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Aula 05
Noções de Orçamento Público p/ TST (Analista Judiciário - Área Administrativa) - Com
videoaulas
Professor: Sérgio Mendes
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 
 
 
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AULA 5: LEI 4.320/1964: RECEITA E DESPESA 
APRESENTAÇÃO DO TEMA 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................... 1 
1. CLASSIFICAÇÕES QUANTO À FORMA DE INGRESSO ..................................... 3 
2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 ........................... 10 
3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 .......................... 25 
4. DÍVIDA ATIVA NA LEI 4320/1964 ........................................................ 35 
 ................................................................................. 42 
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC ............................................... 47 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................ 68 
GABARITO .......................................................................................... 80 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter 
um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma 
pessoa para atingir uma meta. 
 
Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela 
pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de progredir na vida. 
Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. 
 
Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu 
objetivo e sentir as sensações do sucesso ² como se ele já tivesse acontecido 
² faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em 
um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e 
dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome 
na lista de aprovados. 
 
Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os 
mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas 
otimistas e animadas ² um incentivando e ajudando o outro ² faz com que 
todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto 
da Simplus, com adaptações). 
 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
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Vamos lá! Mantenha a motivação! Nesta aula trataremos da receita, da 
despesa pública e da dívida ativa, tudo da Lei 4320/1964. 
 
A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido 
restrito (stricto). 
 
Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são 
todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo 
período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou 
não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no 
passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de 
crédito por antecipação de receita, cauções etc. 
 
Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas 
ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se 
incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. 
Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc. 
 
No que tange à despesa pública: 
 
Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública p� D� ³DSOLFDomR� GH� FHUWD� TXDQWLD�
em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de 
XPD�DXWRUL]DomR�OHJLVODWLYD��SDUD�H[HFXomR�GH�XP�ILP�D�FDUJR�GR�JRYHUQR´� 
 
Consoante o Glossário do Tesouro Nacional, a despesa pública é a aplicação 
(em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública 
ou para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o 
compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo Poder 
competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista 
no orçamento. 
 
 Noções de Orçamento Público p/ TST 
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1. CLASSIFICAÇÕES QUANTO À FORMA DE INGRESSO 
 
1.1. Receitas Orçamentárias e Extraorçamentárias 
 
Quanto à forma de ingresso, as receitas podem ser: 
 
x Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para 
financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. 
Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, 
todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de 
crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas 
como extraorçamentárias)1. 
 
 
 
Receita orçamentária 
A receita pública pode ser considerada orçamentária 
mesmo se não estiver incluída na LOA. 
 
São chamadas também de ingressos 
orçamentários. 
 
x Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e 
constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento 
não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem 
caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São 
chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de 
receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de 
receitas orçamentárias ± ARO, consignações diversas, emissão de moeda 
e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Ainda, 
no que tange ao momento da inscrição (e não do pagamento), os Restos 
a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária 
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária2 (trata-se de 
inscrição de Restos a Pagar) 
 
 RSHUDo}HV�GH�FUpGLWR��RSHUDo}HV�GH�FUpGLWR�SRU�$52 
 
As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de 
crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. 
 
 
Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por 
exemplo, poderá ser exigido de um licitante um depósito em caução para a 
 
1
 Art. 57 da Lei 4320/1964. 
2
 Art. 103, Parágrafo Único, da Lei 4320/1964. 
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participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita 
extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance 
vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do 
Erário, que a incorporará como receita orçamentária. 
 
9iULRV�DXWRUHV�XWLOL]DP�R�WHUPR�³QDWXUH]D´�QHVVD�FODVVLILFDomR��$WHQWH�SDUD�QmR�
confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo 
³IRUPD�GH�LQJUHVVR´�p�R�PDLV�DSURSULDGR�QHVWH�FDVR� 
 
 
 
 
(Consulplan ± Analista Judiciário ± TRF/2 ± 2017) As receitas de 
capital são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o 
Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita à 
autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
 
São receitas extraorçamentárias as oriundas de recursos financeiros de 
caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua 
devolução não se sujeita à autorização legislativa, portanto, não integram a Lei 
Orçamentária Anual (LOA). 
Resposta: Errada 
 
(Consulplan - Contador - Pref. de Sabará/MG ± 2017) Segundo a Lei nº 
���������� ³D�/HL� GH� 2UoDPHQWRV� FRPSUHHQGHUi� WRGDV� DV� UHFHLWDV��
LQFOXVLYH� DV� GH� RSHUDo}HV� GH� FUpGLWR� DXWRUL]DGDV� HP� OHL´�� 1­2� VH�
consideram para este Artigo as operações de crédito não previstas no 
orçamento. 
 
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Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas 
as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, 
ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como 
extraorçamentárias). 
Resposta: Errada 
 
(CESPE ± Analista Judiciário ± TRT/8 ± 2016) As receitas públicas, do 
ponto de vista orçamentário, podem ser classificadas como receitas 
orçamentárias e extraorçamentárias. São receitas extraorçamentárias 
os valores registrados em depósitos administrativos e judiciais. 
 
Recursos financeiros de caráter temporário, como os valores registrados em 
depósitos administrativos e judiciais, são extraorçamentários e, portanto, não 
integram as receitas na LOA. 
Resposta: Certa 
 
(FCC ± Auditor Público Externo - TCE/RS - 2014) Conforme estabelece 
a Lei nº 4.320/1964, é uma receita corrente a Antecipação de Receita 
Orçamentária. 
 
