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154 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Unidade III 7 EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS PARA VOCÊ FAZER COM SEUS ALUNOS Exemplos práticos de experiências realizadas pela professora Renata Amadeo em classes do primeiro ciclo do Ensino Fundamental segundo o seu próprio relato. 7.1 Área temática “corpo humano” 7.1.1 Olhos Apresentação Você já reparou na maneira como nós enxergamos as coisas? Se o ambiente está escuro, não conseguimos visualizar detalhes ou as cores como elas realmente são. Entretanto, se o ambiente está muito claro, nossa visão também fica dificultada. Por quê? Nossos olhos são formados por três partes, as quais conseguimos observar externamente: a esclerótica (a parte branca), a íris (a parte colorida) e a pupila (parte preta). A pupila é a grande aliada da visão, pois é por meio dela que se dá a entrada da luz, que sensibiliza o nervo ótico, e leva a imagem para o nosso cérebro. Materiais • ambiente escuro; • uma lanterna para cada dupla. Descrição do experimento Separe seus alunos em duplas e dê a eles uma lanterna. Num ambiente escuro, cada aluno deverá observar os olhos da sua dupla e perceber se a pupila está ou não dilatada. Em seguida, acenda a lanterna, mas tome o devido cuidado de nunca direcionar a luz diretamente nos olhos de outra pessoa, pois isso pode machucar. A intenção é apenas deixar o ambiente um pouco mais claro para que os alunos percebam, por observação, a contração que a pupila faz na presença de luz, ficando com o diâmetro um pouco menor em relação à primeira observação, no ambiente escuro. 155 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Conclusão Os nossos olhos foram feitos para enxergar tanto em ambientes claros quando em ambientes escuros. Assim, a pupila aumenta de tamanho quando precisa captar mais luz e diminui de tamanho quando existe muita luz no ambiente. Uma dica importante é nunca olhar diretamente para a luz solar, pois não temos proteção suficiente para todos os tipos de raios emanados pelo sol. 7.1.2 Dentes Apresentação Estar banguela é temporário? Você já reparou que seus dentes têm formatos diferentes? Quando você quer morder um pedaço de uma maçã, quais dentes você utiliza? Os da frente, chamados de incisivos. Quando você quer rasgar um sache de ketchup ou mostarda, quais dentes você utiliza? Aqueles pontudos, chamados caninos. E quando você vai mastigar um sanduiche ou uma porção de arroz e feijão? Quais você utiliza? Os do fundo, chamados molares e pré-molares. Materiais • bolacha água e sal; • água; • prego; • papel toalha molhado; • pistilo ou colher; • espátula ou colher; • potinho de metal ou plástico (para que não quebre). Descrição do experimento Vamos fazer uma simulação do funcionamento de nossos dentes ao mastigarmos a comida até que vire bolo alimentar. Cada grupo pode fazer o experimento com um kit para que os alunos sintam como os dentes trabalham. 156 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Primeiramente, vamos usar os dentes da frente, os incisivos. Com a bolacha inteira e a colher ou espátula, apertemos com a parte mais fina até que a bolacha quebre ou seja “mordida”: usamos esses dentes para partir os alimentos em pedaços menores que caibam na nossa boca. Para simular os caninos, vamos usar o prego e rasgar o papel molhado, que estará em cima da mesa, com a pontinha do prego: usamos esses dentes para rasgar os alimentos mais duros. Para simular como os molares e os pré-molares são usados para amassar e triturar os alimentos, agora vamos amassar a mesma bolacha com a parte convexa da colher e, ao mesmo tempo, ir misturando um pouco de água até que fique uma papa, que será a simulação do bolo alimentar. Conclusão A mastigação é uma etapa muito importante para a nossa digestão, pois com os alimentos partidos em pedaços cada vez menores o sistema digestório funciona de modo mais eficiente. Uma atenção especial deve ser dada aos chicletes: quando mantemos a mastigação do chiclete, nosso corpo vai se preparando para receber uma quantidade de alimento que não virá, pois nada engolimos. Com isso, é possível gerar dor de estômago. 7.1.3 Tato Apresentação O corpo humano é dotado de cinco sentidos: • Tato: permite sentir o mundo exterior por meio da pele. • Paladar: permite sentir sabores e gostos por meio da língua. • Olfato: permite sentir odores por meio do nariz. • Audição: permite ouvir o mundo exterior por meio dos ouvidos. • Visão: permite visualizar o mundo por meio dos olhos. Nesta experiência vamos estudar mais sobre o tato. Você consegue distinguir qual o objeto que está em suas mãos utilizando apenas o sentido do tato? Materiais • objetos do experimento que serão tateados, como sapato, bolinha de tênis, colher, rolha, corrente, copo de plástico, copo de metal etc.; • vendas, ou tecido. 157 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Descrição do experimento Organize a classe em uma roda e dê a cada um dos alunos uma venda para garantir que eles fiquem de olhos fechados. Combine por qual lado os materiais serão passados ao colega do lado. É preciso encostar o objeto no amigo no momento da passagem, pois aí está o objetivo do experimento: como ninguém está vendo, é uma maneira de saber se há uma nova sensação tátil. Somente após dar início à passagem dos objetos é que começamos a prestar atenção se existe algum material que foi perdido no caminho. Quando todos os materiais forem utilizados, guarde-os numa caixa e peça aos alunos que tirem as vendas. Pela memória, peça que eles identifiquem o que foi passado e que depois justifiquem como foi o processo pelo qual eles descobriram de qual objeto se tratava. Conclusão Os alunos devem levantar suas justificativas em relação à forma, temperatura, maleabilidade, textura, peso, entre outras características, para distinguir qual era o objeto em questão. Por exemplo: qual a diferença entre o copo de metal e o copo de plástico? Algumas das justificativas poderiam ser a maleabilidade maior no copo de plástico, a sensação térmica mais gelada no copo de metal, entre outras. 7.2 Área temática “seres vivos”: plantas e animais 7.2.1 Classificações: pena, pelo, escamas Apresentação Por que ficamos arrepiados quando sentimos frio? Qual a roupa que os animais usam? Pelos, penas ou escamas e outros revestimentos são o que cobre os animais. Materiais • figura de animais diversos; • placas com os escritos: penas, pelos, ou escamas. Descrição do experimento O objetivo deste experimento é ajudar os alunos a separar os animais em suas espécies a partir de suas características peculiares: mamíferos possuem pelos, peixes têm escamas e aves têm penas. 