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Aula 05 Noções de Orçamento Público p/ TST (Analista Judiciário - Área Administrativa) - Com videoaulas Professor: Sérgio Mendes Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 80 AULA 5: LEI 4.320/1964: RECEITA E DESPESA APRESENTAÇÃO DO TEMA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................... 1 1. CLASSIFICAÇÕES QUANTO À FORMA DE INGRESSO ..................................... 3 2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 ........................... 10 3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 .......................... 25 4. DÍVIDA ATIVA NA LEI 4320/1964 ........................................................ 35 ................................................................................. 42 QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC ............................................... 47 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................ 68 GABARITO .......................................................................................... 80 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para atingir uma meta. Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as sensações do sucesso ² como se ele já tivesse acontecido ² faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados. Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas ² um incentivando e ajudando o outro ² faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto da Simplus, com adaptações). Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 80 Vamos lá! Mantenha a motivação! Nesta aula trataremos da receita, da despesa pública e da dívida ativa, tudo da Lei 4320/1964. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto). Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções etc. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc. No que tange à despesa pública: Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública p� D� ³DSOLFDomR� GH� FHUWD� TXDQWLD� em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de XPD�DXWRUL]DomR�OHJLVODWLYD��SDUD�H[HFXomR�GH�XP�ILP�D�FDUJR�GR�JRYHUQR´� Consoante o Glossário do Tesouro Nacional, a despesa pública é a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 80 1. CLASSIFICAÇÕES QUANTO À FORMA DE INGRESSO 1.1. Receitas Orçamentárias e Extraorçamentárias Quanto à forma de ingresso, as receitas podem ser: x Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como extraorçamentárias)1. Receita orçamentária A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na LOA. São chamadas também de ingressos orçamentários. x Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias ± ARO, consignações diversas, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Ainda, no que tange ao momento da inscrição (e não do pagamento), os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária2 (trata-se de inscrição de Restos a Pagar) RSHUDo}HV�GH�FUpGLWR��RSHUDo}HV�GH�FUpGLWR�SRU�$52 As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por exemplo, poderá ser exigido de um licitante um depósito em caução para a 1 Art. 57 da Lei 4320/1964. 2 Art. 103, Parágrafo Único, da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 80 participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do Erário, que a incorporará como receita orçamentária. 9iULRV�DXWRUHV�XWLOL]DP�R�WHUPR�³QDWXUH]D´�QHVVD�FODVVLILFDomR��$WHQWH�SDUD�QmR� confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo ³IRUPD�GH�LQJUHVVR´�p�R�PDLV�DSURSULDGR�QHVWH�FDVR� (Consulplan ± Analista Judiciário ± TRF/2 ± 2017) As receitas de capital são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita à autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). São receitas extraorçamentárias as oriundas de recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita à autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Resposta: Errada (Consulplan - Contador - Pref. de Sabará/MG ± 2017) Segundo a Lei nº ���������� ³D�/HL� GH� 2UoDPHQWRV� FRPSUHHQGHUi� WRGDV� DV� UHFHLWDV�� LQFOXVLYH� DV� GH� RSHUDo}HV� GH� FUpGLWR� DXWRUL]DGDV� HP� OHL´�� 12� VH� consideram para este Artigo as operações de crédito não previstas no orçamento. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 80 Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como extraorçamentárias). Resposta: Errada (CESPE ± Analista Judiciário ± TRT/8 ± 2016) As receitas públicas, do ponto de vista orçamentário, podem ser classificadas como receitas orçamentárias e extraorçamentárias. São receitas extraorçamentárias os valores registrados em depósitos administrativos e judiciais. Recursos financeiros de caráter temporário, como os valores registrados em depósitos administrativos e judiciais, são extraorçamentários e, portanto, não integram as receitas na LOA. Resposta: Certa (FCC ± Auditor Público Externo - TCE/RS - 2014) Conforme estabelece a Lei nº 4.320/1964, é uma receita corrente a Antecipação de Receita Orçamentária. Antecipação de Receita Orçamentária é receita extraorçamentária. Resposta: Errada (FCC ± Analista - CNMP-2015) Determinado ente público, na primeira quinzena do mês de fevereiro de 2015, contabilizou, entre outras, as seguintes receitas recebidas de natureza orçamentária e extraorçamentária: í� Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, com acréscimo de multas e juros de mora, no valor total de R$ 198.500,00, sendo o valor principal do imposto R$ 190.000,00. í� operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, no valor de R$ 45.500,00. í�receita de aluguel de imóvel não prevista na lei orçamentária anual, no valor de R$ 15.500,00. í�leilão de bens