2 fase civil- Damásio

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A ETAPA FINAL
PARA VOCÊ
GABARITAR
17
JAN
Direito do TrabalhoDireito Civil
GABARITANDO A PEÇA
Osmar Costa, ao parar sua motocicleta diante de faixa de pedestre, na cidade 
de Boituva – SP, teve seu veículo colidido pelo automóvel conduzido por Maria Silva, 
que teve sérios ferimentos decorrentes da colisão. Por esse motivo, propôs, contra 
Maria, ação de indenização pelo procedimento comum pleiteando a condenação da 
Ré no valor de R$ 20.000,00, pelos danos materiais suportados, referentes a despe-
sas hospitalares e gastos com remédios, e danos morais, no valor de R$ 70.000,00, 
pelos ferimentos sofridos. O processo foi distribuído para o juízo da 1ª Vara Cível de 
Boituva-SP e não houve acordo em audiência de conciliação e mediação.
Em contestação, Maria postulou a culpa exclusiva da vítima, sob o argumento 
de que Osmar sequer olhou para verificar se o sinal estava fechado. Ainda, em sua 
defesa, Maria requereu, por reconvenção, a condenação de Osmar ao pagamento 
de pelos prejuízos causados em seu carro, sob a alegação de que ele teria parado 
o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, 
não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via e o sinal estava verde. 
Maria requereu, ainda, a produção de prova testemunhal.
Após isso, o juiz proferiu sentença sem oitiva da testemunha, por entender que 
a matéria controvertida era exclusivamente de direito. Rejeitou o pedido de impro-
cedência e afirmou que a ré deveria ter formulado seu pleito indenizatório por meio 
de outra petição, e não dentro da contestação. Ao final, julgou procedentes todos os 
pedidos apresentados na petição inicial, condenando a ré ao pagamento de todos os 
valores pleiteados. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) 
DIREITO CIVIL
PROF.º LEANDRO LEÃO 
XXVII EXAME UNIFICADO DA OAB
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DIREITO CIVIL
contratado(a) por Maria, redija a peça processual cabível, abordando todas as ques-
tões processuais e de direito material necessárias à defesa de sua cliente.
ATOS DO JUIZ (203/204) ROL DE RECURSOS (994)
GABARITANDO A PEÇA
TOP 10 PARA PEÇAS
1) MEU CLIENTE: Maria Silva
2) ADVERSÁRIO: Osmar Costa
3) FASE PROCESSUAL: PI  Audiência  Contestação  Sentença  ????
4) PEDIDO MEU CLIENTE: Improcedência dos pedidos do Autor
5) TESE: 
 Cerceamento de defesa: art. 5º, LV CF;
 Cabimento de reconvenção: 343 CPC;
 Culpa exclusiva da vítima por parar sem motivo: 945 CC. 
6) URGÊNCIA: Não
7) COMPETÊNCIA: TJ/SP
8) INCAPAZ, IDOSO OU DOENÇA GRAVE: Não
9) VALOR: Não se aplica
10) PEÇA: Recurso de APELAÇÃO - 1009
Formado por 2 petições:
Petição de Interposição: Endereçada para o juízo a quo, que prolatou a decisão.
Petição de Razões: Endereçada para o juízo ad quem, para análise do mé-
rito recursal.
Apelação, RE, Resp, ROC; Embargos de Divergência; 
Agravo em Resp e RE; Recurso Inominado (Juizado Especial).
ESTRUTURA DO RECURSO
DIREITO CIVIL
Formado por 1 petição:
Petição única endereçada para o mesmo órgão que julgará o mérito.
Agravo de Instrumento; Embargos de Declaração; 
Agravo Interno.
Endereçamento: 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BOITUVA/SP.
Processo nº ...
Preâmbulo: MARIA SILVA (qualificação completa) X OSMAR COSTA (qualifica-
ção completa)
Requerimentos
Termos em que, pede deferimento.
Local e data. 
Advogado... OAB nº...