158 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Além de apontar as diferenças entre eles, podemos realizar esta atividade de diversas maneiras. No entanto, você verá que o modo que mais anima as crianças será o experimento na forma de jogo. Ao mostrar uma foto por vez, as crianças escolhem qual placa levantar. Pode-se também mostrar várias figuras para que elas as separem conforme o tipo de cobertura de cada animal. Após o experimento, seria interessante trazer para a aula textos informativos ou um filme que explique o porquê de os animais ficarem arrepiados. Pode ser que algum aluno já tenha vistoum gato ou um pássaro arrepiado e assim faça a ligação dos fatos. Conclusão Seja com escamas, pelos ou penas, os animais também ficam arrepiados. Mas por quê? Para se proteger do frio! Arrepiamos o nosso pelo para que a nossa cobertura fique mais espessa e assim não percamos tanto calor para o ambiente. No entanto, também se pode ficar arrepiado por outros motivos, como é o caso de alguns animais que se arrepiam para parecerem maiores do que são e assim intimidar seus inimigos. O peixe baiacu é um exemplo de animal que utiliza essa técnica para parecer maior e conseguir fugir de predadores: embora ele não tenha pelos para arrepiar, sua pele se estica e infla como uma bexiga. Com isso, ele ganha a aparência de um corpo maior e consegue, assim, assustar seus predadores, que acabam fugindo. As aves também eriçam as penas quando estão dispostas a lutar para defender a cria ou a fêmea. No nosso caso, seres humanos, o arrepio pode indicar tanto medo quanto frio. Quando isso acontece, seus pelos ficam em pé porque a pele possui um músculo eretor para cada pelo. Assim, por meio da contração, o músculo levanta o pelo de modo que, quando fica em pé, possibilitam a retenção de uma camada de ar sobre a pele, com a função de isolamento térmico e evitando uma consequente perda de calor. Na pele de cada ser humano, há vasos sanguíneos que ajudam a regular a temperatura do seu corpo. Durante o arrepio, tais vasos diminuem de tamanho, reduzindo o volume de sangue que circula dentro deles. Assim, com menos sangue esfriado circulando, a pele fica com menos cor e sofre menos perda de calor enquanto que os músculos tremem, também com o objetivo de fazer mais calor e aquecer o corpo. 7.2.2 Cadeia alimentar Apresentação Como podemos obter o equilíbrio entre as espécies? Como os animais e as plantas entram em extinção? 159 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Materiais Figuras de: • homem; • peixe; • minhoca; • grama; • fungos; • quadra ou espaço em que as crianças possam brincar; • cartão de objetivo. Descrição do experimento Para que as crianças compreendam e sintam o que é de fato a cadeia alimentar, propomos aqui esta experiência em forma de jogo. É necessário que se explique anteriormente o que são produtores, consumidores primários, consumidores secundários e decompositores. Neste exemplo, usamos a grama como produtor, a minhoca como consumidor primário, o peixe como consumidor secundário, o homem como consumidor terciário e os fungos como decompositores. As regras do jogo são as seguintes: • os fungos podem comer seres vivos de qualquer outra figura; • a grama só pode comer os fungos; • a minhoca só pode comer a grama; • o peixe só pode comer a minhoca; • o homem pode comer o peixe. Organização do jogo Cada equipe pode ter de cinco a oito crianças. Assim poderemos ter um jogo com duas, três ou mais equipes. Separe as equipes por cor, para facilitar o jogo. Defina o objetivo da equipe: completar a cadeia alimentar da equipe azul ou completar duas cadeias alimentares das outras duas equipes. Prepare as cartelas com os espaços das figuras na ordem da cadeia para serem coladas com as figuras que serão adquiridas na brincadeira. 160 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Prepare também envelopes com quatro ou cinco vezes a cadeia alimentar de cada equipe, dependendo do número de crianças que tiver em cada uma. Como jogar Cada equipe escolhe um representante que ficará com a cartela da cadeia e o envelope. Cada criança sorteará do envelope uma figura e irá a “campo” (centro da quadra) para jogar. No centro da quadra, ela pergunta para uma outra criança qual a figura que ela tem e compara as duas para ver qual o ser vivo mais forte. A criança com a figura vencedora volta para a base (para o seu representante) e dá a ele a figura que ganhou no encontro. Em seguida, continua a jogar, voltando para o campo. A criança com a figura que perdeu volta para o representante e sorteia outra figura. O jogo termina quando o representante grita que o objetivo da equipe foi alcançado. Tipos de encontros: • homem e homem: nada acontece; • homem e peixe: ganha o homem; • homem e minhoca: nada acontece; • homem e grama: nada acontece; • homem e fungo: fungo ganha; • peixe e homem: homem ganha; • peixe e peixe: nada acontece; • peixe e minhoca: peixe ganha; • peixe e grama: nada acontece; • peixe e fungo: fungo ganha; • minhoca e homem: nada acontece; • minhoca e peixe: peixe ganha; • minhoca e minhoca: nada acontece; • minhoca e grama: minhoca ganha; • minhoca e fungo: fungo ganha; • grama e homem: nada acontece; • grama e peixe: nada acontece; • grama e minhoca: minhoca ganha; 161 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS • grama e grama: nada acontece; • grama e fungo: trocam as figuras; • fungo e homem: fungo ganha; • fungo e peixe: fungo ganha; • fungo e minhoca: fungo ganha; • fungo e grama: trocam as figuras; • fungo e fungo: nada acontece. Importante: este jogo é uma cadeia linear, mas na realidade nem sempre é assim. O peixe, por exemplo, pode comer tanto a minhoca como plantas aquáticas. Se alguma figura entra em extinção, é necessário que se pare o jogo e que se explique o porquê de isso ter acontecido. Conclusão: nesta experiência, conseguimos relacionar os agentes da cadeia alimentar e às vezes expor como acontece uma extinção de espécies. 