Antecipação de Receita Orçamentária é receita extraorçamentária. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Analista - CNMP-2015) Determinado ente público, na primeira 
quinzena do mês de fevereiro de 2015, contabilizou, entre outras, as 
seguintes receitas recebidas de natureza orçamentária e 
extraorçamentária: 
í� Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, com acréscimo de 
multas e juros de mora, no valor total de R$ 198.500,00, sendo o valor 
principal do imposto R$ 190.000,00. 
í� operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, no 
valor de R$ 45.500,00. 
í�receita de aluguel de imóvel não prevista na lei orçamentária anual, 
no valor de R$ 15.500,00. 
í�leilão de bens móveis, no valor de R$ 19.000,00. 
í� caução, no valor de R$ 22.500,00, de empresa interessada em 
participar em licitação, para construção de obras públicas. 
 
O valor total das receitas extraorçamentárias é, em R$, de 68.000,00. 
 
Receitas extraorçamentárias: 
Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária = R$ 45.500,00 
Caução de empresa interessada em participar em licitação, para construção de 
obras públicas = R$ 22.500,00 
 
Total: R$ 68.000,00. 
 
Resposta: Certa 
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(FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o 
sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo 
bimestre em um determinado exercício: 
 
Receitas Despesas 
Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 
Taxas 200,00 Juros 250,00 
Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da 
dívida 100,00 
Multas 100,00 Multas 50,00 
Juros 150,00 Material de consumo 450,00 
Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 
Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 
Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 
Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 
Serviços 150,00 Pagamento do principal da 
dívida 400,00 
Amortização de 
empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 
Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 
 Pagamento de restos a 
pagar 
250,00 
 
A partir das informações do quadro e das disposições legais e 
normativas relativas à classificação das receitas públicas é correto 
afirmar que não houve recebimento de receitas extraorçamentárias. 
 
Receita extraorçamentária: 250,00 (depósito em garantia). 
Logo, houve recebimento de receitas extraorçamentárias. 
 
Resposta: Errada 
 
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1.2. Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias 
 
Quanto à forma de ingresso, as despesas podem ser: 
 
x Orçamentárias: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas 
de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Assim, dependem de 
autorização legislativa. Obedecem aos estágios da despesa: fixação, 
empenho, liquidação e pagamento. Exemplos: construção de prédios 
públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores etc. 
x Extraorçamentárias: são as despesas não consignadas no orçamento 
ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos 
transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou 
seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as 
restituições de cauções, os pagamentos de restos a pagar, o resgate de 
operações por antecipação de receita orçamentária, o repasse ao credor 
das consignações em folha etc. Assim, não dependem de autorização 
legislativa. 
 
Atenção: o resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação de 
receita orçamentária é despesa extraorçamentária. Entretanto, os encargos 
referentes a tais despesas são orçamentários, classificados no elemento de 
despesa ³25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da 
5HFHLWD´� 
 
 
 
9iULRV� DXWRUHV� XWLOL]DP� R� WHUPR� ³natureza´� QHVWD� FODVVLILFDomR�� $WHQWH� SDUD�
não confundir com a classificação por natureza da despesa, que veremos a 
seguir. EntHQGR� TXH� R� WHUPR� ³IRUPD�GH� LQJUHVVR´� p� R�PDLV� DSURSULDGR� QHVWH�
caso. 
 
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(CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± TRT/8 ± 2016) Todas 
as despesas, sejam elas classificadas como orçamentárias ou 
extraorçamentárias, demandam autorização legislativa para serem 
realizadas. 
 
As despesas orçamentárias demandam autorização legislativa para serem 
realizadas. Entretanto, as despesas extraorçamentárias correspondem à 
devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas 
extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos 
e, portanto, não demandam autorização legislativa para serem realizadas. 
Resposta: Errada 
 
(ESAF - Analista Administrativo ± Contábil - DNIT ± 2013) A saída de 
recursos do caixa do ente não se constitui em um dispêndio 
extraorçamentário no caso de resgate de operações de crédito por 
antecipação 
 
As despesas extraorçamentárias correspondem à devolução de recursos 
transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, 
pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como o resgate de 
operações por antecipação de receita orçamentária. 
Resposta: Errada 
 
(FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o 
sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo 
bimestre em um determinado exercício: 
 
Receitas Despesas 
Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 
Taxas 200,00 Juros 250,00 
Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da dívida 100,00 
Multas 100,00 Multas 50,00 
Juros 150,00 Material de consumo 450,00 
Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 
Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 
Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 
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Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 
Serviços 150,00Pagamento do principal da dívida 400,00 
Amortização de 
empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 
Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 
 
Pagamento de restos a 
pagar 
250,00 
A partir das informações do Quadro e das disposições legais e 
normativas relativas à classificação das despesas públicas, é correto 
afirmar que as despesas extraorçamentárias foram de 350,00. 
 
A despesa extraorçamentária foi de 250,00 (pagamento de restos a pagar). 
 
Resposta: Errada 
 
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2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 
 
2.1. Categoria Econômica 
 
Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É 
utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia 
nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). 
 
Vamos a elas: 
 
Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas 
do poder impositivo do Estado ± tributária e de contribuições; da exploração de 
seu patrimônio ± patrimonial; da exploração de atividades econômicas ± 
agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em despesas correntes ± transferências 
correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores ± 
outras receitas correntes. 
 
Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital 
e, ainda, o superávit do orçamento corrente. 
Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais 
que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de 
elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de 
recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio 
em troca de recursos financeiros). 
 