móveis, no valor de R$ 19.000,00. í� caução, no valor de R$ 22.500,00, de empresa interessada em participar em licitação, para construção de obras públicas. O valor total das receitas extraorçamentárias é, em R$, de 68.000,00. Receitas extraorçamentárias: Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária = R$ 45.500,00 Caução de empresa interessada em participar em licitação, para construção de obras públicas = R$ 22.500,00 Total: R$ 68.000,00. Resposta: Certa Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 80 (FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo bimestre em um determinado exercício: Receitas Despesas Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 Taxas 200,00 Juros 250,00 Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da dívida 100,00 Multas 100,00 Multas 50,00 Juros 150,00 Material de consumo 450,00 Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 Serviços 150,00 Pagamento do principal da dívida 400,00 Amortização de empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 Pagamento de restos a pagar 250,00 A partir das informações do quadro e das disposições legais e normativas relativas à classificação das receitas públicas é correto afirmar que não houve recebimento de receitas extraorçamentárias. Receita extraorçamentária: 250,00 (depósito em garantia). Logo, houve recebimento de receitas extraorçamentárias. Resposta: Errada Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 80 1.2. Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias Quanto à forma de ingresso, as despesas podem ser: x Orçamentárias: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Assim, dependem de autorização legislativa. Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores etc. x Extraorçamentárias: são as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, os pagamentos de restos a pagar, o resgate de operações por antecipação de receita orçamentária, o repasse ao credor das consignações em folha etc. Assim, não dependem de autorização legislativa. Atenção: o resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária é despesa extraorçamentária. Entretanto, os encargos referentes a tais despesas são orçamentários, classificados no elemento de despesa ³25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da 5HFHLWD´� 9iULRV� DXWRUHV� XWLOL]DP� R� WHUPR� ³natureza´� QHVWD� FODVVLILFDomR�� $WHQWH� SDUD� não confundir com a classificação por natureza da despesa, que veremos a seguir. EntHQGR� TXH� R� WHUPR� ³IRUPD�GH� LQJUHVVR´� p� R�PDLV� DSURSULDGR� QHVWH� caso. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 80 (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± TRT/8 ± 2016) Todas as despesas, sejam elas classificadas como orçamentárias ou extraorçamentárias, demandam autorização legislativa para serem realizadas. As despesas orçamentárias demandam autorização legislativa para serem realizadas. Entretanto, as despesas extraorçamentárias correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos e, portanto, não demandam autorização legislativa para serem realizadas. Resposta: Errada (ESAF - Analista Administrativo ± Contábil - DNIT ± 2013) A saída de recursos do caixa do ente não se constitui em um dispêndio extraorçamentário no caso de resgate de operações de crédito por antecipação As despesas extraorçamentárias correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como o resgate de operações por antecipação de receita orçamentária. Resposta: Errada (FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo bimestre em um determinado exercício: Receitas Despesas Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 Taxas 200,00 Juros 250,00 Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da dívida 100,00 Multas 100,00 Multas 50,00 Juros 150,00 Material de consumo 450,00 Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 80 Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 Serviços 150,00Pagamento do principal da dívida 400,00 Amortização de empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 Pagamento de restos a pagar 250,00 A partir das informações do Quadro e das disposições legais e normativas relativas à classificação das despesas públicas, é correto afirmar que as despesas extraorçamentárias foram de 350,00. A despesa extraorçamentária foi de 250,00 (pagamento de restos a pagar). Resposta: Errada Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 80 2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 2.1. Categoria Econômica Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). Vamos a elas: Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado ± tributária e de contribuições; da exploração de seu patrimônio ± patrimonial; da exploração de atividades econômicas ± agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes ± transferências correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores ± outras receitas correntes. Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros). Na Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 80 Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária3. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, ao final de 2015, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital. O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. (Consulplan ± Analista Judiciário ± TRF/2 ± 2017) As receitas de capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. As receitas de capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as 3 Art. 11, §3º, da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 80 finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. Resposta: Certa (CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito positivo no patrimônio líquido do Estado. Como regra geral, as receitas correntes provocam efeito positivo no patrimônio líquido do Estado. Entretanto, também como regra geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais. Resposta: Errada 2.2. Subdivisões das Categorias Econômicas - Origem É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (impostos, taxas, contribuições de melhoria e demais contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. Os atuais códigos das origens são: Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 80 Nas receitas correntes, ainda não há classificação para o número 8. Nas receitas de capital, ainda não há classificação para os números 5 a 8. 2.2.1. Origens das receitas correntes 2.2.1.1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria4 Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do Código Tributário Nacional ± CTN: ³$UW����7ULEXWR�p� WRGD�SUHVWDomR�SHFXQLiULD� FRPSXOVyULD��HP�PRHGD�RX�FXMR� valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída HP�OHL�H�FREUDGD�PHGLDQWH�DWLYLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�SOHQDPHQWH�YLQFXODGD�´ Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova cobrando a literalidade do dispositivo: Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendoos impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades5. Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação. O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias: 4 A classificação na Lei 4320/1964 é denominada de ³receitas tributárias´��PDV� WDPEpP�HQJORED apenas os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. 5 Art. 9º da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 80 x Imposto: imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte6. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. x Taxa: as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição7. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. x Contribuição de melhoria: a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado8. Nas classificações orçamentárias, impostos, taxas e contribuições de melhorias correspondem a uma das origens. As demais contribuições integram outra RULJHP��GHQRPLQDGD�GH�³&RQWULEXLo}HV´� Contribuição de melhoria 6 Art. 16 do CTN. 7 Art. 77 do CTN. 8 Art. 81 do CTN. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 80 2.2.1.2. Contribuições As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de contribuições sociais, econômicas e para entidades privadas de serviço social e de formação profissional, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias), contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. No âmbito dos municípios e do Distrito Federal, há ainda a contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública, a qual possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública.9 2.2.1.3. Receitas Patrimoniais A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. As mais importantes para efeito de prova são as receitas patrimoniais oriundas da Exploração do Patrimônio Imobiliário do Estado: Aluguéis, Arrendamentos, Foros, Laudêmios, Tarifas de Ocupação; Concessão, Permissão, Autorização ou Cessão do Direito de Uso de Bens Imóveis Públicos. Exemplificando, as receitas de arrendamentos surgem quando se arrenda os terrenos da União, ou seja, o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outro exemplo para ilustrar: a receita de laudêmios registra o 9 Foi criada pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988. A competência para a instituição é dos Municípios e do Distrito Federal. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 80 valor total da arrecadação com pensão ou prêmio que o foreiro paga, quando há alienação do respectivo prédio por parte da pessoa que recebe por enfiteuse o domínio do imóvel, exceto nos casos de sucessão hereditária. Igualmente importantes são as decorrentes de Valores Mobiliários: Juros e Correções Monetárias, Dividendos e Participações. Nesse caso, são classificados como receitas patrimoniais os juros e correções monetárias associados a aplicações do ente público, como Remuneração de Depósitos Bancários, Remuneração de Depósitos Especiais, Remuneração de Saldos de Recursos Não-Desembolsados, Remuneração dos Recursos do Regime Próprio de Previdência Social ± RPPS, Juros de Títulos de Renda e Juros sobre o Capital Próprio. Também importantes são as decorrentes de Exploração de Recursos Naturais, como Compensações Financeiras e Royalties, as quais têm origem na exploração do patrimônio do Estado, constituído por recursos minerais, hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico. As compensações financeiras são forma de se recompor financeiramente prejuízos, danos ou o exaurimento do bem porventura causados pela atividade econômica que explora esse patrimônio estatal. Os royalties são forma de participação no resultado econômico que advém da exploração do patrimônio público. Ainda temos como receitas patrimoniais a Delegação de Serviços Públicos Mediante Concessão, Permissão, Autorização ou Licença: de Transporte, de Infraestrutura e de Telecomunicações; da Exploração do Patrimônio Intangível, como o Direito de Uso da Imagem e de Reprodução dos Bens do Acervo Patrimonial; e a Cessão de Direitos: como a Cessão do Direito de Operacionalização de Pagamentos. 