7.2.3 Sapo, rã ou perereca? Apresentação Qual a diferença entre sapo, rã e perereca? Esses três animais apresentam várias diferenças entre si, tanto na morfologia como no comportamento e na classificação zoológica. Todos eles são classificados como anuros, nome dado aos anfíbios que não têm rabo. A rã tem a pele lisa e brilhante. Suas pernas são longas e correspondem a mais da metade do seu tamanho. Para nadar, algumas rãs contam com a ajuda das patas traseiras, que podem ser dotadas de membranas. Saiba mais Para conhecer mais sobre os anuros, acesse o site: <http://pt.scribd. com/doc/54975807/PERCEPCAO-DE-ANUROS>. Os sapos preferem viver em terra firme e somente procuram a água para se reproduzir. No Brasil, uma das espécies mais comuns é o sapo-cururu (Bufo marinus). As rãs podem dar saltos de até 1,5 metro de comprimento e 70 centímetros de altura. A família dos ranídeos é a mais numerosa, embora no Brasil haja uma única espécie dessa família (Rana palmipes). As demais rãs brasileiras pertencem à outra família, a dos leptodactylídeos. 162 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 As pererecas, assim como os sapos, preferem ficar fora da água. Elas vivem em árvores e pertencem a várias famílias. A mais extensa é a dos hylídeos, da qual fazem parte a “perereca da Europa” (Hyla arborea) e a minúscula grass frog (“perereca da grama”), que mede só 1,75 centímetro. Algumas características desses animais: Sapo • Habitat: prefere viver em terra firme. • Tamanho: de 2 a 25 centímetros. • Número de espécies: cerca de 300. • Características: pele rugosa e cheia de verrugas, com pernas curtas que permitem somente pulos limitados e desajeitados. Graças às glândulas na região dorsal, libera veneno que pode irritar nossos olhos e as mucosas, porém o veneno somente pode ser expelido se o sapo sofrer uma pressão externa, como a possibilidade de ser pisado. Rã • Habitat: mora principalmenteem lagoas. • Tamanho: de 9,8 milímetros a 30 centímetros. • Número de espécies: mais de 4 mil. Perereca • Habitat: muito encontrada em galhos de árvores. • Tamanho: menos de 10 centímetros. • Número de espécies: mais de 700. • Características: a perereca é menor que um sapo ou uma rã e tem os olhos esbugalhados, deslocados para fora. Suas pernas finas e longas permitem grandes saltos de até 2 metros de distância. Um tipo de ventosa, na ponta dos dedos, ajuda o animal a subir em árvores. Materiais • fotos de alguns anfíbios; • placa com a palavra rã; • placa com a palavra sapo; • placa com a palavra perereca; • tabela de respostas para consulta; • tabela para pontuação. 163 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Descrição do experimento em forma de jogo Você pode fazer essas placas de cartolina, cada uma representando um conjunto (rã, sapo e perereca) por cada grupo. Cada grupo deve ter de três a quatro crianças, de modo que elas possam discutir e até mesmo votar dentro do grupo. Cada grupo deve sortear uma foto e associá-la a uma placa de identificação. Em seguida, compara-se com uma tabela de respostas. Cada grupo deverá marcar seus acertos na tabela para pontuação para depois estabelecer uma classificação. Conclusão Esta experiência é mais uma explicação e tomada de conhecimento do que propriamente uma experiência de materiais. No entanto, o conhecimento adquirido faz com que a atividade e a mudança de ambiente a torne uma experiência. 7.3 Área temática “conceitos físicos” 7.3.1 Boia ou afunda? Apresentação Nesta experiência também se trabalha o conceito de densidade, porém de uma forma mais lúdica. É difícil saber, sem experimentar, quais são os materiais que boiam e quais os que afundam. Um bom exemplo disso é a berinjela, que por ser grande e preta e por aparentar ser pesada nos dá a impressão de que afunda na água, mas na realidade ela boia. Outro teste pode ser feito a partir da forma na qual o objeto se apresenta, que pode fazê-lo boiar ou afundar. Você já reparou num barco feito de metal? Se somente colocássemos o metal na água, ele certamente afundaria, porém o barco foi feito para boiar. Como isso pode acontecer? Materiais • um aquário com água; • palito de sorvete; • palito de churrasco; • bolinha de gude; • bolinha de ping-pong; • bolinha vermelha; 164 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 • bolinha de tênis; • sandália havaiana; • chave; • isopor; • caneta; • lápis; • colar; • brinco; • batata; • berinjela; • cenoura; • ovo; • um pote de vidro com água salgada; • martelo; • papel de alumínio. Descrição do experimento Este experimento pode apresentar três partes, se você assim o quiser. Primeira parte Esta experiência é de observação. Para tanto, você vai precisar de um aquário de vidro. Separe a turma em dois grupos (de meninos e de meninas) e peça que eles deem suas opiniões antes de demonstrar se o objeto mostrado irá afundar ou boiar. Anote os palpites. Deixe que as crianças experimentem para que possam verificar os objetos que boiam. Compare os palpites com o que verificaram por meio da experimentação e pontue cada palpite correto do grupo. Em seguida, exponha a classificação pelos pontos marcados. Segunda parte O ovo afundou, certo? Como será que fazemos para que ele boie? Coloque a maior quantidade de sal que possa ser dissolvida no pote de vidro com água e coloque o ovo para boiar nesse pote. O que aconteceu? O ovo não afunda como no aquário! 165 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Terceira parte Faça um barco com o papel alumínio e coloque-o na água. Ele boia. Mas se você pegar esse mesmo papel em formato de barco e amassá-lo ele afundará! Para tanto, é necessário amassar bem o papel, tarefa para a qual você precisará da ajuda do martelo. Conclusão Os objetos afundam se a densidade desses for maior que a do meio em que estão. Ou seja, se o “peso” – massa pelo volume – que tais objetos ocupam é maior que a massa pelo volume do meio, o isopor acaba boiando e a chave afundando. Isso também explica o porquê de o ovo flutuar na água salgada: como a densidade do ovo é muito parecida com a densidade da água, porém um pouco maior, na água pura ele afunda. No entanto, se colocarmos sal nessa água, o que estaremos fazendo é aumentando a densidade dessa água de modo que a densidade do ovo seja menor, o que o fará boiar. Essa é a mesma explicação pela qual boiamos ao entrar no Mar Morto: a quantidade dissolvida de sal nesse mar é tamanha que nossos corpos não conseguem afundar. Mas existem outros motivos pelos quais um objeto pode boiar ou afundar. A explicação do barco, que envolve o conceito de empuxo, é a de quanto de água é deslocada do meio em que estamos. Quando entramos numa piscina e queremos boiar, qual a posição em que ficamos? Logicamente, planos na superfície da água. Permanecer nessa posição faz com que desloquemos uma quantidade de água maior do que deslocaríamos na vertical, de modo que assim boiamos. Quando queremos afundar, tomamos a posição de bolinha ou mesmo de agulha (salto de cabeça) para chegarmos até o fundo. Assim, deslocamos a mesma quantidade de água e a explicação volta a ser a primeira, de densidade. Podemos lembrar também que para boiar enchemos os nossos pulmões de ar, o que faz com que nossa densidade diminua. 