 EGRÉGIO TJ/SP;
 Razões de Apelação;
 Apelante: MARIA SILVA;
 Apelado: OSMAR COSTA;
 Origem: Processo nº ...., 1ª Vara Cível da Comarca de BOITUVA/SP;
PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO
PETIÇÃO DE RAZÕES
 Intimação contrarrazões
 Remessa TJ de Goiás
GABARITANDO A PEÇA
 Egrégio Tribunal;
 Ilustres Desembargadores. 
I – DO HISTÓRICO PROCESSUAL
Resumo do Processo.
II – DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
Explicar cabimento da apelação, legitimidade, tempestividade e recolhimento 
do preparo.
III – DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO
 Cerceamento de defesa por não ter permitido produzir provas (art. 5º, LV CF);
 Cabimento da reconvenção dentro da contestação (art. 343, do CPC);
 Culpa exclusiva da vítima por parar sem motivo (945 CC).
IV – DOS REQUERIMENTOS
 Recebimento e conhecimento do recurso;
 Provimento para REFORMAR a sentença a quo no sentido de ser julgado 
improcedente o pedido do Apelado;
 Se assim não entenderem Vossas Excelências, a anulação da sentença, re-
tornando os autos ao 1º grau para produção de provas;
 Inversão do ônus da sucumbência com a respectiva majoração (art. 85, §11 
do CPC).
 Preparo
Termos em que, Pede deferimento.
Local e data. Advogado... OAB nº...
DIREITO CIVIL
Cabe juízo de RETRATAÇÃO em apelação?
Em regra não. 
Excepcionalmente:
1) sentença de indeferimento da Petição Inicial (art. 331 CPC);
2) sentença proferida no art. 332 – Sentença de improcedência sem a citação do réu;
3) Qualquer sentença de extinção sem julgamento do mérito (art. 485, §7º do CPC).
 85, §11 (honorários e majoração);
 996 (legitimidade);
 1.003 (prazo);
 1.007 (preparo);
 1.009, caput e §1º (cabimento);
 1.010 (interposição);
 1.013, §3º (julgamento);
 1.010, §1º (contrarrazões).
ARTIGOS A SEREM GRIFADOS DO CPC
Endereçamento: Desembargador Presidente do Tribunal
Preâmbulo: (qualificação completa)
I) DO HISTÓRICO PROCESSUAL
(Resumo do Processo)
ESQUELETO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
GABARITANDO A PEÇA
II) DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
Explicar o cabimento do agravo de instrumento (1.015 CPC), a legitimidade, tem-
pestividade e informar o recolhimento do preparo. 
III) DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO
(TESE)
IV) DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL (OU DO EFEITO SUSPENSIVO)
Efeito suspensivo: Preciso paralisar algo que foi concedido;
Tutela Antecipada Recursal: Preciso que conceda algo que foi negado.
V) DOS REQUERIMENTOS
 Efeito: Tutela Antecipada Recursal ou suspensivo;
 Conhecimento + Provimento para reformar;
 Nome e endereço dos advogados;
 Rol de Peças;
 Recolhimento do preparo;
 Intimação da parte contrária para Contrarrazões;
 Informação ao juízo a quo.
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado... 
OAB nº...
DIREITO CIVIL
 995 parágrafo único;
 996;
 1.003 §5º;
 1.015;
 1.016;
 1.017;
 1.018;
 1.019.
OLHE OS SEGUINTES ARTIGOS
GABARITANDO A PEÇA
Súmula 602 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendi-
mentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. 
Súmula 563 - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades 
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários 
celebrados com entidades fechadas. 
Súmula 597 - A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para 
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de ur-
gência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado 
da data da contratação. 
Súmula 608 - Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de 
plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. 
Súmula 609 - A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença pree-
xistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação 
ou a demonstração de má-fé do segurado.
DIREITO CIVIL
PROF.º MURILO SECHIERI 
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SÚMULAS IMPORTANTES DO STJ
DIREITO CIVIL
Súmula 543 - Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra 
e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a 
imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmen-
te, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor,ou parcialmente, 
caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento.