2.2.1.4. Demais origens Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 80 x Receita agropecuária: decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias. x Receita industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente público, tais como a extração e o beneficiamento de matérias- primas, a produção e a comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica, química e de transformação em geral. x Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. São também receitas de serviços o recebimento de juros associados aos empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração do capital. x Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente arecursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. x Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: multas administrativas, contratuais e judiciais; indenizações, restituições e ressarcimentos; etc. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 80 2.2.2. Origens das receitas de capital x Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios também são classificados como operações de crédito. Segundo o princípio orçamentário da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. De acordo com a regra de ouro, é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. x Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público etc. x Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 80 x Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. x Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneração das disponibilidades do tesouro. Transferência corrente �7UDQVIHUrQFLD de capital O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será transferência corrente. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 80 Para finalizar o tópico, atente para a seguinte diferença: (IADES ± Analista - Hemocentro ± 2017) No orçamento público brasileiro, as receitas orçamentárias são os ingressos de recursos disponíveis para atender às despesas orçamentárias, além das operações financeiras que financiam essas despesas. A esse respeito, classificam-se como receitas correntes, entre outras, as operações de crédito. As operações de crédito são receitas de capital. Resposta: Errada (CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. As operações de crédito, umas das origens das receitas de capital, correspondem aos ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Resposta: Certa (CESPE ± Auditor Federal de Controle Externo ± TCU - 2015) O ingresso proveniente de outros entes da Federação, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, deve ser classificado como outras receitas correntes. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 80 O ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes, é classificado como transferência corrente. Caso o objetivo seja a aplicação em despesas de capital, será transferência de capital. Resposta: Errada (FCC ± Analista Legislativo ± Assembleia Legislativa/PE ± 2014) Na Lei Orçamentária Anual de um ente federado, são receitas classificadas como Receitas Patrimoniais aquelas oriundas de alienação de bens imóveis e de serviços hospitalares. Alienação de bens imóveis são receitas de alienação de bens e de serviços hospitalares são receitas de serviços. Resposta: Errada (FCC ± Analista Judiciário ± TRE/SP - 2017) Atenção: Para responder às duas questões seguintes, considere as seguintes informações relativamente à execução da Lei Orçamentária de determinado ente público, no exercício de 2016, segundo a Lei Federal nº 4.320/1964. Receitas Arrecadadas (Valores em R$) í�&RWD-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................180.000 _ Transferência de Capital p/construção de hospitais públicos.160.000 í�5HQGLPHQWRV�de Aplicações Financeiras..................................45.000 í�$OXJXHO�GH�,PyYHO�GH�3URSULHGDGH�GR�HQWH�S~EOLFR������������������������� í�2SHUDo}HV�GH�&UpGLWR�GH�/RQJR�3UD]R�������������������������������������������� í�$OLHQDomR�GH�%HQV�,PyYHLV������������������������������������������������������������ í�&RWD-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural..75.000 í�,QGHQL]Do}HV�H�5HVWLWXLo}HV����������������������������������������������������������� í�0XOWDV e Juros de Mora........................................................... 10.000 í�'tYLGD�$WLYD�GR�,&06���������������������������������������������������������������������� í�,PSRVWRV�H�7D[DV���������������������������������������������������������������������������� Despesas Empenhadas í�ÈJXD��/X]�H�7HOHIRQH������������������............................................. 35.000 í�&RQVWUXomR�GH�*LQiVLR�3ROLHVSRUWLYR...................................... 180.000 í�0DQXWHQomR�GH�9HtFXORV.......................................................... 55.000 í$TXLVLomR�GH�WHUUHQR�S�construção de duas escolas públicas .240.000 í�$PRUWL]DomR�GH�SDUFHOD�GH�HPSUpVWLPR�GH�longo prazo ........ 120.000 í�-XURV�H�HQFDUJRV�GD�GtYLGD�GH�ORQJR�SUD]R.............................. 25.000 í�$TXLVLomR�GH�0DWHULDO�GH�([SHGLHQWH���������������........................ 65.000 í�)ROKD�GH�3DJDPHQWR�GRV�VHUYLGRUHV�DWLYRV�........................... 390.000 Informações complementares Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. SérgioMendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 80 í�1mR�KDYHQGR�GRWDomR�RUoDPHQWiULD�HVSHFtILFD��QR�PrV�GH�RXWXEUR�GH� 2016, foi aberto um crédito adicional no valor de R$ 120.000, destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando recursos por anulação parcial de dotação orçamentária. í�'R�WRWDO�GDV�GHVSHVDV�FRUUHQWHV�HPSHQKDGDV�QR�H[HUFtFLR�GH������ foi pago no próprio exercício o valor de R$ 480.000. í�2�WRWDO�GDV�5HFHLWDV�GH�&DSLWDO�SUHYLVWDV�QD�/HL�2UoDPHQWiULD�SDUD�R� exercício de 2016 foi de R$ 650.000. As receitas correntes arrecadadas somam, em R$, 555.000. Receitas Correntes: í�&RWD-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................180.000 í�5HQGLPHQWRV�GH�$SOLFDo}HV�)LQDQFHLUDV����������������������������������������� í�$OXJXHO�GH�,PyYHO�GH�3ropriedade do ente público................. 