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Metodologia e prática do ensino de Matemática e Ciências - Unidade III

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7 EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS PARA VOCÊ FAZER COM SEUS ALUNOS
Exemplos práticos de experiências realizadas pela professora Renata Amadeo em classes do primeiro 
ciclo do Ensino Fundamental segundo o seu próprio relato.
7.1 Área temática “corpo humano”
7.1.1 Olhos
Apresentação
Você já reparou na maneira como nós enxergamos as coisas?
Se o ambiente está escuro, não conseguimos visualizar detalhes ou as cores como elas realmente 
são. Entretanto, se o ambiente está muito claro, nossa visão também fica dificultada. Por quê?
Nossos olhos são formados por três partes, as quais conseguimos observar externamente: a 
esclerótica (a parte branca), a íris (a parte colorida) e a pupila (parte preta). A pupila é a grande aliada 
da visão, pois é por meio dela que se dá a entrada da luz, que sensibiliza o nervo ótico, e leva a imagem 
para o nosso cérebro.
Materiais
• ambiente escuro;
• uma lanterna para cada dupla.
Descrição do experimento
Separe seus alunos em duplas e dê a eles uma lanterna.
Num ambiente escuro, cada aluno deverá observar os olhos da sua dupla e perceber se a pupila 
está ou não dilatada. Em seguida, acenda a lanterna, mas tome o devido cuidado de nunca direcionar 
a luz diretamente nos olhos de outra pessoa, pois isso pode machucar. A intenção é apenas deixar o 
ambiente um pouco mais claro para que os alunos percebam, por observação, a contração que a pupila 
faz na presença de luz, ficando com o diâmetro um pouco menor em relação à primeira observação, no 
ambiente escuro.
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Conclusão
Os nossos olhos foram feitos para enxergar tanto em ambientes claros quando em ambientes escuros. 
Assim, a pupila aumenta de tamanho quando precisa captar mais luz e diminui de tamanho quando 
existe muita luz no ambiente. 
Uma dica importante é nunca olhar diretamente para a luz solar, pois não temos proteção suficiente 
para todos os tipos de raios emanados pelo sol.
7.1.2 Dentes
Apresentação
Estar banguela é temporário? Você já reparou que seus dentes têm formatos diferentes?
Quando você quer morder um pedaço de uma maçã, quais dentes você utiliza? Os da frente, 
chamados de incisivos. 
Quando você quer rasgar um sache de ketchup ou mostarda, quais dentes você utiliza? Aqueles 
pontudos, chamados caninos.
E quando você vai mastigar um sanduiche ou uma porção de arroz e feijão? Quais você utiliza? Os 
do fundo, chamados molares e pré-molares.
Materiais
• bolacha água e sal;
• água;
• prego;
• papel toalha molhado;
• pistilo ou colher;
• espátula ou colher;
• potinho de metal ou plástico (para que não quebre).
Descrição do experimento
Vamos fazer uma simulação do funcionamento de nossos dentes ao mastigarmos a comida até que 
vire bolo alimentar. Cada grupo pode fazer o experimento com um kit para que os alunos sintam como 
os dentes trabalham.
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Primeiramente, vamos usar os dentes da frente, os incisivos. Com a bolacha inteira e a colher ou 
espátula, apertemos com a parte mais fina até que a bolacha quebre ou seja “mordida”: usamos esses 
dentes para partir os alimentos em pedaços menores que caibam na nossa boca.
Para simular os caninos, vamos usar o prego e rasgar o papel molhado, que estará em cima da mesa, 
com a pontinha do prego: usamos esses dentes para rasgar os alimentos mais duros.
Para simular como os molares e os pré-molares são usados para amassar e triturar os alimentos, agora 
vamos amassar a mesma bolacha com a parte convexa da colher e, ao mesmo tempo, ir misturando um 
pouco de água até que fique uma papa, que será a simulação do bolo alimentar.
Conclusão
A mastigação é uma etapa muito importante para a nossa digestão, pois com os alimentos partidos 
em pedaços cada vez menores o sistema digestório funciona de modo mais eficiente. 
Uma atenção especial deve ser dada aos chicletes: quando mantemos a mastigação do chiclete, nosso 
corpo vai se preparando para receber uma quantidade de alimento que não virá, pois nada engolimos. 
Com isso, é possível gerar dor de estômago.
7.1.3 Tato
Apresentação
 
O corpo humano é dotado de cinco sentidos: 
• Tato: permite sentir o mundo exterior por meio da pele. 
• Paladar: permite sentir sabores e gostos por meio da língua. 
• Olfato: permite sentir odores por meio do nariz. 
• Audição: permite ouvir o mundo exterior por meio dos ouvidos. 
• Visão: permite visualizar o mundo por meio dos olhos. 
Nesta experiência vamos estudar mais sobre o tato.
Você consegue distinguir qual o objeto que está em suas mãos utilizando apenas o sentido do tato? 
Materiais
• objetos do experimento que serão tateados, como sapato, bolinha de tênis, colher, rolha, 
corrente, copo de plástico, copo de metal etc.;
• vendas, ou tecido.
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Descrição do experimento
Organize a classe em uma roda e dê a cada um dos alunos uma venda para garantir que eles fiquem 
de olhos fechados. Combine por qual lado os materiais serão passados ao colega do lado. É preciso 
encostar o objeto no amigo no momento da passagem, pois aí está o objetivo do experimento: como 
ninguém está vendo, é uma maneira de saber se há uma nova sensação tátil.
Somente após dar início à passagem dos objetos é que começamos a prestar atenção se existe algum 
material que foi perdido no caminho. 
Quando todos os materiais forem utilizados, guarde-os numa caixa e peça aos alunos que tirem as 
vendas. Pela memória, peça que eles identifiquem o que foi passado e que depois justifiquem como foi 
o processo pelo qual eles descobriram de qual objeto se tratava.
Conclusão
Os alunos devem levantar suas justificativas em relação à forma, temperatura, maleabilidade, textura, 
peso, entre outras características, para distinguir qual era o objeto em questão. 
Por exemplo: qual a diferença entre o copo de metal e o copo de plástico? Algumas das justificativas 
poderiam ser a maleabilidade maior no copo de plástico, a sensação térmica mais gelada no copo de 
metal, entre outras.
7.2 Área temática “seres vivos”: plantas e animais
7.2.1 Classificações: pena, pelo, escamas
Apresentação
Por que ficamos arrepiados quando sentimos frio? Qual a roupa que os animais usam? Pelos, penas 
ou escamas e outros revestimentos são o que cobre os animais. 
Materiais
• figura de animais diversos;
• placas com os escritos: penas, pelos, ou escamas.
Descrição do experimento
 
O objetivo deste experimento é ajudar os alunos a separar os animais em suas espécies a partir 
de suas características peculiares: mamíferos possuem pelos, peixes têm escamas e aves têm 
penas. 