Na Lei 4320/1964: 
 
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, 
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as 
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em 
Despesas Correntes. 
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital 
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
 
 
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Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do 
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não 
constituirá item de receita orçamentária3. Isso ocorre para evitar a dupla 
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, 
ao final de 2015, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes 
arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de 
R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de 
capital. 
 
 
O superávit do orçamento corrente é receita de 
capital, porém não é receita orçamentária. 
 
 
(Consulplan ± Analista Judiciário ± TRF/2 ± 2017) As receitas de 
capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as 
disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de 
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se 
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das 
receitas correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito 
sobre o patrimônio líquido. 
 
As receitas de capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, 
aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de 
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as 
 
3
 Art. 11, §3º, da Lei 4320/1964. 
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finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as 
receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. 
Resposta: Certa 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) As 
receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito 
positivo no patrimônio líquido do Estado. 
 
Como regra geral, as receitas correntes provocam efeito positivo no patrimônio 
líquido do Estado. Entretanto, também como regra geral, as receitas de capital 
são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao 
patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais. 
Resposta: Errada 
 
2.2. Subdivisões das Categorias Econômicas - Origem 
 
É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio 
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato 
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e 
outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se 
as receitas são compulsórias (impostos, taxas, contribuições de melhoria e 
demais contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua 
diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de 
serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se 
provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas 
correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, 
distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, 
da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento 
de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. 
 
Os atuais códigos das origens são: 
 
 
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Nas receitas correntes, ainda não há classificação para o número 8. Nas 
receitas de capital, ainda não há classificação para os números 5 a 8. 
 
2.2.1. Origens das receitas correntes 
 
2.2.1.1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria4 
 
Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos 
financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do 
Código Tributário Nacional ± CTN: 
³$UW���ž�7ULEXWR�p� WRGD�SUHVWDomR�SHFXQLiULD� FRPSXOVyULD��HP�PRHGD�RX�FXMR�
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
HP�OHL�H�FREUDGD�PHGLDQWH�DWLYLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�SOHQDPHQWH�YLQFXODGD�´ 
 
Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova 
cobrando a literalidade do dispositivo: 
Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, 
compreendendoos impostos, as taxas e contribuições nos termos da 
constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu 
produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas 
entidades5. 
 
Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo 
é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a 
destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 
 
 
O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhorias: 
 
 
4
 A classificação na Lei 4320/1964 é denominada de ³receitas tributárias´��PDV� WDPEpP�HQJORED apenas os impostos, as 
taxas e as contribuições de melhoria. 
5
 Art. 9º da Lei 4320/1964. 
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x Imposto: imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa 
ao contribuinte6. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal 
e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
x Taxa: as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm 
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição7. As taxas não poderão ter base 
de cálculo própria de impostos. 
x Contribuição de melhoria: a contribuição de melhoria cobrada pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao 
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo 
como limite total a despesa realizada e como limite individual o 
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado8. 
 
Nas classificações orçamentárias, impostos, 
taxas e contribuições de melhorias 
correspondem a uma das origens. 
As demais contribuições integram outra 
RULJHP��GHQRPLQDGD�GH�³&RQWULEXLo}HV´� Contribuição de melhoria 
 
 
 
 
6
 Art. 16 do CTN. 
7
 Art. 77 do CTN. 
8
 Art. 81 do CTN. 
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2.2.1.2. Contribuições 
 
As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de 
contribuições sociais, econômicas e para entidades privadas de serviço social e 
de formação profissional, como instrumento de intervenção nas respectivas 
áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, contribuições sobre a 
receita de concursos de prognósticos (loterias), contribuição para o fundo de 
saúde das Forças Armadas etc. 
No âmbito dos municípios e do Distrito Federal, há ainda a contribuição para o 
Custeio de Serviço de Iluminação Pública, a qual possui a finalidade de custear 
o serviço de iluminação pública.9 
 
 
 
 
2.2.1.3. Receitas Patrimoniais 
 
A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos 
sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades 
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos 
permanentes. 
 
As mais importantes para efeito de prova são as receitas patrimoniais oriundas 
da Exploração do Patrimônio Imobiliário do Estado: Aluguéis, 
Arrendamentos, Foros, Laudêmios, Tarifas de Ocupação; Concessão, 
Permissão, Autorização ou Cessão do Direito de Uso de Bens Imóveis Públicos. 
 
Exemplificando, as receitas de arrendamentos surgem quando se arrenda os 
terrenos da União, ou seja, o Poder Público concede à outra parte o gozo 
temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita 
patrimonial. Outro exemplo para ilustrar: a receita de laudêmios registra o 
 
9
 Foi criada pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988. A 
competência para a instituição é dos Municípios e do Distrito Federal. 
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valor total da arrecadação com pensão ou prêmio que o foreiro paga, quando 
há alienação do respectivo prédio por parte da pessoa que recebe por enfiteuse 
o domínio do imóvel, exceto nos casos de sucessão hereditária. 
 
Igualmente importantes são as decorrentes de Valores Mobiliários: Juros e 
Correções Monetárias, Dividendos e Participações. Nesse caso, são 
classificados como receitas patrimoniais os juros e correções monetárias 
associados a aplicações do ente público, como Remuneração de Depósitos 
Bancários, Remuneração de Depósitos Especiais, Remuneração de Saldos de 
Recursos Não-Desembolsados, Remuneração dos Recursos do Regime Próprio 
de Previdência Social ± RPPS, Juros de Títulos de Renda e Juros sobre o Capital 
Próprio. 
 
