o Transit Time
B/L – Bill of Landing
Cargas de Grande Porte 
Tarifas – Negociadas com os armadores ou Agentes de Cargas
Transporte Rodoviário 
Limitado às regiões vizinhas
Alto custo
Conhecimento rodoviário de transporte – CRT
Regulamentações: ANTT e ATIT
Permisso – Cruzar fronteiras internacionais. 
Ex: Um caminhão com carga de Belo Horizonte para Córdoba (Argentina), para voltar com carga, a carga deve estar no porto seco de Córdoba, caso contrário deverá voltar lacrado.
Transporte Ferroviário
Pouco utilizado na América Latina – contexto histórico.
Pouca oferta de serviços. E com diferentes bitolas dentro do Brasil, o que impede a interligação de rotas. Além disso, existem bitolas diferentes entre o Brasil e os países vizinhos.
Crescimento pós anos 90 com as privatizações.
Conhecimento Ferroviário de transporte
Permisso
ANTT/ATIT
Trânsito aduaneiro
Zonas Primárias: Portos, aeroportos e postos de fronteira.
Zonas Secundárias: Restante do país
Na importação: suspenção do pagamento de tributos na zona primária desembaraço SEMPRE na zona secundária.
Importação
Zona Primária:
Chegada do veículo no trecho internacional
DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro – escolha de onde será o desembaraço.
Suspensão dos tributos
Início do T.A
Lacre do Caminhão
Zona Secundária
Chegada do veículo em T.A
Verificação: Lacre e Documentação
Abertura do Lacre por parte da R.F
Capatazia 
Armazenagem 
Desembaraço 
Pagamento dos Tributos 
Exportação
Zona Secundária
Desembaraço
DTA
Início do T.A
Lacre
Zona Primária
Conclui o T.A
Entrega da carga ao transportador internacional.
Embarque

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