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Além de apontar as diferenças entre eles, podemos realizar esta atividade de diversas maneiras. 
No entanto, você verá que o modo que mais anima as crianças será o experimento na forma de 
jogo.
Ao mostrar uma foto por vez, as crianças escolhem qual placa levantar. Pode-se também mostrar 
várias figuras para que elas as separem conforme o tipo de cobertura de cada animal.
Após o experimento, seria interessante trazer para a aula textos informativos ou um filme que 
explique o porquê de os animais ficarem arrepiados. Pode ser que algum aluno já tenha vistoum gato 
ou um pássaro arrepiado e assim faça a ligação dos fatos.
Conclusão
Seja com escamas, pelos ou penas, os animais também ficam arrepiados. Mas por quê? Para se 
proteger do frio! Arrepiamos o nosso pelo para que a nossa cobertura fique mais espessa e assim não 
percamos tanto calor para o ambiente. No entanto, também se pode ficar arrepiado por outros motivos, 
como é o caso de alguns animais que se arrepiam para parecerem maiores do que são e assim intimidar 
seus inimigos.
O peixe baiacu é um exemplo de animal que utiliza essa técnica para parecer maior e conseguir fugir 
de predadores: embora ele não tenha pelos para arrepiar, sua pele se estica e infla como uma bexiga. 
Com isso, ele ganha a aparência de um corpo maior e consegue, assim, assustar seus predadores, que 
acabam fugindo. As aves também eriçam as penas quando estão dispostas a lutar para defender a cria 
ou a fêmea.
No nosso caso, seres humanos, o arrepio pode indicar tanto medo quanto frio. Quando isso acontece, 
seus pelos ficam em pé porque a pele possui um músculo eretor para cada pelo. Assim, por meio da 
contração, o músculo levanta o pelo de modo que, quando fica em pé, possibilitam a retenção de uma 
camada de ar sobre a pele, com a função de isolamento térmico e evitando uma consequente perda de 
calor.
Na pele de cada ser humano, há vasos sanguíneos que ajudam a regular a temperatura do seu 
corpo. Durante o arrepio, tais vasos diminuem de tamanho, reduzindo o volume de sangue que 
circula dentro deles. Assim, com menos sangue esfriado circulando, a pele fica com menos cor e 
sofre menos perda de calor enquanto que os músculos tremem, também com o objetivo de fazer 
mais calor e aquecer o corpo. 
7.2.2 Cadeia alimentar
Apresentação 
Como podemos obter o equilíbrio entre as espécies? Como os animais e as plantas entram em 
extinção?
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Materiais
Figuras de:
• homem;
• peixe;
• minhoca;
• grama;
• fungos;
• quadra ou espaço em que as crianças possam brincar;
• cartão de objetivo.
Descrição do experimento
Para que as crianças compreendam e sintam o que é de fato a cadeia alimentar, propomos aqui 
esta experiência em forma de jogo. É necessário que se explique anteriormente o que são produtores, 
consumidores primários, consumidores secundários e decompositores. Neste exemplo, usamos a grama 
como produtor, a minhoca como consumidor primário, o peixe como consumidor secundário, o homem 
como consumidor terciário e os fungos como decompositores.
As regras do jogo são as seguintes: 
• os fungos podem comer seres vivos de qualquer outra figura; 
• a grama só pode comer os fungos; 
• a minhoca só pode comer a grama; 
• o peixe só pode comer a minhoca; 
• o homem pode comer o peixe. 
Organização do jogo
Cada equipe pode ter de cinco a oito crianças. Assim poderemos ter um jogo com duas, três ou mais 
equipes. Separe as equipes por cor, para facilitar o jogo.
Defina o objetivo da equipe: completar a cadeia alimentar da equipe azul ou completar duas cadeias 
alimentares das outras duas equipes. 
Prepare as cartelas com os espaços das figuras na ordem da cadeia para serem coladas com as 
figuras que serão adquiridas na brincadeira.
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Prepare também envelopes com quatro ou cinco vezes a cadeia alimentar de cada equipe, dependendo 
do número de crianças que tiver em cada uma.
Como jogar
Cada equipe escolhe um representante que ficará com a cartela da cadeia e o envelope.
Cada criança sorteará do envelope uma figura e irá a “campo” (centro da quadra) para jogar.
No centro da quadra, ela pergunta para uma outra criança qual a figura que ela tem e compara 
as duas para ver qual o ser vivo mais forte. A criança com a figura vencedora volta para a base 
(para o seu representante) e dá a ele a figura que ganhou no encontro. Em seguida, continua a 
jogar, voltando para o campo. A criança com a figura que perdeu volta para o representante e 
sorteia outra figura. O jogo termina quando o representante grita que o objetivo da equipe foi 
alcançado.
Tipos de encontros:
• homem e homem: nada acontece;
• homem e peixe: ganha o homem;
• homem e minhoca: nada acontece;
• homem e grama: nada acontece;
• homem e fungo: fungo ganha;
• peixe e homem: homem ganha;
• peixe e peixe: nada acontece;
• peixe e minhoca: peixe ganha;
• peixe e grama: nada acontece;
• peixe e fungo: fungo ganha;
• minhoca e homem: nada acontece;
• minhoca e peixe: peixe ganha;
• minhoca e minhoca: nada acontece;
• minhoca e grama: minhoca ganha;
• minhoca e fungo: fungo ganha;
• grama e homem: nada acontece;
• grama e peixe: nada acontece;
• grama e minhoca: minhoca ganha;
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• grama e grama: nada acontece;
• grama e fungo: trocam as figuras;
• fungo e homem: fungo ganha;
• fungo e peixe: fungo ganha;
• fungo e minhoca: fungo ganha;
• fungo e grama: trocam as figuras;
• fungo e fungo: nada acontece.
Importante: este jogo é uma cadeia linear, mas na realidade nem sempre é assim. O peixe, por 
exemplo, pode comer tanto a minhoca como plantas aquáticas. Se alguma figura entra em extinção, é 
necessário que se pare o jogo e que se explique o porquê de isso ter acontecido.
Conclusão: nesta experiência, conseguimos relacionar os agentes da cadeia alimentar e às vezes 
expor como acontece uma extinção de espécies. 
7.2.3 Sapo, rã ou perereca?
Apresentação
Qual a diferença entre sapo, rã e perereca?
Esses três animais apresentam várias diferenças entre si, tanto na morfologia como no comportamento 
e na classificação zoológica. 
Todos eles são classificados como anuros, nome dado aos anfíbios que não têm rabo. 
A rã tem a pele lisa e brilhante. Suas pernas são longas e correspondem a mais da metade do seu tamanho. 
Para nadar, algumas rãs contam com a ajuda das patas traseiras, que podem ser dotadas de membranas.
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre os anuros, acesse o site: <http://pt.scribd.
com/doc/54975807/PERCEPCAO-DE-ANUROS>.