15.000 í�&RWD-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural..75.000 í�,QGHQL]Do}HV�H�5HVWLWXLo}HV����������������������������������������������������������� í�0XOWDV�H�-XURV�GH�0RUD������������������������������������������������������������������� í�'tYLGD�$WLYD�GR�,&06��������������������������������������....................... 110.000 í�,PSRVWRV�H�7D[DV������������������������������������������������������.............. 95.000 Total arrecadado: R$555.000,00 Resposta: Certa As receitas de capital arrecadadas durante o exercício de 2016 apresentaram excesso de arrecadação de R$ 40.000. Receitas de Capital: _ Transferência de Capital p/construção de hospitais públicos.160.000 í�2SHUDo}HV�GH�&UpGLWR�GH�/RQJR�3UD]R�������������������������������������������� í�$OLHQDomR�GH�%HQV�,PyYHLV������������������������������������������������������������ Total arrecadado: R$690.000 De acordo com as informações complementares, o total das Receitas de Capital previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de R$650.000. Logo, se a receita arrecada (R$690.000) foi maior que a prevista (R$650.000), houve excesso de arrecadação de R$40.000,00. Resposta: Certa (FCC ± Analista - CNMP-2015) Determinado ente público, na primeira quinzena do mês de fevereiro de 2015, contabilizou, entre outras, as seguintes receitas recebidas de natureza orçamentária e extraorçamentária: í� Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, com acréscimo de multas e juros de mora, no valor total de R$ 198.500,00, sendo o valor principal do imposto R$ 190.000,00. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 80 í� operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, no valor de R$ 45.500,00. í�receita de aluguel de imóvel não prevista na lei orçamentária anual, no valor de R$ 15.500,00. í�leilão de bens móveis, no valor de R$ 19.000,00. í� caução, no valor de R$ 22.500,00, de empresa interessada em participar em licitação, para construção de obras públicas. O valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e respectivo acréscimo, classifica-se na origem de receita patrimonial í� R$ 190.000,00 e multas e juros de mora de impostos í�R$ 8.500,00. As receitas de impostos de R$ 190.000,00 e as multas e juros que deles decorrem de R$ 8.500,00 são classificadas como receitas correntes de impostos, taxas e contribuições de melhoria, diferenciando apenas no Tipo (8º dígito). Resposta: Errada (FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo bimestre em um determinado exercício: Receitas Despesas Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 Taxas 200,00 Juros 250,00 Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da dívida 100,00 Multas 100,00 Multas 50,00 Juros 150,00 Material de consumo 450,00 Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 Serviços 150,00 Pagamento do principal da dívida 400,00 Amortização de empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 80 Pagamento de restos a pagar 250,00 A partir das informações do quadro e das disposições legais e normativas relativas à classificação das receitas públicas é correto afirmar que as receitas de capital totalizaram 1.250,00. Receitas de Capital: 1.000,00 (operações de crédito e amortização de empréstimos). Resposta: Errada Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 80 3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 3.1. Introdução Vamos dar uma atenção especial a alguns artigos da Lei 4.320/1964 relacionados ao tema. Repare que há diferenças entre os conceitos estudados na classificação da despesa por natureza. Segundo o art. 12, a despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: O esquema a seguir diferencia as despesas correntes e de capital. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 80 3.2. Despesas Correntes São despesas correntes de acordo com a Lei 4320/1964: x Despesas de custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. x Transferências correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 80 Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4.320/1964, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas10, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas. Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa11. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados12. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções13. Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril14. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicasexpressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos municípios ou do Distrito Federal15. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais16. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial17. 10 Art. 12, § 3º, da Lei 4320/1964. 11 Art. 12, § 3º, I, da Lei 4320/1964. 12 Art. 16 da Lei 4320/1964. 13 Art. 17 da Lei 4320/1964. 14 Art. 12, § 3º, II, da Lei 4320/1964. 15 Art. 18, caput, da Lei 4320/1964. 16 Art. 18, parágrafo único, da Lei 4320/1964. 