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1 23 de maio de 2015 1 Redes de Computadores Prof. Esp. Jean Tomáz da Silva 223 de maio de 2015 VISÃO GERAL � Endereçamento; � Subendereçamento; � Endereços sem classe; � Endereços estático e dinâmico; � Mapeamento de endereços; � Tradução de endereços; � Endereçamento multicast; 2 323 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO 423 de maio de 2015 INTRODUÇÃO � O endereçamento é uma das funções mais importantes da camada de rede, pois permite identificar os dispositivos da rede, além de ser parte integrante no processo de roteamento de pacotes; � Em uma rede de computadores, cada dispositivo deve ter uma identificação que permita enviar e receber mensagens para qualquer outro dispositivo; � Cada identificador é único, chamado endereço IP(Internet Protocol) no modelo Internet; 3 523 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO � O endereço IP ou endereço Internet é formado por quatro bytes(octetos) separados por um ponto; � Cada parte dos quatro bytes, pode assumir valores entre 0 e 255; � Os administradores de rede preferem lidar com endereçamento no forma decimal, enquanto que host e roteadores trabalham apenas com endereços no formato binário; 623 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO � Ex: Formato do endereço IP 146.164.2.70 4 723 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO � Um host que possui duas interfaces(placa de rede) precisa ter um endereço IP diferente para cada interface; � Host desse tipo são chamados multi-homed; � Um roteador é um exemplo de host multi- homed; � Os endereços de origem e destino do cabeçalho IP podem ser utilizados para fins de segurança e para identificar quem enviou e recebeu um pacote; 823 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO � O filtro de endereços Ips é feito por dispositivos que trabalham na camada de rede. Ex: roteadores e firewalls; � Para evitar que o mesmo endereço IP seja utilizado por dois host diferentes na Internet, o ICANN(Internet Corporation for Assigned Names e Numbers) é responsável pelo controle e gestão desses endereços; � A distribuição dos endereços é delegada aos provedores de acesso ou ISP(Internet Service Provider). Ex:CBNET,WGO,Embratel 5 923 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO � Os endereços da camada de enlace(MAC) estão associados a interface de rede e não podem ser modificados; � Os endereços de enlace dispensa o uso de roteamento, pois conexão entre dispositivos é ponto a ponto ou multiponto; � Os endereços da camada de rede permite conectar dispositivos em redes distribuídas e precisam ser roteados; 1023 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Determina o número máximo de dispositivos que a rede pode endereçar(identificar); � O tamanho do espaço de endereçamento é definido pelo número de bits que compõem o endereço; � O roteamento é realizado a partir das tabelas que indicam as localização dos dispositivos; � Tabelas de roteamento muito grande oferece dois problemas: � Aumento de memória e processamento; � Aumento de tráfego pela troca de informação de rotas entre roteadores; 6 1123 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Solução para tabelas de roteamento muito grandes foi dividir o endereço IP em duas partes; � Uma parte identifica o host e outra parte identifica a rede que o host pertence; � Dessa forma utiliza-se apenas a parte que identifica a rede na tabela de roteamento; � Esse esquema de endereçamento é conhecido como endereçamento hierárquico ou endereçamento em níveis; 1223 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO IBM 9.0.0.0 Stanford 36.0.0.0 UFRJ 146.164.0.0 PUC-RJ 139.82.0.0 USP 143.107.0.0 � Endereçamento hierárquico da Internet 7 1323 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � O endereço IP, o nº de bits utilizados para identificação da parte de rede e host varia conforme a classe do endereço IP; � Esse modelo de classe é conhecido como classfull; � Há cinco classes: A,B,C,D e E; � Os bits iniciais que identificam cada classe; � Ex: 146.164.2.70 é da classe B, pois 146.164 representa a identificação da rede e 2.70 a identificação do host. O roteamento utiliza apenas o 146.164 na tabela; 1423 