Os sapos preferem viver em terra firme e somente procuram a água para se reproduzir. No Brasil, 
uma das espécies mais comuns é o sapo-cururu (Bufo marinus). 
As rãs podem dar saltos de até 1,5 metro de comprimento e 70 centímetros de altura. A família dos 
ranídeos é a mais numerosa, embora no Brasil haja uma única espécie dessa família (Rana palmipes). As 
demais rãs brasileiras pertencem à outra família, a dos leptodactylídeos.
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As pererecas, assim como os sapos, preferem ficar fora da água. Elas vivem em árvores e pertencem 
a várias famílias. A mais extensa é a dos hylídeos, da qual fazem parte a “perereca da Europa” (Hyla 
arborea) e a minúscula grass frog (“perereca da grama”), que mede só 1,75 centímetro.
Algumas características desses animais:
Sapo
• Habitat: prefere viver em terra firme.
• Tamanho: de 2 a 25 centímetros.
• Número de espécies: cerca de 300.
• Características: pele rugosa e cheia de verrugas, com pernas curtas que permitem somente pulos 
limitados e desajeitados. Graças às glândulas na região dorsal, libera veneno que pode irritar 
nossos olhos e as mucosas, porém o veneno somente pode ser expelido se o sapo sofrer uma 
pressão externa, como a possibilidade de ser pisado.
Rã
• Habitat: mora principalmenteem lagoas.
• Tamanho: de 9,8 milímetros a 30 centímetros.
• Número de espécies: mais de 4 mil.
Perereca
• Habitat: muito encontrada em galhos de árvores.
• Tamanho: menos de 10 centímetros.
• Número de espécies: mais de 700.
• Características: a perereca é menor que um sapo ou uma rã e tem os olhos esbugalhados, 
deslocados para fora. Suas pernas finas e longas permitem grandes saltos de até 2 metros 
de distância. Um tipo de ventosa, na ponta dos dedos, ajuda o animal a subir em árvores.
Materiais
• fotos de alguns anfíbios;
• placa com a palavra rã;
• placa com a palavra sapo;
• placa com a palavra perereca;
• tabela de respostas para consulta;
• tabela para pontuação.
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Descrição do experimento em forma de jogo
Você pode fazer essas placas de cartolina, cada uma representando um conjunto (rã, sapo e perereca) 
por cada grupo. Cada grupo deve ter de três a quatro crianças, de modo que elas possam discutir e até 
mesmo votar dentro do grupo.
Cada grupo deve sortear uma foto e associá-la a uma placa de identificação. Em seguida, compara-se 
com uma tabela de respostas.
Cada grupo deverá marcar seus acertos na tabela para pontuação para depois estabelecer uma 
classificação.
Conclusão
Esta experiência é mais uma explicação e tomada de conhecimento do que propriamente uma 
experiência de materiais. No entanto, o conhecimento adquirido faz com que a atividade e a mudança 
de ambiente a torne uma experiência.
7.3 Área temática “conceitos físicos”
7.3.1 Boia ou afunda?
Apresentação
Nesta experiência também se trabalha o conceito de densidade, porém de uma forma mais lúdica. 
É difícil saber, sem experimentar, quais são os materiais que boiam e quais os que afundam. Um bom 
exemplo disso é a berinjela, que por ser grande e preta e por aparentar ser pesada nos dá a impressão 
de que afunda na água, mas na realidade ela boia.
Outro teste pode ser feito a partir da forma na qual o objeto se apresenta, que pode fazê-lo 
boiar ou afundar. Você já reparou num barco feito de metal? Se somente colocássemos o metal 
na água, ele certamente afundaria, porém o barco foi feito para boiar. Como isso pode acontecer?
Materiais
• um aquário com água;
• palito de sorvete;
• palito de churrasco;
• bolinha de gude;
• bolinha de ping-pong;
• bolinha vermelha;
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• bolinha de tênis;
• sandália havaiana;
• chave;
• isopor;
• caneta;
• lápis;
• colar;
• brinco;
• batata;
• berinjela;
• cenoura;
• ovo;
• um pote de vidro com água salgada;
• martelo;
• papel de alumínio.
Descrição do experimento
Este experimento pode apresentar três partes, se você assim o quiser.
Primeira parte 
Esta experiência é de observação. Para tanto, você vai precisar de um aquário de vidro. Separe a turma 
em dois grupos (de meninos e de meninas) e peça que eles deem suas opiniões antes de demonstrar 
se o objeto mostrado irá afundar ou boiar. Anote os palpites. Deixe que as crianças experimentem para 
que possam verificar os objetos que boiam. Compare os palpites com o que verificaram por meio da 
experimentação e pontue cada palpite correto do grupo. Em seguida, exponha a classificação pelos 
pontos marcados.
Segunda parte 
O ovo afundou, certo? Como será que fazemos para que ele boie?
Coloque a maior quantidade de sal que possa ser dissolvida no pote de vidro com água e coloque o 
ovo para boiar nesse pote. O que aconteceu? O ovo não afunda como no aquário!
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Terceira parte
Faça um barco com o papel alumínio e coloque-o na água. Ele boia. Mas se você pegar esse mesmo 
papel em formato de barco e amassá-lo ele afundará! Para tanto, é necessário amassar bem o papel, 
tarefa para a qual você precisará da ajuda do martelo.
Conclusão
Os objetos afundam se a densidade desses for maior que a do meio em que estão. Ou seja, se o “peso” 
– massa pelo volume – que tais objetos ocupam é maior que a massa pelo volume do meio, o isopor 
acaba boiando e a chave afundando. Isso também explica o porquê de o ovo flutuar na água salgada: 
como a densidade do ovo é muito parecida com a densidade da água, porém um pouco maior, na água 
pura ele afunda. No entanto, se colocarmos sal nessa água, o que estaremos fazendo é aumentando a 
densidade dessa água de modo que a densidade do ovo seja menor, o que o fará boiar. Essa é a mesma 
explicação pela qual boiamos ao entrar no Mar Morto: a quantidade dissolvida de sal nesse mar é 
tamanha que nossos corpos não conseguem afundar.
Mas existem outros motivos pelos quais um objeto pode boiar ou afundar. A explicação do 
barco, que envolve o conceito de empuxo, é a de quanto de água é deslocada do meio em que 
estamos. 
Quando entramos numa piscina e queremos boiar, qual a posição em que ficamos? Logicamente, planos 
na superfície da água. Permanecer nessa posição faz com que desloquemos uma quantidade de água maior do 
que deslocaríamos na vertical, de modo que assim boiamos. Quando queremos afundar, tomamos a posição 
de bolinha ou mesmo de agulha (salto de cabeça) para chegarmos até o fundo. Assim, deslocamos a mesma 
quantidade de água e a explicação volta a ser a primeira, de densidade. Podemos lembrar também que para 
boiar enchemos os nossos pulmões de ar, o que faz com que nossa densidade diminua.