17 Art. 19 da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 80 A subvenção econômica e a contribuição são os instrumentos de cooperação financeira da União com entidades ou empresas do setor privado que dependem de autorização expressa em lei especial. Segundo o Decreto 93.872/1986: ³$UW�� ���� $� VXEYHQomR� HFRQ{PLFD� VHUi� FRQFHGLGD� D� HPSUHVDV� S~EOLFDV� RX� privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante expressa autorização em lei especial. (...) Art. 63, § 2º A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se GHVWLQD�D�DWHQGHU�DR�{QXV�RX�HQFDUJR�DVVXPLGR�SHOD�8QLmR�´ Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 80 3.3. Despesas de Capital São despesas de capital de acordo com a Lei 4320/1964: x Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. x Inversões financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 80 Há diferenças no conceito de inversões financeiras entre o disposto na Classificação da Lei 4320/1964 e o previsto nos Manuais que orientam a Classificação por Natureza da Despesa. Enquanto a Classificação por Natureza da Despesa dos Manuais prevê que são inversões financeiras a despesa orçamentária com a constituição ou aumento do capital de empresas (sem restrições); a Lei 4320/1964 prevê que são inversões financeiras apenas as despesas orçamentárias com a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros (e as demais despesas orçamentárias com a constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro são classificadas como investimentos. O esquema abaixo compara os conceitos: x Transferências de capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 80 A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins lucrativos. Tal dispositivo se aplica às transferências de capital à conta de fundos especiais ou dotações sob regime excepcional de aplicação18. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital19. Trata-se de uma exceção ao princípio da discriminação. 18 Art. 21 da Lei 4320/1964. 19 Art. 20, parágrafo único, da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 80 Outros artigos importantes: Unidade Orçamentária: constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias20. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão21. Elementos: na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins22. Material de permanente: para efeito de classificação da despesa, considera- se material permanente o de duração superior a dois anos23. 20 Art. 14, caput, da Lei 4320/1964. 21 Art. 14, parágrafo único, da Lei 4320/1964. 22 Art. 15, caput e §1º, da Lei 4320/1964. 23 Art. 15, §2º, da Lei 4320/1964. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 80 Estamos diante de duas situações para discriminação da despesa na LOA: Lei 4320/1964: no mínimo por elementos. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins24. Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001: até modalidade de aplicação. Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação25. O motivo é que o termo "elementos" da Lei 4320/1964 se aproxima, na verdade, ao conceito de "Grupo de Natureza de Despesa-GND" e não ao conceito de elementosque atualmente é um nível da classificação por natureza da despesa que vimos na aula. É quase como que se na lei estivesse escrito que vai até GND (conceito que não existia legalmente na época) e a Portaria tivesse prolongado a obrigação até modalidade de aplicação. E na prova: _ Se citar a legislação, o item estará correto se a afirmativa corresponder à legislação citada; _ Se não citar a legislação, qualquer das duas classificações estará correta. (CESPE ± Auditor Fiscal de Controle Externo ± TCE/SC ± 2016) Os créditos orçamentários e adicionais devem discriminar a despesa até o nível de elemento de despesa. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins (art. 15, caput e §1º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa (CESPE ± Analista ± Finanças e Controle - MPU ± 2015) A discriminação da despesa quanto a sua natureza deve ser feita, na elaboração da lei 24 Art. 15, caput e §1º, da Lei 4320/1964. 25 Art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 80 orçamentária, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação (art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001). Resposta: Certa (FCC ± Analista do Tesouro Estadual ± SEFAZ/PI ± 2015) As transferências destinadas a cobrir despesas de custeio de entidades, inclusive de direito privado, subdividem-se em sociais e econômicas. Essas transferências denominam-se auxílios. As transferências destinadas a cobrir despesas de custeio de entidades, inclusive de direito privado, subdividem-se em sociais e econômicas. Essas transferências denominam-se subvenções. Resposta: Errada (FCC ± Procurador de Contas ±TCM/GO ± 2015) De acordo com a Lei nº 4.320/1964, classificam-se como Investimentos, dentre outras, as dotações destinadas à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital. Classificam-se como Inversões Financeiras, dentre outras, as dotações destinadas à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital. Resposta: Errada (FCC ± Procurador de Contas ±TCM/GO ± 2015) De acordo com a Lei nº 4.320/1964, classificam-se como Despesas de Custeio, as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Classificam-se como Transferências de Capital, as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Resposta: Errada Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 80 4. DÍVIDA ATIVA NA LEI 4320/1964 A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no ativo. A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de cobrança. Veremos o art. 39 da Lei 4320/1964, o qual trata da dívida ativa: Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. § 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 80 ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. § 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 80 § 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeiraserá convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. Um esquema ilustra o dispositivo citado: Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 80 § 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. § 