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Classes de endereços IP 8 1523 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Os endereços classes A, B e C são utilizados para unicast e broadcast; � Os endereços classe D são para multicast; � Os endereços classe E são reservados para testes e não devem ser utilizados; � Ex: Classe B possui 14 bits para identificação da rede e 16 bits para identificação do host. Com isso, é possível ter 16384 redes e 65536 hosts em cada rede; 1623 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Número de redes e host por classe 9 1723 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Na prática, o nº máximo de hosts deve ser calculado desconsiderando o primeiro e último endereço da rede; � Ex: Na rede 146.164, os endereços 146.164.0.0 e 146.164.255.255 não podem ser usados para identificar host, pois são endereços especiais; � O endereço 146.164.0.0 é usado para endereçar a própria rede(ou seja, o NetID da rede) e o endereço 146.164.255.255 é usado para endereçamento broadcast; 1823 de maio de 2015 ESPAÇO DE ENDEREÇAMENTO � Intervalos de endereços por classe � Os endereços especiais 0.0.0.0, 127.0.0.0 e 255.255.255.255 não podem ser utilizados; 10 1923 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � O endereçamento hierárquico nem sempre é eficiente. Ex: A rede 146.164.0.0 pode ter até 65534 endereços tornando difícil a administração da rede; � O subendereçamento, definido na RFC-950, permite dividir uma rede sem sub- redes(subnet) e criar novos níveis hierárquicos; � A idéia de endereços hierárquicos em vários níveis é semelhante ao sistema de telefonia, que utiliza números formados pelo DDI + DDD + Código da Central + Número do assinante; 2023 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � Rede sem sub-redes Rede 146.164.0.0 H H H H H H H H H H 11 2123 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � Rede com sub-redes 2223 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � No endereçamento IP em dois níveis, o endereço é dividido em duas partes: identificação da rede e identificação do host; � O subendereçamento é implementado na prática utilizando-se parte dos bits destinados a identificação do host; � O subendereçamento tem três níveis, ou seja, três partes: identificação da rede, identificação da sub-rede e identificação do host dentro da sub-rede; 12 2323 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO a) Endereçamento b) Subendereçamento 2423 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � O nº de bits que pode ser utilizado para endereçar as sub-redes vai depender da classe do endereço; � Ex: O endereço 146.164.0.0 possui 16 bits para identificação de host. Se pegarmos os primeiros 8 bits da identificação de host para serem utilizados para identificação das sub- redes e outros 8 bits para os hosts. A rede seria dividida em 256(28) sub-redes e cada sub-rede poderá endereçar até 254(28-2) hosts; 13 2523 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � No caso do número de hosts ser 254 é porque de 256 subtrai-se dois endereços de cada sub-rede, pois o primeiro é reservado para identificação da própria sub-rede e o último é o endereço de broadcast da rede; 2623 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � Exemplo: 14 2723 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � Endereçamento hierárquico 2823 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � Analisando apenas o endereço não é possível identificar se há ou não utilização do esquema de subendereçamento; � Para diferenciar os dois tipos de endereçamento(2 níveis ou 3 níveis), utiliza-se uma máscarade bits, chamada máscara de sub-rede(subnet mask); � A máscara de rede permite especificar os bits do identificador de host que estão sendo utilizados para subendereçamento; 15 2923 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � A máscara é formada por uma sequência de bits 1, que representa a parte de rede e sub- rede, seguida de uma sequência de bits 0, que representa a parte de host; 3023 de maio de 2015 SUBENDEREÇAMENTO � No endereço 146.164.2.70 sem o esquema de subendereçamento a máscara teria os primeiros 16bits igual a um; � No mesmo endereço com esquema de subendereçamento a máscara teria os primeiros 24 bits igual