Também importantes são as decorrentes de Exploração de Recursos 
Naturais, como Compensações Financeiras e Royalties, as quais têm origem 
na exploração do patrimônio do Estado, constituído por recursos minerais, 
hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico. As 
compensações financeiras são forma de se recompor financeiramente 
prejuízos, danos ou o exaurimento do bem porventura causados pela atividade 
econômica que explora esse patrimônio estatal. Os royalties são forma de 
participação no resultado econômico que advém da exploração do patrimônio 
público. 
 
Ainda temos como receitas patrimoniais a Delegação de Serviços Públicos 
Mediante Concessão, Permissão, Autorização ou Licença: de Transporte, 
de Infraestrutura e de Telecomunicações; da Exploração do Patrimônio 
Intangível, como o Direito de Uso da Imagem e de Reprodução dos Bens do 
Acervo Patrimonial; e a Cessão de Direitos: como a Cessão do Direito de 
Operacionalização de Pagamentos. 
 
 
 
 
2.2.1.4. Demais origens 
 
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x Receita agropecuária: decorrem da exploração econômica, por parte 
do ente público, de atividades agropecuárias. 
x Receita industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas 
pelo ente público, tais como a extração e o beneficiamento de matérias-
primas, a produção e a comercialização de bens relacionados às 
indústrias mecânica, química e de transformação em geral. 
x Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços 
de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de 
inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias 
e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. São 
também receitas de serviços o recebimento de juros associados aos 
empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração do capital. 
 
 
 
 
x Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente arecursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
x Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: multas 
administrativas, contratuais e judiciais; indenizações, restituições e 
ressarcimentos; etc. 
 
 
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2.2.2. Origens das receitas de capital 
 
x Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de 
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos 
internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para 
efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios 
também são classificados como operações de crédito. 
Segundo o princípio orçamentário da exclusividade, a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que 
por antecipação de receita, nos termos da lei. 
De acordo com a regra de ouro, é vedada a realização de operações de 
créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas 
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com 
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
x Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens 
móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, 
venda de um prédio público etc. 
x Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento 
de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou 
contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente 
emprestados pelo poder público. 
 
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x Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 
x Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização 
de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e 
remuneração das disponibilidades do tesouro. 
 
 
 
 
Transferência corrente �7UDQVIHUrQFLD de capital 
O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e 
não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será 
transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será 
transferência corrente. 
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Para finalizar o tópico, atente para a seguinte diferença: 
 
 
 
 
(IADES ± Analista - Hemocentro ± 2017) No orçamento público 
brasileiro, as receitas orçamentárias são os ingressos de recursos 
disponíveis para atender às despesas orçamentárias, além das 
operações financeiras que financiam essas despesas. A esse respeito, 
classificam-se como receitas correntes, entre outras, as operações de 
crédito. 
 
As operações de crédito são receitas de capital. 
Resposta: Errada 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) 
Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação 
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou 
externas. 
 
As operações de crédito, umas das origens das receitas de capital, 
correspondem aos ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou 
da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos 
junto a entidades estatais ou privadas. 
Resposta: Certa 
 
(CESPE ± Auditor Federal de Controle Externo ± TCU - 2015) O 
ingresso proveniente de outros entes da Federação, efetivado 
mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer 
exigência, deve ser classificado como outras receitas correntes. 
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O ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos 
pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade 
transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem 
qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas 
correntes, é classificado como transferência corrente. Caso o objetivo seja a 
aplicação em despesas de capital, será transferência de capital. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Analista Legislativo ± Assembleia Legislativa/PE ± 2014) Na Lei 
Orçamentária Anual de um ente federado, são receitas classificadas 
como Receitas Patrimoniais aquelas oriundas de alienação de bens 
imóveis e de serviços hospitalares. 
 
Alienação de bens imóveis são receitas de alienação de bens e de serviços 
hospitalares são receitas de serviços. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Analista Judiciário ± TRE/SP - 2017) Atenção: Para responder 
às duas questões seguintes, considere as seguintes informações 
relativamente à execução da Lei Orçamentária de determinado ente 
público, no exercício de 2016, segundo a Lei Federal nº 4.320/1964. 
 
Receitas Arrecadadas (Valores em R$) 
í�&RWD-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................180.000 
_ Transferência de Capital p/construção de hospitais públicos.160.000 
í�5HQGLPHQWRV�de Aplicações Financeiras..................................45.000 
í�$OXJXHO�GH�,PyYHO�GH�3URSULHGDGH�GR�HQWH�S~EOLFR������������������������� 
í�2SHUDo}HV�GH�&UpGLWR�GH�/RQJR�3UD]R�������������������������������������������� 
í�$OLHQDomR�GH�%HQV�,PyYHLV������������������������������������������������������������ 
í�&RWD-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural..75.000 
í�,QGHQL]Do}HV�H�5HVWLWXLo}HV����������������������������������������������������������� 
í�0XOWDV e Juros de Mora........................................................... 10.000 
í�'tYLGD�$WLYD�GR�,&06���������������������������������������������������������������������� 
í�,PSRVWRV�H�7D[DV���������������������������������������������������������������������������� 
 
