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SOCIEDADES_ANONIMAS

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SOCIEDADES ANÔNIMAS 
LEI nº 6.404/1976 com as alterações da Lei 10.303/2001
histórico
Há registros de a primeira sociedade anônima ter sido constituída no mundo foi em 1602, na Holanda.
NO Brasil a primeira experiência foi em 1808 com a criação do Banco do Brazil. 
Conceito 
 “Sociedade anônima é pessoa jurídica de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles subscritas.”Carvalho de Mendonça ( 1997)
características
Natureza mercantil – art. 2,§1º da lei 6.404/76.
Código civil 
	Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. 
	Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
O objeto social de uma S.A. deve ser lícito, possível e com fins lucrativos, nãos e admitindo o exercício de atividades filantrópicas. Art. 2º da lei.
caracteristicas
Típica sociedade de capitais e não de pessoas
A participação do capital do sócio é mais importante do que as qualidades pessoais dos sócios.
Falecimento de sócio não obsta a entrada de herdeiro como titular das ações.
As ações podem ser utilizadas para dar em garantia de dívidas pessoais dos sócios. 
Exceção
S/A fechada – art. 36 da lei 
  Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos acionistas.
     Parágrafo único. A limitação à circulação criada por alteração estatutária somente se aplicará às ações cujos titulares com ela expressamente concordarem, mediante pedido de averbação no livro de "Registro de Ações Nominativas".
Decisão do STJ que reconhece a sociedade anônima fechada como sociedade de pessoas e não de capital 
É possível a dissolução parcial de sociedade anônima familiar 
Focados no princípio de preservação da sociedade anônima e sua utilidade social, para evitar a descontinuidade da empresa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou o entendimento de que é permitida a dissolução parcial, com a retirada dos sócios dissidentes. Baseada em voto do ministro Aldir Passarinho Junior, a Segunda Seção considerou preponderante para as sociedades anônimas familiares pequenas e médias a existência da affectio societatis (intenção de formar uma sociedade), sem a qual a briga entre os acionistas age contra a preservação da empresa, tornando-se um obstáculo. 
No caso em análise, a ação de dissolução parcial foi proposta pelos netos do fundador da empresa. Eles alegaram que, após o falecimento do seu pai, herdaram ações da empresa que pertenciam a ele, mas estariam sendo impedidos de participar dos negócios da família pelo tio, que teria o controle da empresa em razão da idade avançada do fundador, pai dele e do irmão falecido. Concluindo, afirmaram não existir mais a affectio societatis. 
Em primeira instância, a dissolução parcial foi julgada possível, com a apuração dos haveres para os sócios, tomando por base a participação deles no capital social. Houve apelo, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a dissolução parcial. Novo recurso foi apresentado, desta vez ao STJ. A Terceira Turma, baseada em voto do então ministro Carlos Alberto Menezes Direito, reformou o entendimento, julgando ser impossível a dissolução de sociedade anônima, porque são empresas reguladas por lei especial. 
Inconformados, os sócios minoritários apresentaram novo recurso ao STJ, desta vez para que o caso fosse julgado na Segunda Seção, órgão que reúne os dez ministros responsáveis por analisar questões de direito privado. Os sócios informaram haver entendimento da Quarta Turma do STJ (REsp 111.294), que permitia a dissolução parcial da sociedade anônima com característica familiar. 
	O recurso paradigma chegou a ser apreciado na Segunda Seção. O relator, ministro Castro Filho, hoje aposentado, afirmou que “o rigorismo legislativo deve ceder lugar ao princípio da preservação da empresa”. De acordo com a decisão, a ruptura da affectio societatis representa um impedimento a que a companhia continue a realizar o seu fim, com a obtenção de lucros e distribuição de dividendos (EREsp 111.294) 
Este ponto de vista foi acolhido pelo relator do recurso na Segunda Seção. O ministro Aldir Passarinho Junior considerou que a impessoalidade própria das sociedades anônimas deve ceder espaço nas empresas familiares regidas pela Lei n. 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). A decisão foi unânime.
características
Capital social é dividido em ações- frações iguais.
Alternativa de investimento para o público 
Responsabilidade será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
	Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Investimento popular
A sociedade anônima é um mecanismo de financiamento das grandes empresas, sendo instrumento popular do desenvolvimento do capitalismo. 
A S.A. foi a forma encontrada para a concentração de empresas com grande quantidade de capital, pois permite o apelo ao público para a obtenção de recursos, e com uma estrutura de órgãos capaz de atender ao controle de grandes investimentos ( ago,age, conselho fiscal, diretoria, ...)