7.3.2 Relógio de sol Apresentação Que horas são? Como sabemos as horas? Você sabia que os primeiros relógios só tinham um ponteiro? De início, começamos a pensar no tempo apenas em dias e noites. Depois, com a necessidade de mais detalhes, passamos a pensar em horas, e só então os minutos e os segundos começaram a fazer parte da nossa contagem de tempo. Mas você já percebeu que o sol muda de lugar? Ou será que é o nosso planeta Terra? Materiais • bússola; • palito de churrasco; • disco de cartolina. 166 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Descrição do experimento No pátio do colégio, espete o palito em um local com terra ou em uma bolinha de massinha, em um local onde haja luz do sol. No começo do dia, marque onde a sombra do palito está e, passadas algumas horas, faça uma nova marcação. Mudou de posição? Para aprimorar a ideia, localize o leste e o oeste e mostre às crianças que o sol nasce a leste e se põe a oeste. Mas lembre-se de que as horas exatas neste relógio vão depender do horário de verão e da estação do ano. Conclusão A sombra do palito aponta o horário em que estamos, mas e o sol do meio-dia? Normalmente não temos sombra ao meio-dia, pois o sol está posicionado exatamente em cima de nossos corpos, de modo que estamos pisando nossa própria sombra. Essa é uma observação muito importante a se mostrar para as crianças. 7.3.3 Cata-vento Apresentação Você já brincou com um cata-vento? O que será que o faz girar? Podemos utilizar essa invenção para produzir energia? Materiais • vento; • lápis; • tachinha; • papel, como no modelo ao lado. Descrição do experimento Figura 25: Montagem do cata-vento. 167 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Disponha de um quadrado de papel e dobre-o na diagonal duas vezes para fazer a marcação (passo 1). Recorte nas linhas pretas contínuas. Nãorecorte as linhas pontilhadas. Depois de cortar, você terá uma forma geométrica com 8 pontas, sendo 2 em cada canto (passo 2). Para montar o cata-vento, envergue as pontas de cada canto de forma alternada até o centro do quadrado (passo 3) e prenda-as com a tachinha de modo a encaixá-la também ao lápis, para você poder segurar o cata-vento (passo 4). Ao prender, deixe as abas um pouco soltas para que o cata-vento possa girar. Sopre! Conclusão O cata-vento gira porque ele redireciona o vento com as suas “hélices”. Perceba que, se você soprar numa outra direção, ele não vai girar ou então girará no sentido contrário. Esse conceito é aplicado em usinas eólicas, que utilizam a força do vento para girar grandes hélices e com isso gerar energia. Esse movimento pode ser utilizado na produção de energia elétrica, como a que utilizamos em casa para ligar a TV, com baixos custos orçamentários e nenhum dano ambiental – principais vantagens da fonte eólica. 7.3.4 Translúcido, opaco e transparente Apresentação Por que conseguimos ver através da janela e não conseguimos ver através da parede? Por que quando chove fica mais difícil ver através do vidro do carro? Materiais • cartolina; • papel vegetal; • papel celofane incolor ou envelope plástico; • um objeto qualquer: lápis, clipe, relógio, foto etc. Descrição do experimento Coloque o objeto escolhido atrás de cada um dos tipos de papel e em seguida pergunte aos alunos o que eles conseguem enxergar. No caso da cartolina, opaca, eles não vão conseguir enxergar nenhuma parte do objeto. 168 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 No caso do papel vegetal, translúcido, eles enxergam a silhueta do objeto e o identificam, mas não veem os detalhes, como a marca do lápis ou ponteiro do relógio. Já com o papel celofane, transparente, eles enxergam todos os detalhes, como a cor do objeto e letras pequenas que esse possa ter. É importante que os alunos saibam o nome dos meios (opaco, translúcido e transparente) e que consigam dar exemplos em seu dia a dia, como: box do chuveiro, vidro do carro embaçado, janelas, mesas, óculos etc. Conclusão Os meios têm diferentes formas de propagar a luz, que recebem três nomes específicos: • opaco: não deixa a luz passar; • translúcido: a luz passa, mas em virtude da irregularidade da superfície do papel ou do meio (pode-se pedir para que os alunos passem a mão no papel e sintam que ele é mais áspero que o celofane), a luz que chega aos nossos olhos é desorganizada; • transparente: a luz passa sem grandes obstáculos. 7.3.5 Gelinho Apresentação Por que no verão o sorvete derrete tão depressa? Materiais • saquinho plástico, daqueles que se vende pra fazer sacolé; • groselha; • água potável; • forminha de gelo; • congelador. Descrição do experimento Neste experimento, precisamos de um ou dois dias para que o sacolé esteja pronto. Também é preferível que essa experiência seja feita no verão e que se dê muita atenção à higiene, afinal, iremos saborear o sacolé. Inclusive, é preciso atentar-se à possível existência de algum aluno que seja alérgico a corantes, que não possa comer açúcar ou que tenha qualquer outro impedimento em digerir os ingredientes do sacolé. 169 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Desenforme uma forminha de gelo e deixe-a sobre observação durante a preparação do sacolé. Peça que os alunos observem o gelo logo que entrarem no laboratório: o gelo estará sólido, ou seja, duro. Prepare a groselha com água potável e groselha e coloque-a nos saquinhos. Dê um nó para que o líquido não vaze. Peça que as crianças descrevam a groselha no saquinho: cor, estado físico, consistência etc. Em seguida, coloque-a no congelador. Agora, peça aos alunos que observem aquela pedrinha de gelo, mais uma vez. O que aconteceu? O gelo que estava em estado sólido agora derreteu está em estado líquido. No dia seguinte, retire o sacolé do congelador e sirva as crianças. Uma sugestão é que seja na hora do recreio. Conclusão Ocorreu uma mudança de estado físico. A pedrinha de gelo que estava no estado sólido passou para o estado líquido, pois recebeu calor do ambiente – da sala de aula ou laboratório – e derreteu. Já o sacolé, que estava no estado líquido, perdeu calor para o congelador e passou para o estado sólido, ou seja, congelou. É importante que os alunos percebam que o líquido pode adquirir qualquer formato que quisermos, ao passo que o sólido, não. Portanto, se quisermos fazer um picolé ou gelo no formato de coração, por exemplo, basta colocar a água numa forminha de coração e deixar congelar. 