Súmula 595 - As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos 
danos suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido 
pelo Ministério da Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequa-
da informação. 
NORMAS IMPORTANTES DO CDC
ALGUNS DIREITOS BÁSICOS IMPORTANTES – ART. 6º
CARACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
•	 Conceitos de consumidor: art. 2º, ”caput” e parágrafo único, art. 17, art. 29 
(ver	as	práticas	comerciais	–	arts	30	a	43).
•	 Conceito de fornecedor: art.	3º,	“caput”.
•	 Produto: §	1º	do	art.	3º.
•	 Serviço:	§	2º	do	art.	3º.
Inciso V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas; 
Inciso VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, in-
dividuais, coletivos e difusos; (v. súmula 387 do STJ).
Inciso VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossí-
mil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências;
GABARITANDO A PEÇA
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
DIREITO DE REGRESSO 
Art. 373, § 1º do CPC: Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da 
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encar-
go nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, 
poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir 
do ônus que lhe foi atribuído.
Art. 7º, parágrafo único: Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão 
solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
Art. 25: É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere 
ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos respon-
derão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto 
ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e 
o que realizou a incorporação.
Art. 13, parágrafo único: Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado po-
derá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua par-
ticipação na causação do evento danoso.
Art. 88:	Na	hipótese	do	art.	13,	parágrafo	único	deste	código,	a	ação	de	regresso	
poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se 
nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
Art. 101: Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e servi-
ços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as 
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seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; II - o réu que 
houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo 
o segurador.
Art. 1.015 do CPC: cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutó-
rias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
XI	-	redistribuição	do	ônus	da	prova	nos	termos	do	art.	373,	§	1º.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
Art. 28: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quan-
do, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infra-
ção da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A descon-
sideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, 
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
(...)	§	5	Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – 
vide arts. 133 a 137 do CPC.
GABARITANDO A PEÇA
José, aos 68 anos de idade, conheceu Maria, mulher alguns anos mais nova e 
ambos vieram a se casar, sem que tenha sido feito pacto antenupcial. 
Ele já era aposentado, possuía vários imóveis, sendo que alguns deles estavam 
alugados. Além disso, era titular de vultosa quantia em dinheiro que angariou ao lon-
go da vida. Tais valores encontravam-se em aplicações financeiras. 
Maria, por sua vez, exercia atividade profissional da qual auferia renda. Tinha 2 
(dois) imóveis comerciais, também alugados, e contava com uma reserva financeira 
em aplicação bancária, tudo adquirido antes da união. Aluguéis e juros foram acu-
mulados por ela durante o período do casamento. 
O casal não chegou a ter filhos comuns, mas José teve 3 (filhos), João, Alberto e 
Mário. Esse já era falecido, e havia deixado 2 filhos, Roberto e Gilberto. 
Durante o casamento, José não aumentou em nada o seu patrimônio, já que pra-
ticamente a totalidade dos proventos de sua aposentadoria e dos rendimentos das 
aplicações eram utilizados para arcar com as despesas do lar conjugal 
Maria, por outro lado, poupava todo o seu salário, quase que integralmente, o que 
possibilitou que adquirisse, durante o casamento, mais um imóvel comercial, sem 
que, para tanto, precisasse utilizar o valor que já havia poupado antes do casamento.
DIREITO CIVIL
PROF.º MURILO SECHIERI 
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DIREITO CIVIL
Em decorrência de um problema cardíaco, José vem a falecer. 
Meses antes do inventário ser realizado, Maria finalmente consegue receber as 
verbas de rescisão de um contrato de trabalho que fora exercido integralmente du-
rante o período em que esteve casada com José. 
Na qualidade de advogado(a), aborde os aspectos sucessórios aplicáveis ao 
caso, inclusive com plano de partilha dos bens do casal, indicando os dispositivos 
legais aplicáveis.
CAPÍTULO III
Do Regime de Comunhão Parcial
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que so-
brevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos 
seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na 
constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos 
cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do 
casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda 
que só em nome de um dos cônjuges;
GABARITANDO A PEÇA
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho 
ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos 
os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebi-
dos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma 
causa anterior ao casamento.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso 
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se 
casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação 
obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão 
parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
(...)