Natureza jurídica do ato constitutivo
Discussão:Ato constitutivo das S.As é contrato plurilateral e sui generis ou é um ato institucional ?
Entendemos que o ato constitutivo das S.As ( estatuto social) é um ato institucional, cria uma Instituição, destinada a exercer o seu objeto para atender aos interesses dos acionistas, empregados e da comunidade.
A vontade dos sócios é restrita a aceitação da disciplina do estatuto social. 
Nas sociedades contratuais a vontade do sócio de se retirar da sociedade poderá ser atendida inclusive com a dissolução parcial ou total da sociedade , se for o caso( art 1029CC). Já nas sociedades anônimas o sócio/acionista não pode impor um ônus para a sociedade apenas pela sua vontade de se retirar da mesma, pois há uma prevalência do interesse social. As S.As. Tratam com um nº imensurável de interesses, que não apenas dos acionistas, prestando assim uma verdadeira FUNÇÃO SOCIAL. Motivo pelo qual as S.A. de capital aberto, que podem vender suas ações na bolsa de valores, e, são fiscalizadas pelo Estado por meio da CVM. Enquanto que as sociedades contratuais, as limitadas por exemplo, não sofrem fiscalização estatal, inclusive não podem vender na bolsa de valores suas ações.
Exceção: sociedades anonimas fechadas
FUNÇÃO SOCIAL DAS S.As.
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
SOCEIDADE ANONIMA ABERTA E SOCIEDADE ANOMINA FECHADA 
SOCEIDADE ANONIMA ABERTA E 
SOCIEDADE ANOMINA FECHADA 
Sociedade anônima aberta pode negociar seus valores mobiliários na bolsa de valores
e no mercado de balcão, e somente poderá emitir valores mobiliário após o registro junto a Comissão de valores mobiliários- CVM.
Sociedade anônima fechada não pode negociar seus valores mobiliário no mercado de valores mobiliários e não se submete ao registro na CVM. 
Em síntese, a diferença ,ais importante entre a s.a. aberta e a fechada é que a primeira possui relações com todo o merca do investidor, devendo obediência a normas específicas que visam à proteção do mesmo, ao passo que na fechada a relação é restrita ao próprio membros da sociedade. 
Valores mobiliarios 
Valor mobiliário- é uma alternativa de crédito, ampla , rápida e flexível, indispensável para a competição no mundo moderno, sem eles a Cia somente poderia se capitalizar por meio de empréstimos bancários.
São valores mobiliários 
lei 6.385/76
Art. 2o São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
 I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II; 
III - os certificados de depósito de valores mobiliários; 
 IV - as cédulas de debêntures; 
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; 
VI - as notas comerciais; 
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; 
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros. 
Mercado primário e mercado secundário
Mercado de valores é o conjunto de instituições e de instrumentos que possibilita realizar a transferência de recursos entre tomadores (companhias) e aplicadores de recursos( poupadores). 
Este mercado pode ser dividido em:
A) primário- a relação se dá entre investidor e a própria S.A. destinatária do investimento.
B) secundário- a relação se dá entre os investidores 
O Mercado de Valores Mobiliario
 é formado pela BOLSA DE VALORES e pelo MERCADO DE BALCÃO 
Bolsa de valores brasileiras
1.Bolsa de valores do extremo sul- BVES- POA 
2.Bolsa de valores do Paraná- BVPR
3. Bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA 
4. Bolsa de valores de Santos – BVST
5. Bolsa de valores do Rio de Janeiro- BVRJ
6. Bolsa de valores de Minas Gerais, Espírito Santo e Brasília- BOVMESB- sede em Belo Horizonte
7. Bolsa de valores de Bahia, Sergipe e Alagoas- BVBSA com sede salvador 
8. Bolsa de valores de Pernambuco e Paraíba BVPP
9. Bolsa de valores de Regional- BVRg, em Fortaleza
Bolsa de Valores 
As bolsas de valores são entidades privadas, na forma de associações ou sociedades anônimas que funcionam como provedoras do sistema de negociação,cumprindo as funções de disseminação de informações, e atuam, sob a supervisão da CVM. È o local adequado para a negociação de valores mobiliários do mercado secundário por mio de leilão.
Mercado de Balcão
Lei 6.835/76 
O art. 15 da lei 6.835/76 prevê quem pode realizar o mercado de balcão, porém este é realizado basicamente pelas instituições financeiras, sociedades corretoras e agentes autônomos de investimentos. 