7.3.6 Ilusão de ótica Apresentação Você gosta de cinema? Então responda: qual é a principal diferença entre filme e fotografia? O movimento, não é? Mas você sabia que o filme nada mais é que uma sequência de fotografias que, expostas à nossa visão, dão a sensação de movimento? Para que essa sensação de movimento ocorra, precisamos ter uma seção de pelo menos 24 quadros por segundo, pois assim cria-se a sensação em nossa mente de que todas aquelas fotos fazem parte de um movimento. Porém, isso em relação à nossa visão humana. Os cachorros, por sua vez, ao assistirem a uma televisão, a qual se utiliza de 30 quadros por segundo, a enxergarão como uma seção de slides, já que sua visão tem uma descrição de quadros mais rápida que 170 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 a nossa. Para gerar a mesma sensação de movimento a um cão, seria preciso a televisão aumentar a sua transmissão para 50 quadros por segundo. Materiais • modelo de ilusão de ótica (imprima-o num papel de gramatura maior, como os de 120 g/m²); • 2 cordões ou barbantes de 40 cm cada; • furador. Modelo 1 Modelo 2 Figura 26 Descrição do experimento Pinte e recorte o modelo que você escolheu para a ilusão de ótica. Cole um círculo no outro de forma que, ao virá-lo verticalmente, ambas as figuras estejam “de pé”. Com o furador, faça um furo do lado direito e outro do lado esquerdo da figura. Passe os cordões, um em cada um dos furos, e faça um nó na ponta do cordão para fixá-lo (como um colar). Segurando cada cordão com uma das mãos, peça às crianças que enrolem as figuras, girando-as no ar por diversas vezes, até enrolar os cordões. Em seguida, basta puxar os dois cordões com as mãos: ao esticar, eles desenrolarão e você verá as duas figuras sobrepostas. A impressão que você terá é que o passarinho está dentro da gaiola e o leão dentro da jaula. Conclusão Nossos olhos foram feitos para enxergar figuras únicas. Tanto é que com a sobreposição das figuras em pelo menos 24 quadros por segundo já conseguimos enxergar apenas uma figura. A 171 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS ilusão de ótica é tudo aquilo que acreditamos ver de uma maneira, mas na realidade é de outra, de modo a gerar uma confusão em nossos olhos. Nesse caso, são duas figuras que parecem ser apenas uma. 7.4 Área temática “conceitos químicos” 7.4.1 Papel reciclado Apresentação De onde vem todo o papel que tanto utilizamos? Ele é feito a partir da celulose, substância retirada principalmente das árvores, não digerível pelo ser humano. Como são necessárias muitas árvores para a produção industrial de papel, uma solução para a preservação florestal é a reciclagem. Essa atitude preserva as árvores existentese reduz o custo direto para os consumidores. Materiais • caixa grande impermeável ou tanque; • cola branca; • liquidificador; • jornal; • balde; • água; • tinta (opcional); • linhas (opcional); • cascas de cebola assadas (opcional); • sujeira de apontador de lápis (opcional); • fotos ou figuras de jornal (opcional); • tela (como explicação posterior). Para fazer a tela • cabide de arame, ou arame solto; • parte de uma meia-calça, sem furos; • esparadrapo, pois é mais resistente. 172 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Primeiramente, desmanche o cabide e use o arame para formar um quadrado de aproximadamente 20 cm x 20 cm. Em seguida, prenda as pontas com o esparadrapo, de modo que ninguém se machuque. Vista esse quadrado com a região da meia-calça e dê um nó em cada um dos lados. Corte o restante da meia-calça. Você pode fazer quantos quadrados quiser, ou até mesmo outras formas, como retângulos, círculos, polígonos etc. Aqui é a sua criatividade quem manda! Descrição do experimento Rasgue 30 ou mais folhas de jornal em pedaços de 10 cm x 10 cm (para ajudar a bater mais facilmente no liquidificador) e deixe de molho durante uma noite para absorver bem a água. No dia seguinte, pegue um punhado desse papel molhado, adicione três copos de água e triture tudo no liquidificador. Essa quantidade de água é para não forçar o aparelho. Despeje a massa de papel na caixa impermeável e repita a operação por mais algumas vezes (cerca de cinco vezes), dependendo do tamanho dessa caixa. Coloque aproximadamente duas colheres de sopa de cola branca por cada massa de papel que você bateu no liquidificador. Agora é a hora de colocar a tinta e os outros opcionais. Lembre-se de que é melhor colocar as texturas – linha, casca de cebola, sujeira de apontador e figuras – quando já tiver o material em forma de papel. Misture tudo. Pegue a tela que já foi feita, afunde na caixa e conte até 20. Isso fará com que a massa de papel fique estática. Vá levantando a tela de forma devagar até chegar à superfície e retire da água. Deixe a tela secar ao sol. Dependendo da época do ano pode demorar até 2 dias. Tenha paciência. Depois que a tela tiver secado, passe a mão por debaixo da tela até que o papel desgrude totalmente e só então o retire, para não danificá-lo. Mas cuidado com as bordas! Conclusão Para preservar a natureza, devemos reduzir, reutilizar e reciclar nossos recursos. E essa experiência demonstra uma forma de reciclar o papel. 173 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Observação Após todo o processo de reciclagem, uma ideia é pedir ajuda ao professor de português para que cada aluno escreva um poema, para depois juntar todos num caderno reciclado pela turma. Mãos à obra! 7.4.2 Fogo Apresentação Desde os primórdios, o fogo era utilizado pelo homem, seja na lareira, seja para preparar algum alimento. Mas como o fogo é produzido? E como se mantém? Materiais • vela; • fósforo; • pratinho; • água; • vidro de maionese sem tampa. Descrição do experimento Prenda a vela (que deve caber dentro do pote de maionese) ao pratinho. Coloque água na base desse pratinho e peça aos alunos que acendam a vela, tampem com o pote de vidro logo em seguida e observem. Conclusão A vela se apaga. A explicação se dá porque o comburente chega ao fim, nesse caso o oxigênio, de modo que o fogo se extingue. Para haver chama, é preciso que haja três bases: comburente, combustível e calor inicial. Vejamos o fósforo. Peça a um aluno para descrever como se dá o acendimento de um fósforo e perceba que é difícil para uma criança conseguir detalhar os procedimentos de segurança com o fogo, momento que pode ser bem propício para chamar