Despesas Empenhadas 
í�ÈJXD��/X]�H�7HOHIRQH������������������............................................. 35.000 
í�&RQVWUXomR�GH�*LQiVLR�3ROLHVSRUWLYR...................................... 180.000 
í�0DQXWHQomR�GH�9HtFXORV.......................................................... 55.000 
í$TXLVLomR�GH�WHUUHQR�S�construção de duas escolas públicas .240.000 
í�$PRUWL]DomR�GH�SDUFHOD�GH�HPSUpVWLPR�GH�longo prazo ........ 120.000 
í�-XURV�H�HQFDUJRV�GD�GtYLGD�GH�ORQJR�SUD]R.............................. 25.000 
í�$TXLVLomR�GH�0DWHULDO�GH�([SHGLHQWH���������������........................ 65.000 
í�)ROKD�GH�3DJDPHQWR�GRV�VHUYLGRUHV�DWLYRV�........................... 390.000 
 
Informações complementares 
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í�1mR�KDYHQGR�GRWDomR�RUoDPHQWiULD�HVSHFtILFD��QR�PrV�GH�RXWXEUR�GH�
2016, foi aberto um crédito adicional no valor de R$ 120.000, 
destinado à aquisição de dois veículos novos, utilizando recursos por 
anulação parcial de dotação orçamentária. 
í�'R�WRWDO�GDV�GHVSHVDV�FRUUHQWHV�HPSHQKDGDV�QR�H[HUFtFLR�GH������
foi pago no próprio exercício o valor de R$ 480.000. 
í�2�WRWDO�GDV�5HFHLWDV�GH�&DSLWDO�SUHYLVWDV�QD�/HL�2UoDPHQWiULD�SDUD�R�
exercício de 2016 foi de R$ 650.000. 
 
As receitas correntes arrecadadas somam, em R$, 555.000. 
 
Receitas Correntes: 
í�&RWD-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................180.000 
í�5HQGLPHQWRV�GH�$SOLFDo}HV�)LQDQFHLUDV����������������������������������������� 
í�$OXJXHO�GH�,PyYHO�GH�3ropriedade do ente público................. 15.000 
í�&RWD-Parte do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural..75.000 
í�,QGHQL]Do}HV�H�5HVWLWXLo}HV����������������������������������������������������������� 
í�0XOWDV�H�-XURV�GH�0RUD������������������������������������������������������������������� 
í�'tYLGD�$WLYD�GR�,&06��������������������������������������....................... 110.000 
í�,PSRVWRV�H�7D[DV������������������������������������������������������.............. 95.000 
 
Total arrecadado: R$555.000,00 
Resposta: Certa 
 
As receitas de capital arrecadadas durante o exercício de 2016 
apresentaram excesso de arrecadação de R$ 40.000. 
 
Receitas de Capital: 
_ Transferência de Capital p/construção de hospitais públicos.160.000 
í�2SHUDo}HV�GH�&UpGLWR�GH�/RQJR�3UD]R�������������������������������������������� 
í�$OLHQDomR�GH�%HQV�,PyYHLV������������������������������������������������������������ 
Total arrecadado: R$690.000 
 
De acordo com as informações complementares, o total das Receitas de Capital 
previstas na Lei Orçamentária para o exercício de 2016 foi de R$650.000. 
 
Logo, se a receita arrecada (R$690.000) foi maior que a prevista (R$650.000), 
houve excesso de arrecadação de R$40.000,00. 
Resposta: Certa 
 
(FCC ± Analista - CNMP-2015) Determinado ente público, na primeira 
quinzena do mês de fevereiro de 2015, contabilizou, entre outras, as 
seguintes receitas recebidas de natureza orçamentária e 
extraorçamentária: 
í� Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, com acréscimo de 
multas e juros de mora, no valor total de R$ 198.500,00, sendo o valor 
principal do imposto R$ 190.000,00. 
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í� operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, no 
valor de R$ 45.500,00. 
í�receita de aluguel de imóvel não prevista na lei orçamentária anual, 
no valor de R$ 15.500,00. 
í�leilão de bens móveis, no valor de R$ 19.000,00. 
í� caução, no valor de R$ 22.500,00, de empresa interessada em 
participar em licitação, para construção de obras públicas. 
 
O valor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e respectivo 
acréscimo, classifica-se na origem de receita patrimonial í� R$ 
190.000,00 e multas e juros de mora de impostos í�R$ 8.500,00. 
 
As receitas de impostos de R$ 190.000,00 e as multas e juros que deles 
decorrem de R$ 8.500,00 são classificadas como receitas correntes de 
impostos, taxas e contribuições de melhoria, diferenciando apenas no 
Tipo (8º dígito). 
Resposta: Errada 
 
(FGV ± Analista Administrativo ± TJ/SC ± 2015) Dados extraídos do o 
sistema de contabilidade de um órgão público referentes ao segundo 
bimestre em um determinado exercício: 
Receitas Despesas 
Impostos 1.000,00 Folha de pagamento 1.300,00 
Taxas 200,00 Juros 250,00 
Contribuições sociais 450,00 Atualizações cambiais da dívida 100,00 
Multas 100,00 Multas 50,00 
Juros 150,00 Material de consumo 450,00 
Dívida Ativa 350,00 Aluguéis 600,00 
Transferências correntes 1.500,00 Doações e auxílios 200,00 
Operações de crédito 700,00 Diárias 300,00 
Aluguéis 250,00 Aquisição de softwares 550,00 
Serviços 150,00 Pagamento do principal da 
dívida 400,00 
Amortização de 
empréstimos 300,00 Execução de obras 800,00 
Depósitos em garantia 250,00 Aquisição de móveis 400,00 
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Pagamento de restos a 
pagar 
250,00 
A partir das informações do quadro e das disposições legais e 
normativas relativas à classificação das receitas públicas é correto 
afirmar que as receitas de capital totalizaram 1.250,00. 
 