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevi-
vente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem 
separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa con-
vivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será 
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real 
de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que 
seja o único daquela natureza a inventariar.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá 
ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua 
quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com 
que concorrer.
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais 
remotos, salvo o direito de representação. (v. arts. 1.851 a 1.856)
GABARITANDO A PEÇA
Maurício dirigia seu tranquilamente seu carro quando repentinamente foi surpre-
endido com um veículo indevidamente estacionado na via por Leandro, obrigando-o 
a invadir a outra pista da estrada, vindo a colidir com o carro de Murilo causando-lhe 
lesões. Socorrido Murilo ficou internado por dois meses em hospital privado. As le-
sões resultaram em cicatrizes permanentes no/na... e diminuição de sua capacidade 
laboral. Murilo propõe ação em desfavor de Maurício pleiteando indenização pelos 
danos sofridos. Fundamente a ação de Murilo!!!! 
 Responsabilidade civil extracontratual: CC art. 186 e 927;
 Legitimidade de Maurício - Estado de necessidade agressivo: CC art. 929: 
“Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem 
culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.”
 Danos 
•	 Dano emergente: CC art. 402;
•	 Lucros cessantes: CC art. 402;
•	 Dano moral: CF/88 art. 5º, inc. V + X + CC art. 186 e 927 + Súmula nº 37 STJ;
DIREITO CIVIL
PROF.º PAULO HENRIQUE OLIVEIRA 
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DIREITO CIVIL
•	 Dano Estético: Súmula nº 387 STJ;
•	 Dano laboral: CC art. 950.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o 
seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, 
além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, 
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, 
ou da depreciação que ele sofreu.
O pedido foi julgado totalmente procedente!!!
Você está no caminho certo! 
Leandro é menor incapaz, órfão, que sobrevive de vultosa herança recebida de 
seus pais e está sob tutela de seu tio Beto. 
Inconformado Maurício pretende propor ação contra o responsável. Fundamente 
a ação!
 Ação regressiva: CC art. 930 (No caso do inciso II do art. 188, se o perigo 
ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para 
haver a importância que tiver ressarcido ao lesado).
 Responsabilidade objetiva: CC art. 932 (São também responsáveis pela 
reparação	civil:	[...]	–	II	o	tutor	e	o	curador,	pelos	pupilos	e	curatelados,	que	se	acha-
rem nas mesmas condições) + art. 933 (As pessoas indicadas nos incisos I a V do 
artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos 
praticados pelos terceiros ali referidos).
Leandro pode vir a ser pessoalmente responsabilizado pela indenização?
GABARITANDO A PEÇA
 Responsabilidade dos incapazes: CC Art. 928. O incapaz responde pelos 
prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização pre-
vista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o 
incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Acaso Beto pague a indenização poderá propor ação regressiva em contra Le-
andro? 
 Ação regressiva ato de terceiro: CC Art. 934. Aquele que ressarcir o dano 
causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo 
se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
Marcelo adquiriu um carro usado de seu amigo André, mecânico e motorista de 
Uber. Decorridos 40 dias da entrega Marcelo colidiu o veículo em razão de defeito 
até então oculto que o torna impróprio para o uso. 
Marcelo pretende rescindir o contrato. Fundamente o pedido! É cabível pedido 
de indenização por perdas e danos?
 Vício redibitório: CC art. 441;
 Indenização: CC art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, 
restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente resti-
tuirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
 Dolo por omissão: CC art. 145 + 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o 
silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra 
parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio 
não se teria celebrado.
DIREITO CIVIL
Ralpho, atrasado para seu treino de musculação, atravessava a rua fora da faixa 
de pedestre quando foi atropelado por motocicleta conduzida em excesso de veloci-
dade por Christiano.
Em razão do atropelamento Ralpho foi internado em hospital privado e não pode 
participar de concurso mundial de fisiculturismo que foi realizado dias após o ocorri-
do e oferecia premiação de R$ 100.000,00 para o vencedor. 