atenção para esse assunto. O fósforo tem o calor inicial dado pelo atrito da ponta vermelha do palito com o lado da caixa que tem a lixa. O comburente é o oxigênio contido no ar, ao passo que o combustível é 174 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 a madeira, ou, para ser mais exato, o querosene que está inicialmente no primeiro centímetro da ponta do palito, sem contar com o próprio produto químico fósforo presente nesta cabeça vermelha. Os mais observadores verão que, além de a vela apagar, a água que estava dentro do prato entrará no pote de vidro. Entretanto, isso tem outra explicação: sabendo que o ar quente ocupa mais espaço que o ar frio, o ar presente no pote estava quente – em virtude da existência de fogo –, mas quando esse fogo se apagou, o ar resfriou e ocupou menos espaço, puxando a água que estava logo na saída do pote. 7.4.3 Substâncias parecidas Apresentação Precisamos ter muita atenção quando preparamos qualquer comida ou quando queremos fazer qualquer experiência, pois existem muitas substâncias que podem ser confundidas, como o açúcar refinado e o sal. Ambos não são em pó e brancos? Somente quando colocamos na boca é que sentimos a diferença. Materiais • água ou limonada, mas cuidado para as crianças não pensarem que se trata de um lanche; • sal de fruta; • fermento em pó; • sal; • açúcar; • quatro copos. Descrição do experimento Coloque a água (ou a limonada) nos quatro copos. Peça aos alunos que misturem uma colher de cada substância em cada copo e que observem o que acontece. Conclusão Em dois dos copos, acontecerá uma borbulha ou efervescência, pois o sal de frutas e o fermento em pó apresentam uma substância química em comum. Peça para que dois alunos leiam em voz alta os ingredientes presentes nos dois produtos. Misturado com a água, é o bicarbonato de sódio que produz o dióxido de carbono, o qual é um gás que se apresenta em borbulhas. Já com o açúcar 175 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS e o sal, não acontece esse desprendimento de gás, pois tais substâncias não contêm o bicarbonato de sódio. É importante ressaltar que precisamos estar muito atentos quando fazemos qualquer atividade na cozinha ou mesmo no laboratório, pois muitas substâncias são parecidas. Portanto, não deixe de colocar etiquetas bem visíveis para não haver confusão. 7.4.4 Separação de misturas Apresentação Como podemos separar uma mistura de areia, água, sal e óleo? Podemos ver que essa mistura apresenta diferentes fases. Materiais • 2 béqueres ou copos de vidro, para melhor visualização; • funil; • filtro de papel, como aqueles de café; • água; • areia; • sal; • óleo. Descrição do experimento No copo, misturam-se a água, o óleo, a areia e o sal. A partir dessa mistura, conseguimos ver a formação três fases (camadas): a do fundo da areia, a do meio, com água e sal, e a de cima, de óleo. Para fazer a separação, basta derramarmos no outro copo, com cuidado, o óleo que está por cima. Em seguida, passamos a mistura pelo filtro de papel, onde ficará retida a areia. Por fim, deixamos a água secar ou evaporar para obtermos o sal. Conclusão Nesta experiência usamos diversos tipos de separação, como filtração, evaporação e separação de fases, métodos esses normalmente usados no nosso dia a dia. É importante que os alunos percebam que nem todas as substâncias se misturam, como é o caso da água e do óleo, e que algumas jamais poderão ser separadas. 176 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 7.4.5 Misturas:bolo de laranja maluco Apresentação Se o colégio onde você leciona disponibiliza de um espaço no qual se pode cozinhar, esta certamente será uma das experiências mais deliciosas, não só pelo sabor, mas pela ótima oportunidade que os alunos terão ao fazê-la. Materiais • ingredientes para o bolo, em anexo com a receita; • gelo; • água potável; • groselha. Descrição do experimento Faça a groselha, primeiramente. É importante pedir aos alunos que descrevam os materiais: groselha – bem vermelha; água – incolor; gelo – sólido. Pegue tais ingredientes e misture-os para fazer o suco. Após algum tempo, pergunte aos alunos onde estão o gelo e a groselha. É possível separá-los? Ficaram todos misturados, pois o gelo sofreu uma transformação física (derretimento), virou água e se misturou com o suco de groselha. Para fazer o bolo, é interessante pedir que cada um dos alunos ajude numa tarefa, mas antes disso eles devem ser lembrados da importância da higiene: ao lidar com culinária, é imprescindível lavar as mãos e prender o cabelo, procedimentos esses que fazem parte de Ciências também. Bolo de laranja maluco Ingredientes • 2 xícaras de farinha de trigo; • 1 xícara de óleo (prefira o óleo de milho, que é mais leve); • 1 laranja com casca; • 4 ovos inteiros; • 2 copos grandes de açúcar (400g); • 1 colher de sopa de fermento. 177 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Modo de fazer Bata no liquidificador a laranja picada com casca e sem sementes. Junte todos os ingredientes, menos a farinha e o fermento. Bata bem. Coloque numa tigela a farinha e o fermento. Junte à mistura os outros ingredientes e bata bem. Asse em forma untada e polvilhada com farinha. Quando estiver pronto, ainda quente, corte em quadrados e jogue por cima um copo de suco de laranja bem adoçado. Conclusão Transformação física: se dá quando é possível retornar a substância ao estado físico anterior. Transformação química: se dá quando a substância se torna outra. Por exemplo: depois de assado o bolo, podemos separar o ovo ou até mesmo a farinha? Não podemos, razão pela qual dizemos que se trata de uma transformação química. Já o sorvete, depois de derretido, é possível congelar novamente, mantendo o mesmo sorvete. 