 Art . 15. O sistema de distribuição de valores mobiliários compreende: 
I - as instituições financeiras e demais sociedades que tenham por objeto distribuir emissão de valores mobiliários: 
 a) como agentes da companhia emissora; 
 b) por conta própria, subscrevendo ou comprando a emissão para a colocar no mercado;
  II - as sociedades que tenham por objeto a compra de valores mobiliários em circulação no mercado, para os revender por conta própria; 
  III - as sociedades e os agentes autônomos que exerçam atividades de mediação na negociação de valores mobiliários, em bolsas de valores ou no mercado de balcão; 
IV - as bolsas de valores. 
V - entidades de mercado de balcão organizado.
VI - as corretoras de mercadorias, os operadores especiais e as Bolsas de Mercadorias e Futuros; e 
VII - as entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários
Mercado de balcão
No mercado de balcão há tanto a transação de valores mobiliários no mercado primário quanto mercado secundário.
CONSTITUIÇÃO E CAPITAL SOCIAL DE SOCIEDADES ANÔNIMAS
Para a constituição de uma S.A. necessário a observação de três fases:
A) providência preliminares 
B) constituição propriamente dita 
C) providência complementares 
Providências preliminares 
Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; ( se for bancos deve dar de entrada 50%)
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às companhias para as quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social.
Depósito da Entrada
Art. 81. O depósito referido no número III do artigo 80 deverá ser feito pelo fundador, no prazo de 5 (cinco) dias contados do recebimento das quantias, em nome do subscritor e a favor da sociedade em organização, que só poderá levantá-lo após haver adquirido personalidade jurídica.
 Parágrafo único. Caso a companhia não se constitua dentro de 6 (seis) meses da data do depósito, o banco restituirá as quantias depositadas diretamente aos subscritores.
Constituição propriamente dita 
Subscrição pública ou particular das ações 
Subscrição pública – art. 82 a 87 da lei S/A
	Exige a participação de uma instituição financeira. A instituição financeira funciona como uma intermediária, que poderá subscrever os títulos e após negociá-los; ou, simplesmente prestar serviços para a Cia emissora, ou ainda, se for de seu interesse comprometer-se a subscrever as sobras. 
	Os fundadores não são necessariamente os subscritores de todas as ações.
Além disso exige-se o prévio registro na CVM. O registro na CVM, se a subscrição for pública, deve observar o §1º do art. 82 da lei S/A.
Subscrição particular- art. 88
	Não há apelo ao público, os fundadores são os subscritores de todas as ações. Não há necessidade de prévio registro na CVM e sequer intermediação de uma instituição financeira. 
Subscrição Pública 
Projeto de estatuto e prospecto
O que deve constar no projeto de estatuto? Art. 83
Como se elabora um prospecto? Art. 84
Subscrição pública 
Convocação de Assembléia para Constituição da Sociedade Anônima 
Art. 86. Encerrada a subscrição e havendo sido subscrito todo o capital social, os fundadores convocarão a assembléia-geral que deverá:
   I - promover a avaliação dos bens, se for o caso (artigo 8º);
   II - deliberar sobre a constituição da companhia.
  Parágrafo único. Os anúncios de convocação mencionarão hora, dia e local da reunião e serão inseridos nos jornais em que houver sido feita a publicidade da oferta de subscrição.
Art. 87. A assembléia de constituição instalar-se-á, em primeira convocação, com a presença de subscritores que representem, no mínimo, metade do capital social, e, em segunda convocação, com qualquer número.
 § 1º Na assembléia, presidida por um dos fundadores e secretariada por subscritor, será lido o recibo de depósito de que trata o número III do artigo 80, bem como discutido e votado o projeto de estatuto.
§ 2º Cada ação, independentemente de sua espécie ou classe, dá direito a um voto; a maioria não tem poder para alterar o projeto de estatuto. ( deve ser unânime a intenção
de alteração do estatuto)
§ 3º Verificando-se que foram observadas as formalidades legais e não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do capital social, o presidente declarará constituída a companhia, procedendo-se, a seguir, à eleição dos administradores e fiscais.
 § 4º A ata da reunião, lavrada em duplicata, depois de lida e aprovada pela assembléia, será assinada por todos os subscritores presentes, ou por quantos bastem à validade das deliberações; um exemplar ficará em poder da companhia e o outro será destinado ao registro do comércio. 
Subscrição particular 
Constituição da Sociedade Anônima 
Art. 88. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores.
§ 1º Se a forma escolhida for a de assembléia-geral, observar-se-á o disposto nos artigos 86 e 87, devendo ser entregues à assembléia o projeto do estatuto, assinado em duplicata por todos os subscritores do capital, e as listas ou boletins de subscrição de todas as ações.