a um; 255255 (a) 0 0 164146 2 70 Rede Host 255255 (b) 255 0 164146 2 70 Rede HostSub-rede 16 3123 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE � O esquema de endereçamento com classes(classfull), se mostra um grande problema. Ex: Para uma rede os endereços de classe C pode ser muito pequeno(254 hosts) e os endereços de classe B muito grande(65534 hosts); � 1ª Problema: Tamanho das tabelas de roteamento se fosse distribuir vários endereços de classe C, pois aumentaria o nº de redes nos roteadores; � 2ª Problema: Esgotamento dos endereços, se fosse distribuir vários endereços de classe B. Considerando um dos problemas atuais; 3223 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE � Uma solução para os problemas foi adoção de um novo esquema de endereçamento sem classes(classless), chamado CIDR(Classless Inter-Domain Routing); � Nesse esquema se extingue as classes A, B e C; e permite criar redes com sub-redes de tamanhos diferentes; � A notação para separar o endereço da rede do endereço é formado por: o endereço IP, seguindo por uma barra(/) e um nº de 0 a 32, identificado quantos serão alocados para o endereço da rede; 17 3323 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE � Ex 1: 200.10.10.0/25 define que os 25 bits do endereço são a parte de rede e o restante a parte de host; � A notação é semelhante ao esquema da máscara de rede, sendo nessa caso /25 é equivalente a 255.255.255.128; � Ex 2: Um empresa tem o endereço de classe C 200.10.10.0 e precisa criar 5 sub-redes para cada departamento. Onde cada departamento teria de 10 a 25 hosts; 3423 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE 18 3523 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE � No esquema CIDR é utilizado o método de subendereçamento chamado VLSM(Variable Length Subnet Masking); � Com VLSM é possível criar sub-redes de tamanhos diferentes utilizado a máscara de sub-rede variável a partir da notação CIDR; � O endereçamento /31 é utilizado apenas para conexões ponto a ponto; � O endereçamento /32 é utilizado apenas para conexões de um único host; 3623 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE 19 3723 de maio de 2015 ENDEREÇOS SEM CLASSE � Cálculo de Sub-redes 3823 de maio de 2015 EXEMPLO – CÁLCULO DE SUB-REDE � O bit 1 vc usa para determinar a quantidade de sub-redes e o bit 0 para determinar a quantidade de máquinas (roteadores, hub, pc, etc) que a sua rede vai ter. Quem determina é a máscara de rede e não o endereço IP. � Faixas de endereçamento: Faixa A (máscara de sub-rede 255.0.0.0) 10.0.0.0 a 10.255.255.255 Faixa B (máscara de sub-rede 255.255.0.0) 172.16.0.0 a 172.31.255.255 Faixa C (máscara de sub-rede 255.255.255.0) 192.168.0.0 a 192.168.255.255 20 3923 de maio de 2015 EXEMPLO – CÁLCULO DE SUB-REDE � Para realizar o cálculo de sub-rede primeiro é necessário transformar a máscara em binário. � Por Exemplo: � Endereço IP: 192.162.0.129 / Máscara de rede: 255.255.255.224 � A rede 192.162.0.0 possui como máscara padrão 255.255.255.0 que em binário ficaria 11111111.11111111.11111111.00000000 � Porque essa máscara? Porque você está usando 24 bits para rede e 8 bits para os hosts. Poderíamos escrever também da seguinte forma: � Endereço 192.162.0.129/24 que indica a máscara padrão. 4023 de maio de 2015 EXEMPLO – CÁLCULO DE SUB-REDE � Mas no caso citado, você está usando uma máscara 255.255.255.224 que em binário ficaria 11111111.11111111.11111111.11100000. � Essa máscara indica que estão sendo usados 3 bits para identificação a rede e 5 bits para host. � O cálculo a ser feito fica o seguinte: � (2^n)-2=número de hosts � (2^n)=número de subredes � Em ambos os casos, N= número de bits usados para hosts ou rede. 21 4123 de maio de 2015 EXEMPLO – CÁLCULO DE SUB-REDE � No caso estão sendo usados 3 bits para a subrede, logo (2^3)=8 subredes 5 bits para hosts, logo (2^5) = 32= 32 hosts por subrede. � Teremos então: 8 subredes e 32 hosts por subrede. Subrede 1 -> 192.162.0.0 até 192.162.0.31 Subrede 2 -> 192.162.0.32 até 192.162.0.63 Subrede 3 -> 192.162.0.64 até 192.162.0.95 Subrede 4 -> 192.162.0.96 até 192.162.0.127 Subrede 5 -> 192.162.0.128 até 192.162.0.159 Subrede 6 -> 192.162.0.160 até 192.162.0.191 Subrede 7 -> 192.162.0.192 até 192.162.0.223 Subrede 8 -> 192.162.0.224 até 192.162.0.255 4223 de maio de 2015 EXEMPLO – CÁLCULO DE SUB-REDE � Obs: O 1º host de cada sub-rede para “identificação de rede” e o último de broadcast não devendo ser usados para equipamentos. � Conclui-se então que o endereço 192.162.0.129 com máscara 255.255.255.224 pertence a subrede 5. 