7.3.2 Relógio de sol
Apresentação
Que horas são? Como sabemos as horas? Você sabia que os primeiros relógios só tinham um ponteiro? 
De início, começamos a pensar no tempo apenas em dias e noites. Depois, com a necessidade de mais 
detalhes, passamos a pensar em horas, e só então os minutos e os segundos começaram a fazer parte 
da nossa contagem de tempo. Mas você já percebeu que o sol muda de lugar? Ou será que é o nosso 
planeta Terra? 
Materiais
• bússola;
• palito de churrasco;
• disco de cartolina.
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Descrição do experimento
No pátio do colégio, espete o palito em um local com terra ou em uma bolinha de massinha, em um 
local onde haja luz do sol. No começo do dia, marque onde a sombra do palito está e, passadas algumas 
horas, faça uma nova marcação. Mudou de posição?
Para aprimorar a ideia, localize o leste e o oeste e mostre às crianças que o sol nasce a leste e se põe a oeste. 
Mas lembre-se de que as horas exatas neste relógio vão depender do horário de verão e da estação do ano. 
Conclusão
A sombra do palito aponta o horário em que estamos, mas e o sol do meio-dia? Normalmente não 
temos sombra ao meio-dia, pois o sol está posicionado exatamente em cima de nossos corpos, de modo 
que estamos pisando nossa própria sombra. Essa é uma observação muito importante a se mostrar para 
as crianças.
7.3.3 Cata-vento
Apresentação
Você já brincou com um cata-vento? O que será que o faz girar? Podemos utilizar essa invenção para 
produzir energia?
Materiais
• vento;
• lápis;
• tachinha;
• papel, como no modelo ao lado.
Descrição do experimento
Figura 25: Montagem do cata-vento.
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METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS
Disponha de um quadrado de papel e dobre-o na diagonal duas vezes para fazer a marcação (passo 
1). Recorte nas linhas pretas contínuas. Nãorecorte as linhas pontilhadas. Depois de cortar, você terá 
uma forma geométrica com 8 pontas, sendo 2 em cada canto (passo 2).
Para montar o cata-vento, envergue as pontas de cada canto de forma alternada até o centro do 
quadrado (passo 3) e prenda-as com a tachinha de modo a encaixá-la também ao lápis, para você poder 
segurar o cata-vento (passo 4). 
Ao prender, deixe as abas um pouco soltas para que o cata-vento possa girar.
Sopre!
Conclusão
O cata-vento gira porque ele redireciona o vento com as suas “hélices”. Perceba que, se você soprar 
numa outra direção, ele não vai girar ou então girará no sentido contrário.
Esse conceito é aplicado em usinas eólicas, que utilizam a força do vento para girar grandes hélices 
e com isso gerar energia. Esse movimento pode ser utilizado na produção de energia elétrica, como a 
que utilizamos em casa para ligar a TV, com baixos custos orçamentários e nenhum dano ambiental – 
principais vantagens da fonte eólica. 
7.3.4 Translúcido, opaco e transparente
Apresentação
Por que conseguimos ver através da janela e não conseguimos ver através da parede? Por que 
quando chove fica mais difícil ver através do vidro do carro?
Materiais
• cartolina;
• papel vegetal;
• papel celofane incolor ou envelope plástico;
• um objeto qualquer: lápis, clipe, relógio, foto etc.
Descrição do experimento
Coloque o objeto escolhido atrás de cada um dos tipos de papel e em seguida pergunte aos alunos 
o que eles conseguem enxergar.
No caso da cartolina, opaca, eles não vão conseguir enxergar nenhuma parte do objeto.
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No caso do papel vegetal, translúcido, eles enxergam a silhueta do objeto e o identificam, mas não 
veem os detalhes, como a marca do lápis ou ponteiro do relógio.
Já com o papel celofane, transparente, eles enxergam todos os detalhes, como a cor do objeto e 
letras pequenas que esse possa ter.
É importante que os alunos saibam o nome dos meios (opaco, translúcido e transparente) e que 
consigam dar exemplos em seu dia a dia, como: box do chuveiro, vidro do carro embaçado, janelas, 
mesas, óculos etc.
Conclusão
Os meios têm diferentes formas de propagar a luz, que recebem três nomes específicos:
• opaco: não deixa a luz passar;
• translúcido: a luz passa, mas em virtude da irregularidade da superfície do papel ou do meio 
(pode-se pedir para que os alunos passem a mão no papel e sintam que ele é mais áspero que o 
celofane), a luz que chega aos nossos olhos é desorganizada;
• transparente: a luz passa sem grandes obstáculos.
7.3.5 Gelinho
Apresentação
Por que no verão o sorvete derrete tão depressa?
Materiais
• saquinho plástico, daqueles que se vende pra fazer sacolé;
• groselha;
• água potável;
• forminha de gelo;
• congelador.
Descrição do experimento
Neste experimento, precisamos de um ou dois dias para que o sacolé esteja pronto. Também é preferível 
que essa experiência seja feita no verão e que se dê muita atenção à higiene, afinal, iremos saborear o 
sacolé. Inclusive, é preciso atentar-se à possível existência de algum aluno que seja alérgico a corantes, que 
não possa comer açúcar ou que tenha qualquer outro impedimento em digerir os ingredientes do sacolé.
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Desenforme uma forminha de gelo e deixe-a sobre observação durante a preparação do sacolé.
Peça que os alunos observem o gelo logo que entrarem no laboratório: o gelo estará sólido, ou seja, duro.
Prepare a groselha com água potável e groselha e coloque-a nos saquinhos. Dê um nó para que o 
líquido não vaze. 
Peça que as crianças descrevam a groselha no saquinho: cor, estado físico, consistência etc. Em 
seguida, coloque-a no congelador.
Agora, peça aos alunos que observem aquela pedrinha de gelo, mais uma vez. O que aconteceu? O 
gelo que estava em estado sólido agora derreteu está em estado líquido.
No dia seguinte, retire o sacolé do congelador e sirva as crianças. Uma sugestão é que seja na hora 
do recreio.
Conclusão
Ocorreu uma mudança de estado físico. A pedrinha de gelo que estava no estado sólido passou para 
o estado líquido, pois recebeu calor do ambiente – da sala de aula ou laboratório – e derreteu.
Já o sacolé, que estava no estado líquido, perdeu calor para o congelador e passou para o estado 
sólido, ou seja, congelou.
É importante que os alunos percebam que o líquido pode adquirir qualquer formato que quisermos, 
ao passo que o sólido, não. Portanto, se quisermos fazer um picolé ou gelo no formato de coração, por 
exemplo, basta colocar a água numa forminha de coração e deixar congelar.
7.3.6 Ilusão de ótica
Apresentação
Você gosta de cinema? 
Então responda: qual é a principal diferença entre filme e fotografia? O movimento, não é? Mas 
você sabia que o filme nada mais é que uma sequência de fotografias que, expostas à nossa visão, dão 
a sensação de movimento? 
