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AÇÃO - PETIÇÃO INICIAL 4 - PRÁTICA SIMULADA I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº(...), expedida pelo(...), inscrito no CPF sob o nº(...), residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, por seu advogado com endereço profissional em Niterói/RJ, endereço que indica para os fins do artigo106 do CPC, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
pelo procedimento comum em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portadora da carteira de identidade nº(...), expedida pelo(...), inscrito no CPF sob o nº(...), residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, 123, Brusque/SC,
JONATAS, espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade nº(...), expedida pelo(...), inscrito no CPF sob o nº(...), residente e domiciliado na Rua Jirau, 366, Florianópolis, e
JULIANA, brasileira, casada, (profissão), portadora da carteira de identidade nº(...), expedida pelo(...), inscrito no CPF sob o nº(...), residente e domiciliada na Rua Jirau, 366, Florianópolis, pelos fatos e fundamentos que passar a expor.
DA PRIORIDADE DA TRAMITAÇÃO (ART. 71 DA Lei 10741, Estatuto do Idoso)
Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I-em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. (CPC)
DOS FATOS
O autor era proprietário de um imóvel de veraneio situado em Balneário Camboriú/SC, juntamente com sua irmã, a primeira ré. A primeira ré possuía procuração outorgada pelo autor desde novembro de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação. Em 16/11/2016, o autor revogou a procuração.
Em 05/12/2016, o autor notificou o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração, bem como a sua irmã, a primeira ré.
No dia 15/12/2016, dez dias após a notificação de revogação da procuração, a primeira ré, utilizando-se da procuração revogada, alienou o imóvel de veraneio pelo valor de R$150.000,00. para o segundo réu e sua esposa, a terceira ré.
O autor teve ciência da alienação no dia 01/02/2017 ao chegar no imóvel e ver que o mesmo estava ocupado pelo segundo réu e a terceira ré.
DOS FUNDAMENTOS
É fundamental citar o artigo 661, §1º do Código Civil, pois a procuração outorgada deve expressamente conferir tal poder de alienar o imóvel do mandante, vide artigo a seguir.
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.
No que concerne ao negócio jurídico realizado entre os réus, cabe verificar a validade da compra e venda de acordo com a codificação vigente que trata sobre o tema abordado. O Código Civil de 2002 apresenta em seu artigo 104 e incisos os pressupostos de validade do negócio jurídico, ou seja, o artigo citado traz os elementos essenciais que não podem ser omitidos do negócio. Superada tal análise, vide a transcrição do artigo supracitado.
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
De acordo com o inciso III, pode-se verificar que o negócio jurídico celebrado entre os réus não obedeceu a forma prescrita em lei, isto é, violou um dos requisitos do plano de validade uma vez que a procuração fora re	vogada e devidamente comunicada ao Cartório competente e à ré. Haja vista o artigo 682, inciso I do Código Civil.
Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;
O direito do autor encontra amparo no artigo 166, incisos IV e V do Código Civil vigente. Evidente a inobservância da solenidade, constitui-se uma espécie de forma em que o contrato deve seguir, haja vista a transcrição do artigo mencionado.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
O doutrinador Carlos Roberto Gonçalves disciplina sobre o tema: 
“O mandato é essencialmente revogável. Cessada ou diminuída a confiança depositada no mandatário, pode o mandante, a qualquer tempo e sem necessidade de justificar a sua atitude, revogar ad nutum os poderes conferidos. Os efeitos da resilição são ex nunc. Os atos praticados não são atingidos. A revogação deve ser comunicada ao mandatário, para ter eficácia. E para produzir efeitos em relação aos terceiros de boa-fé, há de ser comunicada também a estes, diretamente por todas as formas possíveis ou por meio de editais, sob pena de serem válidos os contratos com estes ajustados pelo procurador em nome do constituinte” Livro: Direito Civil Brasileiro – Volume 5 – edição 2012 – Editora Saraiva – Autor Carlos Roberto Gonçalves.
Contrária não é a jurisprudência do TJRS:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO. PROTEÇÃO AO TERCEIRO DE BOA-FÉ. POSSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. Em julgamento, questão atinente à declaração de nulidade absoluta do negócio jurídico em consideração, pois levado a efeito a partir de confissão de dívida espúria, confeccionada sem correspondentes poderes para tanto, e dação em pagamento por mandatário com procuração já revogada, a par de eivado pela simulação, o que impõe sua consideração sob a hipótese do artigo 166 e incisos do Código Civil, devendo ser mantido o édito anulatório quanto ao negócio originário. Outrossim, o ato em questão gerou efeitos ao longo do tempo, verificando-se que o primeiro adquirente obteve o bem de forma fraudulenta, após o que se operaram sucessivas alienações. A cadeia dominial em questão encontra-se formalmente perfectibilizada junto à matrícula 12.092, Livro 2 do Registro de Imóveis de Pelotas, operando-se nos estritos termos dos arts. 196 e 237 da Lei nº 6.015/73, o que indica que as operações foram precedidas de todas as exigências usuais a transações imobiliárias, quais sejam, negativas pertinentes ao imóvel e dos respectivos proprietários registrais, pelo que se presume a boa-fé dos terceiros adquirentes, devendo ser outorgada a devida proteção à legítima expectativa que detinham. Sentença que vai parcialmente reformada. APELOS PARCIALMENTE PROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70079218889, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Deborah Coleto Assumpção de Moraes, Julgado em 13/12/2018)
Desta forma, não restou alternativa senão a propositura da presente ação.
DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
1. Requer a concessão da prioridade na tramitação.
2. Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para o seu comparecimento. 
3. Citação do réu para integrar a relação processual.
4. Que seja julgado procedente o pedido para declarar a nulidade do negócio jurídico celebrado entre os réus.
5. Requer a condenação dos réus nas custas processuais e honorários advocatícias.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial prova documental e depoimento pessoal dos réus.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$150.000,00.
Pede deferimento.
Niterói, 14 de março de 2019.

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