22 4323 de maio de 2015 ENDEREÇOS ESTÁTICO E DINÂMICO � Os endereços da camada de rede podem ser configurados nos hosts de duas formas: � Endereçamento estático � Cada host recebe um IP que nunca é modificado mesmo após a reinicialização da estação. Essa configuração é feita manualmente; � Endereçamento dinâmico � Os hosts não possuem endereço predefinido. Ao ser inicializado um host solicita um endereço IP a um servidor de endereços através de uma mensagem do tipo broadcast. O servidor ao receber o pedido, consulta sua base de dados, seleciona um endereço livre e envia ao host que solicitou; 4423 de maio de 2015 ENDEREÇOS ESTÁTICO E DINÂMICO � No endereçamento dinâmico o protocolo utilizado no modelo Internet é o DHCP(Dynamic Host Protocol); Solicita endereço Cliente DHCP Servidor DHCP Envia endereço 23 4523 de maio de 2015 ENDEREÇOS ESTÁTICO E DINÂMICO � Problemas do endereçamento estático: � Gerência de endereços � Manter uma lista atualizada em uma grande rede é muito difícil; � Mobilidade dos hosts � Um notebook sempre deveria que ser configurado manualmente o endereço sempre que ele mudasse de departamento; � Número de usuários que fazem uso � Ex: Provedor de acesso com vários usuários com uma classe C para ser distribuída, seriam apenas 254 usuários que poderiam utilizar, estando conectados ou não a rede; 4623 de maio de 2015 MAPEAMENTO DE ENDEREÇOS � Em uma rede local Ethernet com estações que utilizem o protocolo IP, os hosts devem possuir dois endereços: um endereço de enlace e outro de rede; � Quando um host A não conhece o endereço de enlace de um host B que deseja transmitir um quadro, ele envia uma mensagem perguntando qual o endereço de enlace do destino para todos os hosts. O host B de destino responde informando seu endereço de enlace. O host A armazena essa informação; 24 4723 de maio de 2015 MAPEAMENTO DE ENDEREÇOS � No modelo Internet, o protocolo ARP(Address Resolution Protocol) é utilizado para fazer o mapeamento dinâmico de endereços; � O ARP utiliza o esquema de memória cache; � As entradas(informações de endereços de rede e enlace) armazenadas em cache possuem um tempo de expiração; � Sempre que o host A desejar transmitir novamente, antes será consultado primeiro o cache e caso não tenha informações do host B, será usado o ARP para descobrí-lo; 4823 de maio de 2015 MAPEAMENTO DE ENDEREÇOS � Oprotocolo ARP permite que a partir do endereço IP se obtenha o endereço de enlace; 25 4923 de maio de 2015 MAPEAMENTO DE ENDEREÇOS � O comando ARP 5023 de maio de 2015 TRADUÇÃO DE ENDEREÇOS DE REDE � O crescimento exponencial da Internet implicou no esgotamento dos endereços; � Esse limite já está próximo de ser alcançado; � Uma solução para a escassez de endereços foi a utilização da tradução de endereços de redes ou NAT(Network Address Translation); � O NAT permite que uma instituição opere apenas com um endereço na Internet, mesmo com inúmeros hosts na rede interna; � Geralmente o dispositivo que implementa o NAT é o roteador; 26 5123 de maio de 2015 TRADUÇÃO DE ENDEREÇOS DE REDE � O NAT utiliza o conceito de endereços privados, que são endereços que não podem ser utilizados na Internet, mas apenas dentro da rede interna; 5223 de maio de 2015 TRADUÇÃO DE ENDEREÇOS DE REDE � Funcionamento do NAT 27 5323 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO MULTICAST � No endereçamento multicast ou multifusão uma mensagem é enviada para um grupo de hosts, conhecido como grupo multicast; � Utilizado em aplicações voltadas para grupos de usuários, como em áudio e vídeo, aplicações distribuídas, jogos interativos, etc; � Cada grupo multicast possui um endereço multicast que permite identificá-lo unicamente na rede; � No modelo Internet os endereços de multicast é implementado através da classe D; 5423 de maio de 2015 ENDEREÇAMENTO MULTICAST 28 5523 de maio de 2015 5623 de maio de 2015 Próxima Aula � Roteamento.
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