Decorridos 4 anos do evento Ralpho propôs ação de reparação de danos recla-
mando indenização por danos morais, materiais e indenização por “perda de uma 
chance” esta no valor do prêmio oferecido pelo concurso. Formule teses em defesa 
de Christiano.
 Prescrição: CC Art. 206: “Prescreve: § 3º Em três anos: V - a pretensão de 
reparação civil”;
 Excludente de responsabilidade: culpa exclusiva;
 Culpa concorrente: CC Art. Art. 945: “Se a vítima tiver concorrido culposa-
mente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a 
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.”
 Perda de uma chance e valor.
GABARITANDO A PEÇA
É estado de FATO. É possuidor todo aquele que tem DE FATO o exercício, ple-
no, ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196, CC – Teoria 
Objetiva de Ihering).
Posse titulada: aquela que surge em virtude de uma relação jurídica anterior 
(como um contrato – locação, comodato, depósito – ou um direito real – uso, usufru-
to, superfície) = seja ou não titulada, toda posse será protegida.
Visualmente é IGUAL a posse. A lei diz quando há detenção (arts. 1.198 e 1.208). 
A detenção não é protegida (não cabe possessória). A doutrina entende, entre-
tanto, que para o detentor cabe DESFORÇO IMEDIATO, do art. 1.210, § 1º.
 Casos de detenção:
a) conservação da coisa em razão de dependência econômica ou subordinação 
a outrem (1.198).
DETENÇÃO
DIREITO CIVIL
PROF.º RALPHO MONTEIRO 
XXVII EXAME UNIFICADO DA OAB
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POSSE
DIREITO CIVIL
b) atos de permissão ou tolerância (1.208).
c) atos violentos ou clandestinos enquanto estes durarem (1.208).
DESDOBRAMENTO DA POSSE
VÍCIOS DA POSSE (art. 1.200)
É possível a coexistência de posse direta (quem tem eu seu poder físico direto a 
coisa) e indireta (art. 1.197).
ATENÇÃO!
a) ambos têm proteção possessória.
b) O possuidor direto pode, inclusive, defender-se contra o indire-
to (por exemplo locatário que se defendede locador que quer retomar 
o bem a força).
 Violência;
 Clandestinidade;
 Precariedade.
Também são protegidas porque, lembre, o vício é sempre relativo.
GABARITANDO A PEÇA
Fundamento: art. 560, CPC e art. 1.210, caput, CC.
REINTEGRAÇÃO – ESBULHO = perda do bem; desapossamento (atentar para a 
descrição do enunciado, que deve deixar claro que o possuidor foi expulso da coisa).
MANUTENÇÃO – TURBAÇÃO = atos materiais de ataque a posse, sem gerar 
perda (por exemplo derrubada de muro do imóvel; quem ingressa costumeiramente 
para subtrair frutas; vizinho que empurra cerca, diuturnamente, para aumentar sua 
área; grupo social que impede acesso de morador ao seu imóvel).
INTERDITO PROIBITÓRIO – AMEAÇA = não há atos materiais praticados, mas 
o agressor manifesta intenção de consumar o ataque.
CABIMENTO DAS POSSESSÓRIAS
AÇÕES PETITÓRIAS OU DOMINIAIS
Fundamento: art. 1.228, caput, CC.
Ação reivindicatória: possibilita que o proprietário tenha de volta a coisa que se 
encontra indevidamente nas mãos de terceiros.
Imissão de posse: adequada para o proprietário que nunca exerceu posse, mui-
to embora tenha a propriedade; na prática, é o proprietário que se encontra em difi-
culdade de usar, gozar e dispor de seu bem.
DIREITO CIVIL
1) Dar preferência para as possessórias. A reivindicatória só servirá se ficar 
claro que não cabe possessória (por exemplo art. 1.212 – não cabe contra terceiro 
que recebeu a coisa de boa-fé).
2) O herdeiro causa mortis recebe tanto propriedade como posse. Não é, 
portanto, caso de IMISSÃO. Se tem posse, cabe possessória.
