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A Feminilidade Frente às Problemáticas do Mundo Contemporâneo

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A Feminilidade Frente às Problemáticas do Mundo Contemporâneo: Considerações Psicanalíticas sobre a Atençao à Violência Doméstica Contra a Mulher.[1: ]
Os direitos da mulher começaram a ser discutidos a partir da primeira metade do século XIX, sendo sua liberdade, expressão e identidade conquistadas por personalidades que fizeram história ao lutarem a favor da causa do gênero e contraporem-se ao sistema patriarcal e capitalista que formou-se desde a queda do matricentrismo. Entretanto, ainda há sobre a mulher um espectro de não equidade, de mitos e fantasias que lhe fazem sombra mesmo às luzes de uma contemporaneidade que se diz livre de desigualdades de gênero. A mulher moderna, pode-se dizer então, é a figura que dá corpo à (eterna) falta da qual fazem referência os psicanalistas. 
alguns aspectos da feminilidade frente às problemáticas do mundo contemporâneo, abordando a questão da violência como um dos aspectos desta realidade e as possíveis relações deste fenômeno com o masoquismo feminino e com a complacência herdada pelo complexo de inferioridade frente à castração.
 Esta pesquisa buscou ainda dar margem a outros tantos trabalhos sobre o tema – uma vez que não foram encontradas muitas publicações recentes – como também buscou colaborar direta e indiretamente em todos os contextos nos quais a mulher atua no mundo contemporâneo. Tais objetivos serão compreendidos por meio da fundamentação teórica de obras psicanalíticas acerca do tema, assim como da coleta e análise dos documentos disponibilizados (por uma delegacia do interior do estado de São Paulo) sobre a violência doméstica. Assim, buscou-se tratar dos conteúdos subjetivos encontrados no discurso presente nos documentos analisados, a fim de desenvolver um trabalho que colaborasse na compreensão de tais fenômenos.
Os critérios utilizados para a coleta de dados abrangeram: A natureza da ocorrência utilizada na pesquisa; O tipo de crime, denominado ‘Crimes Contra a Pessoa’, que totalizava os registros de delitos conforme tipificação contida no Código Penal Brasileiro; A especificação do tipo de violência principal, a saber, a violência doméstica praticada contra a mulher; A ligação do autor com a vítima devia se enquadrar em algum tipo de relacionamento afetivo (casamento, união estável, namoro etc). Foram desconsideradas as ocorrências envolvendo outros tipos de violência contra a mulher que não tivessem associação com a violência doméstica.[2: ]
. Textos históricos e de referência também foram utilizados para resgatar a figura feminina, buscando assim compreender melhor aspectos subjetivos que possam ter sido herdados historicamente.
a mulher acaba colocando-se como objeto na relação, ficando deste modo numa posição arriscada e subjetivamente tão próxima ao masoquismo. Isto é, o desejo da mulher torna-se o desejo do outro, ainda mais tendo em vista o reencontro com este objeto através da repetição, conforme será destacado adiante e corrobora Teixeira (2011).
Além disso, ainda salientam a importância de se problematizar o masoquismo como um conceito que não dá conta sozinho de abarcar a questão da v Observa-se assim como a mulher está inserida na construção do casal, tendo por referência os pressupostos psicanalíticos do Complexo de Édipo e da Castração como fundadores dessas relações da vida adulta. Neste ponto, a repetição, conceito elaborado por Freud (1914) e que é desenvolvido principalmente no texto Recordar, repetir e elaborar, aparece como elemento relevante para entender a dinâmica da escolha conjugal, como aponta Schaefer (2009), uma vez que este mecanismo encontraria campo de atuação em todos os contextos da vida do sujeito. 
NÓS DIAS DE HOJE AS MULHERES SE CALAM POR MEDO E VERGONHA DA SOCIEDADE. MUITAS NEM SE QUER DÃO CONTA NO PRÓPRIO RELACIONAMENTO EXISTE ABUSO DO PARCEIRO( EX: SEXO ANAL, MUITAS SÃO FORÇADAS A FAZEREM SEM GOSTAR E POR MEDO DE PERDER O PARCEIRO ACABAM CEDENDO.
ALÉM DISSO TUDO NÓS PRÓRIAS NUS JULGAMOS PELA ROUPA QUE A COLEGA ESTÁ USANDO. ENFRENTAMOS PRECONCEITO, VIOLÊNCIA TODOS OS DIAS, COMEÇANDO EM NOSSOS PRÓPRIOS LARES.
MAS NÃO DEVEMOS NÓS CALAR. TEMOS QUE EXIGIR O RESPEITO E NOSSOS DIREITOS. A BATALHA NÃO SERÁ FÁCIL, MAS SERÁ IMPUSÍVEL.
Psicanálise e Transmissão, Rio de Janeiro, n. 10/12, 1992. Disponível em: http://www.escolaletrafreudiana.com.br/ UserFiles/110/File/artigos/letra1012/023.pdf. Acesso em: 27 Ago. 2012.
DINIZIII, Simone et al. Prevalência da violência contra a mulher 
por parceiro íntimo em regiões do Brasil. Revista Saúde Pública, v. 41, n. 5, 2007. Disponível em: http://www. scielosp.org/pdf/rsp/v41n5/5854.pdf. Acesso em: 01 Mai. 
2013.
FREITAS, Henrique et al. O método de pesquisa survey. Revista de Administração, v. 35, n. 3, 2000. Disponível em: http:// www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/o_metodo_de_ pesquisa_survey.pdf. Acesso em: 01 Mai. 2013.
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______ (1931). Sexualidade feminina. IN: FREUD, Sigmund. ESB vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1972.
GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri (Org.). Dicionário compacto jurídico. 13. Ed. São Paulo: Rideel, 2009.
MARIN, I. da S. K. Violências. São Paulo: Escuta/FAPESP, 2002.
MELMAN, Charles. Verbete: “O Outro”. In: MIJOLLA, Alain (Dir). Dicionário Internacional de Psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
MINAYO, M. C. de S. e SOUZA, E. R. Violência e saúde como um campo interdisciplinar de ação coletiva. História, Ciências e Saúde – Manguinhos, v. IV, n. 3, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v4n3/v4n3a06. Acesso em: 21 Ago. 2012.

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