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o art. 39 da Lei de Execuções Fiscais. Na nova classificação por natureza da receita, a dívida ativa é identificada pelo 8º dígito�� GHQRPLQDGR� GH� ³tipo´�� 6HUi� GR� ³7LSR� �´� VH� relacionada à Dívida Ativa da respectiva receita RX� GR� ³7LSR� �´� VH� IRU� relacionada a Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. Tipo 3: Dívida Ativa da respectiva receita; e Tipo 4: Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. Relembrando a sequência: Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 80 A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± TRE/PI ± 2016) A inscrição em dívida ativa de natureza tributária da União compete à SOF. A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional (art. 39, § 5º, da Lei 4320/1964). Resposta: Errada (CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) A Dívida ativa corresponde à despesa originada em exercício anterior, presente no orçamento corrente. A Dívida ativa corresponde a créditos exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento. Dívida ativa não é despesa. Resposta: Errada (VUNESP ± Auditor de Controle Interno ± Controladoria Geral do Município de São Paulo/SP ± 2015) A Dívida Ativa é composta por todos os créditos do ente público, de natureza tributária apenas, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 80 respectivas rubricas orçamentárias. Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título (art. 39, caput e § 1º, da Lei 4320/1964). Resposta: Errada (CESPE ± Técnico Administrativo ± ANTAQ ± 2014) O valor de um imposto vencido e não pago no prazo legal, apuradas a sua liquidez e certeza, poderá ser inscrito na dívida ativa. O mesmo não ocorrerá com um aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 4320/1964). Logo, deve ser inscrito em dívida ativa o aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. Resposta: Errada (Consulplan ± Contador ± MAPA ± 2014) A dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública, dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos, bem como seus respectivos adicionais e multas. Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas (art. 39, § 2º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa (ESAF - Analista Administrativo - DNIT ± 2013) Quando o crédito a ser inscrito em dívida ativa estiver em moeda estrangeira, deverá ocorrer a conversão para moeda nacional na data da inscrição. O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 80 a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários (art. 39, § 3º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa (CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) A execução orçamentária se inicia com a verificação de certeza da liquidez do credor. A execução judicial da dívida ativa dispensa a verificação de certeza da liquidez do credor. A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. Resposta: Errada Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 80 LEI 4.320/1964 CATEGORIA ECONÔMICA DA RECEITA Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda,as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Origem Receitas Correntes Receitas de Capital 1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria (Receitas Tributárias) 2. Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 9. Outras Receitas de Capital Origens das Receitas Correntes: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: receita proveniente das seguintes espécies: x Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. x Taxas: cobradas por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. x Contribuição de Melhoria: cobrada por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Contribuições: receita proveniente de &RQWULEXLo}HV� 6RFLDLV´�� ³&RQWULEXLo}HV� (FRQ{PLFDV´�H� ³&RQWULEXLo}HV�SDUD�(QWLGDGHV�3rivadas de Serviço Social e de Formação MEMENTO LEI 4.320/1964: RECEITA E DESPESA Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 80 Profissional´. Receita patrimonial: ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Exemplos: arrendamentos, compensações financeiras e royalties, imobiliárias, aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. Receita agropecuária: decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias. Receita industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente público, tais como a extração e o beneficiamento de matérias-primas, a produção e a comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica, química e de transformação em geral. Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. São também receitas de serviços o recebimento de juros associados aos empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração do capital. Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: multas administrativas, contratuais e judiciais; indenizações, restituições e ressarcimentos; etc. Origens das Receitas de Capital: Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público etc. Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneração das disponibilidades do tesouro. Noções de Orçamento Público p/ TST Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 80 FORMA DE INGRESSO DA RECEITA: Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como extraorçamentárias). Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias ± ARO, consignações diversas, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA Despesas Correntes e Despesas de Capital. Despesas Correntes Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Despesas de Capital Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
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