    § 2º Preferida a escritura pública, será ela assinada por todos os subscritores, e conterá:
    a) a qualificação dos subscritores, nos termos do artigo 85;
    b) o estatuto da companhia;
  c) a relação das ações tomadas pelos subscritores e a importância das entradas pagas;
   d) a transcrição do recibo do depósito referido no número III do artigo 80;
  e) a transcrição do laudo de avaliação dos peritos, caso tenha havido subscrição do capital social em bens (artigo 8°);
 f) a nomeação dos primeiros administradores e, quando for o caso, dos fiscais.
Integralização do capital social com 
dinheiro, bens e títulos de crédito 
Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que representem metade, pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer número.
 § 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembléia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir as formalidades necessárias à respectiva transmissão.
 § 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de constituição da companhia.
 § 4º Os bens não poderão ser incorporados ao patrimônio da companhia por valor acima do que lhes tiver dado o subscritor.
 § 5º Aplica-se à assembléia referida neste artigo o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 115.
§ 6º Os avaliadores e o subscritor responderão perante a companhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que lhes causarem por culpa ou dolo na avaliação dos bens, sem prejuízo da responsabilidade penal em que tenham incorrido; no caso de bens em condomínio, a responsabilidade dos subscritores é solidária.
Transferência dos Bens
Art. 9º Na falta de declaração expressa em contrário, os bens transferem-se à companhia a título de propriedade.
Responsabilidade do Subscritor
Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas que contribuírem com bens para a formação do capital social será idêntica à do vendedor.
Parágrafo único. Quando a entrada consistir em crédito, o subscritor ou acionista responderá pela solvência do devedor.
Art. 89. A incorporação de imóveis para formação do capital social não exige escritura pública
Integralização do capital social com 
dinheiro, bens e títulos de crédito 
Art. 89. A incorporação de imóveis para formação do capital social não exige escritura pública.
 Art. 90. O subscritor pode fazer-se representar na assembléia-geral ou na escritura pública por procurador com poderes especiais.
Art. 91. Nos atos e publicações referentes a companhia em constituição, sua denominação deverá ser aditada da cláusula "em organização".
Art. 92. Os fundadores e as instituições financeiras que participarem da constituição por subscrição pública responderão, no âmbito das respectivas atribuições, pelos prejuízos resultantes da inobservância de preceitos legais.
Parágrafo único. Os fundadores responderão, solidariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo em atos ou operações anteriores à constituição.
Art. 93. Os fundadores entregarão aos primeiros administradores eleitos todos os documentos, livros ou papéis relativos à constituição da companhia ou a esta pertencentes.
Providência complementares
	Em regra , após a constituição da sociedade por meio de assembléia, são necessários ainda as providência complementares que são:
a)O arquivamento no registro do comercio- junta comercial- o ato constitutivo e demais documentos. (Ver art. 95 e art. 96)
b) A publicação, no prazo de 30 dias , na imprensa oficial dos documentos relativos a constituição dessa sociedade, bem como certidão de arquivamento em órgão oficial da sua sede (um exemplar desta publicação deve ser arquivado na junta comercial). ( ver art. 98)
 	Embora não se negue a importância das providências complementares, a S.A. passa a existir a partir da assembléia de constituição ou da lavratura da escritura pública de constituição, porém tal fato não dispensa , todavia, o arquivamento dos atos constitutivos no registro competente, que é uma condição de funcionamento regular da sociedade.
	A maior parte dos doutrinadores entendem que a S.A. adquire personalidade jurídica a partir da assembléia geral.
 Responsabilidade dos Primeiros Administradores
	Art. 99. Os primeiros administradores são solidariamente responsáveis perante a companhia pelos prejuízos causados pela demora no cumprimento das formalidades complementares à sua constituição.
	 Parágrafo único. A companhia não responde pelos atos ou operações praticados pelos primeiros administradores antes de cumpridas as formalidades de constituição, mas a assembléia-geral poderá deliberar em contrário.
S.A. em organização
	 Art. 91. Nos atos e publicações referentes a companhia em constituição, sua denominação deverá ser aditada da cláusula "em organização".
Ex: 
		Cia riograndense de carvão “em organização”
		Carvão riograndense S.A. “em organização”
CAPITAL SOCIAL
As sociedades anônimas tem possibilidade de obter recursos tanto no mercado financeiro, por meio de empréstimos bancários , como no mercado de capitais por meio da emissão de valores mobiliários. Porém, para o inicio das atividades a única forma possível de financiamento é a emissão de ações, formando o capital social da sociedade.