3) Possessória (posse nova) é procedimento especial (tem liminar possessó-
ria – art. 562, CPC). Reivindicatória é procedimento comum (caberá, se o caso, 
antecipação de tutela – art. 303, CPC).
3 DICAS PARA A PROVA
GABARITANDO A PEÇA
Renato, morador da cidade de Prudente/SP, pai de três filhos e cumpridor rigo-
roso de suas obrigações, se depara com dois funcionários da empresa Energia Boa 
Ltda. na porta de sua casa prestando serviços no poste de luz. Indagando-os sobre 
o que estavam fazendo, os mesmos informaram que estavam cortando a energia 
da casa por falta de pagamento das 12 últimas contas de luz totalizando quase 50 
salários mínimos. 
Renato, por ter todos produtos resfriados na geladeira, sai desesperado e encon-
tra todas as cópias das contas de luz pagas. Correndo ao encontro dos funcionários, 
estes realizaram os serviços e foram embora. 
Desesperado, Renato liga para o seu escritório e lhe informa que deseja somen-
te ver restabelecida a sua energia elétrica, e, principalmente, deseja o religamento 
urgente da energia de seu lar.
Diante de tal situação, tome a medida cabível.
DIREITO CIVIL
PROF.º ROBERTO ROSIO 
XXVII EXAME UNIFICADO DA OAB
#GABARITANDO
apeça
DIREITO CIVIL
TOP 10 PARA PEÇAS
1. MEU CLIENTE: Renato
2. ADVERSÁRIO: Energia Boa Ltda. 
3. FASE PROCESSUAL: Não há processo em curso 
4. PEDIDO MEU CLIENTE: Religamento de energia
5. TESE: Relação e consumo/pagamento
6. URGÊNCIA: Sim
7. COMPETÊNCIA: Prudente/SP
8. INCAPAZ, IDOSO OU DOENÇA GRAVE: Não
9. VALOR: Não fornecido
10. PEÇA: Ação de Obrigação de Fazer pelo Rito Comum
ESTRUTURA
A petição inicial é dividida em seis partes (319): 
1. Endereçamento
2. Preâmbulo
3. Fatos 
4. Fundamentos Jurídicos
*Tutela Antecipada/Liminar
5. Pedido
6. Valor da Causa
GABARITANDO A PEÇA
1. Endereçamento (Competência)
a) Justiça Federal ou Estadual?
Art. 109, I CF ou Residual 
b) Qual é o foro? Onde?
Arts. 46 a 53 do CPC e Leis Especiais
Endereçamento: ... Vara Cível de Prudente/SP
2. Preâmbulo
a) Partes (representada ou assistida)
b) Qualificação
c) Advogado + Mandato
d) Ação + Rito (+ liminar)
e) Fundamento legal (processual)
Autor: Renato..., nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., endereço eletrô-
nico..., portador do documento de identidade RG nº... e inscrito no CPF nº..., domi-
ciliado e residente na Rua ... (endereço completo).
Réu: Energia Boa Bom Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ nú-
mero..., endereço eletrônico... e sede na rua...(endereço completo).
Ações + Rito
Conhecimento: visa a obter título executivo.
Execução: visa a satisfação de título executivo.
DIREITO CIVIL
 Conhecimento:
•	 Especial: todas as ações são nominadas (a partir do artigo 539 e seguintes 
do CPC).
 Nome da lei + Artigos 
•	 Comum (arts. 318 e 319 e seguintes CPC): as demais. 
 
 Ação... pelo rito comum
 Ação de Obrigação de Fazer pelo rito comum com pedido de tutela antecipada.
 Fundamento: arts. 318 e 319 e seguintes do CPC. 
3. Dos Fatos 
(narrar o problema)
4. Do Direito 
(direito material)
Teses de direito material
•	 Explicar a relação de consumo (arts. 2º e 3º CDC).
•	 Suspensão do fornecimento de luz constitui forma oblíqua de cobrança de 
crédito, impondo ao consumidor uma situação constrangedora, que é vedada 
pelo art. 42 da Lei nº 8.078/90.