8 A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DO MEIO No ensino de Ciências, como já foi largamente discutido neste texto, é de suma importância relacionar os conceitos ensinados com o ambiente físico e social onde os alunos vivem. Essa relação permite que o conhecimento se torne significativo para os alunos, tornando o ensino motivador para eles e também para os professores. Além dos recursos das experiências como as que relatamos aqui, você pode planejar os estudos do meio com seus alunos. O estudo do meio é um recurso didático já aplicado no Ensino Fundamental em outras áreas de estudo. No ensino de Ciências, é também um recurso didático valioso, pois amplia a visão do aluno e as suas experiências para além dos muros da escola. Você pode planejar esse tipo de atividade para que alunos dos centros urbanos possam ter um contato mais próximo com a natureza, visitando parques de preservação ambiental, zoológicos, jardins botânicos, aquários, centros de pesquisa em ciências, museus, cinemas que programem a projeção de documentários interessantes e projetos de ensino de ciências junto às universidades públicas. Antes de programar essas visitas, é preciso preparar os alunos propondo um levantamento de problemas e pesquisas temáticas relacionadas ao que eles vão encontrar na visita. É muito importante que você visite o local antes de levar os alunos. A sua visita é parte do planejamento, pois as atividades que você poderá proporcionar a eles nesse local dependem do seu planejamento didático, da forma como você preparou seus alunos e da relação que tem essa atividade com o seu plano de ensino. 178 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Além de fazer o levantamento de questões para que sejam pesquisadas e respondidas durante a visita, você também precisa preparar junto com seus alunos um roteiro do relatório que eles deverão elaborar depois da visita. Em muitos desses locais, é possível entrevistar profissionais que trabalham lá e que em geral têm informações interessantes para dar aos alunos. As entrevistas mais produtivas são sempre aquelas bem planejadas, com antecedência. Portanto, antecipe as questões para realizar uma boa pesquisa. Ao fazer a sua visita prévia, procure levantar as questões mais interessantes e os conteúdos que podem ser trabalhados numa visita a esse local. Calcule o tempo que será necessário para obter um bom resultado. Pense nas questões ligadas ao conforto dos alunos, como transporte, alimentação, instalações higiênicas, condições climáticas – se for um local ao ar livre e segurança. Essas questões vão ajudar você a definir qual o tamanho do grupo que você poderá levar e se será preciso pessoas para ajudar. Muitas vezes, uma atividade de estudo do meio que poderia ter sido muito boa fracassa, por falta de um planejamento adequado. Não envolva grupos de faixas etárias muito diferentes na mesma atividade, pois dificilmente todos aproveitarão da mesma maneira, e você não poderá dar a atenção diversificada de que eles necessitam. Procure formar grupos homogêneos em cada atividade. Depois de realizada a visita, você deve reservar algumas aulas para discutir com os alunos os seus relatos e ajudá-los a sistematizar os conhecimentos adquiridos nessa vivência. Para todos os conteúdos de Ciências, há interessantes opções de locais para se fazer estudos do meio. Você pode encontrar várias sugestões de locais de visitas pela internet. No entanto, para ajudar você, disponibilizamos aqui vários locais para realizar visitas com seus alunos de Ciências em seus projetos de estudo do meio. Veja no quadro a seguir: Quadro 15 – Sugestões de museus e centros de ciências Aquário de São Paulo Rua Huet Bacelar, 407, Ipiranga - São Paulo-SP Roteiro educativo preparado por biólogos de fauna aquática. Acqua Mundo Av. Miguel Estéfano, 2001, Enseada - Guarujá-SP Oficinas temáticas, palestras e 49 recintos (água doce, salgada, aquaterrários e terrários), habitats marinhos e terrestres. Aquário de Santos Av. Bartolomeu de Gusmão, Ponta da Praia - Santos-SP Mais de 200 espécies de água doce e salgada, num total de 4000 animais aquáticos ocupando seus 30 tanques. Catavento Cultural e Educacional Parque D. Pedro II, no centro da cidade de São Paulo, entre a Av. do Estado e a Av. Mercúrio, no Palácio das Indústrias. Popularizar a ciência e promover a educação científica de forma lúdica e prazerosa. Centro de Ciências Bioespaço Av. Dr. Octávio Bastos, s/n, Nova São João - São João da Boa Vista-SP Tem a finalidade de aproximar as crianças das ciências biológicas e ciências de terra, abrangendo os seres vivos e o universo. 179 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais – Cememor Av. Alfredo Balena, 190, Centro - Belo Horizonte-MG Abriga um vasto acervo de livros, documentos e quadros. Ecomuseu de Itaipu Av. Tancredo Neves, 6001, Foz do Iguaçu-PR Exposições voltadas para a sustentabilidade da natureza. Estação Ciência Rua Guaicurus, 1394, Lapa - São Paulo-SP Popularizar a ciência e promover a educação científica de forma lúdica e prazerosa. Fundação Zoo- Botânica Belo Horizonte Av. Otacílio Negrão de Lima, 8000, Pampulha - Belo Horizonte-MGPromove o conhecimento sobre a flora e suas relações com o ambiente e a fauna. Instituto Butantã Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São Paulo-SP Parque com museus biológico, histórico, de microbiologia e história da saúde. Jardim Botânico de João Pessoa Benjamim Maranhão Av. Pedro II, s/n, Mata do Buraquinho, Torre - João Pessoa-PB Reserva de Mata Atlântica com trilhas abertas a visitantes, possui diversas plantas e animais. Jardim Botânico do Estado de São Paulo Av. Miguel Stéfano, 3031, Água Funda - São Paulo-SP Preserva as nascentes do Rio Ipiranga e a área da Mata Atlântica. Jardim Botânico Municipal de Paulínia “Adelmo Piva Junior” Rodovia Roberto Moreira, 575, Jardim Vista Alegre - Paulínia-SP O objetivo principal é a preservação de espécies de plantas nativas e exóticas aclimatadas no Brasil. Museu Botânico Municipal Rua Engenheiro Ostoja Roguski, s/n, Jardim Botânico - Curitiba-PR Mudi – Universidade Estadual de Maringá Av. Colombo, 790, bl. 101, s. 1, Zona 7 - Maringá-PR Integração entre a universidade e a comunidade, ações científicas, culturais e educativas. Museu de Anatomia Humana Prof. Alfonso Bovero Av. Prof. Lineu Prestes, 2.415, Cidade Universitária, Butantã - São Paulo-SP Um acervo de peças anatômicas, preparadas com diferentes técnicas. Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS Av. Ipiranga, 6681, Parthenon - Porto Alegre-RS Em 800 experimentos, os visitantes podem entrar em contato de maneira lúdica com a Ciência. Museu de Ciências Naturais Rua Salvatore Renna - Padre Salvador, 875 - Guarapuava-PR Reúne acervos de zoologia, paleontologia e geologia das coleções do Prof. Dr. João José Bigarella e Hipólito Schneider. Museu de Ciências Naturais Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130, Petrópolis - Caxias do Sul-RS Centro de estudos na área das ciências biológicas, com finalidades culturais, acadêmicas, de pesquisa científica e de difusão do conhecimento. Museu de Geologia Rua Banco da Província, 105, Santa Teresa - Porto Alegre-RS Exibe belos cristais e exóticos arranjos de minerais, além de promover exposições e palestras em escolas. Museu Exploratório de Ciências da Unicamp Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, Barão Geraldo - Campinas-SP Um ambiente que gera interesse e curiosidade, possui fóruns e oficinas de ciências. Museu de Microbiologia Av. Vital Brasil, 1500, Butantã - São Paulo-SP Faz parte do complexo científico do Instituto Butantã. Museu de Zoologia da USP Av. Nazaré, 481 - Ipiranga - São Paulo-SP Exposições, atividades educativas, publicações sobre estudos de animais, especialmente sobre a fauna da Região Neotropical, que abrange a América do Sul e a América Central. Museu do Oratório de Ouro Preto Adro do Carmo, 28, Ouro Preto-MG Magnífica coleção – única em todo o mundo – de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX. 180 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Planetário de São Paulo Av. Pedro Álvares Cabral, Portão 2 - Moema/Ibirapuera - São Paulo-SP Ótima projeção na cúpula de 18 metros de diâmetro do que seria a visão de um céu noturno, sem nuvens nem poluição. Projeto Escolas da Ciência Praça da Ciência Av. Américo Buaiz, s/n, Enseada do Suá - Vitória-ES O site pertence à Secretaria de Educação de Vitória-ES. Traz informações sobre a Secretaria e fala sobre a rede Municipal de ensino. Sala de Ciência – SESC Travessa Syriaco Atherino, 100, Centro -Florianópolis-SC São demonstrados os fenômenos da Natureza, implicações no cotidiano e bases científicas, e as realizações científicas e tecnológicas do homem Sesciência Rua Voluntária da Pátria, 169, Botafogo - Rio de Janeiro-RJ Democratizar o acesso à ciência e auxiliar professores por meio de diversos seminários sobre Ciências. Saiba mais Você pode recorrer a muitos recursos disponíveis na internet para realizar o planejamento de suas aulas. Alguns sites possuem ideias e informações relevantes que podem ser enriquecedores ao seu trabalho. Confira algumas indicações que podem ser de grande ajuda: <http://www.revistapontocom. org.br/>, <http://www.rets.org.br/>. Resumo Nessa unidade apresentamos algumas experiências práticas, jogos e dinâmicas que podem ser realizadas com seus alunos. Alertamos para o desejo de que elas venham a ser apenas modelos ou ideias de encaminhamentos, pois apostamos que você poderá desenvolver novas experiências que atendam à necessidade de seus futuros alunos. Encerramos defendendo a importância dos estudos do meio – metodologia muito eficaz e necessária para que o aluno perceba a aplicação do que aprende de forma teórica em classe. Exercícios Questão 1 (ENEM, 2007). Um problema ainda não resolvido da geração nuclear de eletricidade é a destinação dos rejeitos radiativos, o chamado “lixo atômico”. Os rejeitos mais ativos ficam por um período em piscinas de aço inoxidável nas próprias usinas antes de serem, como os demais rejeitos, acondicionados em tambores que são dispostos em áreas cercadas ou encerrados em depósitos subterrâneos secos, 181 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS como antigas minas de sal. A complexidade do problema do lixo atômico, comparativamente a outros lixos com substâncias tóxicas, se deve ao fato de: A) emitir radiações nocivas por milhares de anos, em um processo que não tem como ser interrompido artificialmente. B) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional, faltando assim locais para reunir tanto material. C) ser constituído de materiais orgânicos que podem contaminar muitas espécies vivas, incluindo os próprios seres humanos. D) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirável por milhares de anos. E) emitir radiações e gases que podem destruir a camada de ozônio e agravar o efeito estufa. Resposta correta: alternativa A. Análise das alternativas O maior problema causado pelo lixo atômico é a emissão de radiações nocivas por muito tempo, em um processo que não pode ser interrompido artificialmente. Num sentido amplo, radiação é aquilo que irradia (sai em raios) de algum lugar. Em Física, o termo refere-se usualmente a partículas e campos que se propagam (transferindo energia) no espaço (preenchido ou não por matéria). Alguns tipos de radiação eletromagnética interagem com os seres vivos de forma que não os prejudica, como, por exemplo, a luz e as ondas de rádio e de TV. As radiações (partículas ou ondas) podem ser ionizantes ou não-ionizantes. A ionização acontece quando a energia da radiação incidente sobre um material é suficiente para arrancar elétrons dos seus átomos. A radiação é dita não-ionizante, quando sua energia não é suficiente para arrancar elétrons dos átomos. Nesse caso, pode ocorrer a excitação do átomo, cujos elétrons são levados às suas camadas mais externas, sem serem ejetados. Estudos mostraram que os efeitos biológicos decorrentes da exposição que o organismo humano pode sofrer ao entrar em contato com a radiação ionizante são decorrentes da interação da radiação com os átomos e as moléculas das células expostas. O efeito biológico da radiação está relacionado à propriedade de provocar ionização da matéria com a qual interage, isto é, com sua capacidade de arrancar elétrons da matéria, criando íons. 182 Unidade III Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 Questão 2 (Simuladão ENEM). Fonte: R. L. Carmo, A. L. R. O. Ojima, R. Ojima e T.T. Nascimento; Hoekstra e Chapagain e Water Footprint Network A quantidade de água utilizada como matéria-prima ou como insumo da introdução de um bem ou serviço é chamada de água virtual. Veja acima quantos litros de água virtual foram empregados na produção de alguns itens. Considere que uma pessoa, num único dia, tenha realizado as seguintes atividades: - de manhã, saiu com uma camiseta de algodão; - no almoço, consumiu carne bovina (um bife de 300 g) e, no jantar, um pedaço de carne suína (300 g); - tomou duas xícaras de café: uma após o almoço e outra após o jantar; - utilizou cinco folhas de papel A4 para fazer exercícios escolares; - à noite, saiu com outra camiseta de algodão e um par de sapatos de couro. Com base nessas informações, quantos litros de água virtual foram utilizados nos produtos que essa pessoa usou e consumiu neste único dia? A) 10.420 litros. B) 18.380 litros. C) 16.420 litros. 183 Re vi sã o: L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 9/ 05 /1 2 METODOLOGIA E PRÁTICA DO ENSINO DA MATEMÁTICA E CIÊNCIAS D) 15.375 litros. E) 18.420 litros. Resolução desta questão na plataforma. 184 REFERÊNCIAS Textuais ANDRADE, R. C. O currículo ressignificado. Porto Alegre: Artmed Editora, 2003. ARROYO, M. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 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