Receitas de Capital: 1.000,00 (operações de crédito e amortização de 
empréstimos). 
Resposta: Errada 
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3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA NA LEI 4320/1964 
 
3.1. Introdução 
 
Vamos dar uma atenção especial a alguns artigos da Lei 4.320/1964 
relacionados ao tema. Repare que há diferenças entre os conceitos estudados 
na classificação da despesa por natureza. Segundo o art. 12, a despesa será 
classificada nas seguintes categorias econômicas: 
 
 
 
O esquema a seguir diferencia as despesas correntes e de capital. 
 
 
 
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3.2. Despesas Correntes 
 
São despesas correntes de acordo com a Lei 4320/1964: 
 
x Despesas de custeio: as dotações para manutenção de serviços 
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de 
conservação e adaptação de bens imóveis. 
 
 
 
 
x Transferências correntes: as dotações para despesas as quais não 
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para 
contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de 
outras entidades de direito público ou privado. 
 
 
 
 
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Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei 4.320/1964, as 
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades 
beneficiadas10, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas. 
 
Subvenções sociais: as que se destinem a instituições públicas ou privadas 
de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa11. 
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de 
subvenções sociais visará à prestação de serviços essenciais de assistência 
social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de 
origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor 
das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades 
de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados 
obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados12. 
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas 
satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas 
subvenções13. 
 
Subvenções econômicas: as que se destinem a empresas públicas ou 
privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril14. 
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza 
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicasexpressamente 
incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos 
municípios ou do Distrito Federal15. 
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações 
destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de 
revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as 
dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de 
determinados gêneros ou materiais16. 
 
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a 
empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja 
concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial17. 
 
 
 
10
 Art. 12, § 3º, da Lei 4320/1964. 
11
 Art. 12, § 3º, I, da Lei 4320/1964. 
12
 Art. 16 da Lei 4320/1964. 
13
 Art. 17 da Lei 4320/1964. 
14
 Art. 12, § 3º, II, da Lei 4320/1964. 
15
 Art. 18, caput, da Lei 4320/1964. 
16
 Art. 18, parágrafo único, da Lei 4320/1964. 
17
 Art. 19 da Lei 4320/1964. 
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A subvenção econômica e a contribuição são os instrumentos de cooperação 
financeira da União com entidades ou empresas do setor privado que 
dependem de autorização expressa em lei especial. Segundo o Decreto 
93.872/1986: 
³$UW�� ���� $� VXEYHQomR� HFRQ{PLFD� VHUi� FRQFHGLGD� D� HPSUHVDV� S~EOLFDV� RX�
privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante 
expressa autorização em lei especial. 
(...) 
Art. 63, § 2º A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se 
GHVWLQD�D�DWHQGHU�DR�{QXV�RX�HQFDUJR�DVVXPLGR�SHOD�8QLmR�´ 
 
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3.3. Despesas de Capital 
 
São despesas de capital de acordo com a Lei 4320/1964: 
 
x Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de 
obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados 
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não 
sejam de caráter comercial ou financeiro. 
 
 
 
x Inversões financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, 
ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos 
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do 
capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros. 
 
 
 
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Há diferenças no conceito de inversões financeiras entre o disposto na 
Classificação da Lei 4320/1964 e o previsto nos Manuais que orientam a 
Classificação por Natureza da Despesa. Enquanto a Classificação por 
Natureza da Despesa dos Manuais prevê que são inversões financeiras a 
despesa orçamentária com a constituição ou aumento do capital de 
empresas (sem restrições); a Lei 4320/1964 prevê que são inversões 
financeiras apenas as despesas orçamentárias com a constituição ou 
aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos 
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros (e as 
demais despesas orçamentárias com a constituição ou aumento do capital 
de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro são 
classificadas como investimentos. O esquema abaixo compara os conceitos: 
 
 
 
x Transferências de capital: as dotações para investimentos ou 
inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado 
devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens 
ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, 
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei 
especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da 
dívida pública. 
 
 
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A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam 
incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins lucrativos. Tal 
dispositivo se aplica às transferências de capital à conta de fundos especiais ou 
dotações sob regime excepcional de aplicação18. 
 
 
 
Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam 
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa 
poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de 
capital19. Trata-se de uma exceção ao princípio da discriminação. 
 
 
 
 
18
 Art. 21 da Lei 4320/1964. 
19
 Art. 20, parágrafo único, da Lei 4320/1964. 
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Outros artigos importantes: 
Unidade Orçamentária: constitui unidade orçamentária o agrupamento de 
serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas 
dotações próprias20. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de 
programação em seu menor nível, são consignadas às unidades orçamentárias, 
que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela 
realização das ações. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a 
unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão21. 
 
Elementos: na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no 
mínimo por elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da 
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve 
a administração publica para consecução dos seus fins22. 
 