Para que essa sensação de movimento ocorra, precisamos ter uma seção de pelo menos 24 quadros 
por segundo, pois assim cria-se a sensação em nossa mente de que todas aquelas fotos fazem parte de 
um movimento. Porém, isso em relação à nossa visão humana. 
Os cachorros, por sua vez, ao assistirem a uma televisão, a qual se utiliza de 30 quadros por segundo, 
a enxergarão como uma seção de slides, já que sua visão tem uma descrição de quadros mais rápida que 
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a nossa. Para gerar a mesma sensação de movimento a um cão, seria preciso a televisão aumentar a sua 
transmissão para 50 quadros por segundo.
Materiais
• modelo de ilusão de ótica (imprima-o num papel de gramatura maior, como os de 120 g/m²);
• 2 cordões ou barbantes de 40 cm cada;
• furador.
Modelo 1 Modelo 2
Figura 26
Descrição do experimento
Pinte e recorte o modelo que você escolheu para a ilusão de ótica.
Cole um círculo no outro de forma que, ao virá-lo verticalmente, ambas as figuras estejam “de pé”.
Com o furador, faça um furo do lado direito e outro do lado esquerdo da figura.
Passe os cordões, um em cada um dos furos, e faça um nó na ponta do cordão para fixá-lo (como 
um colar).
Segurando cada cordão com uma das mãos, peça às crianças que enrolem as figuras, girando-as no 
ar por diversas vezes, até enrolar os cordões. Em seguida, basta puxar os dois cordões com as mãos: ao 
esticar, eles desenrolarão e você verá as duas figuras sobrepostas. A impressão que você terá é que o 
passarinho está dentro da gaiola e o leão dentro da jaula.
Conclusão
Nossos olhos foram feitos para enxergar figuras únicas. Tanto é que com a sobreposição das 
figuras em pelo menos 24 quadros por segundo já conseguimos enxergar apenas uma figura. A 
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ilusão de ótica é tudo aquilo que acreditamos ver de uma maneira, mas na realidade é de outra, 
de modo a gerar uma confusão em nossos olhos. Nesse caso, são duas figuras que parecem ser 
apenas uma.
7.4 Área temática “conceitos químicos”
7.4.1 Papel reciclado
Apresentação
De onde vem todo o papel que tanto utilizamos? Ele é feito a partir da celulose, substância 
retirada principalmente das árvores, não digerível pelo ser humano. Como são necessárias 
muitas árvores para a produção industrial de papel, uma solução para a preservação florestal 
é a reciclagem. Essa atitude preserva as árvores existentese reduz o custo direto para os 
consumidores.
Materiais
• caixa grande impermeável ou tanque;
• cola branca;
• liquidificador;
• jornal;
• balde;
• água;
• tinta (opcional);
• linhas (opcional);
• cascas de cebola assadas (opcional);
• sujeira de apontador de lápis (opcional);
• fotos ou figuras de jornal (opcional);
• tela (como explicação posterior).
Para fazer a tela
• cabide de arame, ou arame solto;
• parte de uma meia-calça, sem furos;
• esparadrapo, pois é mais resistente.
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Primeiramente, desmanche o cabide e use o arame para formar um quadrado de 
aproximadamente 20 cm x 20 cm. Em seguida, prenda as pontas com o esparadrapo, de modo que 
ninguém se machuque.
Vista esse quadrado com a região da meia-calça e dê um nó em cada um dos lados.
Corte o restante da meia-calça. Você pode fazer quantos quadrados quiser, ou até mesmo 
outras formas, como retângulos, círculos, polígonos etc. Aqui é a sua criatividade quem manda!
Descrição do experimento
Rasgue 30 ou mais folhas de jornal em pedaços de 10 cm x 10 cm (para ajudar a bater mais facilmente 
no liquidificador) e deixe de molho durante uma noite para absorver bem a água.
No dia seguinte, pegue um punhado desse papel molhado, adicione três copos de água e triture tudo 
no liquidificador. Essa quantidade de água é para não forçar o aparelho.
Despeje a massa de papel na caixa impermeável e repita a operação por mais algumas vezes (cerca 
de cinco vezes), dependendo do tamanho dessa caixa.
Coloque aproximadamente duas colheres de sopa de cola branca por cada massa de papel que você 
bateu no liquidificador.
Agora é a hora de colocar a tinta e os outros opcionais. Lembre-se de que é melhor colocar as 
texturas – linha, casca de cebola, sujeira de apontador e figuras – quando já tiver o material em forma 
de papel.
Misture tudo. Pegue a tela que já foi feita, afunde na caixa e conte até 20. Isso fará com que 
a massa de papel fique estática. Vá levantando a tela de forma devagar até chegar à superfície e 
retire da água.
Deixe a tela secar ao sol. Dependendo da época do ano pode demorar até 2 dias. Tenha 
paciência.
Depois que a tela tiver secado, passe a mão por debaixo da tela até que o papel desgrude totalmente 
e só então o retire, para não danificá-lo. Mas cuidado com as bordas!
Conclusão
Para preservar a natureza, devemos reduzir, reutilizar e reciclar nossos recursos. E essa experiência 
demonstra uma forma de reciclar o papel.
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 Observação
Após todo o processo de reciclagem, uma ideia é pedir ajuda ao professor 
de português para que cada aluno escreva um poema, para depois juntar 
todos num caderno reciclado pela turma. Mãos à obra!
7.4.2 Fogo
Apresentação
 
Desde os primórdios, o fogo era utilizado pelo homem, seja na lareira, seja para preparar algum 
alimento. Mas como o fogo é produzido? E como se mantém? 
Materiais
• vela;
• fósforo;
• pratinho;
• água;
• vidro de maionese sem tampa.
Descrição do experimento
Prenda a vela (que deve caber dentro do pote de maionese) ao pratinho. Coloque água na base 
desse pratinho e peça aos alunos que acendam a vela, tampem com o pote de vidro logo em seguida e 
observem.
Conclusão
A vela se apaga. A explicação se dá porque o comburente chega ao fim, nesse caso o oxigênio, de 
modo que o fogo se extingue. 
Para haver chama, é preciso que haja três bases: comburente, combustível e calor inicial.
Vejamos o fósforo. Peça a um aluno para descrever como se dá o acendimento de um fósforo e 
perceba que é difícil para uma criança conseguir detalhar os procedimentos de segurança com o fogo, 
momento que pode ser bem propício para chamar atenção para esse assunto. 
O fósforo tem o calor inicial dado pelo atrito da ponta vermelha do palito com o lado da 
caixa que tem a lixa. O comburente é o oxigênio contido no ar, ao passo que o combustível é 
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a madeira, ou, para ser mais exato, o querosene que está inicialmente no primeiro centímetro 
da ponta do palito, sem contar com o próprio produto químico fósforo presente nesta cabeça 
vermelha.