GABARITANDO A PEÇA
•	 Realização prévia do pagamento, conforme recibos anexos.
•	 Impossibilidade da suspensão do fornecimento, por se tratar de serviço públi-
co essencial, nos termos do art. 22 do CDC.
*	Tutela	Antecipada	(300)/Liminar	(leis	especiais	–	84,	CDC)
Observar se existe no caso!
•	 Probabilidade do direito;
•	 Perigo de Dano;
•	 Reversibilidade (§3º).
5. Dos Pedidos e Requerimentos
A - Pedidos (contra a parte contrária)
•	 Concessão da Tutela Antecipada (Art. 300 do CPC) para o fim de religamento 
imediato;
•	 Procedência do pedido + Finalidade (Art. 487, I): RESTABELECIMENTO DA 
LUZ EM DEFINITIVO;
•	 Condenação em Custas + Honorários Advocatícios (Arts. 82, §2º e 85, CPC).
B - Requerimentos (requisitos processuais)
B.1- Obrigatórios:
•	 Citação: Lembrar se for por carta precatória!!!
•	 Opção pela audiência de conciliação ou mediação (art. 334 do CPC);
•	 Endereço do Advogado (Art. 77, V CPC);
DIREITO CIVIL
•	 Recolhimento de custas (Art. 290, CPC);
•	 Provas.
B.2 - Facultativos
•	 Justiça Gratuita (art. 98 do CPC);
•	 Prioridade (Idoso) (Art. 1.048, CPC).
6. Valor da Causa 
* Identidade com o Pedido: art. 292 CPC
* Caso não haja valor explícito: ... (regra processual)
Dá à causa o valor de R$... (valor do empréstimo).
Artigos a serem grifados do CPC:
•	 319 (Requisitos);
•	 300 (Tutela Antecipada);
•	 334, §5º (Audiência);
•	 290 (Custas);
•	 77, V (Endereço advogado);
•	 1048 (Prioridade tramitação);
•	 98 e 99 (Justiça Gratuita);
•	 292 (Valor da Causa).
GABARITANDO A PEÇA
Detalhe: Cuidado com as iniciais que serão distribuídas por dependência:
•	 Embargos à Execução (914, §1º)
•	 Embargos de Terceiro ( 676)
•	 Oposição (683, p. único)
•	 Outras causas (286)
DICA
Ao ler um problema, nos deparamos com uma ação em curso e:
•	 Houve citação;
•	 Houve audiência sem acordo;
•	 Houve petição de recusa de audiência de conciliação.
 Contestação (arts. 335 e ss CPC)
DEFESAS
1- Defesa processual
Aqui nós vamos alegar somente um problema de processo. Isso será feito nas 
Preliminares!
 
2- Defesa de mérito
Aqui nós vamos nos defender das alegações do autor. 
DIREITO CIVIL
1. Endereçamento (juiz da causa);
2. Preâmbulo;
3. Ação Proposta;
4. Das Preliminares;
5. Do Mérito;
6. Dos Pedidos.
1. Endereçamento: juiz da causa
2. Preâmbulo
a) Partes já qualificadas 
b) Advogado + Mandato
c) Fundamento legal (processual): 335 e ss ou o específico da lei + CONTESTAÇÃO
3. Da Ação Proposta
(narrar o problema)
4. Das Preliminares 
Todas no art. 337 CPC. Um parágrafo para cada.
5. Do Mérito
Rebater TODAS as teses da inicial.
ESTRUTURA
GABARITANDO A PEÇA
6. Dos Pedidosa) acolhimento da preliminar + Consequência (337);
b) caso não sejam acolhida a preliminar, sejam julgados improcedentes os pedi-
dos formulados pelo Autor; 
c) Custas e honorários (art. 82, §2º e 85);
d) Endereço para que as intimações (art. 77, V);
e) Provas.
	_Civil (capa)
	Direito Civil_Leandro Leão
	Direito Civil_Murilo Sechieri
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