Material de permanente: para efeito de classificação da despesa, considera-
se material permanente o de duração superior a dois anos23. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20
 Art. 14, caput, da Lei 4320/1964. 
21
 Art. 14, parágrafo único, da Lei 4320/1964. 
22
 Art. 15, caput e §1º, da Lei 4320/1964. 
23
 Art. 15, §2º, da Lei 4320/1964. 
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Estamos diante de duas situações para discriminação da despesa na 
LOA: 
 
Lei 4320/1964: no mínimo por elementos. 
Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por 
elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com 
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
administração publica para consecução dos seus fins24. 
 
Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001: até modalidade de aplicação. 
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no 
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade 
de aplicação25. 
 
O motivo é que o termo "elementos" da Lei 4320/1964 se aproxima, na 
verdade, ao conceito de "Grupo de Natureza de Despesa-GND" e não ao 
conceito de elementosque atualmente é um nível da classificação por natureza 
da despesa que vimos na aula. É quase como que se na lei estivesse escrito 
que vai até GND (conceito que não existia legalmente na época) e a Portaria 
tivesse prolongado a obrigação até modalidade de aplicação. 
 
E na prova: 
_ Se citar a legislação, o item estará correto se a afirmativa corresponder à 
legislação citada; 
_ Se não citar a legislação, qualquer das duas classificações estará correta. 
 
 
(CESPE ± Auditor Fiscal de Controle Externo ± TCE/SC ± 2016) Os 
créditos orçamentários e adicionais devem discriminar a despesa até o 
nível de elemento de despesa. 
 
Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por 
elementos. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com 
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
administração pública para consecução dos seus fins (art. 15, caput e §1º, da 
Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
(CESPE ± Analista ± Finanças e Controle - MPU ± 2015) A discriminação 
da despesa quanto a sua natureza deve ser feita, na elaboração da lei 
 
24
 Art. 15, caput e §1º, da Lei 4320/1964. 
25
 Art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. 
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orçamentária, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa 
e modalidade de aplicação. 
 
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no 
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade 
de aplicação (art. 6.º da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001). 
Resposta: Certa 
 
(FCC ± Analista do Tesouro Estadual ± SEFAZ/PI ± 2015) As 
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio de entidades, 
inclusive de direito privado, subdividem-se em sociais e econômicas. 
Essas transferências denominam-se auxílios. 
 
As transferências destinadas a cobrir despesas de custeio de entidades, 
inclusive de direito privado, subdividem-se em sociais e econômicas. Essas 
transferências denominam-se subvenções. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Procurador de Contas ±TCM/GO ± 2015) De acordo com a Lei nº 
4.320/1964, classificam-se como Investimentos, dentre outras, as 
dotações destinadas à aquisição de títulos representativos do capital 
de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, 
quando a operação não importe aumento do capital. 
 
Classificam-se como Inversões Financeiras, dentre outras, as dotações 
destinadas à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe 
aumento do capital. 
Resposta: Errada 
 
(FCC ± Procurador de Contas ±TCM/GO ± 2015) De acordo com a Lei nº 
4.320/1964, classificam-se como Despesas de Custeio, as dotações 
para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de 
direito público ou privado devam realizar, independentemente de 
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas 
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente 
da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as 
dotações para amortização da dívida pública. 
 
Classificam-se como Transferências de Capital, as dotações para 
investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público 
ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em 
bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, 
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente 
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. 
Resposta: Errada 
 
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4. DÍVIDA ATIVA NA LEI 4320/1964 
 
A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e 
liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas 
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto 
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo 
contabilmente alocada no ativo. 
 
A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), que representa 
as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os 
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, 
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. 
 
 
 
A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito 
em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários 
requisitos jurídicos para as ações de cobrança. 
 
Veremos o art. 39 da Lei 4320/1964, o qual trata da dívida ativa: 
 
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não 
tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem 
arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. 
 
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do 
prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, 
como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e 
certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. 
 
A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida 
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ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, 
cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. 
 
 
 
 
§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa 
natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e 
respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os 
demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de 
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa 
de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, 
laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços 
de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, 
reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente 
julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda 
estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra 
garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. 
 
O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida 
ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título 
de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de 
natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e 
respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) 
ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude 
do transcurso do prazo para pagamento. 
 
 
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§ 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeiraserá convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa 
cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do 
devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da 
inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a 
atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos 
legais pertinentes aos débitos tributários. 
 
Um esquema ilustra o dispositivo citado: 
 
 
 
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§ 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos 
parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à 
respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao 
encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de 
outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de 
dezembro de 1978. 
 
§ 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria 
da Fazenda Nacional. 
 
A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, 
juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses 
acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, 
cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e 
emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de 
acordo com o art. 39 da Lei de Execuções Fiscais. 
 
 
 
 
 Na nova classificação por natureza da receita, a dívida ativa é 
identificada pelo 8º dígito�� GHQRPLQDGR� GH� ³tipo´�� 6HUi� GR� ³7LSR� �´� VH�
relacionada à Dívida Ativa da respectiva receita RX� GR� ³7LSR� �´� VH� IRU�
relacionada a Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da respectiva receita. 
 
 
 
Tipo 3: Dívida Ativa da respectiva receita; e 
Tipo 4: Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da 
respectiva receita. 
 
Relembrando a sequência: 
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A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde 
a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira 
resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros 
textos legais. 
 
 
(CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± TRE/PI ± 2016) A 
inscrição em dívida ativa de natureza tributária da União compete à 
SOF. 
 
A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda 
Nacional (art. 39, § 5º, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Errada 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) A Dívida 
ativa corresponde à despesa originada em exercício anterior, presente 
no orçamento corrente. 
 