Os mais observadores verão que, além de a vela apagar, a água que estava dentro do prato 
entrará no pote de vidro. Entretanto, isso tem outra explicação: sabendo que o ar quente ocupa 
mais espaço que o ar frio, o ar presente no pote estava quente – em virtude da existência de fogo 
–, mas quando esse fogo se apagou, o ar resfriou e ocupou menos espaço, puxando a água que 
estava logo na saída do pote.
7.4.3 Substâncias parecidas 
Apresentação
Precisamos ter muita atenção quando preparamos qualquer comida ou quando queremos fazer 
qualquer experiência, pois existem muitas substâncias que podem ser confundidas, como o açúcar 
refinado e o sal. Ambos não são em pó e brancos? Somente quando colocamos na boca é que sentimos 
a diferença.
Materiais
• água ou limonada, mas cuidado para as crianças não pensarem que se trata de um lanche;
• sal de fruta;
• fermento em pó;
• sal;
• açúcar;
• quatro copos.
Descrição do experimento
Coloque a água (ou a limonada) nos quatro copos.
Peça aos alunos que misturem uma colher de cada substância em cada copo e que observem o que 
acontece.
Conclusão
Em dois dos copos, acontecerá uma borbulha ou efervescência, pois o sal de frutas e o fermento 
em pó apresentam uma substância química em comum. Peça para que dois alunos leiam em voz 
alta os ingredientes presentes nos dois produtos. Misturado com a água, é o bicarbonato de sódio 
que produz o dióxido de carbono, o qual é um gás que se apresenta em borbulhas. Já com o açúcar 
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e o sal, não acontece esse desprendimento de gás, pois tais substâncias não contêm o bicarbonato 
de sódio.
É importante ressaltar que precisamos estar muito atentos quando fazemos qualquer atividade na 
cozinha ou mesmo no laboratório, pois muitas substâncias são parecidas. Portanto, não deixe de colocar 
etiquetas bem visíveis para não haver confusão.
7.4.4 Separação de misturas
Apresentação
Como podemos separar uma mistura de areia, água, sal e óleo? Podemos ver que essa mistura 
apresenta diferentes fases.
Materiais
• 2 béqueres ou copos de vidro, para melhor visualização;
• funil;
• filtro de papel, como aqueles de café;
• água;
• areia;
• sal;
• óleo.
Descrição do experimento
No copo, misturam-se a água, o óleo, a areia e o sal. A partir dessa mistura, conseguimos 
ver a formação três fases (camadas): a do fundo da areia, a do meio, com água e sal, e a de 
cima, de óleo.
Para fazer a separação, basta derramarmos no outro copo, com cuidado, o óleo que está por cima. 
Em seguida, passamos a mistura pelo filtro de papel, onde ficará retida a areia.
Por fim, deixamos a água secar ou evaporar para obtermos o sal.
Conclusão
Nesta experiência usamos diversos tipos de separação, como filtração, evaporação e separação de 
fases, métodos esses normalmente usados no nosso dia a dia. É importante que os alunos percebam que 
nem todas as substâncias se misturam, como é o caso da água e do óleo, e que algumas jamais poderão 
ser separadas.
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7.4.5 Misturas:bolo de laranja maluco
Apresentação
Se o colégio onde você leciona disponibiliza de um espaço no qual se pode cozinhar, esta certamente 
será uma das experiências mais deliciosas, não só pelo sabor, mas pela ótima oportunidade que os 
alunos terão ao fazê-la. 
Materiais
• ingredientes para o bolo, em anexo com a receita;
• gelo;
• água potável;
• groselha.
Descrição do experimento
Faça a groselha, primeiramente. É importante pedir aos alunos que descrevam os materiais: 
groselha – bem vermelha; água – incolor; gelo – sólido. Pegue tais ingredientes e misture-os para 
fazer o suco. Após algum tempo, pergunte aos alunos onde estão o gelo e a groselha. É possível 
separá-los? 
Ficaram todos misturados, pois o gelo sofreu uma transformação física (derretimento), virou água e 
se misturou com o suco de groselha.
Para fazer o bolo, é interessante pedir que cada um dos alunos ajude numa tarefa, mas antes 
disso eles devem ser lembrados da importância da higiene: ao lidar com culinária, é imprescindível 
lavar as mãos e prender o cabelo, procedimentos esses que fazem parte de Ciências também.
Bolo de laranja maluco
Ingredientes
• 2 xícaras de farinha de trigo;
• 1 xícara de óleo (prefira o óleo de milho, que é mais leve);
• 1 laranja com casca;
• 4 ovos inteiros;
• 2 copos grandes de açúcar (400g);
• 1 colher de sopa de fermento. 
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Modo de fazer
Bata no liquidificador a laranja picada com casca e sem sementes. Junte todos os ingredientes, 
menos a farinha e o fermento.
Bata bem. Coloque numa tigela a farinha e o fermento. Junte à mistura os outros ingredientes e bata 
bem. Asse em forma untada e polvilhada com farinha. Quando estiver pronto, ainda quente, corte em 
quadrados e jogue por cima um copo de suco de laranja bem adoçado.
Conclusão
Transformação física: se dá quando é possível retornar a substância ao estado físico anterior. 
Transformação química: se dá quando a substância se torna outra. Por exemplo: depois de assado 
o bolo, podemos separar o ovo ou até mesmo a farinha? Não podemos, razão pela qual dizemos que se 
trata de uma transformação química. Já o sorvete, depois de derretido, é possível congelar novamente, 
mantendo o mesmo sorvete.
8 A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DO MEIO
No ensino de Ciências, como já foi largamente discutido neste texto, é de suma importância 
relacionar os conceitos ensinados com o ambiente físico e social onde os alunos vivem. Essa relação 
permite que o conhecimento se torne significativo para os alunos, tornando o ensino motivador para 
eles e também para os professores.
Além dos recursos das experiências como as que relatamos aqui, você pode planejar os estudos do 
meio com seus alunos. O estudo do meio é um recurso didático já aplicado no Ensino Fundamental em 
outras áreas de estudo. No ensino de Ciências, é também um recurso didático valioso, pois amplia a visão 
do aluno e as suas experiências para além dos muros da escola. 
Você pode planejar esse tipo de atividade para que alunos dos centros urbanos possam ter um 
contato mais próximo com a natureza, visitando parques de preservação ambiental, zoológicos, 
jardins botânicos, aquários, centros de pesquisa em ciências, museus, cinemas que programem a 
projeção de documentários interessantes e projetos de ensino de ciências junto às universidades 
públicas. 
Antes de programar essas visitas, é preciso preparar os alunos propondo um levantamento de 
problemas e pesquisas temáticas relacionadas ao que eles vão encontrar na visita.
