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Temos de derrubar a inflação logo, diz Dilma - matéria do estadão

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11/06/2015 Temos de derrubar a inflação logo, diz Dilma ­ Economia ­ Estadão
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ANDREI NETTO, ENVIADO ESPECIAL ­ O ESTADO DE S. PAULO
11 Junho 2015 | 09h 17
Puxada por alimentos e energia, a inflação subiu 0,74% em maio, maior taxa
desde 2008; ao falar sobre crise, presidente afirmou que a 'marolinha' virou onda
e que o 'mar não serenou'
A presidente Dilma Rousseff demonstrou nesta quinta­feira, 11, preocupação com a alta da
inflação, que em maio chegou a 0,74%, o maior índice mensal desde 2008, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com ela, "o Brasil não pode
conviver com inflação alta", mas "já está tomando todas as medidas" para estabilizar os preços. A
presidente afirmou ainda que é preciso "derrubar, e derrubar logo" a inflação.
Indagada se a crise internacional não era apenas uma
"marolinha" para o Brasil ­ como o ex­presidente Luiz
Inácio Lula da Silva afirmou em 2008 ­, Dilma disse
que era, mas que virou "uma onda". "Naquele
momento, foi sim, senhor. Mas depois a marola se
acumula e vira uma onda", justificou, lembrando a
crise do banco Lehman Brothers, em 2008, nos
Estados Unidos, e a crise das dívidas na Europa,
iniciada em 2010. "Sabe por que ela vira onda?
Porque o mar não serenou". 
Temos de derrubar a inflação
logo, diz Dilma
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11/06/2015 Temos de derrubar a inflação logo, diz Dilma ­ Economia ­ Estadão
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Dilma atribuiu
ainda a recessão brasileira ao ambiente externo desfavorável, que, segundo ela, também atinge
emergentes como a China e prejudica a atividade mundial. "A economia internacional, que estava
em crise desde 2008, até hoje não se recuperou. Ela está andando de lado. Veja que, com 7% de
crescimento da China, o menor em 25 anos, o crescimento do mundo ainda é 2,8%".
A avaliação foi feita no início da tarde em Bruxelas, na Bélgica, início da manhã no Brasil, onde a
comitiva brasileira participou da reunião de cúpula entre a União Europeia e Comunidade de
Estados Latino­Americanos e Caribenhos (Celac). 
Na quarta­feira, o IBGE divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que
indicou o aumento da inflação, puxada pelo preço da energia e por produtos alimentícios, o que
elevou a taxa a 8,47% no agregado dos últimos 12 meses ­ o maior índice desde dezembro de 2003.
Só em 2015, o alta já atingiu 5,34%. Esses dados, disse Dilma, "preocupam bastante". "A inflação é
um objetivo que nós temos de derrubar, e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa
alta de inflação."
Causas conjunturais. De acordo com a presidente, as causas da alta dos preços são
conjunturais. Dilma atribuiu a elevação à seca que castiga o Nordeste há três anos e atingiu o
Sudeste nos últimos dois, provocando alta no preço dos alimentos, à "variação" dos juros
americanos e ao ajuste cambial, que resultou na desvalorização do real. Entre 2012 e 2015,
argumentou, o dólar passou de R$ 1,60 a R$ 3,17, o que provoca "oscilações". "A inflação deste
ano é atípica. Ela é fruto de várias correções". "Nós temos certeza que a causa não é estrutural,
mas conjuntural."
Presidente participa da reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comunidade de Estados
Latino­Americanos e Caribenhos (Celac)
11/06/2015 Temos de derrubar a inflação logo, diz Dilma ­ Economia ­ Estadão
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A presidente não elencou os ajustes fiscais realizados pelo Ministério da Fazenda entre as razões do
aumento dos preços. A respeito do tema, Dilma afirmou que "o Brasil está tomando todas as
medidas para se fortalecer macroeconomicamente". "Houve esse movimento da inflação e estamos
tomando todas as medidas para derrubá­la."
Dilma voltou a defender as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo ela, o ajuste
precisa ser feito porque houve queda no crescimento, o que resulta em queda na arrecadação. "Nós
fizemos de tudo: reduzimos impostos, ampliamos créditos, subsidiamos taxa de crédito. Agora
esgotou nossa capacidade fiscal e temos de recompô­la e continuar", argumentou.
Questionada após o encontro com os primeiros­ministros da Alemanha, Angela Merkel, e da
Grécia, Alexis Tsipras, sobre se as medidas indicam um momento de austeridade fiscal no Brasil,
Dilma ressaltou as diferenças do País em relação à crise vivida pela Europa. "Nós fazemos um
ajuste, mas nós não temos um desequilíbrio estrutural", argumentou. A presidente ressaltou que as
reservas chegam a US$ 370 bilhões e o sistema financeiro não tem bolhas. "No passado, o Brasil
quebrou. Não tinha mais dinheiro para pagar a dívida. Nós temos dinheiro sobrando para pagar a
dívida."

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