Capital social
Importante destacar que o capital social e o patrimônio social são idênticos apenas nos primeiros momento da vida da empresa, pois o patrimônio social de uma S.A. esta submetido as mesmas oscilações do patrimônio da pessoa física, variando dia a dia, ao passo que o capital mantem uma estabilidade relativa. 
Capital social 
O capital social de uma S.A. deve ser fixado em moeda nacional, podendo ser formado por dinheiro ou quaisquer bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, exigindo-se apenas que 10% iniciais sejam em dinheiro.
Portanto o capital social pode ser integralizado com 
Dinheiro
Bens moveis e imóveis e
Títulos de crédito. 
Capital Social 
Art. 5º : capital social 
 Art. 7º :dinheiro, bens e títulos de credito.
Art. 8º :avaliação dos bens 
Art. 9º: transferência dos bens a título de propriedade 
Art. 10º: responsabilidade do subscritor
OBS: para alguns doutrinadores não podem ser utilizados quaisquer bens ma integralização
do capital social. Só podem ser incorporados bens que tenham uma utilidade efetiva para a realização do objeto social, enquadrando ato em contrário no art. 117, §1º, “a” da lei 6.404/76.
Funções do capital social 
função de produtividade- significa dizer que é o fator patrimonial inicial que possibilitará o exercício da atividade empresarial da Cia, é o capital social que no inicio das atividades da empresa permite que sejam adquiridos bens, equipamentos, mão de obra, etc... 
B) Função de garantia- no sentido de que o capital social é o mínimo de ativos em garantia dos credores.
 
C) função de determinação da posição do sócio- dependendo da participação do acionista no capital social vai permitir a ele o exercício ou não de alguns direitos, ex: direito ao voto ou não e art. 4º - A da lei.
AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL 
O aumento do capital social requer que três quartos do capital subscrito já esteja integralizado, ou seja, 75%, a fim de evitar um capital muito elevado ainda não realizado(art. 170.
Em regra o valor das novas ações lançadas no mercado para o aumento do capital social não podem ter valores menores do que o valor nominal das ações anteriormente emitidas, para não acarretar na diluição injustificada dos acionistas preexistentes ao aumento. 
O valor de novas ações somente pode ser o de mercado se houver justificação plausível. Art. 170,§7º. Eventual diluição das ações dos acionistas preexistentes poderá ser impugnada em Assembléia geral ou até mesmo em juízo. 
Direito de preferência
Os já acionistas possuem o direito de preferência para subscrição de novas ações, nos termos do art. 171.
No entanto, este direito pode ser excluído nos termos do art. 172.
DIMINUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 
Na lei das S.As temos dois tipos de redução de capital social: 
Diminuição compulsória:determinadas situações na vida da S.A. podem representar um desfalque ao capital social. Tal desfalque se perdurar algum tempo exige a redução do capital social, para que os credores não possuam uma falsa idéia da garantia representada do capital social. Trata-se de uma imposição legal e não de uma decisão da sociedade. 
	Sócios dissidentes que exercem o seu direito de retirada devem ser reembolsados, pode ocorrer que a S.A. não tenha valores disponíveis para efetuar o reembolso e terá que faze-lo as custas do capital social, aplica-se o art. 45,§6º da lei, impondo-se a redução do capital social. 
	No caso do sócio remisso a S.A. tem duas saídas: executar o sócio remisso ou leiloar extrajudicialmente as ações. Se ambas as tentativas frustarem deve-se fazer uma redução compulsória do capital social.
DIMINUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 
B) Diminuição facultativa 
Previsão art. 173
	No primeiro caso da redução facultativa do capital social se dá quando há perdas substanciais. Os valores já saíram do patrimônio da empresa e por isso mesmo é apenas uma adequação formal. Tal redução somente é possível se os prejuízos acumulados não puderem ser suportados pelos lucros e reservas.
 
	Outra hipótese de redução facultativa do capital social é quando o capital social é considerado excessivo para a realização do objeto social. O que poderá ocorrer coma dispensa do pagamento da parte ainda não integralizada. Neste caso haverá prejuízo aos credores motivo pelo qual deverá haver aquiescência dos credores para a redução do capital social. Ou o credor deve ser pago ou depositado judicialmente o seu direito. 
CAPITAL AUTORIZADO
O capital autorizado seria o dispositivo estatutário que permite, dentro de certo limite, o aumento do capital social, com a emissão de novas ações, independentemente de alteração do estatuto social. Ulhoa Coelho
Nos termos do art. 168 é possível que o próprio estatuto preveja o aumento do capital social dispensada as formalidades da convocação e realização de uma assembléia geral bem como alteração do estatuto social. 
Nos termos do art. 172 o direito de preferência poderá ser revisto em caso de capital autorizado.

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