É muito importante que você visite o local antes de levar os alunos. A sua visita é parte do 
planejamento, pois as atividades que você poderá proporcionar a eles nesse local dependem do seu 
planejamento didático, da forma como você preparou seus alunos e da relação que tem essa atividade 
com o seu plano de ensino.
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Além de fazer o levantamento de questões para que sejam pesquisadas e respondidas durante a 
visita, você também precisa preparar junto com seus alunos um roteiro do relatório que eles deverão 
elaborar depois da visita.
Em muitos desses locais, é possível entrevistar profissionais que trabalham lá e que em geral 
têm informações interessantes para dar aos alunos. As entrevistas mais produtivas são sempre 
aquelas bem planejadas, com antecedência. Portanto, antecipe as questões para realizar uma boa 
pesquisa.
Ao fazer a sua visita prévia, procure levantar as questões mais interessantes e os conteúdos que 
podem ser trabalhados numa visita a esse local. Calcule o tempo que será necessário para obter um bom 
resultado. Pense nas questões ligadas ao conforto dos alunos, como transporte, alimentação, instalações 
higiênicas, condições climáticas – se for um local ao ar livre e segurança. Essas questões vão ajudar 
você a definir qual o tamanho do grupo que você poderá levar e se será preciso pessoas para ajudar. 
Muitas vezes, uma atividade de estudo do meio que poderia ter sido muito boa fracassa, por falta de um 
planejamento adequado. 
Não envolva grupos de faixas etárias muito diferentes na mesma atividade, pois dificilmente todos 
aproveitarão da mesma maneira, e você não poderá dar a atenção diversificada de que eles necessitam. 
Procure formar grupos homogêneos em cada atividade.
Depois de realizada a visita, você deve reservar algumas aulas para discutir com os alunos os seus 
relatos e ajudá-los a sistematizar os conhecimentos adquiridos nessa vivência.
Para todos os conteúdos de Ciências, há interessantes opções de locais para se fazer estudos do meio.
Você pode encontrar várias sugestões de locais de visitas pela internet. No entanto, para ajudar você, 
disponibilizamos aqui vários locais para realizar visitas com seus alunos de Ciências em seus projetos de 
estudo do meio. Veja no quadro a seguir:
Quadro 15 – Sugestões de museus e centros de ciências
Aquário de São Paulo Rua Huet Bacelar, 407, Ipiranga - São Paulo-SP 
Roteiro educativo preparado por biólogos de 
fauna aquática.
Acqua Mundo Av. Miguel Estéfano, 2001, Enseada - Guarujá-SP
Oficinas temáticas, palestras e 49 recintos 
(água doce, salgada, aquaterrários e 
terrários), habitats marinhos e terrestres.
Aquário de Santos Av. Bartolomeu de Gusmão, Ponta da Praia - Santos-SP
Mais de 200 espécies de água doce e salgada, 
num total de 4000 animais aquáticos 
ocupando seus 30 tanques.
Catavento Cultural e 
Educacional
Parque D. Pedro II, no centro da cidade 
de São Paulo, entre a Av. do Estado e a 
Av. Mercúrio, no Palácio das Indústrias.
Popularizar a ciência e promover a educação 
científica de forma lúdica e prazerosa.
Centro de Ciências 
Bioespaço 
Av. Dr. Octávio Bastos, s/n, Nova São João 
- São João da Boa Vista-SP
Tem a finalidade de aproximar as crianças 
das ciências biológicas e ciências de terra, 
abrangendo os seres vivos e o universo.
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METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS
Centro de Memória 
da Medicina de Minas 
Gerais – Cememor 
Av. Alfredo Balena, 190, Centro - Belo 
Horizonte-MG
Abriga um vasto acervo de livros, 
documentos e quadros.
Ecomuseu de Itaipu Av. Tancredo Neves, 6001, Foz do Iguaçu-PR
Exposições voltadas para a sustentabilidade 
da natureza. 
Estação Ciência Rua Guaicurus, 1394, Lapa - São Paulo-SP
Popularizar a ciência e promover a educação 
científica de forma lúdica e prazerosa.
Fundação Zoo-
Botânica Belo 
Horizonte 
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8000, 
Pampulha - Belo Horizonte-MGPromove o conhecimento sobre a flora e suas 
relações com o ambiente e a fauna.
Instituto Butantã Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São Paulo-SP
Parque com museus biológico, histórico, de 
microbiologia e história da saúde.
Jardim Botânico de 
João Pessoa Benjamim 
Maranhão 
Av. Pedro II, s/n, Mata do Buraquinho, 
Torre - João Pessoa-PB
Reserva de Mata Atlântica com trilhas 
abertas a visitantes, possui diversas plantas e 
animais. 
Jardim Botânico do 
Estado de São Paulo 
Av. Miguel Stéfano, 3031, Água Funda - 
São Paulo-SP
Preserva as nascentes do Rio Ipiranga e a 
área da Mata Atlântica.
Jardim Botânico 
Municipal de Paulínia 
“Adelmo Piva Junior”
Rodovia Roberto Moreira, 575, Jardim 
Vista Alegre - Paulínia-SP
O objetivo principal é a preservação de 
espécies de plantas nativas e exóticas 
aclimatadas no Brasil.
Museu Botânico 
Municipal 
Rua Engenheiro Ostoja Roguski, s/n, 
Jardim Botânico - Curitiba-PR 
Mudi – Universidade 
Estadual de Maringá 
Av. Colombo, 790, bl. 101, s. 1, Zona 7 - 
Maringá-PR
Integração entre a universidade e a 
comunidade, ações científicas, culturais e 
educativas.
Museu de Anatomia 
Humana Prof. Alfonso 
Bovero 
Av. Prof. Lineu Prestes, 2.415, Cidade 
Universitária, Butantã - São Paulo-SP
Um acervo de peças anatômicas, preparadas 
com diferentes técnicas. 
Museu de Ciências e 
Tecnologia da PUC-RS 
Av. Ipiranga, 6681, Parthenon - Porto 
Alegre-RS
Em 800 experimentos, os visitantes podem 
entrar em contato de maneira lúdica com a 
Ciência.
Museu de Ciências 
Naturais 
Rua Salvatore Renna - Padre Salvador, 
875 - Guarapuava-PR
Reúne acervos de zoologia, paleontologia e 
geologia das coleções do Prof. Dr. João José 
Bigarella e Hipólito Schneider.
Museu de Ciências 
Naturais 
Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130, 
Petrópolis - Caxias do Sul-RS
Centro de estudos na área das ciências 
biológicas, com finalidades culturais, 
acadêmicas, de pesquisa científica e de 
difusão do conhecimento.
Museu de Geologia Rua Banco da Província, 105, Santa Teresa - Porto Alegre-RS
Exibe belos cristais e exóticos arranjos de 
minerais, além de promover exposições e 
palestras em escolas.
Museu Exploratório de 
Ciências da Unicamp 
Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, 
Barão Geraldo - Campinas-SP
Um ambiente que gera interesse e 
curiosidade, possui fóruns e oficinas de 
ciências.
