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Análise dos Teóricos: Durkheim, Marx e Weber

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DURKHIEM, MARX e WEBER.
ANÁLISE DOS TEÓRICOS 
 
 Durkheim 
 Nascido na França, descente de rabinos, Durkheim, diferenciou-se de sua família, logo na adolescência, ao se tornar agnóstico, voltando-se a religião apenas pelo lado acadêmico pela sociologia científica, objetivando aprender os métodos científicos e os princípios morais que guiavam a vida social. Em seu país de origem, implantou o primeiro curso de ciência social em uma universidade, visando deter a degeneração moral que percebia na sociedade francesa. Publicou a tese A divisão do trabalho social e As regras do método sociológico.
 Durkheim 
 Diferente do pensamento de Karl Marx, Durkheim descreve que o socialismo representava um movimento que tinha como objetivo regenerar a moralidade na sociedade por meio de uma metodologia cientifica, sem interessar-se nem um pouco pelos procedimentos políticos e econômicos enfatizados por Karl Marx.
 Teske também, dá bastante atenção aos pressupostos básicos da teoria funcionalista de Durkheim e apresenta o objeto da sociologia definido pelo pensador: Fato Social. Que é conceituado por ele mesmo como toda maneira de agir, pensar e sentir, fixada ou não susceptível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então, que é geral no âmbito de uma sociedade, tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente de suas manifestações individuais.
 Durkheim 
 Para analisar o social, Durkheim inspirou-se no positivismo, isto é, analisou a sociedade de forma objetiva, olhando o fato como se fosse um objeto, descrevendo o seu funcionamento de forma imparcial, neutra. Através dessa análise, procurou provar que os fatos sociais independem daquilo que pensa ou faz cada indivíduo em particular, provando assim, que os mesmos têm existência própria.
 Apesar das pessoas terem suas vontades próprias (consciência individual), existe implicitamente no interior de cada grupo um comportamento padrão, independe do que cada ser particular. Através disso, surge-se a idéia de consciência coletiva, que conforme Durkheim é definida como o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria.
MAX WEBER
 
 Karl Marx 
 Segundo Marx, o homem relaciona-se com outros seres humanos, dando origem às relações de produção e o conjunto dessas relações leva ao modo de produção. Esse sistema de produção divide a sociedade em duas classes distintas: a dos proprietários e a dos não proprietários das ferramentas de trabalho ou dos meios de produção.
 Para sobreviver, esta última é obrigada a vender para a primeira sua única propriedade, a força de trabalho. Esse processo gera uma desigualdade muito grande entre as classes, pois a classe dos proprietários, a fim de acumular capital, explora a classe dos expropriados como se fosse parte de sua propriedade, o que caracteriza o capitalismo. Portanto, o pensamento sociológico de Karl Marx gira em torno de uma sociedade capitalista.
Karl Marx
 Para Marx, as relações de produção são consideradas as mais importantes e consistentes relações sociais. Os valores sociais e culturais, os modelos de família, as leis, a religião, as ideias políticas são aspectos cuja explicação está no colapso de diferentes modos de produção.
 Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os homens organizam a produção social de bens, que engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção. As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva.
Karl Marx
 Embora Marx não tenha sido um sociólogo, o seu pensamento sociológico ubíquo e revolucionário é algo que não pode ser esquecido, pois suas teorias, além de marcar o início do definitivo estabelecimento da ciência social, são, para uma parte considerável da humanidade atual, não só a única Sociologia verdadeiramente científica, como também a verdadeira concepção do mundo, da vida e, principalmente, da sociedade. 
 As ideias revolucionárias de Marx constituem uma ética humanista a conclamar a justiça e igualdade real entre os homens. Portanto, pode-se dizer que suas teorias em uma síntese podem significar uma nova luz e representar novos caminhos para os homens, proporcionando-os conquistas significativas no decorrer dos tempos.
 
 MAX WEBER
 Max Weber, filósofo, historiador e sociólogo alemão, que, ao contrário de Durkheim e Marx, que davam ênfase à análise sociológica dos fatos sociais e às relações entre as classes, tomou como ponto de partida a análise centrada nos agentes, nos indivíduos dos grupos sociais e suas ações. O pensamento weberiano privilegia a parte sobre o todo, tendo em vista que a coletividade, necessariamente, se origina do individual. Weber (ANO) definiu como objeto da Sociologia a ação social, ou seja, “qualquer ação que um indivíduo pratica orientando-se pela ação de outros”.
MAX WEBER
 O sociólogo trabalha apenas com a realidade e busca características em comum na sociedade, sendo assim, a elaboração de um instrumento que auxilie na busca da compreensão dos comportamentos sociais, é fundamental. O tipo ideal é um modelo de interpretação investigação, e é a partir dele que o cientista social irá analisar as sociedades e as formas de ação.
 Para Weber, a ação é toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e ação social é toda conduta dotada de sentido para quem a efetua, a ação social deve ser praticada com intenção. A partir disso, Weber constrói quatro tipos ideais de ação social que podem se enquadrar na sociedade.
MAX WEBER
 Weber define a Sociologia como a ciência que pretende entender, interpretando-a, a ação social, para explicá-la causalmente em seus desenvolvimentos e efeitos, ou seja, pretende explicar que tipo de mentalidade leva à realização das ações.
 Partindo do conceito de sociologia e das ações sociais podemos então compreender o que seja relação social, definida por Weber como uma conduta plural, reciprocamente orientada, dotada de conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo, porém o caráter recíproco da relação social não obriga os agentes envolvidos a atuarem da mesma forma, entendemos que na relação social todos os envolvidos compreendem o sentido das ações, todos sabem do que se trata ainda que não haja correspondência. Quanto mais racionais forem as relações sociais maior será a probabilidade de que se tornem normas de conduta.
CONCLUSÃO
 Analisando as teorias de cada um desses pensadores, podemos perceber que eles estavam tentando compreender a sociedade de sua época, e para isso, elaboraram e utilizaram conceitos e teorias diferentes. De alguma maneira todos estavam interessados em pensar a relação entre indivíduos e sociedade no mundo moderno, porém, as explicações indicam justamente a complexidade dos problemas surgidos pelas novas condições de vida do mundo moderno e as diferentes possibilidades de interpretação dessas novas condições.

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