A Dívida ativa corresponde a créditos exigíveis pelo transcurso do prazo 
para pagamento. Dívida ativa não é despesa. 
Resposta: Errada 
 
(VUNESP ± Auditor de Controle Interno ± Controladoria Geral do 
Município de São Paulo/SP ± 2015) A Dívida Ativa é composta por 
todos os créditos do ente público, de natureza tributária apenas, 
depois de esgotado o prazo fixado para pagamento. 
 
Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, 
serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas 
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respectivas rubricas orçamentárias. Os créditos de que trata este artigo, 
exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma 
da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a 
sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título (art. 
39, caput e § 1º, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Errada 
 
(CESPE ± Técnico Administrativo ± ANTAQ ± 2014) O valor de um 
imposto vencido e não pago no prazo legal, apuradas a sua liquidez e 
certeza, poderá ser inscrito na dívida ativa. O mesmo não ocorrerá 
com um aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não 
pago no prazo legal. 
 
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e 
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda 
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições 
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as 
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas 
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, 
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, 
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 
4320/1964). 
 
Logo, deve ser inscrito em dívida ativa o aluguel devido a determinada 
entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. 
Resposta: Errada 
 
(Consulplan ± Contador ± MAPA ± 2014) A dívida ativa tributária é o 
crédito da Fazenda Pública, dessa natureza, proveniente de obrigação 
legal relativa a tributos, bem como seus respectivos adicionais e 
multas. 
 
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e 
multas (art. 39, § 2º, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
(ESAF - Analista Administrativo - DNIT ± 2013) Quando o crédito a ser 
inscrito em dívida ativa estiver em moeda estrangeira, deverá ocorrer 
a conversão para moeda nacional na data da inscrição. 
 
O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido 
ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para 
compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade 
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, 
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a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo 
com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários (art. 39, § 3º, da Lei 
4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
(CESPE ± Auditor - Conselheiro Substituto ± TCE/PR ± 2016) A 
execução orçamentária se inicia com a verificação de certeza da 
liquidez do credor. 
 
A execução judicial da dívida ativa dispensa a verificação de certeza da 
liquidez do credor. 
A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. 
Resposta: Errada 
 
 
 
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LEI 4.320/1964 
CATEGORIA ECONÔMICA DA RECEITA 
Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, 
agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda,as provenientes de recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas 
a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender 
despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento 
Corrente. 
Origem 
Receitas Correntes Receitas de Capital 
1. Impostos, Taxas e Contribuições de 
Melhoria (Receitas Tributárias) 
2. Contribuições 
3. Receita Patrimonial 
4. Receita Agropecuária 
5. Receita Industrial 
6. Receita de Serviços 
7. Transferências Correntes 
9. Outras Receitas Correntes 
1. Operações de Crédito 
2. Alienação de Bens 
3. Amortização de Empréstimos 
4. Transferências de Capital 
9. Outras Receitas de Capital 
 
Origens das Receitas Correntes: 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: receita proveniente das seguintes 
espécies: 
x Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
x Taxas: cobradas por União, Estados, DF ou Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
x Contribuição de Melhoria: cobrada por União, Estados, DF ou Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado. 
Contribuições: receita proveniente de &RQWULEXLo}HV� 6RFLDLV´�� ³&RQWULEXLo}HV�
(FRQ{PLFDV´�H� ³&RQWULEXLo}HV�SDUD�(QWLGDGHV�3rivadas de Serviço Social e de Formação 
MEMENTO LEI 4.320/1964: RECEITA E DESPESA 
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Profissional´. 
Receita patrimonial: ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo 
permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros 
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Exemplos: arrendamentos, 
compensações financeiras e royalties, imobiliárias, aluguéis, foros e laudêmios, taxas de 
ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de 
assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração 
de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. 
Receita agropecuária: decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, 
de atividades agropecuárias. 
Receita industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente 
público, tais como a extração e o beneficiamento de matérias-primas, a produção e a 
comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica, química e de transformação 
em geral. 
Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, 
saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento 
de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros 
serviços. São também receitas de serviços o recebimento de juros associados aos 
empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração do capital. 
Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, 
referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade 
transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer 
exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens 
não classificáveis nas anteriores. Exemplos: multas administrativas, contratuais e 
judiciais; indenizações, restituições e ressarcimentos; etc. 
Origens das Receitas de Capital: 
Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou 
da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a 
entidades estatais ou privadas. 
Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de 
propriedade do ente. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público etc. 
Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de 
empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, ou seja, representam 
o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder público. 
Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, 
referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade 
transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer 
exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 
Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens 
não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas 
estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneração das disponibilidades do 
tesouro. 
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FORMA DE INGRESSO DA RECEITA: 
Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus 
gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Serão classificadas como receita 
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as 
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as 
classificadas como extraorçamentárias). 
Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem 
passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à 
autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se 
incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. 
São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de 
receitas orçamentárias ± ARO, consignações diversas, emissão de moeda e outras 
entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA 
Despesas Correntes e Despesas de Capital. 
Despesas Correntes 
Despesas de Custeio: as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, 
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. 
Transferências Correntes: as dotações para despesas as quais não corresponda 
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. 
Despesas de Capital 
Investimentos: as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as 
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, 
bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, 
equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas 
que não sejam de caráter comercial ou financeiro. 
Inversões Financeiras: as dotações destinadas a aquisição de imóveis, ou de bens de 
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie,

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