Museu de 
Microbiologia 
Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São 
Paulo-SP
Faz parte do complexo científico do Instituto 
Butantã. 
Museu de Zoologia da 
USP Av. Nazaré, 481 - Ipiranga - São Paulo-SP
Exposições, atividades educativas, publicações 
sobre estudos de animais, especialmente 
sobre a fauna da Região Neotropical, que 
abrange a América do Sul e a América 
Central.
Museu do Oratório de 
Ouro Preto Adro do Carmo, 28, Ouro Preto-MG
Magnífica coleção – única em todo o mundo 
– de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos 
XVII ao XX.
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Planetário de São 
Paulo
Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 2 - 
Moema/Ibirapuera - São Paulo-SP
Ótima projeção na cúpula de 18 metros de 
diâmetro do que seria a visão de um céu 
noturno, sem nuvens nem poluição.
Projeto Escolas da 
Ciência Praça da 
Ciência
Av. Américo Buaiz, s/n, Enseada do Suá - 
Vitória-ES
O site pertence à Secretaria de Educação 
de Vitória-ES. Traz informações sobre a 
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ensino.
Sala de Ciência – SESC Travessa Syriaco Atherino, 100, Centro -Florianópolis-SC
São demonstrados os fenômenos da 
Natureza, implicações no cotidiano e bases 
científicas, e as realizações científicas e 
tecnológicas do homem
Sesciência Rua Voluntária da Pátria, 169, Botafogo - Rio de Janeiro-RJ
Democratizar o acesso à ciência e auxiliar 
professores por meio de diversos seminários 
sobre Ciências.
 Saiba mais
Você pode recorrer a muitos recursos disponíveis na internet para realizar 
o planejamento de suas aulas. Alguns sites possuem ideias e informações 
relevantes que podem ser enriquecedores ao seu trabalho. Confira algumas 
indicações que podem ser de grande ajuda: <http://www.revistapontocom.
org.br/>, <http://www.rets.org.br/>.
 Resumo
Nessa unidade apresentamos algumas experiências práticas, jogos 
e dinâmicas que podem ser realizadas com seus alunos. Alertamos 
para o desejo de que elas venham a ser apenas modelos ou ideias de 
encaminhamentos, pois apostamos que você poderá desenvolver novas 
experiências que atendam à necessidade de seus futuros alunos. 
Encerramos defendendo a importância dos estudos do meio – 
metodologia muito eficaz e necessária para que o aluno perceba a aplicação 
do que aprende de forma teórica em classe.
 Exercícios
Questão 1 (ENEM, 2007). Um problema ainda não resolvido da geração nuclear de eletricidade é a 
destinação dos rejeitos radiativos, o chamado “lixo atômico”. Os rejeitos mais ativos ficam por um período 
em piscinas de aço inoxidável nas próprias usinas antes de serem, como os demais rejeitos, acondicionados 
em tambores que são dispostos em áreas cercadas ou encerrados em depósitos subterrâneos secos, 
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como antigas minas de sal. A complexidade do problema do lixo atômico, comparativamente a outros 
lixos com substâncias tóxicas, se deve ao fato de:
A) emitir radiações nocivas por milhares de anos, em um processo que não tem como ser interrompido 
artificialmente.
B) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional, faltando assim 
locais para reunir tanto material.
C) ser constituído de materiais orgânicos que podem contaminar muitas espécies vivas, incluindo os 
próprios seres humanos.
D) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirável por milhares de anos.
E) emitir radiações e gases que podem destruir a camada de ozônio e agravar o efeito estufa.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
O maior problema causado pelo lixo atômico é a emissão de radiações nocivas por muito tempo, em 
um processo que não pode ser interrompido artificialmente. Num sentido amplo, radiação é aquilo que 
irradia (sai em raios) de algum lugar. Em Física, o termo refere-se usualmente a partículas e campos que 
se propagam (transferindo energia) no espaço (preenchido ou não por matéria).
Alguns tipos de radiação eletromagnética interagem com os seres vivos de forma que não os 
prejudica, como, por exemplo, a luz e as ondas de rádio e de TV.
As radiações (partículas ou ondas) podem ser ionizantes ou não-ionizantes. A ionização acontece 
quando a energia da radiação incidente sobre um material é suficiente para arrancar elétrons dos seus 
átomos.
A radiação é dita não-ionizante, quando sua energia não é suficiente para arrancar elétrons dos 
átomos.
Nesse caso, pode ocorrer a excitação do átomo, cujos elétrons são levados às suas camadas mais 
externas, sem serem ejetados.
Estudos mostraram que os efeitos biológicos decorrentes da exposição que o organismo humano 
pode sofrer ao entrar em contato com a radiação ionizante são decorrentes da interação da radiação 
com os átomos e as moléculas das células expostas.
O efeito biológico da radiação está relacionado à propriedade de provocar ionização da matéria com 
a qual interage, isto é, com sua capacidade de arrancar elétrons da matéria, criando íons.
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Unidade III
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Questão 2 (Simuladão ENEM).
Fonte: R. L. Carmo, A. L. R. O. Ojima, R. Ojima e T.T. Nascimento; Hoekstra e Chapagain e Water Footprint Network
A quantidade de água utilizada como matéria-prima ou como insumo da introdução de um bem 
ou serviço é chamada de água virtual. Veja acima quantos litros de água virtual foram empregados na 
produção de alguns itens.
Considere que uma pessoa, num único dia, tenha realizado as seguintes atividades:
- de manhã, saiu com uma camiseta de algodão;
- no almoço, consumiu carne bovina (um bife de 300 g) e, no jantar, um pedaço de carne suína (300 g);
- tomou duas xícaras de café: uma após o almoço e outra após o jantar;
- utilizou cinco folhas de papel A4 para fazer exercícios escolares;
- à noite, saiu com outra camiseta de algodão e um par de sapatos de couro.
Com base nessas informações, quantos litros de água virtual foram utilizados nos produtos que essa 
pessoa usou e consumiu neste único dia?
A) 10.420 litros.
B) 18.380 litros.
C) 16.420 litros.
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D) 15.375 litros.
E) 18.420 litros.
Resolução desta questão na plataforma.
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REFERÊNCIAS
Textuais
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Exercícios
Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA 
(INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2008: Matemática. Questão 37. Disponível 
em: <http://download.inep.gov.br/download/Enade2008_RNP/MATEMATICA.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
187
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2008: Matemática. Questão 
33. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/MATEMATICA.pdf>. 
Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2008: Pedagogia. Questão 
30. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/Enade2008_RNP/PEDAGOGIA.pdf>. Acesso 
em: 18 mai. 2013.
Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2007: Nutrição. Questão 2. 
Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2007/provas_gabaritos/prova.nutricao.
pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2005: Caderno amarelo. Questão 62. 
Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2005/2005_amarela.
pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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